Diário - Just a girl

Olá. Tenho 17 anos e comecei a masturbação aos 15 por, primordialmente, querer sentir prazer e, posteriormente, senti que estava conhecendo meu corpo. O que me motivou, no entanto, a querer parar, foram os malefícios decorrentes, que se resumem na procrastinação de afazeres. Para uma vestibulanda, como eu, isto é horrível. Havia tentado parar algumas vezes por ter notado essa ligação, mas vários sites afirmavam que era saudável e que não havia necessidade. Depois de alguns meses estudando de forma inadequada, resolvi tentar por, também, ler os relatos deste site. Pode ser apenas um efeito placebo, mas, sinceramente, hoje consegui estudar adequadamente e ainda me sinto disposta.

Aliás, tenho que admitir que, apesar de ter começado ontem, me deu uma vontade enorme de passar meus dedos nos meus lábios enquanto estava no escritório. Algumas pessoas passavam de um lugar para o outro, e, com isso, alguns homens acabavam chamando minha atenção. Fiquei molhada, mas resisti.

Enfim, é isto. Espero conseguir prosseguir. Soube que os primeiros dias são um pouco difíceis.

Oi, Drift. Agradeço pela motivação.
Espero que consiga passar. Já dei uma olhadinha em algumas questões do IME e são um pouco complexas para a minha cabecinha, mas, no meu estado, usam o próprio ENEM. Fiz minha inscrição, porém, para mim, o mais difícil serão as provas físicas

Enfim, desejo-lhe sorte.
Beijos!

Olá, Efraim. Fico contente por estar sendo bem recebida. Desejo que você também consiga se manter firme.

Necessito ressaltar que seu conselho foi bastante conveniente, porque, apesar de anotar todo o meu dia na minha agendinha, deixo muitas lacunas para descanso nos estudos. Apesar de ser essencial, vou encurta-las por não sentir necessidade de tanto descanso. Inclusive, tenho sentido tédio nesses período e a M parece-me bastante atrativa.

Novamente, siga firme.
Tchau, tchau.

Hello, Fox. Apesar de terem passados apenas 2 dias, já me identifico com os pontos citados por você. Hoje, por exemplo, tive uma decepção e quase optei pela masturbação para aliviar a tensão, mas conseguir resistir. É engraçado como em apenas 2 minutos consegui retomar as "rédeas" dos meus pensamentos negando a masturbação. Caso tivesse cedido, isto custaria meu compromisso e levaria bastante tempo.

Agradeço muitíssimo por seus conselhos. Espero, de coração, que consiga, dessa vez, continuar por vários anos sem a masturbação.

Beijinhos.

Oi, Bluesky. Fico grata por poder abrir seus horizontes, mesmo que de foma simplista.

Assim que comecei ver filmes pornôs, descobri que, de fato, essa indústria é voltada para o público masculino. Os claros foques da câmera na mulher e em suas partes íntimas, além de  seus gemidos agudos, já eram fortes indícios; enquanto que o homem, claro, apenas um coadjuvante. Entretanto, não sabia que a tentativa de parar com masturbação era algo minoritário, em comparação aos homens, para as mulheres. Tal fato foi evidenciado, para mim, ao ver que vários sites e vídeos deixavam claro os artigos masculinos e a fotos de garotos concentrados em imagens de mulheres semi-nuas. Aliás, acredito que não teria postada no site se não tivesse visto que, mesmo que poucas, havia mulheres parando com a masturbação ou, pelo menos, tentando.

Espero que também consiga livrar-se também, caro Bluesky.
Até!

Vi que várias pessoas contaram sobre sua história e, com isso, me senti mais livre. Para ficar mais fácil, começarei por ordem cronológica.

*Tenho que ressaltar que tratarei de alguns assuntos que não estão estritamente ligados a masturbação, mas, no geral, tem relação. .

Já havia percebido que sentia atração por homens desde a infância; uns 7 anos, provavelmente. Homens sem camisa na televisão, mesmo naquela época, me atraiam. Entretanto, apenas aos 9 anos tive a primeira experiência com o pornô. Pesquisei, no google, fotos do Harry Potter (na minha cabeça, nessa idade, gostaria de ver o personagem, e não o ator) pelado. Para a minha sorte, havia uma imagem, não sei se era montagem, deste com sua varinha de fora. Foi extremamente assustador ver aquele negócio pendurado em seu corpo. Não me parecia natural que homens carregassem consigo aquilo. Com o tempo, compreendi que era normal e que os garotos me excitavam, mas não procurava mais vê-los.

Depois de uma aula de sexologia, ocasionada por um garoto mostrar seu pênis para outro, a professora me fez criar vários estereótipos sobre homens. Todos os homens se masturbavam e tinham pelos no corpo, que poderiam ser retirados, mas cresciam com facilidade. Aliás, tenho que ressaltar que fui a única garota disposta a participar da aula. Falar de sexo, aos 12 anos, para as outras, era algo que não deveria ser feito. Todas se diziam inocentes.

Aos 13, após mudar de escola, as coisas pioraram. Sofri rejeição e bullying de diversos garotos devido ao meu físico (na época, eu era gorda), cabelo (cacheado) e meus óculos, além de usar aparelho. Em decorrência disto, senti que todos eram seres individualistas e me fechei para qualquer tipo de relacionamento sério; seja namoro ou amizade. Aos 15, no Ensino Médio, passava bastante tempo na internet. Assim, acabei conhecendo o fake. Lá interagi com diversas garotas sem me veicular com nenhuma de forma séria. Uma dessas mostrou-me que a masturbação feminina não era pecaminosa e estava se popularizando. Inicialmente, não obtive sucesso, mas fui me aprimorando e consegui. Percebi que não era preciso de homens ou de qualquer um para que prosseguisse com a vida. Era um ser autônomo e me orgulhava. Conseguiria prazer com os meus dedos e minha necessidade de interação social poderia ser resolvida com pessoas no fake, que não poderiam me afetar.

Mudei de escola novamente aos 16 e, como iria retirar o aparelho nas férias, resolvi mudar meu visual. Fiz regime, alisei os cabelos e passei a usar maquiagem. Depois disso, alguns pretendentes surgiram na minha vida. Recuse-os. Maquiava-me para que vissem o quanto estava gloriosa e que ninguém poderia me ter. Sentia-me inatingível. Comecei a tentar ser a melhor em tudo. Destaquei-me nos estudos e em tudo o que fosse possível. Entretanto, no fake, conheci um garoto. Ele tinha gostos muito parecidos com os meus, fazia-me sentir bem e continha bons valores. Sempre havia achado seres do fake insignificante, então, não me preocupei em conversar por horas com ele. Começamos a trocar áudios e, quando me dei conta, estava apaixonada. Com o fim do Orkut, resolvi não manter contato. Me assustava gostar de alguém. Talvez eu nunca vá vê-lo novamente e isto me entristece. Finalmente,  comecei a sentir sua falta e a revisar meus valores. Percebi que não era justo tratar os outros como inferiores para me sentir melhor e, desde então, tenho tentado mudar meus hábitos.

Basicamente, é isto.
Bjs.

Me masturbei.

Sinto-me triste por ter "perdido" os dias em que havia conseguido me manter sem essa prática. Entretanto, acredito que me foi útil, porque me fez perceber a importância dos bloqueadores e que eu não praticava a masturbação por prazer. Após quase 4 dias sem, me contorci e gemi enquanto a fazia. Enfim, estou instalador um bloqueador porque o k9 não serve para o meu computador ou para o w10.

Vou me manter firme desta vez, garanto.

Meu segundo dia foi bastante fácil e não houve nenhuma preocupação. Então, não há nada para acrescentar ao tópico, mas sempre gosto de vir aqui para que meu cérebro perceba meu comprometimento.
Bjs!

Oi, Forasteiro.

Não havia percebido que os relatos sobre como "não quero masturbar minha vagina" pudessem ser tão excitantes, porque li alguns comentários de garotos que falavam sobre massagear as bolas e etc., e não havia nenhum comentário alertando-os (também não me excitei, então, pensei que seria algo natural ser detalhista).

Enfim, irei deixar um aviso sobre os perigos em ler meu tópico e, agora, ser mais cautelosa.

Acabei me masturbando novamente. Gostaria de ter alguma desculpa suficiente para ter feito isso, mas foi apenas o tédio aliado à preguiça de estudar. Resolvi, então, estudar melhor o meu comportamento e tentar resolver minhas justificativas que levam a prática da masturbação. Dentre esses, ao meu ver, destaca-se a impossibilidade, até o momento, de conseguir um bloqueador que seja condizente para mim. Por exemplo, estava usando o InterApp, que pode ser usado com base em "palavras-chaves". Isto acaba fazendo com que vários sites sejam bloqueados, mesmo sem conteúdo adulto. Por enquanto, resolvi mudar as coisas possíveis, porque não posso prender-me em um bloqueador.

Tenho que ressaltar que subestimei o "poder" do impulso. Por favor, sejam cuidadosos.

É isso. Tchau, tchau.

Minhas atitude parecem adorar a ironia, o pregar de peças.

Ontem, escrevi um pequeno texto acerca da minha tentativa de estudar meus pensamentos, mas, no dia seguinte, não fiz isto. Meus ideias, às vezes, ficam fracos. Um espaço, mesmo que pequeno, é suficiente como brecha para a entrada na pornografia. Me entristece saber que meu planejamento foi feito para ser quebrado e desperdiçado. Sinceramente, estou exausta do fracasso. Não é o que quero. Não é o que planejo. Não é o que me deixa feliz. E, mesmo assim, é o que faço. Gostaria de ter vindo vangloriar-me a respeito do meu sucesso. Espero fazer isto qualquer dia.

Desculpe-me se tudo isso pareceu um pouco deprimente.
Bjs.