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26/9/2015, 08:42
Olá prezado(a)s,

Meu vício com a pornografia começou lá pelos 14/15 anos com aqueles filmes que passavam na band no sábado a noite e era moda entre os adolescentes da época e, no início, o que parecia ser uma coisa inofensiva e esporádica, só fez aumentar e prejudicar minha vida.

Embora muito mais cedo já tivesse uma "excitação" fora do normal com relação a fotos de mulheres de biquíni, foi na adolescência que tudo começou de fato e a culpa parecia não existir porque sempre rolava aqueles papos de que "masturbação faz bem e previne câncer de próstata", renova a produção de esperma, bla bla blá.

Quando comecei a ter namoradas, o vício até que diminuía no início dos relacionamentos, motivado pela novidade da companheira e o sexo constante, mas bastava um afastamento dos dois involuntário ou não, que ia buscar socorro novamente nos sites que muitos que conhecemos, ainda imaginando que nada de anormal estava ocorrendo.

Não posso dizer que os relacionamentos anteriores acabaram por tais motivos, outros de fator mais relevantes foram decisivos, mas de toda forma, acredito que a parcela de culpa do vício estava lá. só não me dava conta de que isso realmente me fazia tal mal a ponto de criar um abismo entre a referida companheira e eu.

Há algum tempo, no relacionamento atual que tenho, a história se repetiu: no início, tudo às mil maravilhas, sem necessidade de pesquisar na net, porque o contato íntimo com a namorada era satisfatório e constante, até ocorrer a nossa primeira briga. Passou a primeira semana, sem rolar nada, aguentei de boa, passou a segunda semana, já estava eu lá, visitando e alimentando o vício e foi aí que o caso se tornou sério.

Com essa companheira, as brigas se tornaram mais constantes e isso significava menos sexo e cada vez mais visita a sites pornográficos, chegando ao ponto de se, no final de semana, caso percebesse que não ia ter nada, tentava ir mais cedo para minha casa e deixá-la na dela, tudo para ir para o meu "refúgio" e onde nenhuma pornostar não diria não para a minha produção instantânea de dopamina.

Essa minha companheira passou a perceber o meu egoísmo no sexo e comentava, mas não com o traquejo necessário para que eu percebesse a dimensão do problema. Foi nessa época, há um ano mais ou menos que passei a pesquisar sites sobre o tema e vi que masturbação era um problema, em um deles encontrei a seguinte proposta:  se você decidisse parar por um mês e conseguisse sem sofrer, não era viciado. Tentei seguir o cronograma e não conseguindo, adiei o problema, deixando para resolver posteriormente.

Depois de um dia em que ela reclamou que, mesmo para ela que não tinha tanta vontade já estava ficando complicado a pouca frequência sexual que tínhamos, foi aí que vi que a coisa tinha se tornado muito séria. Agora era ela que estava reclamando da falta, coisa que eu já habitualmente reclamava, neste momento, tudo se tornou claro para mim: Não a buscava porque o pornô não tem dores de cabeça, enjoos, TPM's, não tem que "perder tempo" com preliminares, carinhos, cuidados, entre outros tantos poréns que são REAIS e que pelas suas "dificuldades" naturais achamos que justificam a corrida para alimentar o vício imediato.

Passei a pesquisar novamente e por site, achei o site "Vício em Pornografia, Como Parar?" e vi que todos os problemas ali relatados se aplicavam a minha vida (isolamento social, egoísmo sexual, objetificação da mulher, quase ejaculação precoce, ansiedade, entre outros) decidi levar a sério tudo o que lá estava escrito e encontrei este fórum abençoado com os relatos de pessoas, que como eu, eram viciadas e não sabiam como se livrar disso, pois, por mais possível que seja vencer este problema sozinho, com o suporte de pessoas que passaram pela mesma situação parece ser um caminho menos tortuoso e distante para se obter êxito.

Já tem um tempo que comecei o reboot e somente com uns trinta dias resolvi contar para minha companheira, envergonhado, do problema e da solução que tinha encontrado. Para a minha surpresa, ela disse que já tinha percebido o problema há tempos (mulheres são mais perceptivas, não se iludam) e que iria me apoiar para vencer mais esse desafio, o que me motivou ainda mais.

Tenho consciência de que não devo fazer isso por ela, mas por mim mesmo, porque se trata de uma luta pessoal e familiares, esposa, namoradas e afins, por mais que queiram, não podem fazê-lo em nosso lugar e graças a Deus que é assim, porque é com esse tipo de situação que nos coloca em xeque que nos faz crescer como pessoas, quando você deve se perguntar se quer passar o resto da vida se isolando e vivenciar um vício que te leva para um mundo irreal ou sair de sua "prisão da solidão", para o mundo, conhecer pessoas e ter experiências dignificantes com todas aquelas pessoas que se importam consigo.

Hoje, já estou no 46º dia e muito feliz por cada dia conquistado. As primeiras semanas foram terríveis e sempre quando estava a um fio para recair, vinha aqui e lia as histórias de sucesso, além do tópico https://comoparar.forumeiros.com/t1321-o-que-fazer-quando-estiver-por-um-fio-para-recair, que salvei nos favoritos e sempre abro ele nos momentos difíceis.

Posso dizer que já observei nesse tempo sem PMO uma queda vertiginosa na ansiedade e necessidade de isolamento social. Minha concentração também melhorou e estou procrastinando menos minhas obrigações, como estudar para concurso (talvez por ter mais tempo livre?,  Smile ) A minha libido ainda continua muito alta, principalmente perto da minha namorada e visões de objetificação dela ainda me atormentam. O que percebo como gatilho dessas situações são as fantasias internas que ora vem na mente, coisa que preciso controlar mais, mas tudo a seu tempo, vou vencer mais essa!

Estou aqui de peito aberto para trocar ideias e colaborar com o fórum, cujas dicas e depoimentos pessoais já vem me ajudando a um tempo. Vamos nos motivar e nos apoiar pessoal!

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2/10/2015, 13:20
É recompensador quando temos pessoas que nos apóiam, principalmente uma companheira. Quando ela é compreensível e nos dá forças isso é bom, cara. Aproveite o reeboot, cara! Muita força na jornada!

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Link do e-book grátis:

https://drive.google.com/open?id=0B_ZBYrwrvOuJTDctSjhvdGQ1V1E


"A dor é temporária. Ela pode durar um minuto, uma hora, um dia, um mês ou talvez um ano. Mas, eventualmente, ela irá sumir e outra coisa ocupará o seu lugar. Porém, se você não lutar e superar essa dor, ela vai durar para sempre". (Lancy Armstrong)


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2/10/2015, 17:14
Brlp escreveu:É recompensador quando temos pessoas que nos apóiam, principalmente uma companheira. Quando ela é compreensível e nos dá forças isso é bom, cara. Aproveite o reeboot, cara! Muita força na jornada!
Obrigado!
Tens razão, ainda bem que ela foi compreensiva, pois esse era meu medo e acho que não aguentaria passar por todo esse processo sem ajuda, ainda bem que temos esse fórum para nos apoiar.
Continuando o relato, estou no dia 52 e percebo ainda menos ansiedade e fixação em pensamento pornográficos ao ver mulheres na rua, não tenho "tanto" aquele desejo incontrolável de ver pornografia, praticar masturbação ou sexo (ta lá, mesmo menor, ufa) Segui o conselho de alguns aqui do fórum e voltei a frequentar a academia para substituir a produção de dopamina e vejo que isso ajuda bastante.
Para quem tá começando, aconselho a tomar banhos frios quando bater aquela "vontade" tem me ajudado bastante.

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2/11/2015, 11:05
Gostaria de atualizar meu relato, faz tempo que não o faço.
Passei as últimas semanas tranquilo no aspecto PMO, somente ao ver involuntariamente em portais famosos fotos de biquini, sinto o tal "gatilho" querendo me fazer voltar ao vício, mas tenho conseguido evitar no ato, mudando a página, fazendo meditação ou até mesmo sair do PC.

Algumas brigas familiares e até mesmo com namorada me colocaram para baixo a uns tempos, também me fazendo querer voltar, para "descarregar" e encher de dopamina fácil e "falsa", mas felizmente não tenho tido recaídas, pois penso em todo o trabalho conseguido até aqui e não vou desperdiça-lo.

Com 83 dias, sinto melhora significativa na ansiedade, mudança de humor e na necessidade de querer sexo a todo tempo. Realmente a necessidade que achamos que temos de praticar todo dia é uma coisa totalmente diferente quando estamos muito tempo sem fazer PMO.

Observo que tenho que vigiar a mente, para evitar fantasias e ao olhar mulheres na rua, porque os gatilhos ainda estão lá, mas os estou vencendo aos poucos. Smile

Tenho também feito com mais frequência exercícios físicos, para nutrir meu corpo de dopamina natural e manter a saúde, tem me ajudado muito e volto a indicar fortemente. Corpo são, mente sã, ditado que todos deveríamos seguir.

Andei lendo alguns relatos que mais de uma década de PMO, 90 dias é só o começo e, hoje, tenho plena convicção disso. Não tenho mais a ilusão de que chegando aos 90 dias vou me curar totalmente, afinal, foram muitos anos desse vício
Talvez uns 180 ou 360 sejam mais efetivos e irei continuar até atingir eles, motivado pelas outras histórias de sucesso desse fórum!

A maior vitória atual que percebo é não ter que recorrer mais ao P e M nos dias chatos, estresse de trabalho, brigas com familiares, baixo-autoestima, entre outros, porque finalmente percebi (racional e emocional) que isso não resolve nada, só nos faz piorar e nos manter inertes neste circulo vicioso.
Força para os demais que estão na luta!

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2/11/2015, 11:32
Parabéns, cara. Eis a atitude correta frente ao vício. Quando estamos realmente motivados, é assim que as coisas acontecem.

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"A dor é temporária. Ela pode durar um minuto, uma hora, um dia, um mês ou talvez um ano. Mas, eventualmente, ela irá sumir e outra coisa ocupará o seu lugar. Porém, se você não lutar e superar essa dor, ela vai durar para sempre". (Lancy Armstrong)


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