Diário - Vierkenes

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Diário - Vierkenes - Página 21 Empty Re: Diário - Vierkenes

1/6/2019, 22:05
Boa noite, amigo. Belo texto, você tem muito talento e sabe o que é preciso para realizar um bom reboot. Fique focado, não baixe a guarda. Boa sorte na sua caminhada. Abraços.

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A dor da disciplina é muito menor que a dor do arrependimento.

Meu diário: https://www.comoparar.com/t3860-diario-de-vencedor1989
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Diário - Vierkenes - Página 21 Empty Re: Diário - Vierkenes

2/6/2019, 00:41
Muito obrigado pela mensagem, Vencedor! É bom ouvir um elogio! Hoje não estou muito bem, mas muito legal ouvir alguém dizer que eu tenho o necessário pra vencer. Vamos arregaçar as mangas!

Dia 2 do reboot.

Vindo aqui pra "bater o ponto". Isso é importante pra mim, especialmente no início da caminhada.

Ainda estou na merda, embora um pouco melhor do que ontem.

Sem fissura, embora tenha pensado em consumir P por puro desespero e desesperança. Eu não estava sentindo uma vontade real de consumir P, mas pensei "olha minha situação, eu sou um escravo de merda, não tenho controle de minha vida, tá tudo fodido".

Eu acredito que minha situação psicológica é extremamente grave. Eu construí todo um modo de viver e estar no mundo que é totalmente absurdo, irracional, estúpido e suicida. A pornografia é só um desses elementos, e embora eu tenha ido longe no vício, eu nem sei se é o elemento mais destrutivo de todos.

Eu fico desesperado ao ver que eu não consigo desconstruir esse modo de vida. Quer dizer, eu vou desconstruindo aos poucos, é verdade (sempre importante lembrar como eu cheguei aqui no fórum e como eu estou agora). Acho que as vezes meu cérebro me ilude, fico achando que eu não fiz progresso nenhum nesse tempo todo.

No combate ao vício em P eu fiz progressos reais, que são fáceis de constatar. Em outras coisas,eu também fiz progressos, mas acho que é mais difícil de perceber isso.

Eu me sinto um escravo, um prisioneiro. Acho que vivo assim a uns 15 anos já, vivi minha adolescência inteira assim. Quando eu me vejo preso nos mesmos comportamentos e condutas de sempre, mesmo lutando contra isso desde sempre, eu entro em desespero. Hoje eu cheguei a pensar que estou fora do alcance de ajuda da esfera humana.

O reboot não é tudo. Mas eu espero que uns 30 dias de reboot, por exemplo, aliviem todos esses sentimentos e sensações que tem me atacado. Pra mim é muito claro que há uma relação direta, pois todas as vezes que estou limpo a um tempo razoável, eu me sinto bem melhor e mais fortalecido em todos os sentidos. Quando consumo P, é o contrário: todas as minhas correntes aumentam de peso, a negatividade toma conta de mim facilmente, etc.

Mesmo o reboot não sendo tudo, ele é FUNDAMENTAL. Ou seja, quer eu esteja mal ou bem, escravo ou liberto, EU TENHO QUE ME LIBERTAR DA PORNOGRAFIA.

Tenho que voltar aqui no fórum diariamente, se necessário for, e construir, dia após dia, a caminhada rumo aos 90 dias, pra começar meu processo de libertação.

Meu dia hoje foi horrível. Pensamentos extremamente negativos. Me sentindo um lixo, um merda, etc. Isso é passageiro e vai melhorar nos próximos dias apenas com o reboot, eu sei disso. Minha experiência até aqui me deu a compreensão do poder maléfico extremo do consumo de P, em todos os sentidos: mental, psíquico, espiritual, físico. O vício em P afeta a pessoa como um todo.

Sem exercício físico hoje, novamente. Não vou desistir de me tornar uma pessoa ativa, viva, feliz. Eu ainda posso viver isso.

Durante muito tempo eu ouvi a frase: "a vida começa aos 40". Eu nunca entendi muito bem, mas acho que hoje eu finalmente entendi o que essa frase quer dizer. As vezes a primeira metade de nossa vida é uma série de equívocos, várias coisas danosas, comportamentos errôneos, relações doentias. Muitas dessas vezes, essas coisas são alimentadas por muitos anos - 10 anos, 20 anos.

Levamos um longo tempo construindo nossas prisões, essa é a verdade. Passamos anos alimentando nosso sofrimento, cavando nossa própria sepultura. Isso aconteceu comigo, e eu não fui o único que agiu assim.

Cada um tem um motivo pra agir assim. Diria que a ignorância talvez seja a causa-mestra, pois caso tivéssemos conhecimento, ciência e visão de nossas ações, não agiríamos dessa forma. Se passamos anos construindo nossas prisões, é porque não sabíamos o que estávamos fazendo. Simplesmente isso.

Até que chega o dia em que Deus ilumina nosso caminho. Isso já aconteceu comigo algumas vezes durante minha vida. E o dia em que eu descobri esse fórum foi um desses momentos. Eu não me recordo exatamente como eu descobri o fórum, acho que foi por acaso. Antes de descobrir o fórum eu nem mesmo desconfiava de minha situação, dos danos da pornografia, etc. Achava tudo normal e não sabia que uma boa parte dos meus sintomas e dos meus problemas era por causa dessa praga.

Eu descobri o caminho do reboot. É isso que importa.

Pra finalizar o post, me lembrei do comentário do Potiguar, e tenho mais uma coisa pra falar sobre isso.

Bom, cada um é cada um - os desafios e caminhos são diferentes aqui. Mas no meu caso em particular, é muito claro: eu TENHO que me religar sexualmente pra me curar. Eu não tenho dúvida nenhuma disso. Quando eu relatei minhas experiências frustradas, não era meramente uma falha ou algo do tipo. Se tratava de uma energia sexual latente e potente, que não escoava pelos caminhos naturais - e se não escoava pelos caminhos naturais, certamente escoava por outros caminhos, destrutivos.

Eu não só "escoei" toda minha energia sexual nesses anos todos com pornografia, como dei uma vazão altamente destrutiva para essa energia. Na verdade, eu continuo fazendo isso, é um comportamento altamente obsessivo e neurótico, o qual eu não estou conseguindo desfazer (e que frequentemente eu acho que vai me levar à loucura completa). Quando eu arranjei uma namorada, esse foi um primeiro passo rumo a algo diferente. Pela primeira vez na minha vida eu pensei: "finalmente, sinto que minha energia está indo pro lugar certo". Isso pra mim significa: paz, calma, equilíbrio, bem estar, normalidade.

Eu continuo no mesmo movimento obsessivo, infelizmente. Então, eu tenho sim, que fazer sexo. Um sexo saudável, é claro, não iria adiantar nada eu transar com uma prostituta, por exemplo - preciso estar em contato, um contato verdadeiro. Isso não é exagero, achar que tudo gira em torno disso, ou algo do tipo. Isso é totalmente fundamental pra mim, é um fato. Eu preciso desfazer esse caminho absurdo e insano que eu encontrei pra minha energia sexual, e que fatalmente acaba na pornografia, em algum momento.

Contudo, isso não é uma preocupação pra agora, com apenas 2 dias de reboot. Minhas energias ainda estão desequilibradas, ainda mais que eu consumi bastante P nas últimas quedas. Minha experiência em tentativas mais longas dizem que 30 dias é um bom tempo pra começar a se preocupar com isso. 60 dias já é pra coisa estar encaminhada, ter um movimento real nesse sentido - mesmo que não dê em nada, só o movimento já é muito importante pra mim. 90 dias sem nenhuma perspectiva nesse sentido é complicado, e pelo menos pra mim, sinal de bloqueio sexual, o que é muito ruim, e um problema extremamente grave, na minha opinião.

Mas isso são coisas pra se preocupar em um futuro próximo. Estou falando apenas para registro.

No mais, vou continuar humildemente me conectando com minhas forças espirituais, que ainda estão fracas. Se eu persistir nisso, serei atendido e auxiliado.

Por hoje é só.

Obrigado pra quem acompanha.

Ao que tudo indica, essa será a tentativa que vai dar certo. Estou confiante.

Bom reboot pra todos!

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2/6/2019, 09:42
Irmão, já vinha lendo seu diário se não me engano uma vez, e cara estou te acompanhando. Creio que esses pensamentos que você vêm tendo( negativos), são parte do reboot mesmo, sua mente quer te enganar cara, não adianta!! Se você ler nos meus posts de semana passada, vai perceber que falei bastante sobre isso. Sua mente de um jeito ou de outro vai querer te enganar e te levar a pornografia. A falta dessa dopamina ruim( que é a pornografia), te faz querer ir direto ao consumo dela, quando ela está em abstinência. Em fim, creio que esses pensamentos levam um pouco de tempo para passar, porém força de vontade é o mais importante amigo desisti não!! Bora que bora!

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5/6/2019, 22:56
Valeu, Master DW! Vou dar uma olhada no seu diário, pra que possamos trocar experiências melhor!

Dia 2 do reboot

Tive uma queda dia 3, exposição a gatilhos muito fortes. Não teve como evitar. Eu não fui atrás, simplesmente aconteceu, achei que tava tudo certo, mas os gatilhos são fatais. Por sorte, eu não fico navegando a esmo, tenho um computador 100% bloqueado, e só uso a internet pra coisas específicas, então minhas chances de um gatilho desses é mínima.

Mas to aqui de novo, batendo o ponto. Muito importante no início do processo.

Me masturbei hoje de manhã. A ideia não é essa, mas foi um mal menor. Estou sentindo que vou me estabilizar nos próximos dias, ai seguirei um hard mode.

Refleti bem sobre o processo esses dias.

Comprei uma pequena quantidade de maconha, e fumei bastante. Percebi que eu não tenho a mínima possibilidade de controle sobre isso, quando tenho disponível. Tem pessoas que conseguem "dosar", ter um uso mais consciente, mas eu não consigo. Tenho um uso compulsivo, e acho que não dá muito pra lutar contra isso, creio que vou perder sempre.

O uso compulsivo da maconha também me deixa bem mal. Eu fico...cansado, com pouca energia, viajando demais. Isso deve baixar os níveis de dopamina, com certeza absoluta.

Depois de dias fumando, eu senti bem a baixa de dopamina hoje. Pensei em tentar consumir pornografia. Lembrei do reboot, do fórum das mensagens dos colegas. Pensei: "tenho que tentar, assim eu não vou sair dessa nunca". A solução foi me exercitar.

Corri por 20 minutos e fiz algumas flexões, abdominais, etc. Não fiz o suficiente, foi bem meia boca, mas como tava parado a um tempo, vou admitir isso hoje. Amanhã farei um treino mais eficiente do que o de hoje. É isso, ou é ficar na pornografia, não tem jeito.

Mudei também um pequeno detalhe de minha vida pessoal que creio que fará uma boa diferença. Eu tenho o hábito de dormir nu, eu sempre gostei, sempre me senti bem. Mas percebi que é contraproducente pro reboot, especialmente de manhã, quando tenho ereções matinais. Nessas ereções, como eu estava nu, eu sempre tinha algum contato com meu pênis, mesmo que não fosse necessariamente pensando em coisas relacionadas a sexo. Mas esse contato é o suficiente pra atiçar levemente meus pensamentos e minha conduta, isso realmente interfere no reboot. A partir de hoje, então, eu vou abdicar desse meu pequeno prazer, pensando no meu processo.

Estou começando a entender o que significa "adormecer" a sexualidade. Acho que isso é fundamental pro processo. Esquecer que o pênis existe e não ter contato com ele ereto ajuda muito nesse processo. Impossível restaurar a sexualidade, e deixar ela adormecida consumindo P. A P vai na contramão disso. É só consumir que já ficamos excitados e excitáveis. A tendência é aumentar e muito, o sentimento de frustração sexual. A P alimenta ideias totalmente absurdas e irreais sobre isso.

Então o correto é esquecer que essa parte do corpo existe, pelo menos por um tempo. Quanto menos contato, melhor. Qualquer avaliação ou sentimento sobre sexo com menos de 30 dias é um tanto quanto imatura.

O plano é fazer exercício físico DIARIAMENTE, SEM FALTA. Estou com uma rotina que permite perfeitamente isso, não há nenhuma desculpa plausível. É também a única forma que encontrei, e talvez a mais eficiente, de restaurar os níveis normais de dopamina, dar prazer ao meu corpo, combater a fissura e a depressão, dentre mil outros benefícios. É básico. Se não fosse isso hoje, provavelmente eu teria caído na P novamente.

É forçar o cérebro e o corpo, até ele entender as coisas.

É também, todos os dias fazer a mesma escolha. Isso é meio foda (...). No início, acredito que o cérebro é realmente refém, não há raciocínio, escolha, avaliação, nada disso. O viciado não faz a correspondência entre seu comportamento e os danos causados. Mas conforme o tempo passa (e isso se aplica totalmente a mim, que estou com apenas 2 dias de reboot), a experiência aumenta, a responsabilidade aumenta, e o peso de cada queda também aumenta.

Essa é uma questão complexa. Muitas vezes temos outras escolhas (sempre temos!), mas acabamos caindo do mesmo jeito.

Então é um dia de cada vez mesmo, não tem jeito.

Só orando, pedindo a Deus pra que me mantenha iluminado, seguindo o que realmente sou, o que vai me deixar bem, livre, potente e útil.

Hoje pensei também que, mesmo com vários outros problemas, é totalmente fundamental assumir o compromisso de retirar o fator pornografia da minha vida. Eu poderia escolher outro passo, mas minha luta contra o vício, e meu percusso até aqui me dizem que o reboot é a melhor opção que eu tenho no momento.

Então mesmo que outras coisas estejam desencaminhadas, o reboot de 90 dias tem que ser prioridade. O resto vai se ajeitando junto, ou aos poucos.

Por hoje é só. Bom reboot pra todos!

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8/6/2019, 00:56
Dia 5 do reboot

Começo dizendo que me comprometo a realizar o experimento de 90 dias, eliminando o fator pornografia de minha vida durante esse período. O que quero dizer é que pelo menos esse fator eu elimino, o restou vou deixar "correr", ir ajustando, diminuindo, cortando, o que for. Mas a P vai sumir por esse período. Eu escolhi isso como prioridade, dentre outras coisas que eu poderia ter escolhido.

Lição de gatilhos foi aprendida. Ainda bem que eu não tenho essa exposição, mas é algo realmente fatal. Um gatilho mortífero pra mim são os famosos nomes, me pergunto se um dia eu vou conseguir esquecer ou não lembrar deles.

Começo esse post dizendo que o isolamento é uma merda. É uma doença grave. É realmente foda.

Me recordei de um vídeo sobre adicção de drogas, que tem um rato isolado com água com heroína, e um rato em um ambiente agradável, onde ele socializa, se exercita e copula, com a mesma água com heroína. O experimento conclui que o rato isolado tem uma chance muito maior de se tornar um viciado do que o rato em um ambiente agradável.

Isso vale pros seres humanos também. Uma pessoa que tem uma vida social e sexual saudável tem muito menos chances de se envolver em problemas e vícios, do que uma pessoa isolada.

Eu me sinto como o rato do ambiente agradável, mas incapaz de criar essa conexão com o ambiente ao redor. É como se no meio das pessoas, da música, da diversão, e das mulheres atraentes, eu ficasse em uma bolha que me impede de entrar em contato com eles. É algo realmente estranho. Mas posso dizer que é um comportamento ou atitude bastante doentio.

Digo isso pra relatar que hoje eu me permiti sair um pouco dessa atmosfera de doença. Sai, encontrei uma amiga por acaso. Me juntei a mesa dela. Conheci pessoas, interagi. Minha voz estava fraca, pequena, muito medo. Comecei a conversar com uma menina e não pude deixar de reparar que ela era realmente muito bonita. Depois de um tempo de conversa, que fluiu bem, chegou o namorado dela. Tudo ok, continuei conversando. Parei pra pensar que eu nem mesmo vou pra ambientes onde posso conhecer pessoas e interagir, eu nem mesmo conheço ou converso com mulheres como ela ou como outras. Se eu conseguisse fazer com que essa experiência de hoje fosse normal pra mim - sair em um fim de semana com amigos, conhecer pessoas, dar uma volta, etc - com certeza eu acabaria conhecendo alguma mulher e ficando com ela. A ideia na verdade nem é essa; mesmo esse contato, sem nenhuma intenção de conhecer ou ficar com alguém, é extremamente benéfico e até necessário. O problema é que eu não consigo fazer isso (ou raramente consigo, hoje foi exceção: que aconteça mais vezes daqui em diante)

De tarde, eu senti uma falta mortífera de...carinho. Essa é outra questão. Pra mim é um sentimento realmente maléfico, do inferno: acredito que é uma coisa básica. Sexo dá pra passar sem - a vida só fica um pouco sem graça, perde um pouco do brilho. Mas falta de carinho é pior. Dá vontade de morrer. Eu não tenho isso de ninguém. Isso é ruim, eu não recomendo pra ninguém. Se livrem de seus medos e de suas barreiras pra contato!

E assim vou vivendo a vida.

Estou bebendo 1 litro de cerveja por dia, antes de dormir. É o modo que estou encontrando pra lidar com meus problemas ou dores emocionais. Na verdade, eu não sou alcoólatra - não sinto um desejo irresistível por álcool, nem me descontrolo com seu consumo. É meu modo de vida que me leva a isso, não o poder viciante da substância. São coisas diferentes. E ainda tem o modo de consumo do álcool: beber sozinho, ruminando pensamentos, ou beber com amigos e boas companhias. Também são duas coisas bem diferentes. O primeiro é absolutamente doentio. O segundo, se moderadamente, é uma prática saudável e até recomendável. Infelizmente eu fico quase sempre no primeiro esquema. Se ficasse no segundo, acho que tava tudo certo.

É claro que isso pode dar problema em algum momento. Meus níveis de dopamina podem baixar muito, e isso pode me levar a uma fissura severa por pornografia. Fora o risco de de virar realmente dependente de álcool, mas eu estou disposto a lidar com esse risco, por enquanto. Acho que as coisas vão se ajeitar mais pra frente.

Por enquanto, só enxergo o exercício físico como solução. É o único que pode impedir essa queda "primária", essa falta elementar e básica da dopamina.

Sei que a situação tá um pouco complicada. Mas estou esperançoso.

Minha questão com sexo é a seguinte: não é que eu quero transar mais ou transar menos, com tal mulher, ou com mulheres atraentes, etc, não é nada disso. O que eu não quero é ser uma pessoa bloqueada. Quando eu sentir o impulso, conhecer alguém que eu tenha uma atração verdadeira e saudável, eu não quero que isso seja impedido, abafado. Esse sentimento de bloqueio e impedimento - que eu experimentei a maior parte de minha vida - se tornou um sentimento extremo pra mim. É uma questão fundamental - vital, eu diria! Eu sinto que nunca vou conseguir largar verdadeiramente a pornografia, enquanto eu não desfizer esse bloqueio.

Outra coisa é perder o medo de viver o que é bom. O medo de experimentar as coisas dá vontade de voltar pro quarto. Ir pro quarto bloqueado por causa do medo, pode levar ao desejo por pornografia. É um caminho natural. A outra opção é suportar tudo isso sóbrio e limpo, mas eu não acredito muito nisso. Se for pra se libertar da pornografia, tem que ser pra viver de verdade.

Viver de verdade é o melhor remédio pra combater a pornografia. Quem investe em uma vida saudável - em todos os sentidos, incluindo o social e o sexual - é quem realmente vence nessa batalha. Quando as coisas boas e os bons sentimentos nos invadem, a pornografia perde todo o seu poder sobre nós.

Então o grande segredo é ir se expondo ao sol, às coisas boas, deixando que pouco a pouco essas coisas nos dominem, nos tirem do quarto escuro e fedorento, onde ficamos consumindo pornografia. Que o quarto se torne limpo e iluminado! (hoje eu limpei o quarto todo, isso faz uma diferença grande no ânimo).

Me recordei que em um período do último namoro, era assim que eu me sentia. Pensei "meu deus, eu não preciso de pornografia!". Isso não durou pra sempre, é claro. Cai por volta do dia 50, enquanto estava com ela. Mas ao mesmo tempo, eu estava "verde" no reboot, ainda estava entendendo minha batalha.

Mesmo com todas essas coisas que eu relatei, hoje eu fiz novamente a mesma escolha: não consumir P.  Basta com que amanhã eu faça a mesmíssima escolha, e está tudo certo.

Por enquanto é só.

Até a próxima!

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Diário - Vierkenes - Página 21 Empty Re: Diário - Vierkenes

8/6/2019, 03:41
vierkenes escreveu:Dia 5 do reboot

Começo dizendo que me comprometo a realizar o experimento de 90 dias, eliminando o fator pornografia de minha vida durante esse período. O que quero dizer é que pelo menos esse fator eu elimino, o restou vou deixar "correr", ir ajustando, diminuindo, cortando, o que for. Mas a P vai sumir por esse período. Eu escolhi isso como prioridade, dentre outras coisas que eu poderia ter escolhido.

Lição de gatilhos foi aprendida. Ainda bem que eu não tenho essa exposição, mas é algo realmente fatal. Um gatilho mortífero pra mim são os famosos nomes, me pergunto se um dia eu vou conseguir esquecer ou não lembrar deles.

Começo esse post dizendo que o isolamento é uma merda. É uma doença grave. É realmente foda.

Me recordei de um vídeo sobre adicção de drogas, que tem um rato isolado com água com heroína, e um rato em um ambiente agradável, onde ele socializa, se exercita e copula, com a mesma água com heroína. O experimento conclui que o rato isolado tem uma chance muito maior de se tornar um viciado do que o rato em um ambiente agradável.

Isso vale pros seres humanos também. Uma pessoa que tem uma vida social e sexual saudável tem muito menos chances de se envolver em problemas e vícios, do que uma pessoa isolada.

Eu me sinto como o rato do ambiente agradável, mas incapaz de criar essa conexão com o ambiente ao redor. É como se no meio das pessoas, da música, da diversão, e das mulheres atraentes, eu ficasse em uma bolha que me impede de entrar em contato com eles. É algo realmente estranho. Mas posso dizer que é um comportamento ou atitude bastante doentio.

Digo isso pra relatar que hoje eu me permiti sair um pouco dessa atmosfera de doença. Sai, encontrei uma amiga por acaso. Me juntei a mesa dela. Conheci pessoas, interagi. Minha voz estava fraca, pequena, muito medo. Comecei a conversar com uma menina e não pude deixar de reparar que ela era realmente muito bonita. Depois de um tempo de conversa, que fluiu bem, chegou o namorado dela. Tudo ok, continuei conversando. Parei pra pensar que eu nem mesmo vou pra ambientes onde posso conhecer pessoas e interagir, eu nem mesmo conheço ou converso com mulheres como ela ou como outras. Se eu conseguisse fazer com que essa experiência de hoje fosse normal pra mim - sair em um fim de semana com amigos, conhecer pessoas, dar uma volta, etc - com certeza eu acabaria conhecendo alguma mulher e ficando com ela. A ideia na verdade nem é essa; mesmo esse contato, sem nenhuma intenção de conhecer ou ficar com alguém, é extremamente benéfico e até necessário. O problema é que eu não consigo fazer isso (ou raramente consigo, hoje foi exceção: que aconteça mais vezes daqui em diante)

De tarde, eu senti uma falta mortífera de...carinho. Essa é outra questão. Pra mim é um sentimento realmente maléfico, do inferno: acredito que é uma coisa básica. Sexo dá pra passar sem - a vida só fica um pouco sem graça, perde um pouco do brilho. Mas falta de carinho é pior. Dá vontade de morrer. Eu não tenho isso de ninguém. Isso é ruim, eu não recomendo pra ninguém. Se livrem de seus medos e de suas barreiras pra contato!

E assim vou vivendo a vida.

Estou bebendo 1 litro de cerveja por dia, antes de dormir. É o modo que estou encontrando pra lidar com meus problemas ou dores emocionais. Na verdade, eu não sou alcoólatra - não sinto um desejo irresistível por álcool, nem me descontrolo com seu consumo. É meu modo de vida que me leva a isso, não o poder viciante da substância. São coisas diferentes. E ainda tem o modo de consumo do álcool: beber sozinho, ruminando pensamentos, ou beber com amigos e boas companhias. Também são duas coisas bem diferentes. O primeiro é absolutamente doentio. O segundo, se moderadamente, é uma prática saudável e até recomendável. Infelizmente eu fico quase sempre no primeiro esquema. Se ficasse no segundo, acho que tava tudo certo.

É claro que isso pode dar problema em algum momento. Meus níveis de dopamina podem baixar muito, e isso pode me levar a uma fissura severa por pornografia. Fora o risco de de virar realmente dependente de álcool, mas eu estou disposto a lidar com esse risco, por enquanto. Acho que as coisas vão se ajeitar mais pra frente.

Por enquanto, só enxergo o exercício físico como solução. É o único que pode impedir essa queda "primária", essa falta elementar e básica da dopamina.

Sei que a situação tá um pouco complicada. Mas estou esperançoso.

Minha questão com sexo é a seguinte: não é que eu quero transar mais ou transar menos, com tal mulher, ou com mulheres atraentes, etc, não é nada disso. O que eu não quero é ser uma pessoa bloqueada. Quando eu sentir o impulso, conhecer alguém que eu tenha uma atração verdadeira e saudável, eu não quero que isso seja impedido, abafado. Esse sentimento de bloqueio e impedimento - que eu experimentei a maior parte de minha vida - se tornou um sentimento extremo pra mim. É uma questão fundamental - vital, eu diria! Eu sinto que nunca vou conseguir largar verdadeiramente a pornografia, enquanto eu não desfizer esse bloqueio.

Outra coisa é perder o medo de viver o que é bom. O medo de experimentar as coisas dá vontade de voltar pro quarto. Ir pro quarto bloqueado por causa do medo, pode levar ao desejo por pornografia. É um caminho natural. A outra opção é suportar tudo isso sóbrio e limpo, mas eu não acredito muito nisso. Se for pra se libertar da pornografia, tem que ser pra viver de verdade.

Viver de verdade é o melhor remédio pra combater a pornografia. Quem investe em uma vida saudável - em todos os sentidos, incluindo o social e o sexual - é quem realmente vence nessa batalha. Quando as coisas boas e os bons sentimentos nos invadem, a pornografia perde todo o seu poder sobre nós.

Então o grande segredo é ir se expondo ao sol, às coisas boas, deixando que pouco a pouco essas coisas nos dominem, nos tirem do quarto escuro e fedorento, onde ficamos consumindo pornografia. Que o quarto se torne limpo e iluminado! (hoje eu limpei o quarto todo, isso faz uma diferença grande no ânimo).

Me recordei que em um período do último namoro, era assim que eu me sentia. Pensei "meu deus, eu não preciso de pornografia!". Isso não durou pra sempre, é claro. Cai por volta do dia 50, enquanto estava com ela. Mas ao mesmo tempo, eu estava "verde" no reboot, ainda estava entendendo minha batalha.

Mesmo com todas essas coisas que eu relatei, hoje eu fiz novamente a mesma escolha: não consumir P.  Basta com que amanhã eu faça a mesmíssima escolha, e está tudo certo.

Por enquanto é só.

Até a próxima!

Uau, que relato!!!
Vc descreve muito bem o objetivo real que eu procuro.
Quero ser seu amigo.
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9/6/2019, 23:41
Dia 6 do reboot

Ainda estou muito frágil no reboot, com risco de cair a qualquer momento. Por isso to postando aqui hoje.

Tive exposição a gatilhos fracos, por pouco tempo. Consegui parar em tempo, e vir direto postar aqui.

Por hoje, faço a opção de não consumir P. Hoje eu tive essa capacidade. Amanhã posso ceder. É uma escolha diária. Isso é foda. É preciso ter a mente no lugar e saber muito bem o que se quer (e qual o preço a pagar) pra sair vitorioso nessa batalha.

Aparentemente, não tenho mais condições de um bloqueio efetivo no computador. Já tentei várias coisas, mas não dá. Diria que é uma falha do próprio computador. O Blok Supreme enlouqueceu, o programa tá instalado e rodando, mas falha as vezes. Eu não consigo desinstalar, pois não tenho a senha. O computador é velho, lento e com alguns problemas. Tentei instalar o Kurupira, mas deu problema. O que tá salvando mesmo é o opendns, mas não é perfeito. Não sei mais o que fazer em relação a isso.

Esses 6 dias são muito valiosos pra mim. É horrível a ideia de jogar tudo isso fora, com um pc desbloqueado, ou com uma boa oportunidade de consumir P. Vou segurar tudo isso até avançar mais dias, quando a compulsão tende a desaparecer.

Continuo comprometido a eliminar o fator P de minha vida por 90 dias, o resto vou deixar acontecer. É por isso que fechei os gatilhos e vim postar, porque me lembrei disso.

Insustentável ficar bebendo assim, e me chapando. Isso vai me levar de volta pra P em algum momento. É complicado.

Por outro lado, meu próprio modo de existência é insustentável. Complicado viver como eu vivo, sem recorrer a drogas.

Algumas vezes eu me pergunto se não estou fazendo uma interpretação errada do reboot. Se eu não complico as coisas, ou algo do tipo.

Vejam o exemplo: o velho Toguro recomenda paquerar como uma excelente atividade extranet. Eu concordo com ele. Mas isso é pros que podem. Pra outros, que vivem com severos bloqueios em vários níveis, isso se torna impossível.

Ontem eu sai. Tava tendo uma festa de rua, muito legal, por sinal. Eu fui descompromissadamente. Minha energia sexual ainda não está muito alta (em hard mode a 4 dias). E mesmo que estivesse, isso não faz diferença pra mim, pois meus bloqueios continuam ativos, e eu não consigo de qualquer modo.

Durante a festa, eu avistei uma menina por quem eu sempre tive simpatia. Eu sempre achei ela legal, interessante e atraente. Então eu me aproximei dela pra conversar (com um pouco de pretensão, mas ao mesmo tempo tranquilo). Ela se mostrou receptiva, e isso foi legal. Saímos pela festa e tudo mais.

Mas conforme o tempo foi passando, o medo foi se manifestando em mim. Essa energia sombria, que drena minha vitalidade, me impede de viver as coisas boas da vida, e, honestamente, me enche de desespero até a tampa.

Todos se divertindo, a menina se divertindo. Até pra dançar ela me chamou. E eu dei uns passos desajeitados, totalmente desconectado da situação, do momento, do clima, de tudo. Ela percebeu, mas insistiu um pouco pra que eu tentasse mais. Continuei por pouco tempo. Depois fui pra um canto, beber e fumar cigarro.

Se eu tivesse me conectado àquela situação como um todo, eu não precisaria beber e fumar. A energia que se desprende na atitude negativa é muito grande. Me sinto exausto por ter vivido assim a maior parte de minha vida.

Eu enxergo isso como uma violência contra mim mesmo, e extrema. Eu estava com vontade de ficar lá, de dançar, de sorrir, de conseguir relaxar e levar tudo na brincadeira. Até mesmo de "dar em cima" dela eu estava afim, caso surgisse um momento propício. Mas meu estado mental, psíquico e espiritual me impedem de vivenciar essas coisas.

Meu estado interno é de profunda desarmonia. Eu sinto que não sigo minha própria natureza. Contrario meus desejos, minhas necessidades. O nível de tensão que isso causa é absurdo. Infelizmente, eu deixei o medo e a tensão crescerem demais dentro de mim, eles se tornaram crônicos, se tornaram maior do que eu, e me dominaram. Eu já vivo assim a um bom tempo. Não me surpreende que eu tenha ido tão longe no vício em P; é o caminho natural pra quem vive assim, ou vício em P ou em outras drogas.

Sei que logo pensamentos sombrios me dominaram. O medo jogou seu véu negro e espesso sobre mim. Tudo perdeu a graça e o sentido. Meu corpo travou, eu me afastei da menina e de todos. Bebi mais uma cerveja, pois não queria voltar pra casa, estava sem sono.

Ela viu que eu fui pro canto. Ainda sentou um pouco comigo e ficou conversando, mas eu já estava diferente - com uma nuvem espessa sobre mim, fechado pra contato. Conversamos um pouco, depois ela foi pra outro lugar, dizendo que estaria por perto. Dei tchau pra ela e ficou tudo certo. Senti um pouco de clima nesse momento. Mas não liguei muito pra isso.

Sabem, é possível realizar o reboot desse modo, mas diria que não é sustentável, e tende logo a cair. Ou talvez não, isso pode ser besteira. Vou ter que continuar e descobrir por conta própria. Mas sei que a repetição contínua e constante dessa situação, por vários anos a fio, esse sentimento profundo de estar indo contra a natureza, isso é algo que pode me levar de volta à P. Tenho que ser forte e passar por esse momento, com fé de que isso vai se resolver adiante. Tenho que segurar esse rojão, até atingir uma boa quantidade de dias, quando a compulsão tende a desaparecer.

Frequentemente me bate um desespero ao ver que rarrísimas vezes eu consegui agir de outro modo. Dá pra contar nos dedos de uma mão. Já a quantidade de vezes que esse tipo de coisa que relatei me aconteceu...eu já perdi a conta. Talvez até centenas de vezes.

Quando atingi 85 dias, eu achei que a energia extra proporcionada pelo reboot - que é muito alta - seria o suficiente pra resolver isso. Eu pensei: "com a quantidade de energia que eu estou, eu não vou hesitar em entrar nessa roda, pular, me divertir, e dar em cima da primeira mulher que realmente me interessar. Olha só o cheiro dessa fêmea, é excitante, agora que eu sinto bem esse cheiro, não vai ter erro. Quando eu consumia P, eu não sentia isso, eu nem mesmo viria pra um lugar como esse". Eu me enganei. Se trata, evidentemente, de um problema psicológico firmemente enraizado, talvez até espiritual. O reboot por si só não é capaz de reverter esse quadro.

Lembrando que o experimento é pra parar de consumir P. Não é pra parar de beber ou de consumir drogas. Pra fazer mais sexo. Pra curar depressão, ansiedade ou qualquer outra coisa. O negócio aqui é parar de consumir P, o resto vai se ajeitando paralelamente. Estou me atendo com muita força a essa ideia. É o que vai me levar adiante aqui no fórum.

Se eu me deixar abater por todas as coisas que tenho dito aqui, eu acho que nunca iria passar dos 15 dias...

Por outro lado, creio ser urgente resolver essas questões. O reboot não é sustentável assim, principalmente no longo prazo.

Por isso, vou correndo atrás de como desfazer esses bloqueios. Essa é uma questão tão básica e vital pra mim como parar de consumir P. Diria na verdade, que é até mais importante do que parar de consumir P. Como não existe um método, um fórum ou um remédio específico pra isso, eu vou desabafando aqui. Espero que não se importem, que eu não esteja fugindo muito do tema. Espero também que os post não estejam muito repetitivos.

Termino esse dia 6 me sentindo um vitorioso. Acho que minhas palavras deixam claro a situação que eu enfrento. Cada um é um cada um. Mas acho que é relativamente normal passar 3, 4, 5 ou mais anos pra resolver isso de uma forma definitiva. Fora os muitos que desistem no meio do caminho, como os vários diários que vão ficando pra trás, sem atualização, aqui no fórum. Me sinto orgulhoso de estar aqui agora. Muitos dos que abandonaram o experimento e seus diários, vão acabar retornando um dia.

Amanhã vou me preservar de computador, visto que tive exposição a gatilho. Todo cuidado é pouco com isso. O gatilho foi leve, mas geralmente é algo fatal.

Primeira meta é 10 dias. Postarei, se necessário for, diariamente, até o dia 15, pelo menos.

Mantenho a estratégia de não tocar no pênis, pra absolutamente nada, em nenhuma situação. Só urinar e tomar banho, apenas. Não ter contato nenhum com ele. Isso, se levado ao pé da  letra, envolve não se masturbar. Vou continuar tentando no hard mode.

Continuo com fé, no reboot.

Por hoje é só. Até a próxima!

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10/6/2019, 11:13
Meu caro, não sei se você percebeu, mas já existe uma diferença em você, antes você reclamava que não saia mais e agora está saindo e chegou a interagir com uma mulher, às mudanças estão acontecendo aos poucos e isso é muito bom!

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10/6/2019, 21:21
EAI cara, infelizmente eu entendo vc e posso dizer que sinto o mesmo com vc, na vdd todos aqui sentimos, pois os danos que a PMO trás é 100% mental, por isso temos esse bloqueio mental de auto-sabotagem, até pra dar um abraço em alguém que seja eu sinto uma relutância, um bloqueio. Hoje msm dps de vários dias sobe efeito de PMO fui na padaria e a ansiedade estava me consumando. infelizmente a nossa única saída é cancelar PMO da nossa vida.
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12/6/2019, 03:16
Caí hoje, depois de 7 ou 8 dias, nem sei.

Estou em um bom momento pra me afastar do fórum.

Várias questões e problemas tem se mostrado mais cruciais do que o reboot pra mim. Meus bloqueios, em vários níveis, atingiram um ponto crítico e tem tornado minha vida absolutamente insustentável. Vivo praticamente 24 horas com uma angústia pesada no peito. É questão de tempo até isso evoluir para uma doença grave. Espero me curar disso tudo, antes de um momento fatal.

Isso não significa que vou largar o reboot. Eu já tive experiência suficiente pra saber dos benefícios dessa batalha.

Mas sinto que a prioridade deve ser aliviar o peso que carrego sobre os ombros. Conseguir respirar. Conseguir viver em paz. Isso é mais importante do que largar a P.

(na realidade, tudo caminha junto. O peso só vai aliviar se eu for gradativamente largando a P. Se eu afundar nessa, o peso só vai aumentar, não tem jeito. Já constatei isso milhares de vezes ao longo desse processo).

Podem ser duros comigo, eu não me importo. Talvez eu esteja mesmo precisando ouvir umas verdades. Pode até machucar. Com certeza machuca quando tocamos em nossos pontos fracos, a gente até se irrita ou se revolta com a pessoa que fala o que precisamos ouvir. Podem falar. Eu acho que preciso de um comentário mais inciviso e cru. Pode me fazer bem.

Mas a questão é que eu cheguei em um ponto em que o reboot por si só não é suficiente. Preciso ir atrás de outras coisas.

Admito que me decepcionei levememente com o reboot, pois achei que pelo menos meus bloqueios sexuais iriam desaparescer com isso. Mas eu me enganei. Isso é ótimo, pois eu não crio mais expectativas falsas com o processo. Isso é muito importante. Quando atingi 85 dias (quase os 90 proposto), eu ainda não tinha superado as questões mais importantes pra mim. Estava longe disso.

Eu estou, atualmente, morando com uma mulher. Se por acaso eu afundasse na P, a situação iria ficar muito ruim pra mim. No auge do vício, teve uma época em que eu morei com duas mulheres. Eu vivia em humilhação constante naquela época. Acho que eu nem tinha descoberto o reboot, então consumia diariamente mesmo, não tava nem aí. Mas o fato de morar com 2 mulheres, era foda. Eu vivia em um estado negativo 24 horas por dia. Eu nunca mais quero passar por isso na minha vida, sinceramente. Só pra vocês terem ideia, eu já cheguei a roubar calcinhas no varal, de uma delas...

É sempre bom lembrar todas as desgraças que a gente já viveu por causa disso. Claro que hoje em dia estou em outro nível, graças ao fórum. Hoje em dia eu jamais faria isso. É algo que ficou no passado. Mas é bom lembrar, esse vício é muito humilhante.

E pensar que eu caí hoje.

Pior do que cair hoje é o fato de que eu não tenho afeto e contato físico de absolutamente ninguém. A cada dia que passa eu penso que é impossível largar a P em um regime de absoluto isolamento afetivo\sexual, como o que eu vivo (fora todos os outros bloqueios, o sexual\afetivo é só um deles). Isso torna tudo 100x mais complicado.

Em termos técnicos, eu não consigo religar adequadamente. A religação é a base do processo. Sem religação, a coisa não vai pra frente. É parte da cura do viciado. Impossível seguir assim. Nunca vou conseguir passar dos 90 dias desse jeito.

Esse sentimento está, literalmente, me matando aos poucos. Mas isso foge das competências do reboot. Eu falo pra desabafar, mas sei que isso está totalmente fora das competências e das promessas do processo.

Eu não aguento mais viver assim. Não perdi as esperanças...estou vivo. Tenho bastante pela frente. Posso dar a volta por cima. Posso me apaixonar de novo e gozar de tudo de bom que a vida tem. Posso um dia, andar me sentindo leve, sem medo, sem nenhuma nuvem densa ao redor de minha cabeça.

Mas me sinto profundamente triste ao ver que ainda estou nessa. O tempo passou e caí na mesma armadilha. Isso é foda.

A sensação é de estar contrariando totalmente a natureza. De estar remando obsessivamente contra a maré. De viver em uma situação surreal, que não corresponde à realidade. Desarmonia muita profunda, especialmente na parte sexual. Sinto como se dentro de mim houvessem dutos entupidos, situações de anos. Minhas energias estão bloqueadas. E isso vai me causar todo tipo de dano possível, em todos os níveis. O resultado disso é trágico, infelizmente.

A esperança é a última que morre.

Só vou postar de novo quando atingir 7 dias de novo, pra continuar do ponto de onde parei no último post.

Medidas emergenciais:

1) bloquear, imediatamente, o computador. Isso é fundamental pra eu não ficar em um ciclo infinito de recaídas. Cada dia com brecha é um valioso tempo perdido.

2) ir em busca de tratamentos, terapias, remédios ou quaisquer outra coisa que possa me ajudar. Eu preciso de ajuda externa URGENTEMENTE. Ainda não sei exatamente o que buscar, mas deve haver uma solução pros meus problemas.

3) como eu aparentemente, não consigo resolver isso, me entregar cada vez mais ao Poder Superior. Só ele pode intervir por mim, mais ninguém...

Enquanto isso, eu vou indo, cometendo suicídio indireto, bebendo todo dia, etc. Nada mais tem sentido. Não consigo suportar essa situação, que se estende por mais de 10 anos, de forma praticamente initerrupta.

Mas a esperança é a última que morre.

Um dia posto nas histórias de sucesso. Minha história vai ser ótima.

Próximo post, só daqui a 7 dias. Não quero ficar enchendo o saco de ninguém, repetindo as mesmas ladainhas de sempre. Quero mostrar seriedade aqui. Enquanto não for capaz disso, eu nem volto pra esse espaço.

Potiguar, valeu pela mensagem. Eu preciso de bem mais tempo...é o que eu acredito.

Heitor, eu acho que meu buraco é mais embaixo. Meu caso não é mera auto sabotagem, ou se for, se trata de uma auto sabotagem no grau mais severo possível. Isso não é normal. E cancelar a P não é a única saída pra minha vida, ou pelo menos, não só cancelar a P. Tem que ter outras coisas paralelamente.

Espero que as coisas que eu escrevo sejam verdadeiramente útil pra alguém.

Forte abraço pra quem fica, e até a próxima!

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22/6/2019, 01:49
Fala, Headbanger!

Cara, eu me identifico com você em muitos pontos, mas em outros sou muito diferente. Embora eu também tenha uma chaga na parte sexual, eu sinto que não mergulhei tão fundo em algumas coisas quanto você. Sua ferida em relação a isso parece ser bem maior do que a minha, sem dúvidas. Graças a Deus eu não fui pelo caminho da prostituição, isso poderia ter me deixado marcas muito mais terríveis.

O que eu quero em relação às mulheres não é nada demais: apenas conseguir me expressar sexualmente - se for o caso, se for uma mulher que eu realmente sinta um desejo genuíno. E evoluir disso para o amor sexual (o que exige uma abstinência completa de P). Eu consigo sim, proximidade com mulheres, tenho até algumas amigas. O problema é quando a coisa vai pro lado sexual, aí fica tudo mais difícil.

Sobre isso de você não ter nascido pra ter alguém, bom...isso é besteira. Eu entendo que nesse momento, pareça algo muito sério, uma realidade. Mas com o tempo, esse pensamento vai se quebrar dentro de você, e uma nova realidade vai aparecer. Sim, é verdade! Isso realmente vai acontecer! Pode acontecer mais rapidamente, se você se dedicar mais, ou de forma mais lenta, se você se dedicar menos. Mas não adianta porque o futuro é luminoso. A gente sai das trevas e da ignorância, e através da vivência e do aprendizado, ficamos sábios, vamos pra luz, e então as coisas começam a dar certo. Ao menos, é assim que eu penso.

Dia 10 do reboot

Cai uma única vez, no dia 12, queda bem rápida inclusive (menos de 1 minuto). Engatei 10 dias, sendo 9 em hard mode (me masturbei ontem). Seguindo no hard mode novamente.

Eu estava na merda 10 dias atrás (bebendo 1 litro de cerveja todo dia antes de dormir, e com uma angústia absurda no peito). Com meu conhecimento, eu consegui me estabilizar - eu tenho um certo conhecimento em medicina alternativa, e uso isso para resolver meus problemas de saúde, emocionais, ou simplesmente me estabilizar em momentos mais críticos.

Passei 10 dias sem olhar o fórum, e sem olhar internet de modo geral (só usando o facebook pra responder mensagens rapidamente). Não é a primeira vez que faço isso, mas o "detox" de internet é realmente maravilhoso pra um rebooter. Eu particularmente recomendo muito, a recuperação é bem mais rápida, e ainda tem outros benefícios.

Pensei bastante antes de postar hoje. Mas daí, veio na mente: "vou só dar uma olhada bem rápida no diário de alguns companheiros, postar essa mensagem e retornar pra esse estado: usando o mínimo de internet possível".

Eu tenho uma natureza compulsiva e obsessiva, infelizmente. Eu frequentava muito o fórum, mas isso não é bom - a impressão que eu tenho é que algumas palavras, como P, M e até outras piores acabam ficando na mente. Isso parece aumentar um pouco o poder delas, elas se tornam mais presentes, vem mais facilmente na cabeça. Isso é altamente contraproducente. É bem melhor se manter afastado de qualquer coisa que remeta a essas coisas, pelo menos no período inicial do reboot.

No dia 10, eu percebo que a qualidade dos dias é muito importante. 10 dias é um início, mas eu ainda não consegui implementar a mudança de vida necessária para levar o reboot adiante.

Cada dia que passa, eu vejo que não tem jeito: ou o cara muda de vida, ou ele vai continuar na P. Eu pensei isso algumas vezes, quando passou a ideia de cair pela minha cabeça. Pensei: "tenho que continuar implementando bons hábitos, restabelecer minha normalidade, minha saúde, repensar a forma como eu levei as coisas até aqui. Mesmo que eu falhe hoje, eu devo continuar tentando me tornar uma pessoa melhor". Ainda me pergunto como foi o processo de rebooters que foram longe - 200, 300 dias sem P. Vale a pena dar uma olhada nesses diários, ou fazer algumas perguntas sobre essas coisas.

Bom, como eu consegui me estabilizar, meus sintomas melhoraram. A vontade de ficar chapado diminuiu muito, e eu consegui levar tudo com mais tranquilidade. Esse estado é muito bom pra continuar no reboot, tudo flui mais leve, mais harmônico. Não estou sentindo desejo de álcool: só hoje que eu bebi uma lata de cerveja, e isso porque sai pra rua pra dar uma volta. Não posso dizer o mesmo em relação à maconha, a qual eu tenho consumido esses dias. Infelizmente, no longo prazo ou no hábito constante, não dá certo. Sempre que eu fico fumando maconha constantemente, as coisas dão errado em algum momento. Ainda não descobri qual meu mecanismo de vício em relação a maconha, eu tenho que descobrir qual é o ponto pra conseguir parar de fumar (ao contrário de alguns amigos e conhecidos que defendem a erva enquanto estilo de vida, eu não tenho interesse nenhum em levar isso adiante, em ser usuário de maconha: eu quero mesmo é parar de fumar a planta).

Esses dias tem festa na cidade. Eu quero aproveitar pra fazer uma coisa fundamental pro meu processo, a qual eu sinto que tenho realmente que fazer, ou nada feito: sair e tentar ficar com alguma mulher. Isso é FUNDAMENTAL pra mim. Eu NUNCA vou conseguir completar o reboot enquanto eu achar que só posso ter sexo através de uma tela. Esse é um fato consumado: tenho que compreender, lidar, extravasar minha energia sexual. Tenho que acreditar que sou capaz de arranjar uma parceira, seja por que meios seja (virtual, em festas, tanto faz). Infelizmente, minha história de vida me levou a acreditar no contrário - quase 30 anos, e só beijei 2 mulheres na vida, sendo uma delas com quem eu perdi a virgindade. Eu tenho certeza absoluta que esse fato contribuiu muito pro meu vício em P. Ainda é tempo: é compreender que o passado já era, mas que eu posso fazer diferente daqui em diante. Ter fé que meus melhores dias estão por vir - um dia arranjarei uma mulher muito legal, a quem vou amar bastante, e com quem vou ter muita intimidade e muito sexo.

Diante da situação atual, o sentimento de frustração logo vem. Ele aparece as vezes, e é sempre um sentimento muito difícil de lidar, capaz de me derrubar, colocar meu ânimo no chão. É horrível. Mas por enquanto, só posso continuar lutando bravamente contra isso - recomendo a todos que passam por esse problema que façam o mesmo: nunca permitam que esse sentimento domine, continuem treinando pra vencer esse inimigo. Pra combater isso, eu vou cultivando a calma e a paciência dentro de mim. A esperança e a fé no futuro. A ideia de que, se eu me dedicar de coração aos meus objetivos (e isso inclui completar os 90 dias do reboot!), as coisas simplesmente vão acontecer, e melhor: quando acontecer, vai ser maravilhoso e vai compensar tudo que eu passei até aqui! É a essas ideias que eu tenho recorrido, quando bate o desânimo.

Ainda pra falar mais disso, o que eu realmente sinto falta nem é propriamente sexo. Ok, sexo é muito bom, é maravilhoso, mas dá pra passar sem. Mas não é bom ficar sem. Ter um sexo saudável dá um up incrível na vida da pessoa, as coisas ficam mais coloridas, o ânimo melhora, etc. Mas o que eu realmente sinto falta é de carinho - eu já repeti isso várias vezes aqui. É uma falta mais difícil de lidar, porque acredito ser mais fundamental e mais básica. Quero também eliminar completamente o MEDO de minha vida. Eu já perdi MILHARES de oportunidades por causa disso, inclusive oportunidades de uma troca intensa de carinho, sentimentos e de sexo, fora todas as outras. Perdi TUDO por causa do medo. Tenho que dedicar todas as minhas forças para isso, para VIVER A VIDA, ser invadido pela CORAGEM e ir aproveitar tudo que a vida tem de bom. Se eu conseguir fazer isso - e eu vou conseguir! - a P vai sumir rapidamente de minha vida,do mesmo jeito que o sol do verão derrete a neve. Esse é o verdadeiro caminho do reboot pra mim. Enquanto eu recuar, recusar, dizer não para as experiências e para as trocas, ficar no quarto ou em algum canto de bar sombrio, a P vai continuar na minha vida.

No mais, sigo pela luta de uma vida saudável.

Retornei pra capoeira, depois de um tempo sem ir. Eu quero bastante ficar bom nisso, mas vai ser um longo caminho. Passei muito tempo sem usar meu corpo pra nada. O treino é puxado e exige bastante. Eu não consigo nem fazer uma aula inteira, eu fico "morto" antes do final.

Então, paralelamente ao treino de capoeira, vou seguir fazendo corridas pra aumentar o fôlego, e fazer alguns exercícios básicos de fortalecimento, pra que eu consiga usar bem a minha força. Sem esquecer dos alongamentos, que são totalmente fundamentais - corpo fléxivel, mente e conduta fléxivel!

Essa é outra mudança de vida necessária: cuidar do corpo, com exercícios. Eu falo isso desde o primeiro dia que entrei no fórum, mas ainda não consegui cumprir completamente essa promessa. Continuo tentando. Não vou desistir. É fundamental também.


Eis minhas metas dos próximos dias:

1 - Continuar em uma rotina com o mínimo de internet possível. Esquecer do fórum, esquecer do computador. Ficar inclusive atento, se eu passar a usar o computador com mais frequência - isso é um claro sinal, muito prévio, que a coisa pode desencaminhar. Essas coisas são muito importantes pra mim, nessa tentativa.

2 - Seguir rotina de exercícios físicos de forma constante. Treinar capoeira no mínimo 2x na semana, e nos outros dias fazer exercícios para melhorar aos poucos o condicionamento cardio respiratório e ganhar um pouco mais de massa muscular

3 - Trabalhar o sentimento do MEDO. Compreender suas raízes profundas, elimina-lo aos poucos

4 - Sair pra festas, eventos, shows, etc, e ver se rola alguma gatinha ou simplesmente se divertir. Sem tensão ou pretensão, apenas para ver e ser visto. Tem que botar a cara no sol pra sair da lama da P. O importante é manter a tranquilidade de estar "aberto" pro mundo, pras outras pessoas e pros acontecimentos; as coisas simplesmente acontecem, quando estamos verdadeiramente abertos.

Por enquanto é isso.

Quero fazer meu próximo post no dia 20 do reboot.

Então, até lá!

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22/6/2019, 22:05
Fala amigo. Esse ponto que você tocou concordo plenamente: "Ficar inclusive atento, se eu passar a usar o computador com mais frequência - isso é um claro sinal, muito prévio, que a coisa pode desencaminhar." Procrastinar já é ruim, e procrastinar na Internet é muito pior. Use a Internet para coisas necessárias, como ler e participar do fórum, por exemplo. Grande abraço.

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25/6/2019, 10:28
Estou doente, e tenho caído esses dias.

Estou extremamente pessimista hoje.

Ontem, eu assisti P, e senti prazer (geralmente isso não acontecia, eu só via o vídeo e tinha um O, mas eu não "me deliciava" vendo os vídeos).

Durante a sessão, eu pensei: "cara, qual o problema de consumir P de vez em quando? Eu não tenho vida sexual, eu não beijo ninguém, não transo com ninguém, eu já vivo assim faz tempo. Eu nem preciso me preocupar com DE, EP ou ER, essas coisas não fazem a mínima diferença pra mim".

Esse sentimento é absolutamente esmagador. Me deixa desesperado. Me dá vontade de morrer. Faz como eu me sinta um alienígena, diferente de todas as outras pessoas. O tempo passa, e eu me vejo na mesma situação de sempre.

Esse ano eu faço 30 anos. Beijei 2 mulheres na vida, uma aos 15 anos, outra aos 28, com quem perdi a virgindade, e fiquei com ela por 5 ou 6 meses (5 ou 6 meses transando sem orgasmo, só fui entender o que é isso na nossa última relação). Sem vida sexual nenhuma. Sem contato íntimo com ninguém.

Como vou parar de consumir pornografia desse jeito? Honestamente, não sei se é possível.

Acho que o pior é sentir que eu estou indo violentamente contra a minha natureza. Porque eu SEMPRE senti desejo. Desde os 14 anos que eu sentia desejo pelas meninas da escola. De beijar elas. De ficar com elas em uma festa, ou algo do tipo. Passei minha vida toda vendo TODO MUNDO ficar com alguém de vez em quando, uns mais, outros menos, uns mais expostos, outros mais discretos, mas todo mundo ficava com alguém. Eu sei que não devo me comparar com os outros, mas como não vou fazer isso? Isso não é normal. Eu acho que já vi todos os meus amigos beijando alguém em algum momento, já eles nunca me viram beijando ninguém.

Ouço constantemente comentários de que sou gay. Tenho reagido de forma explosiva a esses comentários. Aliás, eu já ouvi isso muito em minha vida, de que sou "incubado", etc. Eu sei que esses filhos da puta que tão errados, que eles tem que tomar conta do próprio cu, ao invés de ficar especulando o que os outros fazem com os seus. Mas mesmo assim, eu to cansado. Fora comentários sobre namorada, até de parentes, de conhecidos. Já me perguntaram porque eu não fico com alguém de vez em quando. Me perguntam das meninas, quando eu saio pra algum lugar. Etc.

Isso só reforça a ideia de que eu sou um anormal. Que sofro de algum distúrbio grave, provavelmente psicológico. E o qual eu até hoje, não consegui resolver. Dei um passo tímido (a ex namorada). Até hoje me pergunto o que aconteceu quando eu perdi a virgindade. Acho que foi um milagre ou algo do tipo.

Bom, acho que é isso. Vou continuar vivendo minha vida de merda, e continuar tentando largar a P, mesmo sem saber se é possível na minha condição.

Até a próxima.

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25/6/2019, 14:49
vierkenes escreveu:Estou doente, e tenho caído esses dias.

Estou extremamente pessimista hoje.

Ontem, eu assisti P, e senti prazer (geralmente isso não acontecia, eu só via o vídeo e tinha um O, mas eu não "me deliciava" vendo os vídeos).

Durante a sessão, eu pensei: "cara, qual o problema de consumir P de vez em quando? Eu não tenho vida sexual, eu não beijo ninguém, não transo com ninguém, eu já vivo assim faz tempo. Eu nem preciso me preocupar com DE, EP ou ER, essas coisas não fazem a mínima diferença pra mim".

Esse sentimento é absolutamente esmagador. Me deixa desesperado. Me dá vontade de morrer. Faz como eu me sinta um alienígena, diferente de todas as outras pessoas. O tempo passa, e eu me vejo na mesma situação de sempre.

Esse ano eu faço 30 anos. Beijei 2 mulheres na vida, uma aos 15 anos, outra aos 28, com quem perdi a virgindade, e fiquei com ela por 5 ou 6 meses (5 ou 6 meses transando sem orgasmo, só fui entender o que é  isso na nossa última relação). Sem vida sexual nenhuma. Sem contato íntimo com ninguém.

Como vou parar de consumir pornografia desse jeito? Honestamente, não sei se é possível.

Acho que o pior é sentir que eu estou indo violentamente contra a minha natureza. Porque eu SEMPRE senti desejo. Desde os 14 anos que eu sentia desejo pelas meninas da escola. De beijar elas. De ficar com elas em uma festa, ou algo do tipo. Passei minha vida toda vendo TODO MUNDO ficar com alguém de vez em quando, uns mais, outros menos, uns mais expostos, outros mais discretos, mas todo mundo ficava com alguém. Eu sei que não devo me comparar com os outros, mas como não vou fazer isso? Isso não é normal. Eu acho que já vi todos os meus amigos beijando alguém em algum momento, já eles nunca me viram beijando ninguém.

Ouço constantemente comentários de que sou gay. Tenho reagido de forma explosiva a esses comentários. Aliás, eu já ouvi isso muito em minha vida, de que sou "incubado", etc. Eu sei que esses filhos da puta que tão errados, que eles tem que tomar conta do próprio cu, ao invés de ficar especulando o que os outros fazem com os seus. Mas mesmo assim, eu to cansado. Fora comentários sobre namorada, até de parentes, de conhecidos. Já me perguntaram porque eu não fico com alguém de vez em quando. Me perguntam das meninas, quando eu saio pra algum lugar. Etc.

Isso só reforça a ideia de que eu sou um anormal. Que sofro de algum distúrbio grave, provavelmente psicológico. E o qual eu até hoje, não consegui resolver. Dei um passo tímido (a ex namorada). Até hoje me pergunto o que aconteceu quando eu perdi a virgindade. Acho que foi um milagre ou algo do tipo.

Bom, acho que é isso. Vou continuar vivendo minha vida de merda, e continuar tentando largar a P, mesmo sem saber se é possível na minha condição.

Até a próxima.

Irmão, eu não posso dizer que te entendo, porém é bem raro em minha vida eu ter namorado também. Não vejo problema nenhum nisso, e você também não devia. A propósito eu te parabenizo por ter tirado a virgindade com 28 anos, pelo menos não foi com uma puta, ou alguma mulher "fdp" com DST, ou algum amigo que desenrolou uma mina com quem nem queria transar com você e etc. Eu literalmente fico feliz que foi com seu próprio esforço e porque você quis. Sexo parece ser a coisa mais importante pra você pelo visto, por que você se preocupa tanto? Um homem normal na sua opinião têm que transar e fazer sexo regularmente? Quando um homem chega aos 30 têm que ter uma namorada ou esposa? Amigo foca em você, caga pra opinião dos outros, sei lá, liga o FDC... Se for pra você conhecer uma mulher com quem vai se relacionar que aconteça, e aconteça quando você estiver indo pro topo, sabe? Evoluindo... Tente amar a si mesmo antes de amar alguém... E isso também serve pra mim, acredite... Já tive esses pensamentos. Duas mulheres? O que seria diferente se você tivesse ficado com 20? Mudaria sua vida?

Não peguei só duas mulheres, mas posso te dizer que não muda nada eu ter pegado mais que duas... Grande abraço irmão, sigo te acompanhando!!

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25/6/2019, 17:19
Master, valeu, eu tava esperando uma resposta de alguém, hehe. Vamos por partes.

Primeiro, eu não sinto falta somente de namoro. Eu sinto falta de beijar, de transar, de ficar no colo de uma menina, esse tipo de coisa. Claro que pode seguir adiante. Ou então pode ser algo de poucos dias, 1 ou 2 semanas, sei lá.

Eu sinto falta é do contato íntimo mesmo. Não estou procurando o amor de minha vida, nem a mulher perfeita.

Não é que eu veja problema em não ter namorada, eu vejo problema em praticamente NUNCA ter experimentado essas coisas.

Sexo não é a coisa mais importante do mundo pra mim. A coisa mais importante pra mim é sentir que eu estou seguindo a minha natureza, meu fluxo, e meu desejo. Porque como eu disse no post anterior, eu SEMPRE senti desejo. E outra: eu não sou padre, então eu sinto falta de sexo mesmo. Se eu fizesse sexo de vez em quando, tudo bem. Mas veja: perdi a virgindade com 28 anos, fiquei dos 15 aos 28 sem tocar em uma mulher. Eu acho que é normal sentir falta, ainda mais quando o tempo é prolongado (no meu caso, minha vida inteira, praticamente, é isso que fode tudo). É normal também vir o sentimento de frustração. Pelo menos a partir do que eu vejo com outros homens, e até a partir do que eu leio aqui no fórum mesmo.

Você perguntou pra mim se um homem normal tem que fazer sexo regularmente. Bom, isso depende do que ele quer. Se um homem opta por ser padre, ou então quando ele é religioso e só faz sexo no casamento, eu não vejo problema nenhum nisso. Mas não é meu caso. Eu SEMPRE quis ficar com as meninas na escola, na faculdade, sempre senti desejo por várias mulheres, tesão mesmo sabe? Então, no meu caso, sim, eu tenho que fazer sexo mais regularmente. Eu sinto isso desde os meus 18 anos, mais ou menos, então são 12 anos negando a mim mesmo, quem eu sou, e a minha natureza. Eu nem estou falando de "sexo", estou falando de uma profunda atitude de negação, que causa um transtorno enorme. O grau de sofrimento que isso meu causa é imenso.

É como se algo dentro de mim não "corresse" naturalmente, como um rio. Ao invés disso, tem paredões, barreiras, barragens, bloqueios de todos os tipos. Os danos que isso causa são terríveis.

Você pergunta se um homem aos 30 tem que ter namorada ou esposa. Eu já disse que não estou procurando a mulher de minha vida. A única coisa que eu quero é dar vazão pra minha energia.

Sabe, pelas minhas contas, eu devia ter feito sexo com pelo menos umas 6 mulheres. Algumas poderiam ter sido grandes paixões, poderia ter curtido momentos lindos, relaxantes, inspiradores, maravilhosos. Fora umas 10 que eu poderia ter beijado. Quando eu era adolescente ou até com 20 e poucos anos, eu ia pra festas, e eu sentia vontade de ficar com alguém. Até onde eu saiba, isso é totalmente normal. Tá na pista, música, um pouco de álcool, bato o olho em alguma menina, vou lá e fico com ela. Isso é normal, mas não pra mim. Não é questão de seguir o que os outros dizem que eu deveria fazer. Eu mesmo sentia esse desejo. Mas nunca consegui dar vazão pra isso.

Uma vez, quando eu tinha 18 anos, tive minha primeira oportunidade de perder a virgindade. Se eu tivesse ficado com aquela mulher, certamente eu teria namorado com ela. Fui pra casa dela, ela chegou até a tirar a roupa. Sabe como isso terminou pra mim? Em profundo desespero. Porque eu queria muito ficar com ela. Eu adorava ela, tinha muito carinho por ela, era uma grande mulher. Além de absurdamente atraente. Mas no final das contas, sabe o que aconteceu? Eu não consegui tocar nela. Eu nem mesmo beijei ela. Eu simplesmente fui embora, porque não importa o que acontecesse, eu não ia conseguir nada.

Desde então, eu convivo com esse tipo de coisa. Isso pra mim não é achar que sexo é a coisa mais importante do mundo, mas sim algum tipo de doença ou transtorno muito grave.

Obrigado por dizer que eu devo focar em mim. Sem dúvidas, é esse o caminho mesmo. Obrigado também por dizer que quando acontecer, que seja quando eu estiver indo pro topo. Isso foi muito bom de ler.

Quando ao que seria diferente se eu tivesse ficado com outras mulheres, bom, MUITA coisa seria diferente. Mudaria sim, minha vida. Eu iria me sentir mais satisfeito comigo mesmo. Eu me sentiria mais capaz e mais forte. Eu usaria menos drogas. Provavelmente eu seria um cara mais ativo. Com menos sentimentos negativos. Mais espontâneo e mais alegre. Com certeza absoluta, meu vício em P seria bem mais leve. Eu poderia ter constatado logo uma ER ou uma DE, e a cura disso me daria o ânimo pra completar os 90 dias. Isso já é muita coisa.

Sabe, quando eu tava namorando, tudo deu um UP na minha vida. Eu me sentia muito bem. Antes de ficar com essa mulher, eu não tinha conseguido passar de 30 dias de reboot. Com ela, e depois de ter tido o contato com ela, eu alcancei marcas de 45, 50, 60 dias. Fora todos os outros benefícios. Como eu me abri com ela sobre o vício, isso me deu um força MUITO GRANDE pra combater o vício. Acho que isso já diz muito. Carinho, contato íntimo, amor, isso é remédio pra mim.

E pra finalizar, eu não estou falando de "pegar mulher". Aliás, esse é o motivo pelo qual eu não opto por prostituição (se eu tivesse transado com 20 prostitutas, ou tivesse feito sexo com 20 mulheres que transariam comigo em uma noite por um copo de cerveja, aí sim, realmente isso não faria nenhuma diferença pra mim, nem mudaria minha vida).

Curiosamente, apareceram algumas mulheres na minha vida de quem eu poderia ter tido um contato verdadeiramente amoroso. As 6 mulheres que eu tive oportunidade de fazer sexo, nenhuma dessas oportunidades eram sexo casual, ou pegar por pegar. Eu poderia ter me envolvido com elas. Poderia ter recebido muito carinho, dormir junto, esse tipo de coisa.

Bom, acho que tá respondido.

Sobre o reboot, eu acho que posso conseguir sim, boas marcas. Mas admito que não vejo nenhuma possibilidade de me livrar definitivamente disso, enquanto esses problemas permanecerem. Fora o sentimento de frustração, esse é um inimigo bastante cruel, é uma verdadeira guerra diária contra isso. E é um sentimento, de certa forma, permanente. Já caí várias vezes por causa disso. É muito complicado.

Apesar do fato de que tudo isso que eu falei pesa toneladas nas minhas costas, vou tentar mudar o foco do meus pensamentos. O Master tem razão, tenho que focar em mim, ir pro topo...

Vou fechar as brechas, esperar eu melhorar da gripe e seguir.

Até a próxima!

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27/6/2019, 02:06
Dia 2 do reboot

Tive uma iluminação hoje e resolvi postar.

Retomando o reboot, com o máximo de seriedade que eu conseguir.

Meus dois últimos posts foram meio dramáticos. Eu estava pessimista. As coisas que eu relatei foram coisas que me machucaram bastante, mais do que o vício em P. Na minha cabeça, as duas coisas estão relacionadas. Eu me recordo que quando eu tinha uns 15 anos (era só o início do vício, acho que não consumia diariamente), eu já me sentia frustrado, e eu consumia P pensando algo como: "não consegui ficar com aquela menina na festa, vou consumir P, quem sabe até meu impeto sexual não aumenta". Bem absurdo, mas me recordo de pensar algo parecido nessa idade.

Apesar disso tudo, eu preciso me desligar desses pensamentos. Preciso me libertar do passado. Não posso ser arrastado pela corrente do que eu fui, do que aconteceu a 5, 10 anos atrás, por mais difícil, doloroso e frustrante que tenha sido. Tenho que entrar na corrente do futuro, ou então vou ser escravo dessa condição por um tempo. Tenho que reconhecer meus avanços e progressos, isso é fundamental.

Tenho que lembrar também dos motivos que me levam ao reboot. Uma das minhas maiores motivações é o fator moral. Desse ponto de vista, eu acho que a P uma das piores coisas que existem. Considero um profundo desrespeito a todas as mulheres. Isso faz com que eu olhe, trate as mulheres de forma desrespeitosa. Com que eu diminua elas, as trate como inferior, como objeto. Isso por sí só já é motivo muito mais do que suficiente pra eu parar de ver P. Tem outros também. Eu sofro de ER, preciso em média de uns 40 dias pra conseguir ter uma ejaculação normal. EU não tenho a mínima ideia de quando vou fazer sexo de novo (se aconteceu uma vez, vai acontecer de novo, hehe), mas quando acontecer, eu quero conseguir ter um orgasmo. Eu também não quero ser chamado de "macho escroto" por nenhuma mulher, muito menos por uma namorada (nenhuma mulher gosta ou aprova um cara que vê P, acho que 99% acham isso bizarro e abjeto). Eu machuquei minha última parceira com isso, doeu bastante, realmente não queria passar por isso de novo.

Tem também a questão da energia, o ganho com o reboot é bem alto. Com 60 dias, as cores ficam mais vivas, o brilho da vida aumenta. Minha fala flui melhor, a confiança fica lá em cima. Me recordo que algumas pessoas, incluindo mulheres que eu conheço, me elogiaram quando eu tava com 60 dias, disseram que eu tava mais bonito, mais confiante, uma menina chegou a dizer pra eu continuar nesse caminho que eu teria tudo que eu quisesse (!).

Muito bom não ter uma vida dupla. Não tem preço não ter que esconder nada, não ter medo de uma porta ou de uma janela aberta. Não ter que passar por todas aquelas situações humilhantes que todos conhecemos. Sentir a energia circulando, se sentir bem vivo.

Essas são minhas motivações.

Hoje de manhã trabalhei no sistema de bloqueio. Já deu pra dar aquela fechada básica, mas ainda preciso aprimorar mais. Parece que o openDNS não tá funcionando direito aqui, marquei as opções corretamente lá e não foi. Terminar de fechar tudo é prioridade.

Vou também procurar um terapeuta sexual. Eu não tenho a mínima ideia de como funciona isso, como eles trabalham, etc. Mas isso é algo VITAL pra mim. Eu quero parar de consumir P, mas também quero ter a certeza que eu posso ter uma vida afetiva e sexual normal. A experiência que eu tive com a última e única parceira não foi suficiente pra desfazer tudo o que eu vivi durante a maior parte de minha vida. Isso é realmente FUNDAMENTAL pra mim. Se der certo, vai me poupar muita angústia e muito sofrimento.

Hoje de tarde eu tava conversando com um parente sobre velhice e doença. E partindo desse tema, chegamos na questão da mentalidade. A conclusão a que chegamos é que, muitas vezes, a doença é meramente uma questão de mentalidade, de como a pessoa encara a vida. Quem tem uma mentalidade boa vai longe, dificilmente fica doente, ou se fica, o fardo se torna bem mais leve. Já a mentalidade ruim é causadora direta de doença, e quando a coisa aperta, a mentalidade termina de destruir tudo.

Essa conversa teve um efeito maravilhoso sobre mim. Percebi que uma boa parte dos meus tormentos são diretamente gerados pela minha mente. Acho que esse é um dos grandes segredos do universo (me lembrei daquele "O Segredo", eu acho uma linguagem bem tosca e barata, mas pelo que me lembro a sacada do livro era exatamente essa).

Nesse momento eu fiz uma pequena oração, pedindo intervenção divina sobre meus pensamentos.

Isso é algo que eu pretendo me aprofundar em breve. Eu volto pra relatar minha experiência.

Ainda estou me recuperando de uma gripe muito forte, fiquei bem mal por uns dias. Mas assim que eu me sentir melhor, vou retornar pra minha rotina "torta" de exercícios (eu digo torta porque eu até faço corrida e calistenia, mas nunca consegui manter uma disciplina boa e uma regularidade estrita. Eu sinto que preciso disso pra minha evolução pessoal, não posso ficar pendendo de um lado pro outro, sem dar um prosseguimento sério pras coisas).

Por enquanto é isso.

Dessa vez pretendo voltar com força total. A meta é passar dos 90 esse ano. Eu tenho experiência mais do que suficiente pra isso.

Bom reboot pra todos!

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27/6/2019, 09:09
vierkenes escreveu:

Muito bom não ter uma vida dupla. Não tem preço não ter que esconder nada, não ter medo de uma porta ou de uma janela aberta. Não ter que passar por todas aquelas situações humilhantes que todos conhecemos. Sentir a energia circulando, se sentir bem vivo.


Salve Vierkenes!
Cara, concordo demais com todo o seu insight! De verdade.
E pra mim sem dúvida, o peso moral do vício é a pior parte. Anseio muito não ter mais uma vida dupla. Fugindo, me escondendo,  mentindo, etc.
Sigo acompanhando sua luta, e torcendo pelo seu sucesso.
Vamos em frente!
Abraços.

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30/6/2019, 16:12
Dia 2 do reboot.

Ia demorar mais pra postar, mas não resisti.

A partir de hoje, se inicia uma nova fase no meu processo. Dessa vez, irei conseguir largar isso de vez. Já explico.

Muitas vezes, um único ponto é capaz de bloquear todo o progresso de uma pessoa, em todas as áreas. O cara tenta resolver uma coisa, tenta resolver outra coisa, e fracassa em todas, porque há um nó interno, primordial, antigo, fundamental, que bloqueia TUDO, qualquer tentativa em qualquer área.

Infelizmente, eu sofria desse mal. Eu tinha uma questão - a qual não vem ao caso falar aqui - que me impedia de progredir em todas as áreas de minha vida, por mais tentativas que eu fizesse.

Mas ontem, parece que esse nó se desfez na minha cabeça. Acordei e senti uma paz que nunca senti antes. Ao ver que eu simplesmente consegui romper uma obsessão de mais de 15 anos, eu simplesmente não acreditei.

Bom, ainda estou um pouco sem acreditar. Por muito tempo eu achei que nunca iria solucionar esse problema. Que eu iria morrer nisso. Mas aconteceu.

É uma das maiores conquistas de minha vida, e sem dúvidas o ponto de maior progresso até aqui - mesmo com míseros 2 dias de reboot.

Consegui desfazer a minha maior fonte de tensão.

Eu nunca fui alcoólatra (quem acompanha meu diário de perto, já leu alguns relatos sobre isso aqui). Eu simplesmente bebia porque tinha um problema que eu não conseguia resolver - nem sóbrio eu conseguia resolver. Eu bebia porque tinha perdido as esperanças de superar isso. Bebia porque a tensão que isso me causava era insuportável, essa era a única forma de continuar vivendo na condição que eu vivia.

Mas aí eu percebi que não preciso mais beber por causa disso. Não preciso consumir P por causa disso. E o melhor de tudo: estou pronto pra ir viver, em paz.

Sem dúvidas, isso ira repercutir com profundidade em todos os aspectos de minha vida, até no sexual. Agora eu vou conseguir transar tranquilamente. Vou conseguir sair me sentindo em paz e leve. Vou conseguir entrar em contato. Coisas que eu não conseguia antes, ou então que eram absurdamente difíceis e complexas pra mim, quando não impossíveis.

Agora estou verdadeiramente pronto pra completar o reboot e viver sem P. Até aqui eu estava totalmente impedido no meu íntimo. Mas, milagrosamente, isso se desfez.

Então, estou em uma nova fase.

Quanto a parte mais prática do reboot, infelizmente eu estou doente, com dores no corpo, fraqueza, etc. Por causa disso, estou sem poder fazer nenhum exercício físico. Mas assim que eu melhorar vou voltar com tudo. E com muito mais afinco e regularidade do que antes, acreditem, pois estou pronto pra ser o que eu sempre quis ser (isso inclui largar a P e ter uma rotina saudável). Agora minha mente expandiu (nunca mais ela vai voltar pro estado anterior!), e eu não vou mais perder oportunidades, não vou fugir das coisas, não vou ser dominado pela angústia ou pelo medo, como aconteceu milhares de vezes na minha vida até aqui.

Estou usando um computador sem bloqueadores por enquanto. Isso me ocasionou algumas quedas. Mas já providenciei o Blok Supreme novamente. Ainda não recebi a chave, vou ter que esperar até amanhã para isso.

Fissura 0. Flatline total.

Mentalidade melhorou uns 500%. Estou me sentindo livre - 99% do processo até aqui, eu me sentia preso, um escravo. Tensão também diminuiu uns 500%.

Conseguir parar de consumir P se tornou "fichinha", perto do desafio e da conquista que eu consegui agora. Ainda estou me habituando a nova vida - muito tempo vivendo como um escravo, vivendo na tensão extrema, pensando que iria morrer nessa. Mas eu consegui sair disso, é isso que importa.

Por enquanto é só.

Bom reboot para todos!

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30/6/2019, 20:18
boa sorte man

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30/6/2019, 22:00
Isso aí cara, foco na sua melhora, precisamos de uma revolução pessoal!

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2/7/2019, 08:30
vierkenes escreveu:Dia 2 do reboot.

Ia demorar mais pra postar, mas não resisti.

A partir de hoje, se inicia uma nova fase no meu processo. Dessa vez, irei conseguir largar isso de vez. Já explico.

Muitas vezes, um único ponto é capaz de bloquear todo o progresso de uma pessoa, em todas as áreas. O cara tenta resolver uma coisa, tenta resolver outra coisa, e fracassa em todas, porque há um nó interno, primordial, antigo, fundamental, que bloqueia TUDO, qualquer tentativa em qualquer área.

Infelizmente, eu sofria desse mal. Eu tinha uma questão - a qual não vem ao caso falar aqui - que me impedia de progredir em todas as áreas de minha vida, por mais tentativas que eu fizesse.

Mas ontem, parece que esse nó se desfez na minha cabeça. Acordei e senti uma paz que nunca senti antes. Ao ver que eu simplesmente consegui romper uma obsessão de mais de 15 anos, eu simplesmente não acreditei.

Bom, ainda estou um pouco sem acreditar. Por muito tempo eu achei que nunca iria solucionar esse problema. Que eu iria morrer nisso. Mas aconteceu.

É uma das maiores conquistas de minha vida, e sem dúvidas o ponto de maior progresso até aqui - mesmo com míseros 2 dias de reboot.

Consegui desfazer a minha maior fonte de tensão.

Eu nunca fui alcoólatra (quem acompanha meu diário de perto, já leu alguns relatos sobre isso aqui). Eu simplesmente bebia porque tinha um problema que eu não conseguia resolver - nem sóbrio eu conseguia resolver. Eu bebia porque tinha perdido as esperanças de superar isso. Bebia porque a tensão que isso me causava era insuportável, essa era a única forma de continuar vivendo na condição que eu vivia.

Mas aí eu percebi que não preciso mais beber por causa disso. Não preciso consumir P por causa disso. E o melhor de tudo: estou pronto pra ir viver, em paz.

Sem dúvidas, isso ira repercutir com profundidade em todos os aspectos de minha vida, até no sexual. Agora eu vou conseguir transar tranquilamente. Vou conseguir sair me sentindo em paz e leve. Vou conseguir entrar em contato. Coisas que eu não conseguia antes, ou então que eram absurdamente difíceis e complexas pra mim, quando não impossíveis.

Agora estou verdadeiramente pronto pra completar o reboot e viver sem P. Até aqui eu estava totalmente impedido no meu íntimo. Mas, milagrosamente, isso se desfez.

Então,  estou em uma nova fase.

Quanto a parte mais prática do reboot, infelizmente eu estou doente, com dores no corpo, fraqueza, etc. Por causa disso, estou sem poder fazer nenhum exercício físico. Mas assim que eu melhorar vou voltar com tudo. E com muito mais afinco e regularidade do que antes, acreditem, pois estou pronto pra ser o que eu sempre quis ser (isso inclui largar a P e ter uma rotina saudável). Agora minha mente expandiu (nunca mais ela vai voltar pro estado anterior!), e eu não vou mais perder oportunidades, não vou fugir das coisas, não vou ser dominado pela angústia ou pelo medo, como aconteceu milhares de vezes na minha vida até aqui.

Estou usando um computador sem bloqueadores por enquanto. Isso me ocasionou algumas quedas. Mas já providenciei o Blok Supreme novamente. Ainda não recebi a chave, vou ter que esperar até amanhã para isso.

Fissura 0. Flatline total.

Mentalidade melhorou uns 500%. Estou me sentindo livre - 99% do processo até aqui, eu me sentia preso, um escravo. Tensão também diminuiu uns 500%.

Conseguir parar de consumir P se tornou "fichinha", perto do desafio e da conquista que eu consegui agora. Ainda estou me habituando a nova vida - muito tempo vivendo como um escravo, vivendo na tensão extrema, pensando que iria morrer nessa. Mas eu consegui sair disso, é isso que importa.

Por enquanto é só.

Bom reboot para todos!

Fala Vierkenes, blz?
Vim aqui ler um pouco da sua história, como estão as coisas? O bloqueador sem funcionado?

Abraço! E boa sorte nessa caminhada mano!

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2/7/2019, 19:19
Vierkenes, apareci aqui para reforçar o compromisso que você fez comigo no meu diário: vamos nos ajudar, irmão! Vamos nos reerguer!

Nossos dilemas são bem diferentes, mas nosso objetivo é igual. Sozinhos, não chegamos a lugar nenhum.

Abraços!

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Diário - Vierkenes - Página 21 Empty Re: Diário - Vierkenes

2/7/2019, 19:54
Nobre Vierkenes, maravilha ver que está em auspiciosa condição! Saúdo-o por finalmente haver conseguido regular suas engrenagens psíquicas no sentido da vitória.

Muito bem me senti ao ler seu último post. Já havia dado uma passada pelos outros e percebido sua complicada trajetória de vida em meio ao vício. Para constar, em meio às muitas coisas que vi que andou reportando (e com as quais muito me solidarizo embora não tenha lido seu Diário mais detalhadamente, quem sabe o faça em outra oportunidade), digo a você que me identifico com seu drama no sentido que também eu durante um bom tempo, e felizmente tenho superado tal complexo, sofri com um sentimento de frustração em relação ao contato amoroso com o sexo oposto, isso de querer de uma mulher, além de sexo, carinho e tudo o mais correspondente a um caso qualquer, ainda que meio furtivo, como uma ficada. Em meio a tudo o que vivi, dê uma passada em meu Diário e conheça minha história se ainda não apareceu por lá (aliás isto é algo que nem devo ter dito por lá), andei por anos alimentando e padecendo de carência de experiências sensoriais com garotas. Devido a não tê-las vivido, passei a fantasiar de maneira doentia como seria cada noção em termos sensoriais com uma delas, se é que me entende, ficava delirando imaginando como seria a textura de partes do corpo, aromas, gosto do beijo e por aí vai; com minha mente agitada, tecia mil teorias no afã do aguardado dia de, sei lá, sentir como seria receber um beijo no rosto, um carinho de alguma outra natureza, como seria a impressão em termos da emoção visual a sentir diante da visão de um corpo nu ou seminu, assimilava tais situações a músicas e cheiros diversos e, como de se esperar, afundava num plano de irrealidade que me levava às mais burlescas fantasias; melhor não descrever muito mais, acho que você consegue ter uma noção, bem grosso modo ficava maluco por viver aquilo que meus contemporâneos viviam, mesmo não merecendo.

Admito que agora deverá ser sua vez, torço para que assim seja e vai meu abraço!

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