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Qui 18 Abr 2019, 19:37
Meu nome é Bruno Mendes (este mesmo da foto no avatar Cool ) e eu sou aluno de doutorado da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Estou com vocês aqui há algum tempo e criei esta conta recentemente para interagir com vocês. Estou fazendo uma tese de doutorado sobre a dependência em pornografia (não há pesquisas sobre este tema na minha área!) para ajudar as pessoas que têm problema com pornografia – eu já tive muito problema com PMO e ainda hoje preciso me manter distante para não cair. Crying or Very sad

Tenho estudado este assunto desde que a pornografia tornou-se problema pra mim (cerca de 6 anos atrás). A privacidade de vocês já está garantida pelo apelido e pelas imagens que vocês usam, mas mesmo assim terei a máxima preocupação em resguardá-los colocando como anônimos na minha tese todos os dados extraídos aqui.

O que farei nos próximos meses é estar aqui junto de vocês para entender ainda melhor o problema. Não enviarei questionários ou os perturbarei. Só quero estar aqui, interagir e aprender com todos vocês!

O resultado deste trabalho será colocado aqui para que todos possam baixá-lo gratuitamente.

Agradeço enormemente ao dono da comunidade (Projeto - Admin) o ter-me autorizado a me apresentar e a falar com vocês!
Leiam o e-book deste site. É muito bom!

Sejam fortes. Very Happy
Vamos todos vencer este mal. Contem comigo!

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Qui 18 Abr 2019, 21:04
Olá Bruno! Que legal ver que tem alguém produzindo teses sobre esse tema no Brasil. É um tema tão polêmico e cheio de tabus, fico orgulhoso de saber que alguém se dispõe a estudar sobre isso no meu país. Estou a disposição pra qualquer coisa relacionada a questionários, perguntas e etc. Sou membro do fórum desde fevereiro do ano passado, mas já venho lutando contra isso há mais de 2 anos. Já completei 155 dias de abstinência ano passado, só que me deixei levar e agora estou tentando mais uma vez, desta vez focando muito mais na parte de religação, socialização e no meu desenvolvimento pessoal.

Abraço.

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Sex 19 Abr 2019, 12:08
E aí, brfreedom!

Não sou tão vitorioso como o Fuzion (que já terminou um reboot), mas se eu puder, ficarei feliz em ajudar.

PMO precisa ser vista como uma droga, mas infelizmente, ela é como o álcool e a cafeína. Apesar de serem de categorias diferentes (álcool é depressor, cafeína é estimulante), as pessoas não conseguem associar esses caras às outras "drogas comuns", como a maconha, que é uma conhecida "ovelha negra".

Assim, PMO é menos estigmatizado (e até incentivado por alguns), e isso facilita o consumo e o vício. A aceitação social implica na maior difusão dela, fazendo com que muitas pessoas tenham uma verdadeira vida dupla, como se fossem vários "Dr. Jekyll e Mr. Hyde" da vida real, sempre escondendo o "segredinho sujo" sob o tapete. Inclusive, algumas nunca chegam a ligar os pontos, sofrem com os sintomas do vício, mas nunca associam uma coisa a outra.

O trabalho de vocês (projeto e teu) contribui para a divulgação dos males que a pornografia pode causar no cérebro humano. É necessário que se interrompa a glamourização da indústria pornográfica, nada há de bonito, nem de natural naquilo. No máximo, a pornografia pode ser classificada como um embuste sofisticado, que ajuda a movimentar um verdadeiro "mercado negro" a céu aberto.

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Sex 19 Abr 2019, 19:48
Saudações, Brfreedom! Obrigado por se prontificar a dar nova divulgação científica a tão terrível e ignorado vício. Que um dia a sociedade possa ter noção dos perigos que isto causa a nossos jovens e cidadãos em geral. Trabalho muito digno, verdadeiro labor de utilidade pública.

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Para entender a comunidade Empty À disposição, Dr. Mendes!

Sex 19 Abr 2019, 21:24
Brunão, que maravilha saber dessa tese de doutorado. Estou à disposição também para o que estiver ao meu alcance em ajudar nisso! Que seu trabalho prospere, pois creio que ajudará a muitos, como esse Projeto tem feito também. Que Deus o abençoe.

Abraço forte.

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Seg 22 Abr 2019, 08:47
Fuzion escreveu:Olá Bruno! Que legal ver que tem alguém produzindo teses sobre esse tema no Brasil. É um tema tão polêmico e cheio de tabus, fico orgulhoso de saber que alguém se dispõe a estudar sobre isso no meu país. Estou a disposição pra qualquer coisa relacionada a questionários, perguntas e etc. Sou membro do fórum desde fevereiro do ano passado, mas já venho lutando contra isso há mais de 2 anos. Já completei 155 dias de abstinência ano passado, só que me deixei levar e agora estou tentando mais uma vez, desta vez focando muito mais na parte de religação, socialização e no meu desenvolvimento pessoal.

Abraço.

Muito obrigado mesmo! Sim, vou precisar de ajuda. Ao final da investigação terei de conversar com algumas pessoas para saber a opinião delas sobre os achados. Isto deve ocorrer daqui algum tempo (2 meses). Assim que for a hora, conversarei com o Projeto e pedirei o contato de algumas pessoas (você pode ser uma delas!).

Ah, 155 dias é uma marca em tanto! Incrível.

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Seg 22 Abr 2019, 08:49
Justiceiro do Sertão escreveu: Saudações, Brfreedom! Obrigado por se prontificar a dar nova divulgação científica a tão terrível e ignorado vício. Que um dia a sociedade possa ter noção dos perigos que isto causa a nossos jovens e cidadãos em geral. Trabalho muito digno, verdadeiro labor de utilidade pública.

Fico muito feliz por seu comentário, Justiceiro. Você é uma pessoa experiente nesta comunidade e tem peso a sua aprovação. Espero que meu trabalho ajude sim as pessoas e passarei ao Projeto quando estiver pronto, assim ele dará a publicidade que achar devido por aqui! Cool

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Seg 22 Abr 2019, 08:59
Kuroro escreveu:E aí, brfreedom!

Não sou tão vitorioso como o Fuzion (que já terminou um reboot), mas se eu puder, ficarei feliz em ajudar.

PMO precisa ser vista como uma droga, mas infelizmente, ela é como o álcool e a cafeína. Apesar de serem de categorias diferentes (álcool é depressor, cafeína é estimulante), as pessoas não conseguem associar esses caras às outras "drogas comuns", como a maconha, que é uma conhecida "ovelha negra".

Assim, PMO é menos estigmatizado (e até incentivado por alguns), e isso facilita o consumo e o vício. A aceitação social implica na maior difusão dela, fazendo com que muitas pessoas tenham uma verdadeira vida dupla, como se fossem vários "Dr. Jekyll e Mr. Hyde" da vida real, sempre escondendo o "segredinho sujo" sob o tapete. Inclusive, algumas nunca chegam a ligar os pontos, sofrem com os sintomas do vício, mas nunca associam uma coisa a outra.

O trabalho de vocês (projeto e teu) contribui para a divulgação dos males que a pornografia pode causar no cérebro humano. É necessário que se interrompa a glamourização da indústria pornográfica, nada há de bonito, nem de natural naquilo. No máximo, a P pode ser classificada como um embuste sofisticado, que ajuda a movimentar um verdadeiro "mercado negro" a céu aberto.

Certamente poderá, Kuroro! Sua análise foi brilhante. Atrevo-me a aprofundar alguns pontos levantados:

A P se encaixa no que a ciência chama de "compulsive behavior" ou "behavior addiction", assim estão incluídas o vício em internet, jogos, apostas, compras e um monte de outras coisas. Elas assaltam a mesma parte do cérebro que as dependências químicas, comumente chamada de "circuito das recompensas", onde reside o neurotransmissor dopamina responsável pela nossa "caça por novidades".

A aceitação social foi construída, ao que minhas pesquisas alcançaram e isso mostrarei na tese. Pensadores como Freud, Wilheim Reich, Sanger, Kinsey e Marcuse foram grandes defensores e tornaram a P mundialmente aceita. Recentemente foi lançado uma tradução de um livro importantíssimo sobre o tema que explica tim tim por tim tim isso, chama-se 'libido dominandi'. Este autor traz desde o século XVIII como o sexo (P) tem usado como ferramenta de controle social e político. É impressionante.

Outro dado importante: nos EUA já existem mais de 500 livros sobre o problema com a P. E no Brasil? Apenas UM e é bem ruim..


Última edição por brfreedom em Seg 22 Abr 2019, 15:17, editado 1 vez(es)

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Seg 22 Abr 2019, 14:50
Seja bem-vindo brFreedom.

Que bom que sua tese é sobre a P. Precisamos alertar todos sobre esse male que é tratado como "normal" - e que se a gente rejeitar ver um vídeo P, podemos ser vitimas de preconceito. Foque na destruição que a P está causando psicologicamente e afetivamente na vida das pessoas.

Alguém tem que nos representar. Abraços

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Sáb 27 Abr 2019, 18:55
Alexandretj escreveu:Seja bem-vindo brFreedom.

Que bom que sua tese é sobre a P. Precisamos alertar todos sobre esse male que é tratado como "normal" - e que se a gente rejeitar ver um vídeo P, podemos ser vitimas de preconceito. Foque na destruição que a P está causando psicologicamente e afetivamente na vida das pessoas.

Alguém tem que nos representar. Abraços

Alexandre, muito obrigado!
Vamos descrever este vício da melhor forma possível e inaugurar, dentro da comunidade científica que atuo (comportamento do consumidor) estudos nesta área.

Obrigado pela calorosa recepção! cheers

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Sáb 27 Abr 2019, 19:37
Boa sorte com seu projeto brfree, um estudo sério sobre vício em pornografia que chegasse a grande mídia seria um avanço para o nosso país, desejo lhe sucesso

você pretende fazer um reboot também um dia?

Enviado pelo Topic'it
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Seg 06 maio 2019, 13:49
MeiaVida escreveu:Boa sorte com seu projeto brfree, um estudo sério sobre vício em pornografia que chegasse a grande mídia seria um avanço para o nosso país, desejo lhe sucesso

você pretende fazer um reboot também um dia?

Enviado pelo Topic'it

Minha ideia é transformar em livro minha tese, um dia.
Quanto ao reboot, já o fiz. Sinto que é um mal que ronda minha imaginação o tempo todo e preciso ficar alerta para não cair, mesmo já tendo passado bastante tempo sem PMO. O que mais me ajudou no reboot foi a reaproximação da fé católica há 6 anos.

Obrigado pelo incentivo!

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Qua 08 maio 2019, 19:54
Olá amigo.
Parabéns pela a inciativa pois é muito importante nos dias de hoje profissionais da área da saúde mental se interessar pelo tema. Você estará ajudando várias pessoas com seu trabalho.
Força no reboot e sucesso na sua profissão.
PS: Ficarei grato se de alguma forma te ajudar com seu trabalho
Abraço

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Qua 08 maio 2019, 22:08
Rivera escreveu:Olá amigo.
Parabéns pela a inciativa pois é muito importante nos dias de hoje profissionais da área da saúde mental se interessar pelo tema. Você estará ajudando várias pessoas com seu trabalho.
Força no reboot e sucesso na sua profissão.
PS: Ficarei grato se de alguma forma te ajudar com seu trabalho
Abraço

Claro, Rivera. Muito grato por suas palavras. Falei com o Projeto (Admin) e ele me disse que ajudaria a encontrar pessoas dispostas a me tirar dúvidas. Quando for a hora, volto a te procurar! Cool

Abraço!!!

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Sex 31 maio 2019, 15:53
Amigos.

Vocês sentem que tem outros comportamentos compulsivos além da pornografia? Exemplo: internet, videogame, bebida, maconha, obesidade...
No meu caso acho que o problema com a pornografia está também associado com uso excessivo de Internet Sad

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Dom 02 Jun 2019, 22:10
Brunão, antes de mais nada, parabéns pela sua iniciativa. Seu projeto deve ser um dos pioneiros no Brasil. Aqui pouco se fala sobre isso.

Seu doutorado é na psiquiatria, psicologia... ?

Sugiro que voce monte topicos em todos os grupos (20-24 anos, 25-29 anos etc)

Respondendo a sua pergunta, meu vicio é jogos online, computador.

Aliás, estou aqui porque ja esgotaram todas as minhas fichas com remedios, métodos etc. Minha ultima opção de "cura" seria a PMO.

Porém, meu vicio maior é em jogos. Pornografia sempre gostei, mas comecei o PMO há 6 meses, pela primeira tentativa, e estou suportando numa boa.

Já os jogos online não consigo ficar 1 dia sem jogar
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Seg 10 Jun 2019, 13:54
gustav000 escreveu:Brunão, antes de mais nada, parabéns pela sua iniciativa. Seu projeto deve ser um dos pioneiros no Brasil. Aqui pouco se fala sobre isso.

Seu doutorado é na psiquiatria, psicologia... ?

Sugiro que voce monte topicos em todos os grupos (20-24 anos, 25-29 anos etc)

Respondendo a sua pergunta, meu vicio é jogos online, computador.

Aliás, estou aqui porque ja esgotaram todas as minhas fichas com remedios, métodos etc. Minha ultima opção de "cura" seria a PMO.

Porém, meu vicio maior é em jogos. Pornografia sempre gostei, mas comecei o PMO há 6 meses, pela primeira tentativa, e estou suportando numa boa.

Já os jogos online não consigo ficar 1 dia sem jogar

Muito obrigado pelo incentivo!
A minha área é Marketing e dentro dela temos a área de consumo compulsivo. Drogas como cocaína, maconha e comportamentos como videogame, apostas ou compra excessiva são vistas como dependências. A P. é tida por alguns pesquisadores de psicologia e de psiquiatria como um vício do tipo comportamental, embora não seja admitida ainda no catálogo das patologias (DSM-V).

O que observo é que existe uma aceitação mundial em torno da ideia da "pornografia saudável" porque ela movimenta bilhões e não só na indústria pornográfica. Ninguém fala dos seus malefícios. Hoje qualquer pessoa que está se recuperando de P aqui não pode nem abrir sites como o Globo.com, assistir séries no netflix ou fazer parte do Instagram sem que antes tome uma série de precauções.

Obrigado também por responder minha pergunta. Tenho observado que a P. é consequência ou mesmo início para novos vícios que agem simultaneamente. O problema que elas assaltam mesma área do cérebro (circuito dopaminérgico), então é provavelmente muito difícil largar o P. sem largar o vício em jogos. Isso ainda carece de estudos, mas é uma conclusão possível se lermos os artigos sobre neurociência.

Seja persistente, gustav000. Vai dar certo!

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Dom 30 Jun 2019, 00:34
Amigos, duas perguntas sinceras a fazer. Podem me ajudar?

1. Vocês às vezes percebem que vê as mulheres reais como objetos em vez de seres humanos?
2. Se sim, vocês acham que substituir a P por inúmeros relacionamentos sexuais pode ajudar no reboot?

OBrigado!

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Dom 30 Jun 2019, 18:43
Parabéns pela iniciativa! Vou tentar ajudar.

Respondendo às perguntas:

1 - Sem dúvida nenhuma. Com o uso intenso de pornografia, o cérebro acaba interpretando a mulher como objeto, consequência da nossa atitude de se satisfazer de uma imagem de uma mulher como se fosse um objeto. Assim como nos desfrutamos de um alimento, nos desfrutamos de uma cena de uma pessoa real que não é um objeto simplesmente, mas tem sentimentos, desejos, medos, angústias, sonhos, VIDA.

2 - Essa minha resposta pode não valer muito, pois nunca vivi isso na pele, mas vou deixar aqui minha opinião de acordo com minha conduta. Pra mim, um relacionamento sexual excluído da união íntima de um casal perde seu sentido e se torna um mero meio de prazer. Assim como se obtêm prazer injetando uma substância no corpo, tem-se prazer no sexo sem vínculos afetivos. Quando o sexo é simplesmente por prazer, ele fica no mesmo nível da masturbação e é simplesmente um meio de satisfação. Evidentemente, a pornografia é pior, já que se trata apenas de imagens e não de sensações, mas a questão visual é apenas um fator. Um ponto que as pessoas se esquecem é sobre a dopamina: nós não estamos viciados nas imagens simplesmente, nós estamos viciados em dopamina! É esse justamente o problema da masturbação: dopamina de forma fácil. E de que adianta um viciado em dopamina se abster da pornografia e buscar relacionamentos sexuais se esses, por sua vez, também despejam dopamina no cérebro? É como se um viciado em heroína começasse a usar cocaína pra se livrar de seu vício. Ele está se livrando do vício em heroína mas não está resolvendo o problema. Agora, tem um porém. Apesar de eu não concordar com o sexo "livre", com várias parceiras, sem criar muitos vínculos, há uma vantagem desse tipo de relacionamento contra a pornografia. O grande problema da pornografia e da masturbação é que desbalanceiam o sistema de recompensa. É simplesmente a maior recompensa que seu cérebro pode desejar (ligado à perpetuação da espécie) e sem preço nenhum. Qual o preço pago pra se obter esse prazer? Zero! No máximo, o preço seja um cuidado pra que ninguém veja, uma cautela. Mas se o sujeito entra no banheiro com um celular, é problema resolvido. O preço pra se obter tal recompensa é inexistente. Agora, pra se ter uma relação sexual não é tão simples: você precisa encontrar uma pessoa disposta, precisa de um local... enfim, há um preço, por mais que seja pequeno, há um esforço a se fazer. Respondendo agora de forma mais direta à pergunta: não acredito que ajude já que o problema real é sobre a dopamina. Além disso, diferente da pornografia, o relacionamento sexual envolve a pessoa diretamente. Será que é bom pra pessoa ser usada como objeto, simplesmente como meio de prazer? Agora, eu concordo que o sexo ajude quando é não é feito simplesmente por prazer e tem um caráter unitivo; melhor ainda se for aberto à vida, já que ganha um sentido muito diferente.

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"Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma." I Coríntios 6, 12
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Dom 30 Jun 2019, 19:36
1. Vocês às vezes percebem que vê as mulheres reais como objetos em vez de seres humanos?

Sim. A gente se afasta da ideia de se aproximar de uma mulher, conhecê-la, construir um vínculo, enfim, tudo que está ligado ao lado humano do sexo e ter um sexo como consequência de um momento íntimo. Estamos condicionados a ver uma imagem estimulante (um gatilho mínimo) abaixar as calças e se aliviar, no máximo tendo o cuidado de abrir uma aba anônima

2. Se sim, vocês acham que substituir a P por inúmeros relacionamentos sexuais pode ajudar no reboot?

Depende. Trocar por infinitas garotas de programas por exemplo seria trocar um vício por outro e seguiria a mesma ideia de alívio sexual mecânico acima. Mas se uma pessoa tem a vida sexual agitada por sair conhecer/conquistar pessoas provavelmente essa pessoa tem autoestima alta, lida bem com situações sociais e etc. Coisas que a pornografia nos tira

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Ter 06 Ago 2019, 11:04
brfreedom escreveu:Amigos, duas perguntas sinceras a fazer. Podem me ajudar?

1. Vocês às vezes percebem que vê as mulheres reais como objetos em vez de seres humanos?
2. Se sim, vocês acham que substituir a P por inúmeros relacionamentos sexuais pode ajudar no reboot?

OBrigado!

Fala brfreedom! Gostei muito da iniciativa e no que precisar gostaria de ajudar! Respondendo as perguntas:

1- Sim, principalmente quando estou na fase pesada dentro da P ou com crise de abstinência por falta de PMO, sinto uma necessidade irreal de satisfazer esse meu lado irracional e começo a enxergar mulheres como possíveis alvos a suprirem essa necessidade.

2- Acredito que um relacionamento saudável, com uma parceira ajuda e muito, acho que mais pela questão psicológica do que física. No caso de inúmeros relacionamentos poderia resultar em um efeito placebo de acreditar que esta ajudando e por isso ajudar ou acabar se transformando em outro natureza do mesmo vicio.

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Dom 19 Jan 2020, 10:25
Pessoal, nesta semana estou entrevistando pessoas a respeito do vício em pornografia. Anonimato garantido. O Projeto fez um anúncio global sobre a pesquisa:
http://www.comoparar.com/t10036-pesquisa-cientifica-precisa-se-de-voluntarios-quem-participar-ganhara-r10000-de-ajuda-pela-participacao#270999

Vocês ajudam a pesquisa e ainda ganham um cupom de R$100 nas Lojas Americanas! cheers

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Ter 21 Jan 2020, 07:03
A maior causa que leva as pessoas a se tornarem viciadas é a baixa percepção dos riscos ao consumir.

Em todos os diários aqui da comunidade, ao descrever seu primeiro contato com a pornografia, relatam que não sabiam dos problemas que poderiam vir depois de anos consumindo essa droga. É por isso que precisamos cada vez mais falar sobre este problema a quem está fora para evitar que cheguem até aqui desesperados, sem força e presos a este vício.

Por isso decidi escrever uma tese de doutorado sobre o assunto e ficará disponível gratuitamente na internet.
Para terminar, preciso entrevistar algumas pessoas a fim de entender melhor algumas lacunas.

O Projeto-Admin fez um anúncio global sobre a minha pesquisa não só autorizando, mas pedindo que pessoas sejam entrevistadas por mim:
http://www.comoparar.com/t10036-pesquisa-cientifica-precisa-se-de-voluntarios-quem-participar-ganhara-r10000-de-ajuda-pela-participacao#270999

A entrevista durará 30 minutos e pode ser feita por telefone ou por google hangout somente áudio. O anonimato está totalmente garantido. Não teremos contato visual, somente por áudio. Ninguém saberá da nossa conversa! Ah, vocês ajudam a pesquisa e ainda ganham um cupom de R$100 nas Lojas Americanas! cheers

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