24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

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29/8/2019, 19:47
Tommy Shelby escreveu:
Justiceiro do Sertão escreveu: Dias agitados da melhor forma, nos quais venho ajustando minha agitação mental da melhor e mais eficiente maneira. Estou próximo aos 300 dias de Reboot, e também estão próximos alguns desafios em minha vida, e devo estar em meu melhor estado físico e, sobretudo, psíquico para encará-los com sucesso.

Há muito sei que não é fácil. Apenas há pouco tempo comecei, e sob esforço colossal, a ter razoável domínio sobre meu cérebro agitado. Embora não venha tendo inquietações diretamente relacionadas com PMO, acho que é até a título de abstinência, subconscientemente devido à mudança de atitude psicológica a que me obriguei, que sinto por vezes certo incômodo na cabeça ao organizar meus intentos na vida. Apesar de tudo, acredito que estou no caminho certo. De vez em quanto me ataca alguma inquietação relacionada com fetiches antigos meus, exatamente aqueles com os quais andei sonhando, porém nada que se considere um edging, uma coisa que eu me permita tomar de assalto meus pensamentos e ficar fantasiando a ponto de sair tendo ereções, até mesmo porque na intenção tenho empreendido enorme esforço. Quando meus olhos veem no cotidiano alguma coisa relacionada, fico me lembrando a título paranoico de certas coisas que desejava fazer, no entanto sem me excitar e com um desejo louco de mandar aquilo para o inferno.

Dizem que, em vez de tentar dar combate às fantasias, devemos aprender a lidar com elas, o que para mim é verdade no sentido de que, com meu turbilhão cerebral, concebo um extermínio desses pensamentos de uma maneira, acredito, um pouco diferente daquela que creio que seria considerada a mais comum. Nem darei detalhes do procedimento, são daquelas coisas que só este meu cérebro freneticamente vibrante entede. Apesar de tudo, acho interessante pontuar a questão aqui em meu Diário.

Por vezes lembro-me do passado, outra coisa que me dói muito. Também tenho aprendido psicologicamente a lidar. Neste exato momento, digitando em meu quarto, nesta posição e local exatos, recordo-me que era aqui meu profano e degradante altar de sacrifício, até há pouco tempo. Exatamente na direção e postura em que me encontro agora. Lembrança dura e que venho também mandando para o crematório. É muito desagradável para mim pensar que perdi tanto, tanto tempo! Que consegui ocupar minha mente com aquilo e sair durante um bom tempo patinando na vida! Duro de lembrar, interessante de rapidamente efetuar a colocação aqui, para que, como costumo dizer, o exemplo não seja seguido, nem por mim nem por ninguém.

Lembro-me de que, por causa do vício, já perdi também tantas, tantas chances com mulheres! A lembrança vem, e não é saborosa, é sufocante; só o intenso condicionamento psicológico a que me submeto é capaz de, da melhor forma e de acordo com a conduta de que já tratei, dar combate a estes pensamentos. De fazer com que eu olhe para um futuro que ainda deve me aguardar, incinerando para todo o sempre o passado.

No último domingo, meus sentidos se atribularam de maneira inesperada durante a aula de dança de salão, com a presença de uma garota que me fascinou sobremaneira. Confesso que meu coração bateu feliz como há muito tempo não sentia. No mesmo momento em que me vi regulado de uma percepção sensorial saudável, pus-me apreensivo com medo de que aquela impressão passasse a me perturbar. Tenho me esforçado e, por enquanto, o resultado está sendo satisfatório. Vem-me um imenso prazer não-sexual algumas vezes por dia ao me lembrar que dancei com ela e teci rápidos diálogos, isto numa tarde em que minha conversa foi ainda mais intensa com uma outra cidadã, esta a quem já conheço há algumas aulas e parece nutrir grande simpatia por mim. Já detalhei o caso. É que a recordação da outra me demanda uma atenção enorme, creio que me compreendem. É mais provável que não esteja presente nas próximas aulas, inclusive porque o módulo mudou para o próximo mês. Por isto, afiação mental nessas horas, rapaz. Não obstante não haja nada de sexual nos pensamentos, ela me inspirou de um jeito que veio bem de encontro a gostos meus (felizmente gostos, não fantasias), e aquele pensamento fica, sabem? Apesar de tudo, bem administrado.

Bem administrado. Exatamente como minha mente num panorama geral.

Hoje consegui novamente reprimir uma polução noturna. Minha mãe, sem saber, tem feito chá de gengibre à noite nestes últimos dias, e não duvido de que daqui a pouco novamente apareça com uma xícara para mim (e, a propósito, enquanto digitava a palavra xícara, eis que ocorreu). Antes de ir lá buscar: o mesmo é considerado calmante e supostamente eficaz contra poluções noturnas, e tenho tido com ele noites bastante boas de sono, porém sonhando muito e, nesta noite (pausa e já volto, em importante momento da história)...

... sonhei novamente com algo insinuante, palavras minhas agora de tomar mais um fantástico chá de gengibre, uma das minhas "refeições" prediletas. Como andou algumas vezes acontecendo, sonhei com uma cena voyeur, deve ser ressaca de P. Conforme em outras vezes, sonhei que assistia "ao vivo" pessoas transando diante de mim, pela lembrança provavelmente conhecidos. Muito excitado, tive no sono/sonho uma crise de ejaculação precoce, rapidamente acordando... aliviado ao perceber que estava seco. Era meio da madrugada, ignoro o horário, só sei que me vi tão aliviado, apesar de a violenta ereção ter demorado alguns minutos para se dissipar, que prossegui com uma boa noite de sono mesmo tendo dormido tarde ontem e tendo hoje acordado mais cedo do que de costume. Não vou dizer que foi o chá que ando tomando para não ficar dependente, mesmo que da ideia, acredito é em mim mesmo e em minha persistência para extirpar para sempre essa miséria de minha vida, esse expurgo que só atrasou minha vida em tudo o que se possa imaginar.

Nunca mais, pornografia. Nunca mais. Nem aqui nem no quinto dos infernos.

Inspiração pura!!

Eis aqui uma visão de quem está como telespectador: Você evoluiu muito o seu psicológico, maneira como lida com as fantasias que surgem, sonhando muito( esqueci de relatar no meu diário que nesses últimos dias venho sonhando bastante também) e etc. Parabéns Justiceiro, um grande vencedor!!

Meus agradecimentos, Tommy Shelby! Fique sabendo que de fato sonho muito, praticamente todas as noites me ocorre desde pequeno e inclusive consigo até hoje me lembrar de sonhos que tive quando criança. Se inspiro, para mim é de uma honra imensa. Nunca foi minha intenção, apenas passar um bom exemplo e tentar salvar minha vida.

Cumprimentos!

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29/8/2019, 21:06
Mais um dia intenso. Levantando-me cedo e cheio de garra como sempre, fui para o trabalho com o sangue fervendo nas veias atrás da mudança que tanto almejo em minha vida.

Vale aqui pontuar uma coisa a que um colega deste espaço se referiu: também trabalho num serviço, digamos, pouco formal, apesar de certa cerimônia o circundar. Resultado: vê-se gente de todo tipo e vestida de todo tipo. Já atendi de tudo, de bêbados a figurões engravatados, de tipos com ar suspeito a representantes religiosos; no hall vejo diariamente de mendigos a sujeitos com estilo de atleta, de sertanejos a caráter (chapéu, camisa xadrez, calça apertada e botas) a casais gays com ar moderninho, de freiras (há um convento por perto) a mulheres muito atraentes de rosto, corpo e vestimentas. Enfim, tal ambiente se mostra para mim uma coisa bastante emblemática no que tange aos cuidados com meu Reboot, e felizmente já me sinto habituado à situação citada, de modo que praticamente, não embora sem as devidas precauções, nada me faz perder o foco do que de fato importa.

Pois hoje a única mulher do meu setor saiu de férias, nas quais realizará um antigo desejo de intercâmbio. Uma pessoa com a qual troco ideias bem postas de colega, apesar de algumas divergências de pontos de vista, e não vejo chances de enxergar de maneira sugestiva ou engatar relacionamento. Razoável de corpo e de rosto, lembrando um pouco fisicamente aquela que anda me "assustando" no Whatsapp e com a qual quase engatei uma ficada há meses (na verdade até mais bonita e com um nível intelectual mais aguçado), tecemos hoje mais algumas amenas palavras e nos despedimos com um gostoso abraço, ao qual ela parecia até querer chorar. Sem mais enrolas, fui seguir vivendo minha vida e minha saga.

Mais uma vez digo que, apesar de algum coleguismo e empatia, não está nos meus planos "investir" nela. As únicas que estão por enquanto em minha "carteira de investimentos" são, ainda assim em caso de nítida oportunidade, aquela do Whatsapp há algumas linhas citada, e aquela que me chamou a atenção na última aula de dança de salão, esta última ainda com a ressalva de que não sei se voltarei a vê-la por questões próprias cuja explicação deixaria esta postagem desnecessariamente mais longa. Fora as tais, caso alguma oportunidade de caso se mostre bem clara nos próximos tempos, incluindo-se a da garota com quem ando puxando bons diálogos durante as aulas de dança, aí sim analisarei o fato em seus detalhes e verificarei a melhor maneira de agir.

Alguma coisa me diz que, caso seja instante propício, uma relação me faria bem. Entretanto, não sendo arrogante, acredito que no presente engatar um relacionamento daria uma congestionada em alguns planos pessoais meus pelos quais prezo muito. Claro que sob tal contexto não posso mandar no acaso, todavia tenho aprendido a controlar prioridades e ocorrências do destino de modo a escrever para mim os melhores dias possíveis. Organizando tudo: mente, cronograma diário de tarefas, disciplina, gastos financeiros... Enfim, só o futuro próximo dirá, estando eu sempre a fazer minha parte.

Ainda sobre relacionamentos, já disse que as garotas aqui da cidade são em sua maioria insuportáveis, quase todas com que ando trocando ideia são de fora, nem que seja de cidades a 30 km. Novamente, porém, neste destino talvez não consiga mandar e vejamos o que me espera. Enfim, longe de dizer que estou louco para arrumar alguém (nada dessa carência besta, essa coisa adolescente de "eu só queria uma namoradinha, alguém para andar de mãos dadas, abraçar e beijar, todo mundo tem uma menos eu..."), parece que meu amadurecimento devido à luta contra o vício tem me dado, a partir do momento em que passei a perceber as mulheres sob outro aspecto sensorial, finalmente a chance de um contato maduro e passível de auspiciosa interação com elas. As aulas de dança de salão e certas percepções mentais minhas estão, creio, começando a me dar esse privilégio.

As fantasias mais perigosas já estão sob meu domínio quase total. Em 12 anos viciado, minha mente inquieta foi mais responsável do que a pornografia em si, dado a tremenda capacidade daquela de criar situações a bem da verdade absurdas. Talvez por isso tenha estado tão disciplinado com mídias por exemplo. Hoje, por exemplo, consegui desviar de uma notícia que remetia intensamente a uma antiga fantasia minha, até próxima a uma situação pessoal que vivi. De qualquer modo, as mudanças têm acontecido. Que minha vida continue mudando em todos os sentidos. Que nossas vidas sigam plenas e cada vez melhores devido a nossos esforços. Que olhemos para o futuro sem nunca nos esquecermos, ainda que nos lembrando da maneira menos obsessiva, daquilo que o vício nos tirou.

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30/8/2019, 21:44
Mais um dia daqueles, da melhor forma.

Já fui de cara reprimindo violentamente mais uma polução noturna. Sonhei que vivia uma daquelas fantasias que tanto alimentei e ejaculava de tão excitado. Apenas no sonho, felizmente. Não obstante, acordei muito excitado e foi bem difícil encurralar a violenta e indigna ereção para conseguir dormir em paz, processo cansativo de quase uma hora, em meio a orações e meditações improvisadas. Quando caí no sono, dormi violentamente e acabei perdendo a hora. Levantei-me quase revirando o quarto tão impetuoso me vi para resolver as coisas rápido, felizmente deu tempo.

Lá fui eu encarar mais um dia no trabalho. Hoje, movimento intenso e mais uma paulada de potenciais gatilhos mandados para o inferno. Modéstia à parte, é incrível como parece que só eu não fico reparando, ou pelo menos tento não reparar, nas mulheres bonitas que aparecem pelo local. Quando há uma por perto, o que me chama a atenção são os olhares maliciosos dos homens, de (com o devido respeito) simplórios populares em trajes de operário até sujeitos, entre cidadãos e funcionários, de aparente gabarito social. Chegam a se distrair de seus objetivos, uns ficam até me instigando: "Que que é isso, hein rapaz? Olha! Vai me dizer que não gosta..." Ignoro, não sabem com quem falam, não sabem de minha trajetória.

Mesmo eu, que percebo estar começando só agora a viver dignamente, que chego a ter a impressão de que minha vida levou um pause lá no início de 2006 e só agora deu um resume neste drama tão cinematográfico (e olhem que não sou nenhum nerd cinéfilo), de fato percebo estar aprendendo coisas, incorporando noções de maturidade e responsabilidade as quais sinto que deveria ter recebido naquela época, como se com efeito eu tivesse congelado aos 13-14 anos agora descongelado para só no presente 2019 seguir a trilha que deveria ter percorrido na época. É incrivelmente triste.

Vejo-me saindo de um verdadeiro coma.

Com relativo sucesso, apesar de tudo. Retomando minha consciência depois de mais de uma dúzia de anos. Faz todo o sentido, é sugestivamente inacreditável. Eu viver agora o que deveria ter vivido naquela época. Eu perceber as coisas com uma noção que sinto que deveria ter tido na época e não me permiti por causa do vício.

Triste sensação de ter acordado tarde, que já há um tempo me atormenta, bondoso fantasma da consciência e da responsabilidade que tentava ainda, bravamente, se desatolar do lamaçal em que me enfiei por uma dúzia de anos. Parece, porém, como disse, que estou conseguindo tirar o atraso. Tomara que seja verdade, continuarei com minha parte antes de tudo.

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31/8/2019, 20:25
Dia intenso e tenso. Para começo de conversa, polução noturna.

Uma da manhã, eis-me tendo um sonho horrível, relacionado com um antigo trauma sexual meu, o qual não detalharei. Tive amazônica ejaculação, levantando-me para variar querendo destruir o que houvesse em minha frente nem que me levassem preso e/ou vizinhos e pais ameaçassem me linchar. Quase aos prantos, em meio a socos no travesseiro, não me aguentei e, desse o que desse, fui tomar banho. 1:15, olhem a situação.

Toalha lá fora, não quis nem saber, fui seminu até a área de serviço, temperatura agradável horas antes daquele frio do raiar do dia, e busquei o que precisava para a rápida higiene. Nem que desse briga, doesse o que doesse, banho. Banho, porra, banho! Não quis nem saber. Liguei o chuveiro no morro e lavei-me em poucos minutos, tentando segurar minha ira. A briga que imaginei não aconteceu, meus pais não acordaram, voltei para a cama sem vontade de dormir, acabei sucumbindo ao medo de ligar o computador e ir estudar porque meu pai é meio contra eu apelar para um expediente extremo relacionado, desses de atravessar madrugadas, diz que desliga a chave-geral e ele cumpre mesmo, não é como minha mãe que só ameaça, só ameaça, briga e briga e briga mas se eu for lá e fizer no outro dia ela está no telefone falando com as amigas e os parentes: "Meu filho sim é um exemplo, vara a noite estudando pra concurso!"; "Tenho raiva de que ele não começou nisso quando tinha 16 anos, hoje tava rico." Ah, mulheres... Porque demorei tanto para descobrir como elas funcionam? Por causa do vício, merda!

Peguei no sono sem querer pegar, para variar dormi pesado e perdi a hora para o trabalho. Às 6:15 pulei da cama com tudo e, talvez em tempo recorde, me troquei e procedi minha higiene matinal para tomar o café rapidamente (como sempre) preparado por minha mãe. Caminho do trabalho, até meio-dia de um movimento só. Cheguei em casa, ato contínuo, banho gelado para mandar para o inferno qualquer complexo. Fui me acabar de estudar. Há concurso próximo e eis-me a resolver duas provas na tarde, duas redações, boas leituras, horas proveitosas enfim.

Agora aqui estou, digitando ainda em ritmo acelerado para prestar contas de minha guerra contra o vício e suas sequelas. Sim, conforme andei conversando com o insigne parceiro de lutas The_Survivor em seu Diário, outra coisa tantas ejaculações noturnas não podem ser, apesar de um meu sangue tão fervendo de vontade e de garra por exorcisar até o fim dos tempos essa bosta de minha vida. É com muito esforço tenho conseguido organizar meus pensamentos ao longo do dia para evitar as "descargas noturnas", as quais costumam ocorrer com lembranças dormentes que acabo acumulando até sem querer ao longo do dia e dos dias de minha vida. É duro, entretanto não desisto. Jamais desistirei. Até agora estou furioso, como sempre me ocorre nessas horas, nos dias em que tenho poluções meu humor se altera monstruosamente, fico irritadiço e sendo rude com as pessoas, só querendo saber de resolver problemas nem que seja desafiando ordens de que devo me acalmar. Merda, merda, merda!!

Me dá vontade de estudar umas 24 horas sem parar para nada, até ir à exaustão, só de raiva. Devorar umas 10 provas, escrever umas 10 redações, arriscar ter até uma crise convulsiva de tanto estudar, só para ver se chego a algum lugar na vida e altero em todos aspectos este meu hoje razoável paradigma cotidiano. Sei que estou um tanto errado, que dá para chegar lá sem sofrer tanto, porém meu psicológico se abala muito com esses incidentes molhados e fico louco para resolver as coisas logo, para descontar meu tempo perdido, preencher meu tempo da forma mais rentável até sob um enfoque irreal, acho que conseguem compreender. Fico maluco, demente por ver as coisas logo em seu lugar, chegando até a me esquecer que ataques de estresse podem piorar minha vida em todos os aspectos...

E diante disso é que vou tentando me controlar, canalizar meu sangue fervendo para atividades realmente proveitosas, para um estudo saudável e outras atividades enobrecedoras do corpo e da alma, como a dança de salão, à qual aliás devo novamente comparecer amanhã à tarde. Quer dizer, me controlando, me regulando, conhecendo minhas tendências, buscando meu melhor estado racional e minha mais intensa sanha de vitória, vou buscando minha vez. Não desisto, é isso o que importa.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 2 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

31/8/2019, 21:09
Amigo, parabéns por sua excelente marca.
Acompanho seu diário por alto porque são muitas postagens, mas o que importa mesmo é que você venceu esse vício de lavada, espero que prossiga firme, que jamais retorne ao dia zero.

Abraços

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1/9/2019, 10:19
Quase 300 dias limpo, Justiceiro!

A tua conquista é uma inspiração enorme para mim. Me dá forças para saber que eu consigo chegar tão longe também, da mesma forma que você chegou;

E me mantem sábio para saber que eu não irei resolver os meus problemas com 90 dias de No PMO. É uma luta constante, como você mesmo diz em seu diário.

Sinto-me mais inspirado ainda para continuar após ler os teus relatos. Haha!

Forte abraço!

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1/9/2019, 10:46
coronel escreveu:Amigo, parabéns por sua excelente marca.
Acompanho seu diário por alto porque são muitas postagens, mas o que importa mesmo é que você venceu esse vício de lavada, espero que prossiga firme, que jamais retorne ao dia zero.

Abraços


E dá-lhe Coronel! Obrigado pelo incentivo, que jamais retornemos ao inferno de onde saímos.

Meu abraço.

TheMan escreveu:
Quase 300 dias limpo, Justiceiro!

A tua conquista é uma inspiração enorme para mim. Me dá forças para saber que eu consigo chegar tão longe também, da mesma forma que você chegou;

E me mantem sábio para saber que eu não irei resolver os meus problemas com 90 dias de No PMO. É uma luta constante, como você mesmo diz em seu diário.

Sinto-me mais inspirado ainda para continuar após ler os teus relatos. Haha!

Forte abraço!

Salve TheMan! Obrigado pelos cumprimentos. Pois é, minha parte estou fazendo da maneira como posso, absorvendo todas as armas em minha volta, não há conversa.

Cumprimentos!

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1/9/2019, 21:35
Domingo muito intenso. Apesar da garganta doendo e começo de febre, levantei-me feroz às 6 da manhã para estudar. Teci umas boas horas para depois, embora sentindo os efeitos do resfriado, limpar os móveis de meu quarto, fazer a barba e ir à dança de salão, não sem antes um bom almoço e suco de laranja preparados pela minha mãe.

Embora um tanto cansado, segui a pé para o clube, onde vivi mais uma emblemática tarde. Uma hora e meia de aula, mulherada sobrando (algumas muito bonitas), para depois show no hall inferior, onde o cenário só se tornou mais sugestivo. Se é para viver a realidade da melhor forma, que assim seja. Dancei (ou pelo menos tentei) com tudo quanto foram mulheres, mais uma bela experiência. Daquelas coisas que nos inspiram de uma forma ou outra.

Devido à forte chuva na saída, meu pai veio discretamente me buscar de carro. Ao chegar em casa, minha temperatura subiu e ainda está um pouco alta. Tomei Dipirona e estou um pouco melhor, apesar de a garganta ainda estar pegando fogo. Sinto que preciso dormir para ter um dia rentável amanhã. Já tomei um leite, já jantei e estou melhor do que aquilo que achava que estaria após a intensa maratona de forró de hoje. Que sejam bons dias para todos nós.

E amanhã, assim espero, 300 dias longe da pornografia.

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1/9/2019, 21:57
Salve Justiceiro do Sertão, apesar da gripe, seguiu firme e forte nos seus objetivos, e criando cada vez mais conexões! Melhoras meu amigo!

Abraço

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2/9/2019, 18:34
Kusmin escreveu:Salve Justiceiro do Sertão, apesar da gripe, seguiu firme e forte nos seus objetivos, e criando cada vez mais conexões! Melhoras meu amigo!

Abraço

Obrigado, Kusmin! Meu abraço e bons votos a você.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 2 Empty 300 dias

2/9/2019, 21:04
Eis que hoje completo 300 dias de Reboot, marca jamais alcançada. Apesar de acreditar que demorei um pouco para embalar, só passando a "jogar bem" mesmo lá por volta dos 90 dias, minhas conjecturas me levaram a crer que não seria necessário alterar o contador, zerá-lo lá por volta de 20 de fevereiro. É que no começo passei por uns sustos em meio a situações nas quais tive que me envolver; no entanto, a teoria que acabei por considerar é a de que foram coisas que tive que viver (prefiro não dar detalhes) e que, de um jeito ou de outro, só me fizeram amadurecer enquanto ser humano. Amadurecer, aliás, coisa de que sempre precisei muito.

Digo que não me reconheço em relação a quem eu era antes deste período, a despeito de haver herdado alguns benefícios das tentativas anteriores de Reboot, nas quais patinei durante sete anos sem orientação e quatro aqui no Fórum. Chego a não gostar de me lembrar muito do meu eu do passado para, além de desejar estar totalmente condicionado a seguir em frente em minha vida, não passar raiva. Se eu me encontrasse com o meu eu de há alguns anos, certamente o espancaria. Tragicomédias à parte, ainda bem que o avanço da Ciência ainda não chegou a esse ponto...

Hoje tive mais um dia bastante movimentado, pessoal e profissionalmente. Continuando com um pouco de mal-estar, embora com a febre mais baixa e a garganta doendo menos, tive dificuldades para dormir. Tive uns pensamentos aterrorizantes num estado de quase-sono, como se um começo de edging ("clássica" prática minha) estivesse se apoderando de mim. Às vezes sonho que recaí, que saí fantasiando, e no sonho sinto-me tão mal que o peso na consciência é bastante realista, quando acordo o alívio é grande. Deve ser minha mente agitada aliada ao princípio de sono e ao medo de quebrar a rigorosa disciplina mental à qual venho me obrigando.

Contribui que ontem tive um domingo de muitas conexões estabelecidas, de uma maneira que pode soar sugestiva mas que no fim se mostrou deveras saudável para mim: o que havia de mulher bonita naquele clube para os eventos musicais e o quanto eu dancei com elas... De qualquer modo foi muito marcante para mim. Devo ter dançado com cerca de uma dúzia, algumas delas muito bonitas e dentre elas algumas até das que fazem o meu tipo. Fiquei até um pouco excitado, nada tão vergonhoso apesar de perceber, ao chegar em casa para tomar banho, minha cueca encharcada de líquido pré-ejaculatório. Coisa que julgo normal nesses casos. Percepção real das coisas é algo extraordinário, meus caros. Experiências de convívio real com o sexo oposto são, na grande maioria das vezes, muito bem-vindas. Indo até o flerte ou não, todo o cenário nos enriquece a tão necessária noção de realidade para enxergar e viver o mundo com dignidade. Longe de dizer "ao vivo vale tudo", porém a depender do caso um instante de convivência nos leva a um crescimento interno que não possui preço, logicamente desde que bem conduzido por ambas as partes. É aquilo que parecem dizer a adolescentes adeptos... bem sabem do quê, e que talvez um dia tenhamos ouvido e ignorado (tenho uma vaga lembrança de que no meu caso isso fora verdade, vindo de professores): "Meninos, estudem e não tenham pressa, tudo é consequência", ou "Guarde-se, garoto, sua hora vai chegar", ou "Pode ter certeza, molecada, ao vivo é muito mais gostoso, ao vivo é muito melhor!". Eu era cego, surdo e ignorante. Porra!!

Outra coisa que me despertou alguma, digamos, sensação com a qual decente e responsavelmente lidar (e que poderia ter me levado à desgraça há pouco tempo) foi uma foto que vi rapidamente, no Whatsapp, de uma colega de serviço, a única mulher do meu setor, que está fazendo intercâmbio no exterior durante as férias. Pessoa inteligente e aparentemente de boas intenções, tem alguma beleza física e posava elegantemente num poético cenário. Nada que me perturbasse, contudo fiz questão de nem ficar encarando muito, apenas parabenizando-a por dentro (não entrei ainda em contato com ela desde que viajou) por estar correndo atrás de seus objetivos com honestidade; tenho por ela certa admiração de colega, acho amigo uma palavra muito forte, útil apenas em situações muito especiais. Às vezes aquela pequena foto ainda me vem à mente; todavia, além de não ser, em linhas gerais, aquilo que desmoronaria quem foge do pesadelo do vício, minha conduta de homem adulto sabe lidar com aquilo como compete a um adulto.

Até porque o que tenho em redes sociais é basicamente isso: colegas bem próximos, parentes, primas de comportamento ponderado e, em termos de mulheres, uma maioria de demais cidadãs em mesma linha de conduta, como a colega referida. Uma ou outra me causa certo estremecimento, como aquela minha "amizade colorida" à qual já me referi e uma outra, digamos, um tanto liberal, do meu tempo de faculdade e com a qual ainda às vezes dou de cara por aí, inclusive vai a meu trabalho resolver problemas seus e já cheguei mais de uma vez a atendê-la. Esta costuma, vamos dizer, autoafirmar-se em suas páginas (assim como a outra citada há algumas linhas, andou nos dando há um tempo uns "sustos" nas redes sociais, dos quais consegui com classe me safar), ela que é um tanto bela, elegante, cheia de personalidade e conhecida na cidade, inclusive já tendo trabalhado como modelo e participado de umas disputas de beleza. Interessa, porém, é que é inteligente e compenetrada, tanto que tem uma formação acadêmica razoável e até já ganhou prêmios por seu desempenho em termos intelectuais, de modo que modéstia à parte é uma rara mulher com a qual consigo travar uma conversa mais ou menos refinada (na faculdade, aliás, aprendi até umas lições de vida interessantes com ela, e quase cheguei a mais que uma amizade...). Disciplina e foco acima de tudo, embora eu seja capaz de enxergar nela somente aquilo que de fato nos acrescenta algo. Sendo sincero, fico orgulhoso de perceber que sou capaz de conviver com uma garota bonita e inteligente da maneira mais socialmente louvável. Não tem preço, não tem preço mesmo. Tenho respeito por ela, de colega, agradeço os exemplos que me deu nas conversas que andamos trocando, só não gosto muito do estilo "um pouco empolgado" dela em algumas situações, porém cada um é cada um e a luta de cada um somente a cada um pertence. E antes que perguntem, respondo dizendo que até nisso me sinto afiado em minha conduta: está comprometida; segundo o Facebook (o qual sobrevoo cautelosamente), noiva.

O que acontece é que desenvolvi um autocontrole absurdo em se tratando de redes sociais, utilizando-as o mínimo possível e sempre consciente do que vou encontrar, desviando com categoria e até se for preciso eliminando contatos (como já andei fazendo) em caso de risco iminente, mesmo que se trate de pessoas próximas. Digo a vocês que, modéstia à parte, por já me considerar livre da fase das fissuras, o que ainda tem alguma capacidade de me atormentar são imagens que remetam a fantasias não-sexuais minhas (que poderiam me desequilibrar numa situação extrema) e o medo de olhar sem querer alguma coisa prejudicial, a cujo propósito já me cerquei de prevenções e condutas espartanas, as quais vêm mostrando resultado. Ainda uma vez ou outra me andaram, nos últimos tempos, ocorrendo certas atribulações decorrentes do pavor de perder o fio da meada da luta e algumas tímidas e rapidamente fulminadas groinal responses, não lá muito intensas.

Mas o que vem acabando mesmo com meu sossego e me levando a episódios de estresse e desconforto notável com minha pessoa ainda são as malditas poluções noturnas. Ainda uma média de 3-4 por mês e olhem lá, com muito sacrifício. Quem acompanha o meu Diário conhece minha batalha para que não tenha mais essas incômodas e constrangedoras ocorrências. Embora não tenha efeito caçador após as mesmas (em termos sexuais sinto apenas um leve e controlável aumento na libido), meu humor muda radicalmente ao longo do dia, fico estressado, irascível e sinto que meu Reboot não estaria rendendo tanto quando deveria. A última me castigou na madrugada de sábado, de maneira que tive que me levantar furioso para tomar banho à plena 1:15, quase chorando. Voltei a dormir, contudo o impacto me abalou tanto que passei o resto do dia de mau humor, com gestos impetuosos e acredito que tal situação ajudou a derrubar minha imunidade (inclusive fui seminu à área de serviço sob o frio da madrugada buscar a toalha)no sentido de que ficasse resfriado. Tento não pensar, tento esquecer, porém é duro (da pior maneira, sem trocadilhos). Entretanto, entendo que, de um modo ou do outro, tal batalha faz parte da guerra. Abaixar a guarda jamais. Jamais.

Jamais!!!

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 2 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

3/9/2019, 08:47
Salve, meu caro! Parabéns pela bela marca, sei que és capaz de ir ainda muito mais longe!

Que a continuidade do reboot te livre de todo incômodo com as poluções, definitivamente!

Abraço!

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3ª tentativa: 52 dias (23/07/2019 a 13/09/2019)

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3/9/2019, 18:46
Seeker escreveu:Salve, meu caro! Parabéns pela bela marca, sei que és capaz de ir ainda muito mais longe!

Que a continuidade do reboot te livre de todo incômodo com as poluções, definitivamente!

Abraço!

Obrigado, Seeker! Saudações.

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3/9/2019, 23:36
Opa Justiceiro do Sertão,

Parabéns pelo marco de 300 dias de reboot em hardmode, é algo realmente único e do qual você deve se orgulhar, parabéns que esse seja apenas o começo da jornada.

Que Deus esteja conosco, avante.

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5/9/2019, 19:23
The_Survivor escreveu:Opa Justiceiro do Sertão,

Parabéns pelo marco de 300 dias de reboot em hardmode, é algo realmente único e do qual você deve se orgulhar, parabéns que esse seja apenas o começo da jornada.

Que Deus esteja conosco, avante.

Obrigado, The_Survivor. Meus votos.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 2 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

5/9/2019, 19:44
Justiceiro do Sertão escreveu:Eis que hoje completo 300 dias de Reboot, marca jamais alcançada. Apesar de acreditar que demorei um pouco para embalar, só passando a "jogar bem" mesmo lá por volta dos 90 dias, minhas conjecturas me levaram a crer que não seria necessário alterar o contador, zerá-lo lá por volta de 20 de fevereiro. É que no começo passei por uns sustos em meio a situações nas quais tive que me envolver; no entanto, a teoria que acabei por considerar é a de que foram coisas que tive que viver (prefiro não dar detalhes) e que, de um jeito ou de outro, só me fizeram amadurecer enquanto ser humano. Amadurecer, aliás, coisa de que sempre precisei muito.

Digo que não me reconheço em relação a quem eu era antes deste período, a despeito de haver herdado alguns benefícios das tentativas anteriores de Reboot, nas quais patinei durante sete anos sem orientação e quatro aqui no Fórum. Chego a não gostar de me lembrar muito do meu eu do passado para, além de desejar estar totalmente condicionado a seguir em frente em minha vida, não passar raiva. Se eu me encontrasse com o meu eu de há alguns anos, certamente o espancaria. Tragicomédias à parte, ainda bem que o avanço da Ciência ainda não chegou a esse ponto...

Hoje tive mais um dia bastante movimentado, pessoal e profissionalmente. Continuando com um pouco de mal-estar, embora com a febre mais baixa e a garganta doendo menos, tive dificuldades para dormir. Tive uns pensamentos aterrorizantes num estado de quase-sono, como se um começo de edging ("clássica" prática minha) estivesse se apoderando de mim. Às vezes sonho que recaí, que saí fantasiando, e no sonho sinto-me tão mal que o peso na consciência é bastante realista, quando acordo o alívio é grande. Deve ser minha mente agitada aliada ao princípio de sono e ao medo de quebrar a rigorosa disciplina mental à qual venho me obrigando.

Contribui que ontem tive um domingo de muitas conexões estabelecidas, de uma maneira que pode soar sugestiva mas que no fim se mostrou deveras saudável para mim: o que havia de mulher bonita naquele clube para os eventos musicais e o quanto eu dancei com elas... De qualquer modo foi muito marcante para mim. Devo ter dançado com cerca de uma dúzia, algumas delas muito bonitas e dentre elas algumas até das que fazem o meu tipo. Fiquei até um pouco excitado, nada tão vergonhoso apesar de perceber, ao chegar em casa para tomar banho, minha cueca encharcada de líquido pré-ejaculatório. Coisa que julgo normal nesses casos. Percepção real das coisas é algo extraordinário, meus caros. Experiências de convívio real com o sexo oposto são, na grande maioria das vezes, muito bem-vindas. Indo até o flerte ou não, todo o cenário nos enriquece a tão necessária noção de realidade para enxergar e viver o mundo com dignidade. Longe de dizer "ao vivo vale tudo", porém a depender do caso um instante de convivência nos leva a um crescimento interno que não possui preço, logicamente desde que bem conduzido por ambas as partes. É aquilo que parecem dizer a adolescentes adeptos... bem sabem do quê, e que talvez um dia tenhamos ouvido e ignorado (tenho uma vaga lembrança de que no meu caso isso fora verdade, vindo de professores): "Meninos, estudem e não tenham pressa, tudo é consequência", ou "Guarde-se, garoto, sua hora vai chegar", ou "Pode ter certeza, molecada, ao vivo é muito mais gostoso, ao vivo é muito melhor!". Eu era cego, surdo e ignorante. Porra!!

Outra coisa que me despertou alguma, digamos, sensação com a qual decente e responsavelmente lidar (e que poderia ter me levado à desgraça há pouco tempo) foi uma foto que vi rapidamente, no Whatsapp, de uma colega de serviço, a única mulher do meu setor, que está fazendo intercâmbio no exterior durante as férias. Pessoa inteligente e aparentemente de boas intenções, tem alguma beleza física e posava elegantemente num poético cenário. Nada que me perturbasse, contudo fiz questão de nem ficar encarando muito, apenas parabenizando-a por dentro (não entrei ainda em contato com ela desde que viajou) por estar correndo atrás de seus objetivos com honestidade; tenho por ela certa admiração de colega, acho amigo uma palavra muito forte, útil apenas em situações muito especiais. Às vezes aquela pequena foto ainda me vem à mente; todavia, além de não ser, em linhas gerais, aquilo que desmoronaria quem foge do pesadelo do vício, minha conduta de homem adulto sabe lidar com aquilo como compete a um adulto.

Até porque o que tenho em redes sociais é basicamente isso: colegas bem próximos, parentes, primas de comportamento ponderado e, em termos de mulheres, uma maioria de demais cidadãs em mesma linha de conduta, como a colega referida. Uma ou outra me causa certo estremecimento, como aquela minha "amizade colorida" à qual já me referi e uma outra, digamos, um tanto liberal, do meu tempo de faculdade e com a qual ainda às vezes dou de cara por aí, inclusive vai a meu trabalho resolver problemas seus e já cheguei mais de uma vez a atendê-la. Esta costuma, vamos dizer, autoafirmar-se em suas páginas (assim como a outra citada há algumas linhas, andou nos dando há um tempo uns "sustos" nas redes sociais, dos quais consegui com classe me safar), ela que é um tanto bela, elegante, cheia de personalidade e conhecida na cidade, inclusive já tendo trabalhado como modelo e participado de umas disputas de beleza. Interessa, porém, é que é inteligente e compenetrada, tanto que tem uma formação acadêmica razoável e até já ganhou prêmios por seu desempenho em termos intelectuais, de modo que modéstia à parte é uma rara mulher com a qual consigo travar uma conversa mais ou menos refinada (na faculdade, aliás, aprendi até umas lições de vida interessantes com ela, e quase cheguei a mais que uma amizade...). Disciplina e foco acima de tudo, embora eu seja capaz de enxergar nela somente aquilo que de fato nos acrescenta algo. Sendo sincero, fico orgulhoso de perceber que sou capaz de conviver com uma garota bonita e inteligente da maneira mais socialmente louvável. Não tem preço, não tem preço mesmo. Tenho respeito por ela, de colega, agradeço os exemplos que me deu nas conversas que andamos trocando, só não gosto muito do estilo "um pouco empolgado" dela em algumas situações, porém cada um é cada um e a luta de cada um somente a cada um pertence. E antes que perguntem, respondo dizendo que até nisso me sinto afiado em minha conduta: está comprometida; segundo o Facebook (o qual sobrevoo cautelosamente), noiva.

O que acontece é que desenvolvi um autocontrole absurdo em se tratando de redes sociais, utilizando-as o mínimo possível e sempre consciente do que vou encontrar, desviando com categoria e até se for preciso eliminando contatos (como já andei fazendo) em caso de risco iminente, mesmo que se trate de pessoas próximas. Digo a vocês que, modéstia à parte, por já me considerar livre da fase das fissuras, o que ainda tem alguma capacidade de me atormentar são imagens que remetam a fantasias não-sexuais minhas (que poderiam me desequilibrar numa situação extrema) e o medo de olhar sem querer alguma coisa prejudicial, a cujo propósito já me cerquei de prevenções e condutas espartanas, as quais vêm mostrando resultado. Ainda uma vez ou outra me andaram, nos últimos tempos, ocorrendo certas atribulações decorrentes do pavor de perder o fio da meada da luta e algumas tímidas e rapidamente fulminadas groinal responses, não lá muito intensas.

Mas o que vem acabando mesmo com meu sossego e me levando a episódios de estresse e desconforto notável com minha pessoa ainda são as malditas poluções noturnas. Ainda uma média de 3-4 por mês e olhem lá, com muito sacrifício. Quem acompanha o meu Diário conhece minha batalha para que não tenha mais essas incômodas e constrangedoras ocorrências. Embora não tenha efeito caçador após as mesmas (em termos sexuais sinto apenas um leve e controlável aumento na libido), meu humor muda radicalmente ao longo do dia, fico estressado, irascível e sinto que meu Reboot não estaria rendendo tanto quando deveria. A última me castigou na madrugada de sábado, de maneira que tive que me levantar furioso para tomar banho à plena 1:15, quase chorando. Voltei a dormir, contudo o impacto me abalou tanto que passei o resto do dia de mau humor, com gestos impetuosos e acredito que tal situação ajudou a derrubar minha imunidade (inclusive fui seminu à área de serviço sob o frio da madrugada buscar a toalha)no sentido de que ficasse resfriado. Tento não pensar, tento esquecer, porém é duro (da pior maneira, sem trocadilhos). Entretanto, entendo que, de um modo ou do outro, tal batalha faz parte da guerra. Abaixar a guarda jamais. Jamais.

Jamais!!!

Inspiração aqui no fórum, grande Justiceiro!! Tá indo muito bem, quanto as poluções noturnas deu uma diminuída né? Acredito que sim. Gostaria de adquirir essa maturidade em uso das redes sociais o mais breve possível, porém vou continuar na minha luta evitando-a um pouco até adquiri-lá. Siga assim, Justiceiro, seus posts me ajudam demais a me motivar nessa luta. Grande abraço!

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 2 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

5/9/2019, 20:51
Tommy Shelby escreveu:
Justiceiro do Sertão escreveu:Eis que hoje completo 300 dias de Reboot, marca jamais alcançada. Apesar de acreditar que demorei um pouco para embalar, só passando a "jogar bem" mesmo lá por volta dos 90 dias, minhas conjecturas me levaram a crer que não seria necessário alterar o contador, zerá-lo lá por volta de 20 de fevereiro. É que no começo passei por uns sustos em meio a situações nas quais tive que me envolver; no entanto, a teoria que acabei por considerar é a de que foram coisas que tive que viver (prefiro não dar detalhes) e que, de um jeito ou de outro, só me fizeram amadurecer enquanto ser humano. Amadurecer, aliás, coisa de que sempre precisei muito.

Digo que não me reconheço em relação a quem eu era antes deste período, a despeito de haver herdado alguns benefícios das tentativas anteriores de Reboot, nas quais patinei durante sete anos sem orientação e quatro aqui no Fórum. Chego a não gostar de me lembrar muito do meu eu do passado para, além de desejar estar totalmente condicionado a seguir em frente em minha vida, não passar raiva. Se eu me encontrasse com o meu eu de há alguns anos, certamente o espancaria. Tragicomédias à parte, ainda bem que o avanço da Ciência ainda não chegou a esse ponto...

Hoje tive mais um dia bastante movimentado, pessoal e profissionalmente. Continuando com um pouco de mal-estar, embora com a febre mais baixa e a garganta doendo menos, tive dificuldades para dormir. Tive uns pensamentos aterrorizantes num estado de quase-sono, como se um começo de edging ("clássica" prática minha) estivesse se apoderando de mim. Às vezes sonho que recaí, que saí fantasiando, e no sonho sinto-me tão mal que o peso na consciência é bastante realista, quando acordo o alívio é grande. Deve ser minha mente agitada aliada ao princípio de sono e ao medo de quebrar a rigorosa disciplina mental à qual venho me obrigando.

Contribui que ontem tive um domingo de muitas conexões estabelecidas, de uma maneira que pode soar sugestiva mas que no fim se mostrou deveras saudável para mim: o que havia de mulher bonita naquele clube para os eventos musicais e o quanto eu dancei com elas... De qualquer modo foi muito marcante para mim. Devo ter dançado com cerca de uma dúzia, algumas delas muito bonitas e dentre elas algumas até das que fazem o meu tipo. Fiquei até um pouco excitado, nada tão vergonhoso apesar de perceber, ao chegar em casa para tomar banho, minha cueca encharcada de líquido pré-ejaculatório. Coisa que julgo normal nesses casos. Percepção real das coisas é algo extraordinário, meus caros. Experiências de convívio real com o sexo oposto são, na grande maioria das vezes, muito bem-vindas. Indo até o flerte ou não, todo o cenário nos enriquece a tão necessária noção de realidade para enxergar e viver o mundo com dignidade. Longe de dizer "ao vivo vale tudo", porém a depender do caso um instante de convivência nos leva a um crescimento interno que não possui preço, logicamente desde que bem conduzido por ambas as partes. É aquilo que parecem dizer a adolescentes adeptos... bem sabem do quê, e que talvez um dia tenhamos ouvido e ignorado (tenho uma vaga lembrança de que no meu caso isso fora verdade, vindo de professores): "Meninos, estudem e não tenham pressa, tudo é consequência", ou "Guarde-se, garoto, sua hora vai chegar", ou "Pode ter certeza, molecada, ao vivo é muito mais gostoso, ao vivo é muito melhor!". Eu era cego, surdo e ignorante. Porra!!

Outra coisa que me despertou alguma, digamos, sensação com a qual decente e responsavelmente lidar (e que poderia ter me levado à desgraça há pouco tempo) foi uma foto que vi rapidamente, no Whatsapp, de uma colega de serviço, a única mulher do meu setor, que está fazendo intercâmbio no exterior durante as férias. Pessoa inteligente e aparentemente de boas intenções, tem alguma beleza física e posava elegantemente num poético cenário. Nada que me perturbasse, contudo fiz questão de nem ficar encarando muito, apenas parabenizando-a por dentro (não entrei ainda em contato com ela desde que viajou) por estar correndo atrás de seus objetivos com honestidade; tenho por ela certa admiração de colega, acho amigo uma palavra muito forte, útil apenas em situações muito especiais. Às vezes aquela pequena foto ainda me vem à mente; todavia, além de não ser, em linhas gerais, aquilo que desmoronaria quem foge do pesadelo do vício, minha conduta de homem adulto sabe lidar com aquilo como compete a um adulto.

Até porque o que tenho em redes sociais é basicamente isso: colegas bem próximos, parentes, primas de comportamento ponderado e, em termos de mulheres, uma maioria de demais cidadãs em mesma linha de conduta, como a colega referida. Uma ou outra me causa certo estremecimento, como aquela minha "amizade colorida" à qual já me referi e uma outra, digamos, um tanto liberal, do meu tempo de faculdade e com a qual ainda às vezes dou de cara por aí, inclusive vai a meu trabalho resolver problemas seus e já cheguei mais de uma vez a atendê-la. Esta costuma, vamos dizer, autoafirmar-se em suas páginas (assim como a outra citada há algumas linhas, andou nos dando há um tempo uns "sustos" nas redes sociais, dos quais consegui com classe me safar), ela que é um tanto bela, elegante, cheia de personalidade e conhecida na cidade, inclusive já tendo trabalhado como modelo e participado de umas disputas de beleza. Interessa, porém, é que é inteligente e compenetrada, tanto que tem uma formação acadêmica razoável e até já ganhou prêmios por seu desempenho em termos intelectuais, de modo que modéstia à parte é uma rara mulher com a qual consigo travar uma conversa mais ou menos refinada (na faculdade, aliás, aprendi até umas lições de vida interessantes com ela, e quase cheguei a mais que uma amizade...). Disciplina e foco acima de tudo, embora eu seja capaz de enxergar nela somente aquilo que de fato nos acrescenta algo. Sendo sincero, fico orgulhoso de perceber que sou capaz de conviver com uma garota bonita e inteligente da maneira mais socialmente louvável. Não tem preço, não tem preço mesmo. Tenho respeito por ela, de colega, agradeço os exemplos que me deu nas conversas que andamos trocando, só não gosto muito do estilo "um pouco empolgado" dela em algumas situações, porém cada um é cada um e a luta de cada um somente a cada um pertence. E antes que perguntem, respondo dizendo que até nisso me sinto afiado em minha conduta: está comprometida; segundo o Facebook (o qual sobrevoo cautelosamente), noiva.

O que acontece é que desenvolvi um autocontrole absurdo em se tratando de redes sociais, utilizando-as o mínimo possível e sempre consciente do que vou encontrar, desviando com categoria e até se for preciso eliminando contatos (como já andei fazendo) em caso de risco iminente, mesmo que se trate de pessoas próximas. Digo a vocês que, modéstia à parte, por já me considerar livre da fase das fissuras, o que ainda tem alguma capacidade de me atormentar são imagens que remetam a fantasias não-sexuais minhas (que poderiam me desequilibrar numa situação extrema) e o medo de olhar sem querer alguma coisa prejudicial, a cujo propósito já me cerquei de prevenções e condutas espartanas, as quais vêm mostrando resultado. Ainda uma vez ou outra me andaram, nos últimos tempos, ocorrendo certas atribulações decorrentes do pavor de perder o fio da meada da luta e algumas tímidas e rapidamente fulminadas groinal responses, não lá muito intensas.

Mas o que vem acabando mesmo com meu sossego e me levando a episódios de estresse e desconforto notável com minha pessoa ainda são as malditas poluções noturnas. Ainda uma média de 3-4 por mês e olhem lá, com muito sacrifício. Quem acompanha o meu Diário conhece minha batalha para que não tenha mais essas incômodas e constrangedoras ocorrências. Embora não tenha efeito caçador após as mesmas (em termos sexuais sinto apenas um leve e controlável aumento na libido), meu humor muda radicalmente ao longo do dia, fico estressado, irascível e sinto que meu Reboot não estaria rendendo tanto quando deveria. A última me castigou na madrugada de sábado, de maneira que tive que me levantar furioso para tomar banho à plena 1:15, quase chorando. Voltei a dormir, contudo o impacto me abalou tanto que passei o resto do dia de mau humor, com gestos impetuosos e acredito que tal situação ajudou a derrubar minha imunidade (inclusive fui seminu à área de serviço sob o frio da madrugada buscar a toalha)no sentido de que ficasse resfriado. Tento não pensar, tento esquecer, porém é duro (da pior maneira, sem trocadilhos). Entretanto, entendo que, de um modo ou do outro, tal batalha faz parte da guerra. Abaixar a guarda jamais. Jamais.

Jamais!!!

Inspiração aqui no fórum, grande Justiceiro!! Tá indo muito bem, quanto as poluções noturnas deu uma diminuída né? Acredito que sim. Gostaria de adquirir essa maturidade em uso das redes sociais o mais breve possível, porém vou continuar na minha luta evitando-a um pouco até adquiri-lá. Siga assim, Justiceiro, seus posts me ajudam demais a me motivar nessa luta. Grande abraço!

Inspiração é você, Tommy Shelby! Parece um sujeito antes de tudo regrado e disciplinado, coisas pelas quais muito prezo em um ser humano. Ponto para você antes de mais nada por isto. Seu diário mostra uma rotina de alguém que persegue a harmonia e a perfeição tangível, e tal conduta só poderá levá-lo a muitos desejos realizados.

Grande abraço e vamos à luta!

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 2 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

5/9/2019, 20:55
Continuo resfriado. Hoje passei mais um dia praticamente afônico, com rouquidão extrema, trabalhando com a voz na base do sacrifício, apesar de o corpo e a mente estarem bem postos; apenas senti por algumas vezes o que parecia ser algum início de febre, aparente e felizmente, somente impressão. Nada de ejaculações noturnas.

Nesta semana, apesar de debilitado, andei trabalhando bastante e ainda enfileirando uma bateria de estudos ao chegar a casa. O que passei neste mundo para chegar ao ponto em que me encontro hoje só eu sei.

E para completar a Internet aqui em casa também anda adoentada. Mais uma vez oscilando muito, de modo que apareço no Fórum menos do que seria interessante e, como agora, acabo me vendo obrigado a deixar as postagens salvas para enviar depois, apenas revisando uma ou outra coisa de última hora.

Não faz mal. Mais do que eu já aprontei talvez seja impossível. Mais três histórias para terem ideia de até aonde já cheguei com PMO. Óbvio que não se deve ruminar o passado, contudo acho interessante às vezes lembrar para que o exemplo não seja seguido. São lembranças que me atacam quase todos os dias em situações bastante inusitadas e incômodas, as quais porém guardo, antes de tudo, como lição de vida.

Caso #1: O cartão

Outro dia, coisa de há menos de um ano, fui ao armário do quarto de visitas para pegar um rolo novo de papel higiênico quando vi uma das bolsas de minha mãe entreaberta por ali. De súbito atacou-me um estranho sentimento de satisfação. Pensei comigo, perplexo: "Por que estou sentindo prazer diante disto?".

Passaram-se alguns minutos para que eu, tomado de ódio de mim mesmo e quase em prantos, percebesse que associação era aquela concebida pelo meu cérebro. Bosta! Há alguns anos, quando comecei a trabalhar, passei a ter o hábito de frequentar, vez ou outra, garotas de programa, para compensar minha frustração sexual e viver aquilo que eu via na pornografia. À época pareceu-me uma alternativa interessante, inclusive tive até certas experiências que me acrescentaram algo, todavia é algo que não pretendo repetir por diversos fatores, do dinheiro à saúde, do condicionamento mental a uma consciência saudável e plena em todos os aspectos. Enfim, aconteceu que, no citado período, era naquele bolso externo de sua bolsa que minha mãe guardava o cartão de uma poupança minha, na qual fiz o favor de permitir que minha mãe também guardasse alguma importância, aliás hoje cerca de metade. E eu, este que vos fala, umas vezes por ano que não me fizessem estourar o orçamento (apesar de ter gasto um bocado) aproveitava quando ocorria de me ver sozinho em casa para ir lá pegar o cartão e seguir correndo para um caixa eletrônico próximo de casa, no intuito de sacar uns 250-300 reais bem sabem para quê. Às vezes pegava da outra conta, que é só minha, às vezes quando estava mais fácil, olhem o que o vício faz, ia lá e "buscava" um dinheiro estrategicamente escondido para ser gasto com garotas de programa em tardes nas quais dizia que estava no clube que frequento há alguns anos. Fingia que seguia para o clube, com camisinha e tudo mais escondidos sob a roupa, no meio do caminho mudava a rota e me dirigia para alguma casa de massagem para me encontrar com alguma acompanhante conhecida via site. Aliás, só colocar créditos no telefone celular já me deixava maluco, calculava tudo para, quando estivessem quase expirando, gastar ligando para alguma (na época eu ainda não utilizava o Whatsapp). Ódio de mim mesmo, só isso.

Anos depois, a mesma via neural ativada diante de uma prosaica imagem de uma bolsa entreaberta no quarto de visitas! Infame lembrança! Quer dizer, condicionei absolutamente todos os meus gestos cotidianos a, de uma maneira ou outra, fantasiar, meu maior problema. "Ao vivo" ou não. Maldito seja eu, ou melhor, pelo menos aquele eu. Maldito!

Caso #2: O convite ou Ah, as festinhas...

Conforme andei falando, um dos maiores traumas de minha vida foi não ter vivido uma juventude com um mínimo de convívio razoável, o que me daria grande respaldo para encarar mais tranquilamente certas adversidades sociais que hoje atravesso. Tenho superado a frustração, todavia ainda me lembro muito entristecido de certas coisas que me ocorreram à época (ainda que tentando não lembrar), como uma que me veio à tona e gostaria de trazer a vocês aqui.

No auge do vício, primeiro ano do Ensino Médio, estavam todos no auge de sua juventude buscando algo com que se envolver para galgar desenvolvimento na vida e eu, eu... bem, nem é preciso dizer muito. Vivia a pior época da minha vida, quero até ser sucinto ao falar sobre para não ficar me lembrando. Em qualquer turma na qual chegasse, sobretudo na escola, sob qualquer circunstância, a metros já era repelido, o tempo todo era "Ih, lá vem... Lá vem". Meu comportamento era infantiloide e bizarro, nem quero descrevê-lo. Pois bem.

Era tempo de convívio para todo lado: encontros improvisados na casa de colegas, festinhas, baladas/matinês, aniversários das meninas, ficadas-namorinhos-e-companhia (muito) e o que eu mais via eram (a seguir uma cena que mexe com minha autoestima até hoje, porém também acho interessante citar) os convites sendo distribuídos pelas carteiras sem nunca chegarem à minha. Peguei daquilo um trauma tão grande que demorou anos para que chegasse ao atual estado de lembrança desagradável. E sabem o que aconteceu em uma das ocasiões?

Pregaram-me uma peça. Acho que já estava tudo combinado, não é possível, do jeito que me odiavam... Era uma garota bonitinha e popular da turma que, possuindo certa condição financeira, estava há poucos dias de sua festa de 15 anos, como de costume não tendo eu sido convidado. Um dos garotos da classe, convidado, não gostava muito dela e, aproveitando-se de que ela havia escrito o nome do pessoal em lápis/grafite nos convites, apagou o próprio nome com borracha do aval recebido e, de caneta, num expediente grosseiro, escreveu o meu, vindo me entregar o refinado papel grosso. Era volta do intervalo, bem na hora em que a cidadã estava se aproximando. Pelo menos consegui jogar o "falso convite" no chão e sair dando as costas, num hausto de noção de mundo que tive. Pode parecer, meus caros, uma história boba, porém que leva qualquer um a uma profunda reflexão sobre o que é ser excluído de um grupo numa fase tão interessante da vida por não saber se comportar como se já tivesse deixado de ser criança. É algo que, embora de fato meio prosaico, gravou-me a ferro quente na alma uma lição bem dolorida, para o resto de meus dias.

Caso #3: A pretendente-fantasma

Outra história real minha que, ao contrário do que possa parecer, de engraçada não tem nada. É daquelas que, dependendo do momento, soa interessante trazer a lume no mínimo para que um mais jovem veja e faça de tudo para que com ele não ocorra ou para que um mais velho diga a um mais novo (pai para filho, por que não) para que siga o melhor exemplo, jamais se comportando a ponto de sofrer semelhante humilhação.

Aos 13 anos, às portas do vício, pouco antes de a bomba explodir e já demonstrando alguns francos sinais de imaturidade pessoal-profissional para a idade enquanto boa parte da turma de conhecidos (escola, principalmente) já estava num trato bastante desenvolvido e tecendo interessantes relações na vida, inclusive amorosas, o infeliz que vos fala era alvo até mesmo de sabotagens por sua crítica dificuldade em lidar com o sexo oposto. Viviam falando que não-sei-quem estava a fim de mim, que tal menina de outra sala queria ficar comigo, elas mesmas faziam trejeitos forçados de como se quisessem ficar comigo para me humilhar, e quando era verdade eu não era capaz de ler os sinais. Inferno de vida.

Numa dessas, sabem o que me aprontaram?

Juntaram em uma meia dúzia, sobretudo umas meninas que “tocavam o terror” na classe, e inventaram que havia uma garota, colega delas, que havia me visto de longe e queria me conhecer e talvez engrenar um romance comigo. Deram-me nome, descrição física e até características como a de que “só havia beijado uma vez, de selinho”. Fizeram-me escrever uma carta! Fiquei maluco... Ingênuo que era, lá fui eu redigir um recado escrito para a suposta cidadã, a respeito da qual quando tentava indagar um pouco mais ficavam irritados... Penosamente consciente de tudo, deixava me envolver pela tramoia acreditando que era verdade, e quando realmente era eu não me via capaz de perceber! Toma, moleque. Que fique a lembrança para que ninguém, sobretudo jovem, se sujeite a ser humilhado de tal forma. Pois não só escrevi a porra da carta como ainda obtive resposta, grosseiramente escrita no que parecia ser a letra de uma das fulanas, enquanto uma outra me passa depois uma carta, notavelmente redigida por ela, que teria sido escrita por uma segunda garota inexistente! Como dizem, é mole ou quer mais?! Tentava tocar no assunto e todos se irritavam, apenas uma vez tentaram dar certa continuidade ao circo dizendo que uma das meninas estava com “ela” no telefone, “esta” toda chorosa por sua avó estar no hospital em estado terminal... Toma, safado!

Aos poucos ia, num suspiro de bom instinto, escapando da farsa, de modo que não mais se tocou no assunto. Enquanto isso caras da sala tinham prestígio como bons alunos e bons amigos, além de tudo caindo nas graças da mulherada. Minha mãe contou-me, em notável e merecido tom de indireta, que conversara com a mãe de um deles na saída da escola (“Ah, você é mãe do Fulano?”, “Sim”, “Sou mãe do Sicrano, da sala do Fulano, meu filho fala do seu”) e esta declarara, toda orgulhosa, que era até constrangedor entrar no quarto do garoto para pegar a mochila suja para lavar quando ele não o fazia, tantos bilhetinhos apaixonados de garotas se encontravam dentro da mesma, dentro do estojo, recados escritos furtivamente em livros e cadernos!... E vale uma reverência: o sujeito era de renome mesmo. Não bastasse ser alto e bonitão (o que não considero grande coisa), era uma pessoa refinada e um garoto muito inteligente e estudioso. Logo depois saiu da escola e logo soube dele que estava a todo vapor num colégio de elite da região e namorado com a menina mais bonita e desejada do lugar e uma das mais da cidade. Só isso. Nem preciso dizer que acabava comigo e só me levava, muito mal-acostumado que estava, a afundar ainda mais na espiral do vício em vez de querer sair. Desgraçado! Maldito! Tive o castigo que tive.

Nem quero saber a quantas anda tal cidadão hoje.

Enfim, caros , pensei em contar um quarto caso real medonho meu para lhes ampliar a ideia sobre o que o vício causa, contudo acho que assim está bom, o último era bem sugestivo. A respeito do último, apenas digo que ocorreu ao exibir do clássico do cinema mudo Tempos Modernos, de Charles Chaplin, filme do qual gosto menos do que deveria devido ao lamentável episódio. Não, não contarei sobre, prefiro não.

De qualquer forma, modéstia à parte sinto-me é muito corajoso em trazer este tipo de lembrança aqui a este espaço para mostrar até que lamentável ponto podemos ir com o vício, quais são as consequências sociais para um homem que se sujeita a tal degradação física e moral; esta é uma lição que tem que ser dada urgentemente a todos os jovens do mundo e aos mais crescidos ainda em condições de virar o jogo. As coisas não podem, não podem ficar do jeito que estão. Nunca. Que esse passado infernal jamais se repita.

Que esse jogo seja virado. Que nossos jovens sejam salvos. Que nosso futuro seja salvo.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 2 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

6/9/2019, 08:29
Justiceiro do Sertão escreveu:Eis que hoje completo 300 dias de Reboot, marca jamais alcançada. Apesar de acreditar que demorei um pouco para embalar, só passando a "jogar bem" mesmo lá por volta dos 90 dias, minhas conjecturas me levaram a crer que não seria necessário alterar o contador, zerá-lo lá por volta de 20 de fevereiro. É que no começo passei por uns sustos em meio a situações nas quais tive que me envolver; no entanto, a teoria que acabei por considerar é a de que foram coisas que tive que viver (prefiro não dar detalhes) e que, de um jeito ou de outro, só me fizeram amadurecer enquanto ser humano. Amadurecer, aliás, coisa de que sempre precisei muito.

Digo que não me reconheço em relação a quem eu era antes deste período, a despeito de haver herdado alguns benefícios das tentativas anteriores de Reboot, nas quais patinei durante sete anos sem orientação e quatro aqui no Fórum. Chego a não gostar de me lembrar muito do meu eu do passado para, além de desejar estar totalmente condicionado a seguir em frente em minha vida, não passar raiva. Se eu me encontrasse com o meu eu de há alguns anos, certamente o espancaria. Tragicomédias à parte, ainda bem que o avanço da Ciência ainda não chegou a esse ponto...

Hoje tive mais um dia bastante movimentado, pessoal e profissionalmente. Continuando com um pouco de mal-estar, embora com a febre mais baixa e a garganta doendo menos, tive dificuldades para dormir. Tive uns pensamentos aterrorizantes num estado de quase-sono, como se um começo de edging ("clássica" prática minha) estivesse se apoderando de mim. Às vezes sonho que recaí, que saí fantasiando, e no sonho sinto-me tão mal que o peso na consciência é bastante realista, quando acordo o alívio é grande. Deve ser minha mente agitada aliada ao princípio de sono e ao medo de quebrar a rigorosa disciplina mental à qual venho me obrigando.

Contribui que ontem tive um domingo de muitas conexões estabelecidas, de uma maneira que pode soar sugestiva mas que no fim se mostrou deveras saudável para mim: o que havia de mulher bonita naquele clube para os eventos musicais e o quanto eu dancei com elas... De qualquer modo foi muito marcante para mim. Devo ter dançado com cerca de uma dúzia, algumas delas muito bonitas e dentre elas algumas até das que fazem o meu tipo. Fiquei até um pouco excitado, nada tão vergonhoso apesar de perceber, ao chegar em casa para tomar banho, minha cueca encharcada de líquido pré-ejaculatório. Coisa que julgo normal nesses casos. Percepção real das coisas é algo extraordinário, meus caros. Experiências de convívio real com o sexo oposto são, na grande maioria das vezes, muito bem-vindas. Indo até o flerte ou não, todo o cenário nos enriquece a tão necessária noção de realidade para enxergar e viver o mundo com dignidade. Longe de dizer "ao vivo vale tudo", porém a depender do caso um instante de convivência nos leva a um crescimento interno que não possui preço, logicamente desde que bem conduzido por ambas as partes. É aquilo que parecem dizer a adolescentes adeptos... bem sabem do quê, e que talvez um dia tenhamos ouvido e ignorado (tenho uma vaga lembrança de que no meu caso isso fora verdade, vindo de professores): "Meninos, estudem e não tenham pressa, tudo é consequência", ou "Guarde-se, garoto, sua hora vai chegar", ou "Pode ter certeza, molecada, ao vivo é muito mais gostoso, ao vivo é muito melhor!". Eu era cego, surdo e ignorante. Porra!!

Outra coisa que me despertou alguma, digamos, sensação com a qual decente e responsavelmente lidar (e que poderia ter me levado à desgraça há pouco tempo) foi uma foto que vi rapidamente, no Whatsapp, de uma colega de serviço, a única mulher do meu setor, que está fazendo intercâmbio no exterior durante as férias. Pessoa inteligente e aparentemente de boas intenções, tem alguma beleza física e posava elegantemente num poético cenário. Nada que me perturbasse, contudo fiz questão de nem ficar encarando muito, apenas parabenizando-a por dentro (não entrei ainda em contato com ela desde que viajou) por estar correndo atrás de seus objetivos com honestidade; tenho por ela certa admiração de colega, acho amigo uma palavra muito forte, útil apenas em situações muito especiais. Às vezes aquela pequena foto ainda me vem à mente; todavia, além de não ser, em linhas gerais, aquilo que desmoronaria quem foge do pesadelo do vício, minha conduta de homem adulto sabe lidar com aquilo como compete a um adulto.

Até porque o que tenho em redes sociais é basicamente isso: colegas bem próximos, parentes, primas de comportamento ponderado e, em termos de mulheres, uma maioria de demais cidadãs em mesma linha de conduta, como a colega referida. Uma ou outra me causa certo estremecimento, como aquela minha "amizade colorida" à qual já me referi e uma outra, digamos, um tanto liberal, do meu tempo de faculdade e com a qual ainda às vezes dou de cara por aí, inclusive vai a meu trabalho resolver problemas seus e já cheguei mais de uma vez a atendê-la. Esta costuma, vamos dizer, autoafirmar-se em suas páginas (assim como a outra citada há algumas linhas, andou nos dando há um tempo uns "sustos" nas redes sociais, dos quais consegui com classe me safar), ela que é um tanto bela, elegante, cheia de personalidade e conhecida na cidade, inclusive já tendo trabalhado como modelo e participado de umas disputas de beleza. Interessa, porém, é que é inteligente e compenetrada, tanto que tem uma formação acadêmica razoável e até já ganhou prêmios por seu desempenho em termos intelectuais, de modo que modéstia à parte é uma rara mulher com a qual consigo travar uma conversa mais ou menos refinada (na faculdade, aliás, aprendi até umas lições de vida interessantes com ela, e quase cheguei a mais que uma amizade...). Disciplina e foco acima de tudo, embora eu seja capaz de enxergar nela somente aquilo que de fato nos acrescenta algo. Sendo sincero, fico orgulhoso de perceber que sou capaz de conviver com uma garota bonita e inteligente da maneira mais socialmente louvável. Não tem preço, não tem preço mesmo. Tenho respeito por ela, de colega, agradeço os exemplos que me deu nas conversas que andamos trocando, só não gosto muito do estilo "um pouco empolgado" dela em algumas situações, porém cada um é cada um e a luta de cada um somente a cada um pertence. E antes que perguntem, respondo dizendo que até nisso me sinto afiado em minha conduta: está comprometida; segundo o Facebook (o qual sobrevoo cautelosamente), noiva.

O que acontece é que desenvolvi um autocontrole absurdo em se tratando de redes sociais, utilizando-as o mínimo possível e sempre consciente do que vou encontrar, desviando com categoria e até se for preciso eliminando contatos (como já andei fazendo) em caso de risco iminente, mesmo que se trate de pessoas próximas. Digo a vocês que, modéstia à parte, por já me considerar livre da fase das fissuras, o que ainda tem alguma capacidade de me atormentar são imagens que remetam a fantasias não-sexuais minhas (que poderiam me desequilibrar numa situação extrema) e o medo de olhar sem querer alguma coisa prejudicial, a cujo propósito já me cerquei de prevenções e condutas espartanas, as quais vêm mostrando resultado. Ainda uma vez ou outra me andaram, nos últimos tempos, ocorrendo certas atribulações decorrentes do pavor de perder o fio da meada da luta e algumas tímidas e rapidamente fulminadas groinal responses, não lá muito intensas.

Mas o que vem acabando mesmo com meu sossego e me levando a episódios de estresse e desconforto notável com minha pessoa ainda são as malditas poluções noturnas. Ainda uma média de 3-4 por mês e olhem lá, com muito sacrifício. Quem acompanha o meu Diário conhece minha batalha para que não tenha mais essas incômodas e constrangedoras ocorrências. Embora não tenha efeito caçador após as mesmas (em termos sexuais sinto apenas um leve e controlável aumento na libido), meu humor muda radicalmente ao longo do dia, fico estressado, irascível e sinto que meu Reboot não estaria rendendo tanto quando deveria. A última me castigou na madrugada de sábado, de maneira que tive que me levantar furioso para tomar banho à plena 1:15, quase chorando. Voltei a dormir, contudo o impacto me abalou tanto que passei o resto do dia de mau humor, com gestos impetuosos e acredito que tal situação ajudou a derrubar minha imunidade (inclusive fui seminu à área de serviço sob o frio da madrugada buscar a toalha)no sentido de que ficasse resfriado. Tento não pensar, tento esquecer, porém é duro (da pior maneira, sem trocadilhos). Entretanto, entendo que, de um modo ou do outro, tal batalha faz parte da guerra. Abaixar a guarda jamais. Jamais.

Jamais!!!

Caro Justiceiro, ler seu diário é algo que aumenta, e muito, os meus motivos para continuar nesse reboot. O nível de maturidade que você enfrenta o desafio é algo a ser copiado e aprendido. Almejo ver meu contador com trezentos dias e olhar pra trás e sentir orgulho de tudo que passei e poder, assim como você, ajudar pessoas que estão apenas começando, assim como eu. Não que esteja apenas começando, ando deslizando a muito tempo o "caminho para o sucesso" mas ao estudar sua postura me faz relembrar de que é possível e gratificante essa jornada.

Da socialização espontânea e saudável as lembranças que ficaram para trás, que servem, finalmente, de aprendizado, é com uma luz no fim do túnel que leio seu diário.

Meus parabéns meu amigo, apesar de sua batalha ainda continuar, você já é vencedor.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 2 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

6/9/2019, 14:15
Fala, Justiceiro!

Essa frase é emblemática:
"Que esse jogo seja virado. Que nossos jovens sejam salvos. Que nosso futuro seja salvo."

O quanto antes entendermos que a p/pmo vai nos matar, melhor!

Forte abraço

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6/9/2019, 19:21
Jack Teller escreveu:
Justiceiro do Sertão escreveu:Eis que hoje completo 300 dias de Reboot, marca jamais alcançada. Apesar de acreditar que demorei um pouco para embalar, só passando a "jogar bem" mesmo lá por volta dos 90 dias, minhas conjecturas me levaram a crer que não seria necessário alterar o contador, zerá-lo lá por volta de 20 de fevereiro. É que no começo passei por uns sustos em meio a situações nas quais tive que me envolver; no entanto, a teoria que acabei por considerar é a de que foram coisas que tive que viver (prefiro não dar detalhes) e que, de um jeito ou de outro, só me fizeram amadurecer enquanto ser humano. Amadurecer, aliás, coisa de que sempre precisei muito.

Digo que não me reconheço em relação a quem eu era antes deste período, a despeito de haver herdado alguns benefícios das tentativas anteriores de Reboot, nas quais patinei durante sete anos sem orientação e quatro aqui no Fórum. Chego a não gostar de me lembrar muito do meu eu do passado para, além de desejar estar totalmente condicionado a seguir em frente em minha vida, não passar raiva. Se eu me encontrasse com o meu eu de há alguns anos, certamente o espancaria. Tragicomédias à parte, ainda bem que o avanço da Ciência ainda não chegou a esse ponto...

Hoje tive mais um dia bastante movimentado, pessoal e profissionalmente. Continuando com um pouco de mal-estar, embora com a febre mais baixa e a garganta doendo menos, tive dificuldades para dormir. Tive uns pensamentos aterrorizantes num estado de quase-sono, como se um começo de edging ("clássica" prática minha) estivesse se apoderando de mim. Às vezes sonho que recaí, que saí fantasiando, e no sonho sinto-me tão mal que o peso na consciência é bastante realista, quando acordo o alívio é grande. Deve ser minha mente agitada aliada ao princípio de sono e ao medo de quebrar a rigorosa disciplina mental à qual venho me obrigando.

Contribui que ontem tive um domingo de muitas conexões estabelecidas, de uma maneira que pode soar sugestiva mas que no fim se mostrou deveras saudável para mim: o que havia de mulher bonita naquele clube para os eventos musicais e o quanto eu dancei com elas... De qualquer modo foi muito marcante para mim. Devo ter dançado com cerca de uma dúzia, algumas delas muito bonitas e dentre elas algumas até das que fazem o meu tipo. Fiquei até um pouco excitado, nada tão vergonhoso apesar de perceber, ao chegar em casa para tomar banho, minha cueca encharcada de líquido pré-ejaculatório. Coisa que julgo normal nesses casos. Percepção real das coisas é algo extraordinário, meus caros. Experiências de convívio real com o sexo oposto são, na grande maioria das vezes, muito bem-vindas. Indo até o flerte ou não, todo o cenário nos enriquece a tão necessária noção de realidade para enxergar e viver o mundo com dignidade. Longe de dizer "ao vivo vale tudo", porém a depender do caso um instante de convivência nos leva a um crescimento interno que não possui preço, logicamente desde que bem conduzido por ambas as partes. É aquilo que parecem dizer a adolescentes adeptos... bem sabem do quê, e que talvez um dia tenhamos ouvido e ignorado (tenho uma vaga lembrança de que no meu caso isso fora verdade, vindo de professores): "Meninos, estudem e não tenham pressa, tudo é consequência", ou "Guarde-se, garoto, sua hora vai chegar", ou "Pode ter certeza, molecada, ao vivo é muito mais gostoso, ao vivo é muito melhor!". Eu era cego, surdo e ignorante. Porra!!

Outra coisa que me despertou alguma, digamos, sensação com a qual decente e responsavelmente lidar (e que poderia ter me levado à desgraça há pouco tempo) foi uma foto que vi rapidamente, no Whatsapp, de uma colega de serviço, a única mulher do meu setor, que está fazendo intercâmbio no exterior durante as férias. Pessoa inteligente e aparentemente de boas intenções, tem alguma beleza física e posava elegantemente num poético cenário. Nada que me perturbasse, contudo fiz questão de nem ficar encarando muito, apenas parabenizando-a por dentro (não entrei ainda em contato com ela desde que viajou) por estar correndo atrás de seus objetivos com honestidade; tenho por ela certa admiração de colega, acho amigo uma palavra muito forte, útil apenas em situações muito especiais. Às vezes aquela pequena foto ainda me vem à mente; todavia, além de não ser, em linhas gerais, aquilo que desmoronaria quem foge do pesadelo do vício, minha conduta de homem adulto sabe lidar com aquilo como compete a um adulto.

Até porque o que tenho em redes sociais é basicamente isso: colegas bem próximos, parentes, primas de comportamento ponderado e, em termos de mulheres, uma maioria de demais cidadãs em mesma linha de conduta, como a colega referida. Uma ou outra me causa certo estremecimento, como aquela minha "amizade colorida" à qual já me referi e uma outra, digamos, um tanto liberal, do meu tempo de faculdade e com a qual ainda às vezes dou de cara por aí, inclusive vai a meu trabalho resolver problemas seus e já cheguei mais de uma vez a atendê-la. Esta costuma, vamos dizer, autoafirmar-se em suas páginas (assim como a outra citada há algumas linhas, andou nos dando há um tempo uns "sustos" nas redes sociais, dos quais consegui com classe me safar), ela que é um tanto bela, elegante, cheia de personalidade e conhecida na cidade, inclusive já tendo trabalhado como modelo e participado de umas disputas de beleza. Interessa, porém, é que é inteligente e compenetrada, tanto que tem uma formação acadêmica razoável e até já ganhou prêmios por seu desempenho em termos intelectuais, de modo que modéstia à parte é uma rara mulher com a qual consigo travar uma conversa mais ou menos refinada (na faculdade, aliás, aprendi até umas lições de vida interessantes com ela, e quase cheguei a mais que uma amizade...). Disciplina e foco acima de tudo, embora eu seja capaz de enxergar nela somente aquilo que de fato nos acrescenta algo. Sendo sincero, fico orgulhoso de perceber que sou capaz de conviver com uma garota bonita e inteligente da maneira mais socialmente louvável. Não tem preço, não tem preço mesmo. Tenho respeito por ela, de colega, agradeço os exemplos que me deu nas conversas que andamos trocando, só não gosto muito do estilo "um pouco empolgado" dela em algumas situações, porém cada um é cada um e a luta de cada um somente a cada um pertence. E antes que perguntem, respondo dizendo que até nisso me sinto afiado em minha conduta: está comprometida; segundo o Facebook (o qual sobrevoo cautelosamente), noiva.

O que acontece é que desenvolvi um autocontrole absurdo em se tratando de redes sociais, utilizando-as o mínimo possível e sempre consciente do que vou encontrar, desviando com categoria e até se for preciso eliminando contatos (como já andei fazendo) em caso de risco iminente, mesmo que se trate de pessoas próximas. Digo a vocês que, modéstia à parte, por já me considerar livre da fase das fissuras, o que ainda tem alguma capacidade de me atormentar são imagens que remetam a fantasias não-sexuais minhas (que poderiam me desequilibrar numa situação extrema) e o medo de olhar sem querer alguma coisa prejudicial, a cujo propósito já me cerquei de prevenções e condutas espartanas, as quais vêm mostrando resultado. Ainda uma vez ou outra me andaram, nos últimos tempos, ocorrendo certas atribulações decorrentes do pavor de perder o fio da meada da luta e algumas tímidas e rapidamente fulminadas groinal responses, não lá muito intensas.

Mas o que vem acabando mesmo com meu sossego e me levando a episódios de estresse e desconforto notável com minha pessoa ainda são as malditas poluções noturnas. Ainda uma média de 3-4 por mês e olhem lá, com muito sacrifício. Quem acompanha o meu Diário conhece minha batalha para que não tenha mais essas incômodas e constrangedoras ocorrências. Embora não tenha efeito caçador após as mesmas (em termos sexuais sinto apenas um leve e controlável aumento na libido), meu humor muda radicalmente ao longo do dia, fico estressado, irascível e sinto que meu Reboot não estaria rendendo tanto quando deveria. A última me castigou na madrugada de sábado, de maneira que tive que me levantar furioso para tomar banho à plena 1:15, quase chorando. Voltei a dormir, contudo o impacto me abalou tanto que passei o resto do dia de mau humor, com gestos impetuosos e acredito que tal situação ajudou a derrubar minha imunidade (inclusive fui seminu à área de serviço sob o frio da madrugada buscar a toalha)no sentido de que ficasse resfriado. Tento não pensar, tento esquecer, porém é duro (da pior maneira, sem trocadilhos). Entretanto, entendo que, de um modo ou do outro, tal batalha faz parte da guerra. Abaixar a guarda jamais. Jamais.

Jamais!!!

Caro Justiceiro, ler seu diário é algo que aumenta, e muito, os meus motivos para continuar nesse reboot. O nível de maturidade que você enfrenta o desafio é algo a ser copiado e aprendido. Almejo ver meu contador com trezentos dias e olhar pra trás e sentir orgulho de tudo que passei e poder, assim como você, ajudar pessoas que estão apenas começando, assim como eu. Não que esteja apenas começando, ando deslizando a muito tempo o "caminho para o sucesso" mas ao estudar sua postura me faz relembrar de que é possível e gratificante essa jornada.

Da socialização espontânea e saudável as lembranças que ficaram para trás, que servem, finalmente, de aprendizado, é com uma luz no fim do túnel que leio seu diário.

Meus parabéns meu amigo, apesar de sua batalha ainda continuar, você já é vencedor.

Grande Jack Teller! Olha, não sei se é para tanto, não sei se o que passar pelo que já passei pode ser chamado de vencer. Acho que é obrigação de qualquer homem, desde o alvorecer da vida adulta, ter a noção de que deve guardar seu sagrado prazer para a hora certa, considero-me apenas tentando ter de volta aquilo que perdi.

De qualquer modo, caso se inspire em mim, sinto-me lisonjeado. Passar um bom exemplo nunca é de mais.

Grande abraço!

Soli Deo Gloria escreveu:Fala, Justiceiro!

Essa frase é emblemática:
"Que esse jogo seja virado. Que nossos jovens sejam salvos. Que nosso futuro seja salvo."

O quanto antes entendermos que a p/pmo vai nos matar, melhor!

Forte abraço

Fala, Soli Deo Gloria! De fato este é um recado que tem que ser dado.

Que ninguém me chame, nem a quem quer que que seja, de demagogo, mas essas novas gerações precisam abrir os olhos para este mal e alguém tem que tomar providências sérias nesse sentido. Tenho pena dessa garotada da minha geração adiante, pena mesmo. Que cada um deles deixe a maturidade adentrar suas vidas o quanto antes no que tange a não se entregar a esse vício nefasto e famílias, professores e quem mais de competência se engajem a fim de que tenham o melhor direcionamento mental possível para a vida.

Avante todos nós, grande abraço.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 2 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

8/9/2019, 18:38
Fala Justiceiro,

Seus 3 relatos de experiências ruins na juventude me fizeram demais lembrar da minha. Sofri demais na escola também. A galera me zuava muito, muito mesmo. Eu era esquisitão. Nunca me encaixava e todos os esforços que eu fazia para me enturmar parecia que só piorava as coisas.

Sei que essas lembranças doem muito, mas elas fazem parte da gente. Não tem como tirar. O melhor que a gente pode fazer é tentar aprender com elas.

Parabéns pelos 300 dias, 306 hoje pelo que vi. Sua luta é um exemplo aqui pra nós. Tenho lido seu diário e tirado muita coisa bacana dele.

Mano, uma coisa que falo para mim mesmo, em relação a essas experiências ruins: se perdoe, você fez o melhor com o conhecimento que você tinha na época. Isso faz parte da sua experiência e te formou. Você é um vitorioso.
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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 2 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

8/9/2019, 21:46
Urso Polar escreveu:Fala Justiceiro,

Seus 3 relatos de experiências ruins na juventude me fizeram demais lembrar da minha. Sofri demais na escola também. A galera me zuava muito, muito mesmo. Eu era esquisitão. Nunca me encaixava e todos os esforços que eu fazia para me enturmar parecia que só piorava as coisas.

Sei que essas lembranças doem muito, mas elas fazem parte da gente. Não tem como tirar. O melhor que a gente pode fazer é tentar aprender com elas.

Parabéns pelos 300 dias, 306 hoje pelo que vi. Sua luta é um exemplo aqui pra nós. Tenho lido seu diário e tirado muita coisa bacana dele.

Mano, uma coisa que falo para mim mesmo, em relação a essas experiências ruins: se perdoe, você fez o melhor com o conhecimento que você tinha na época. Isso faz parte da sua experiência e te formou. Você é um vitorioso.

Pois é, Urso Polar. Primeiramente obrigado pelos cumprimentos.

Só eu sei aonde essa merda de pornografia me enfiou. Isto porque não contei um quarto caso que pretendia (por ser muito forte) e não foram só esses... Meu caso a bem da verdade foi uma "zoação piorada". Fui sim o chato, fui mesmo o cara mais odiado da classe por um bom tempo, minha vida autenticamente estagnou nos 13 anos por causa do vício. Perdi uma vida e uma história, não adianta.

Enfim, aprendizado é tudo. Hoje é como se eu sentisse finalmente após tanto tempo estar virando um homem de verdade, aprendendo a conviver, a perceber como o mundo, as pessoas (e as mulheres) funcionam. Largar o vício tem sido absolutamente decisivo para até que enfim ver minha vida andar de novo, não tenho nenhuma dúvida disso. Chego a ter esperança de que terei de volta aqueles meus anos jogados no lixo...

Quanto a se perdoar, eis coisa que estou aprendendo, caro Urso Polar. Muito me falam a respeito e julgo ser um negócio muito importante, no entanto meu temperamento e minha formação familiar sempre foram hostis a tal conduta e só recentemente estou incorporando a prática aos meus dias. Estou aprendendo, isto é o que importa. Admito que para mim sempre foi difícil, passei a ter ódio de mim mesmo, sentindo como se aquela maldição, aquela lembrança funesta fosse me perseguir até a morte. Tenho aprendido a não olhar para trás, a de fato imaginar que foi algo pelo que tive que passar, que não havia à época qualquer condição de que eu fosse maduro a ponto de escapar ileso de tudo aquilo. Tento não ficar, embora seja difícil, pensando: "Quisera eu ter dez anos atrás, lá no Ensino Médio, a maturidade que tenho agora", "Se eu tivesse com 16 anos a cabeça que tenho hoje, estaria rico". A vida tem me ensinado. Tem me ensinado e felizmente estou aprendendo que não havia como. Sem fatalismo, ao que tudo indica teve que ser assim. Atrever-se a conjecturar mais profundamente é perder tempo e ficar louco.

Meu grande abraço a você.

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8/9/2019, 21:47
Mais um domingo muito, muito intenso.

Já de cara, polução noturna. Nem sei que horas eram. Após ontem estudar o dia todo, a ponto de ir dormir satisfeito, tal satisfação veio mais uma vez da forma mais traiçoeira. Relaxei e passei a ter uma série de sonhos eróticos com garotas conhecidas e outras nem tanto, incluindo-se uma com a qual quase fiquei no ano passado. Sexo mesmo, além de instantes de fantasiamento como nos velhos tempos. Com estes últimos já vinha sonhando nos últimos dias e acordando desesperado e aliviado por estar seco. Desta vez não houve meio.

Antes que a indignação novamente tomasse conta de mim, tentei agir mais racionalmente no sentido de não causar rebuliço dentro de casa, respirando fundo e percebendo que a ejaculação não fora dessa vez tão intensa; quer dizer, creio que os estudos andaram dando uma freada em que o cérebro ousasse repetir o procedimento há tanto condicionado devido à nefasta prática por anos. Acabei dormindo novamente... e tendo mais uma série de sonhos pornográficos, com outras garotas e de novo com aquela já referida. Na segunda "sessão", porém, não ejaculei, acordando por volta das 6 da manhã em riste rumo a estudar. Fui lá estudar, não tive dó.

Parei só para tomar o café da manhã e segui até umas onze e pouco, rumo a limpar meu quarto, tomar banho e ir almoçar para seguir rumo ao forró no clube. Outra tarde e tanto. Chegando cedo, fui visitar interessante exposição, dando ainda tempo de ler um pouco até mais uma aula de dança seguida de show. Rotina que muito bem tem me feito. Hoje dancei com cerca de uma dúzia de mulheres, quase todas muito bonitas e simpáticas, tipos dos quais há um ano jamais me aproximaria, muito menos se aproximariam de mim... Fantástica prática, uma das melhores sensações que já experimentei, lazer ao qual devo sempre que possível recorrer, sentindo que será fundamental para consolidar minha socialização desde sempre tão complicada. Suei em bicas, cansei mesmo, porém com imensa satisfação ainda fui visitar mais um evento ali perto, chegando em casa ao anoitecer, sentindo-me muito bem embora sem muitas forças até mesmo para comer.

Mesmo assim, cansado e ao mesmo tempo disposto eis-me aqui enquanto ainda resolvo algumas pendências antes de ir dormir. Estou com sono, a cabeça um pouco pesada e ainda sentindo alguns últimos efeitos do resfriado que me atacou na última semana. A satisfação, todavia, é maior do que tudo. Uma vez mais, antes de qualquer coisa, sinto-me cumprindo o dever que prometi a mim mesmo. E creio que ser sincero consigo próprio é o primeiro passo para se alcançar a plenitude na vida.

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8/9/2019, 21:53
Seus relatos estão cada vez mais inspiradores. Nos faz lembrar de com é bom estar longe desse vício.

Continue assim, amigo.

Forte abraço!

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