24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

28/1/2020, 21:12
As poluções estão cessando e é ótimo saber disso, meu velho! Continuo acompanhando sua rotina. Um grande abraço!

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

28/1/2020, 21:15
rlutador escreveu:Sempre leio suas postagens, mano. Fico abismado com essa sua cidade aí. Deve ser foda. Fico feliz que os sonhos molhados não estejam incomodando tanto.
Forte abraço.

Obrigado pelas saudações, nobre rlutador. Aqui não é fácil mesmo, tenho segurado minha agitação mental para não sofrer, tocar minha vida com fé e força de vontade, não há saída.

Receba meu forte abraço.

Bolovo escreveu:E aí meu amigo Justiceiro!

Colocando minha leitura em dia, sempre com uma riqueza enorme nos detalhes, que me levam a diversas idéias e reflexões.
Para não alongar tanto, até porque estou em horário de trabalho (e bem disperso, pra falar a verdade), penso 2 coisas em relação aos últimos acontecimentos:

- A questão de sua colega, na qual você menciona diversas vezes que pensa diferente, entre outras coisas, eu acredito não valer a pena pensar tão adiante assim. Não temos o dom de prever o futuro e tentar acertá-lo, ou ao menos prevê-lo, para nossa maior segurança (totalmente compreensível, afinal, ninguém gosta de errar e muito menos se machucar), geralmente causa um efeito contrário do que esperamos. Deixamos de viver coisas boas, e ruins também, mas que seriam de grande valia para nossa construção humana e desenvolvimento. Não conheço a cidadã e, até por bem, não posso julga-la. Sei que você tem seus valores e os segue fielmente, porém devo dizer que, às vezes, o melhor a ser feito é apenas seguir o curso das coisas e ver onde vai dar. Ter a mente aberta e não perceber, ou fantasiar, tudo como uma possibilidade de relação, de sexo, sei lá. Veja bem, não é por que conversar mais com ela ou, quem sabe, sair pra tomar uns drinks que você está automaticamente obrigado a casar com ela e passar o resto da vida juntos. Por fim, eu não acredito que os opostos se atraem, como bem dizem os populares. Porém, pessoas com mentalidades e vivências diferentes têm MUITO a agregar em nossas vidas, mais do que aquelas que temos diversas afinidades e pontos em comum.
Digo isso por experiência própria, onde posso te afirmar que eu mais cresci em 4 anos de namoro com uma pessoa diferente de mim do que o restante da vida inteira na minha bolha, com os mesmos amigos, o mesmo bairro, as mesmas namoradinhas. Foi uma pessoa que causou tanta disrupção que até hoje fico meio mexido por ela, mas sou muito grato pois vejo como sou uma pessoa extremamente melhor hoje, em relação a caráter e valores, do que se ficasse na minha bolha classe-média-nojenta. Pensa nisso. Afrouxe um pouco e deixe as pessoas te alcançarem.

- Quanto à sua cidade, bem, eu cresci alguns anos da minha vida no interior e sei como é isso. Vez ou outra eu tenho que voltar lá por conta de uma propriedade que tenho e as pessoas, até hoje, me conhecem como "filho do meu pai". Que foi alguém relativamente importante e conhecido na cidade. E eu me importava muito com isso, não gostava desse tipo de reconhecimento, então deixava de fazer algumas coisas também, não gostava de ser visto com outras pessoas que não de meu círculo. Bom, isso gera um gasto de energia física e mental sem tamanho, mesmo não parecendo. Manter as aparências, postura, todas essas máscaras causam desgaste na gente. Só para resumir, porque tá ficando grande, hoje em dia eu cago pra isso, e se alguém comenta alguma coisa ou me olha diferente, eu vou lá e boto na mesa.  "- O que tá acontecendo?". Não necessariamente para constranger, talvez sim para me impor um pouco, mas principalmente para mostrar que eu estou vivo, não sou um morto que se esconde. E eu faço o que quero, deixo que falem e vivo minha vida.
Por conta disso já ouvi comentários de que sou gay pois não namoro há algum tempo, de que sou muito rico pois apareço cada vez com um carro diferente (alugado né...), entre outras coisas.
Enfim, sei que é foda e nem sempre é tão simples quanto falar. O que quero dizer é que você não deve mudar quem você é, ser mais discreto, deixar de fazer coisas, só porque as pessoas falam isso ou aquilo. Hoje eu prefiro fazer tudo que dá na telha e ainda jogar na cara que to fazendo aquilo. Para que as pessoas saibam que eu sou a pessoa que faz, e que não liga que falem.

Teria mais coisas pra falar, inclusive sugestões de conduta, até porque vejo coisas em seus relatos que me lembram e muito em como eu me portava há uns anos atrás.
Mas longe de querer mudar alguma coisa em você, apenas trazer uma outra perspectiva das coisas, quem sabe.

Um abração e sucesso na jornada, meu caro!

Muito obrigado pelos cumprimentos, honrado Bolovo. Preciso dar uma passada no seu Diário.

A respeito da garota, somos sim muito diferentes e isso, como você diz, é de fato muito edificante para mim. Já aprendi muito com ela, muito mesmo, até porque é uma das poucas mulheres com conteúdo, confesso, que conheci aqui na cidade. Guardamos algum coleguismo, até brincamos por vezes e há dois anos quase viajamos juntos para a Bienal do Livro em São Paulo (não deu certo eu ir, ela acabou indo com outros colegas e conhecidos nossos). Nunca cheguei a fantasiar com ela, apesar de enxergar alguma beleza em sua aparência física (não é top, mas também não é o que se poderia considerar feia). Ocorre que, homem que sou, embora não descarte a possibilidade de algum envolvimento amoroso com ela, agirei com toda a cautela nessas horas. De todo modo, obrigado pelas sempre preciosas dicas, é que sou chato mesmo, e traumatizado aqui com a cidade. Tentarei me abrir na medida do possível se houver chance, sei que minha maturidade me permitirá.

No que toca à cidade, meu caso parece ser ainda mais complicado que o seu, pois você é filho de alguém conhecido do próprio local, e minha família e eu somos de fora! Aqui é um lugar provinciano e bairrista até a medula, parece que só quem é da terra tem valor, estamos aqui há quase dezoito anos e até hoje sofremos preconceito. A cidade tem uma cultura bem própria e tradicional ao extremo, bem redneck mesmo, que está presente em absolutamente todos os lugares e parece dizer em cada esquina, em cada gesto: "Aqui quem manda somos nós", "Forasteiros não são bem-vindos", "Este não é seu lugar, você não deveria estar aqui", "Aqui é só nosso"... Tudo é feito pensado só para eles, tudo é tradição local, tudo é sobrenome, uma falsidade maldita, sinto-me encurralado em qualquer lugar que vou, para você ser aceito tem que agir conforme a cultura deles, se parecer com eles, falar como eles, senão, salvo pouquíssimas exceções, vive como um pária. E, se você vai a qualquer lugar, se envolve em qualquer situação, no dia seguinte até os cachorros sabem de tudo. E isso tudo, para quem cresceu em São Paulo, é um tormento sem tamanho. Por não ser nativo, a propósito, não posso me dar ao luxo de "botar na mesa", sob risco de ficar falado e até minha família ficar contra mim. Aqui é duro, você não sabe, qualquer coisa em que você tente ser um pouco mais ativo e altivo é chamado de "baianinho metido a besta", essas coisas. A cidade é uma panela dividida em "subpanelas", não adianta. E quem não é daqui não penetra se não se render aos costumes ultraconservadores deles (ao que me recuso), não insista. Aqui é bom para dar um passeio vez ou outra, andar pelas grandes e bonitas áreas verdes, entretanto conviver com eles (e elas), salvo exceções, é um martírio. Não obstante, novamente obrigado pelas orientações.

Tentarei agir de uma maneira um tanto mais flexível também no que concerne aqui ao local, embora me soe muito difícil. Tenho algum prestígio por aqui (até na rua já fui reconhecido com um dos "dançarinos" do clube), contudo sou muito cauteloso devido ao conhecimento que tenho do lifestyle dessa gente, que fique só entre nós. Não vale tanto a pena investir neles, aqui quase nada dá futuro, se eu arrumasse um emprego para ganhar 20 mil reais aqui na cidade seria capaz de comprar uma casa num bairro bem sossegado e todo fim de semana e feriado ir passear em São Paulo, só de bronca. Por aqui, mais do que figura pública, você tem o risco de se tornar figura folclórica, e as daqui não são as mais dignas... Novamente, porém, agradeço os toques, tentarei aplicá-los da melhor maneira ao meu cotidiano.

Meu forte abraço e seja forte na guerra.

End escreveu:Fala Justiceiro, muito bom voltar aqui e ver que continua firme em seu propósito de viver longe da PMO. Um abraço e sucesso pra você.

Obrigado, insigne End! Minhas saudações a você.

Mike escreveu:As poluções estão cessando e é ótimo saber disso, meu velho! Continuo acompanhando sua rotina. Um grande abraço!

Saudações e obrigado, respeitável Mike! Grande abraço.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Não quero mais falar sobre a cidade, só para responder melhor aos colegas de batalha

29/1/2020, 19:39
Pode ser, tomara que não, que não tenham ficado bem claro as respostas que dei no post anterior aos colegas, sobretudo ao nobre Bolovo, no que toca à minha convivência com o povo aqui da cidade. Ontem estava com o dia muito corrido, e não pude sequer responder como gostaria. De todo modo, aí vai.

O que acontece é que realmente é muito difícil para mim ser autêntico por aqui, isso porque me considero um homem bem autêntico e direto em tudo o que faço. Enfrento o que quer que seja e falo o que penso doa a quem doer. Só que por essas terras qualquer coisinha te queima, é incrível como todo mundo se conhece e todo mundo sabe de tudo, mesmo a cidade tendo quase 500 mil habitantes. Só de sair de casa você se sente intimidado, na rua sempre alguém passa de carro por mim buzinando, e eu jamais saberei quem é. Pessoas que não te conhecem vêm de repente dizer que te veem todo dia cedo indo para o trabalho, passando em frente não sei onde... Para um sujeito tão apegado à discrição e à privacidade como eu. E uns já vem com gracinhas sem graça. Decididamente, sinto-me aprisionado.

Não, não é complexo. Não é vitimismo. Apenas eu sei o que sofro. E, acima de tudo, sei que estou enfrentando o monstro da maneira correta.

Disseram para eu me afrouxar um pouco e deixar as pessoas me alcançarem. Pois já tentei e aprendi que, pelo menos por aqui, não é coisa que devo ficar arriscando. Já tentei muito, já tentei de tudo para ter diplomacia com eles, sem chance. Não é por nada, as exceções que me desculpem, mas são minoria. A cultura deles é extremamente enraizada na alma da cidade. Já me decepcionei demais com essa gente. Já fui muito enganado por eles, feito de besta, "colocado no meu lugar", como eles fazem com quem não é da panela. Não tolero mais isto, minha dignidade vale mais. Se for para entrar num barzinho para me divertir e, exceto por pouquíssimos lugares e situações, todo mundo ficar em silêncio me medindo, esperando eu abrir a boca para ouvirem como falo, prefiro ficar em casa me matando de estudar para concursos, saindo só para trabalhar. Se for para ser atendido numa clínica, para um exame de sangue periódico do trabalho, e a secretária (quando diz algo, quando demonstra empatia) já vir me fazendo piadas sem sal sem nunca ter me visto, prefiro fechar a cara e ficar com fama de frio e metido (e não me venham com essa de bom-humor, eles são debochados e "nada com nada" mesmo). Se for para me fechar, fecho-me mesmo. Se eles vivem de falsidade, de ostentar sobrenomes falidos, de te julgarem com aquele sorriso irônico e agirem o tempo todo como se estivessem num boteco, descobri que tentar bater de frente é perda de tempo. Aprendi a jogar um jogo que entendo correto e mais ou menos tenho-os dobrado. Vamos ver como será daqui por diante. Só eu sei o que é, só eu sei o que é, meus caros.

Nessas horas, tenho que jogar o jogo, não posso ficar insistindo em bancar o "desbravador", descobri que é pior, na cultura daqui se você fizer isso você se torna piada e fica falado na cidade inteira, com perigo de até sua família ficar contra você. Aqui não há futuro, pelo menos não nesse aspecto. Não é covardia, não é fugir à luta, é que não vale a pena mesmo. Eles não dão chance. Exceto por locais como meu trabalho (sou concursado municipal) e o Sesc (um milagre que surgiu por aqui, onde vivo experiências sensacionais, por quase não ser frequentado por nativos). Minha família e eu já arrumamos briga em tudo quanto foram lugares e situações, meu pai e eu não falamos com um monte de gente, não é por nada, mas os errados são eles, somos adultos para percebê-lo, os tacanhos e xenófobos são eles e acabou. Por isso quero sair, será melhor tanto para mim quanto para meus pais. Já não tenho qualquer dúvida disto.

Aqui não dá para "botar na mesa" sem ser um deles, é quase uma perseguição. É-se reconhecido nas ruas, encarado, você e sua família... Não é brincadeira. Não dá para ignorar, para tocar o Jair Rodrigues ("Deixa que digam, que pensem, que falem"), é muito perigoso; sempre tem alguém ou amigo/primo/conhecido de alguém te vendo, e pode ter certeza de que a fofoca vai correr. Poderia contar mais de um caso. No final das contas, enfim, não vale a pena insistir, não vale. Melhor dar vazão, da melhor forma, à minha natureza mais reservada e de palavras curtas e grossas mesmo. Ainda bem que venho sendo feliz em, numa luta ferrenha ao longo desses quase 18 anos, me "adaptar", senão já teria ficado louco, fugido ou coisa pior. Sei de crianças (crianças!) que tiveram depressão quando se mudaram com os pais para cá, por conta de perseguição/bullying na escola. Imagnem os adultos.

E sobre as meninas daqui, via de regra... já falei bastante sobre elas. Chega.

Não me levem a mal, e peço desculpas às algumas (incríveis, aliás) exceções que conheci nesta cidade relativamente tranquila e pelo menos boa para se respirar, entretanto indigna do povo que tem. Adulto que sou, sei do que estou falando, e não quero voltar a tocar neste assunto. Já falei demais sobre este lugar e me entristece. Hoje mesmo mais uma vez meu pai arrumou confusão ao levar o carro para trocar o óleo; ele, que é muito fã de automóveis, chegou a declarar que pretende viajar para realizar qualquer manutenção no veículo só para não ter o desgosto de lidar com essa gente (e além de tudo aqui é uma das cidades mais caras do País, em tudo). Me dá vontade de chorar de pena dele. Chorar mesmo, de verdade. Meu pai deve ser até depressivo por tudo isto e não sabe. Andei contando sobre a decepção deles com este povo.

E luta que segue. Vamos que vamos.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

30/1/2020, 00:18
Mano, imagino como deve ser a xenofobia no interior de uma cidade cara no Brasil. Gente com esse pensamento tem no país inteiro.
Entendo sua raiva e jamais tratarei isso como mimimi ou vitimismo. Força, meu mano.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

30/1/2020, 20:11
rlutador escreveu:Mano, imagino como deve ser a xenofobia no interior de uma cidade cara no Brasil. Gente com esse pensamento tem no país inteiro.
Entendo sua raiva e jamais tratarei isso como mimimi ou vitimismo. Força, meu mano.

Agradeço, ilustre rlutador. Quem vive o que vivo sabe do que falo. Minha mãe, pessoa muito simples, diz para ignorar, que se eu não quiser não me acontece nada... Porém só quem sofre sabe. Meu pai e eu que o diga, só nós sabemos o tamanho da raiva que sentimos, coisa de aprender a se controlar socialmente. Apesar de o Brasil como um todo ter uma cultura deveras podre, por aqui é um negócio capaz de levar qualquer pessoa mais cabeça aberta e batalhadora à depressão e à loucura.

Receba meus bons votos.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

1/2/2020, 10:37
Quem acompanha sua luta aqui, Justiceiro, sabe o quanto é difícil e sofrida e nem vitimismo chega a fazer parte.

E o que você externou é verdade. As pessoas tendem a falar mal de você, sem ao menos conhecê-lo, pensando que somente olhar para o rosto de uma pessoa trás um resumo de sua vida, mas não é assim que acontece..

Conheci um homem no curso de Engenharia, gente boa. Ele tem 37 anos. Muitos pensam que o cara é cachaceiro por ter um rosto cansado e algumas rugas ao redor dos olhos.

Quando soube que o cara dorme somente 3,4 horas por dia e faz 2 faculdades de Engenharia, me surpreendi. Visto que quem ajuda em casa é ele, leva a mãe para o Hospital quando está doente e ainda pagava lanches para mim quando eu estava sem dinheiro na faculdade.

As vezes é necessário analisar a vida da pessoa antes de acusar que está sendo "vitimista" sem ao menos conhecer a luta...
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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

1/2/2020, 17:44
RosseauStrong escreveu:Quem acompanha sua luta aqui, Justiceiro, sabe o quanto é difícil e sofrida e nem vitimismo chega a fazer parte.

E o que você externou é verdade. As pessoas tendem a falar mal de você, sem ao menos conhecê-lo, pensando que somente olhar para o rosto de uma pessoa trás um resumo de sua vida, mas não é assim que acontece..

Conheci um homem no curso de Engenharia, gente boa. Ele tem 37 anos. Muitos pensam que o cara é cachaceiro por ter um rosto cansado e algumas rugas ao redor dos olhos.

Quando soube que o cara dorme somente 3,4 horas por dia e faz 2 faculdades de Engenharia, me surpreendi. Visto que quem ajuda em casa é ele, leva a mãe para o Hospital quando está doente e ainda pagava lanches para mim quando eu estava sem dinheiro na faculdade.

As vezes é necessário analisar a vida da pessoa antes de acusar que está sendo "vitimista" sem ao menos conhecer a luta...

Obrigado pelo incentivo, Boinador. Ainda bem que você tem maturidade, noção de como são certas coisas. O que já fui julgado pela aparência e modo de falar levaria, modéstia à parte, muitos ao desespero e talvez até ao suicídio. Se houve uma coisa que o lugar onde moro me ensinou foi a ser forte de corpo e alma, confesso que já tive vontade não só de me matar, como de matar uns.

Meu forte abraço a você.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

2/2/2020, 19:23
Outro domingo sem maiores emoções. Ainda cansado da corridíssima semana, de discussões em casa e fora, não pude senão dar uma relaxada em casa, até porque o fim de semana está sendo chuvoso o tempo todo aqui na cidade. Não há nada para se fazer por aqui por esses dias (como quase sempre, aliás), a não ser um evento um tanto interessante hoje no início da noite a uns três quilômetros daqui de casa, contudo naquele esquema nojento de sempre: panelas para todo lado, até os cachorros se conhecem, fulano que não conhece fulano fica encarando até o jeito de andar do outro, quando você entra todo mundo fica em silêncio e quem se atreve a bancar o bandeirante/desbravador vai ficar queimado e se sentindo tão deslocado quanto... Passei minutos tentando encontrar uma comparação, melhor nem perder tempo.

Melhor seguir lutando. Prometi que pararia de ficar falando da cidade para viver e lutar em paz.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

5/2/2020, 20:33
Correria, correria, correria. Sem piedade. Trabalho, dentista, condicionamento mental para a vida... Não fosse uma disciplina muito bem colocada já teria ficado louco.

Nos últimos dias, sonhos eróticos em absolutamente todas as noites, contudo sem poluções, felizmente. Com muita força de vontade, escapei ileso de sonhos com aventuras juvenis não-vividas (ainda bem que nunca fissurado em filmes da Sessão da Tarde, teria sido muito pior), com abusos sexuais por parte de familiares (ando mais ou menos concluindo de onde vem isso, talvez depois fale mais a respeito), com re-encontros cheios de romantismos com garotas da faculdade que já estavam comprometidas à época e hoje estão casadas e até com, preparem-se para o que vou dizer, zoofilia. Pois é, caros, cheguei ao cúmulo de ter um pesadelo pornográfico com um cão! Entrei há umas duas noites a sonhar que, quanto asco em dizer isto, transava com um cachorro, felizmente não me lembrando em pormenores e me enojando por inteiro até agora, como convenhamos não deve deixar de ser com relação a um ser humano com juízo. E eu que nunca cheguei a assistir bizarrices do tipo, eu que mal conseguia dormir ao ver thumbs de vídeos do tipo, sobre os quais na adolescência meus contemporâneos comentavam aos risos.

O que importa, apesar de tudo, conforme se percebe, é que tenho me mantido seco, talvez por conta da cabeça bem-conndicionada e ocupada nos últimos dias. Há pouco tempo estaria com molhaceira um dia atrás do outro, e com o estresse acabando com minha autoestima e rendimento nas tarefas diárias. Agora só me resta seguir neste mesmo ritmo ou melhor, não tenho nem mais um segundo a perder.

Não temos.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

5/2/2020, 22:25
É isso mesmo justiceiro ir na fé! Fazer acontecer e não desistir!! Os nossos sonhos são complexos e acredito que tenha sido bastante nojento e desconfortável pensar a respeito desse pesadelo. Ignora esses pensamentos, respira e continua! És mais forte que a pornografia! Um abraço!
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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

6/2/2020, 18:52
soumulherviciadaemporn escreveu:É isso mesmo justiceiro ir na fé! Fazer acontecer e não desistir!! Os nossos sonhos são complexos e acredito que tenha sido bastante nojento e desconfortável pensar a respeito desse pesadelo. Ignora esses pensamentos, respira e continua! És mais forte que a pornografia! Um abraço!

Na fé hoje e sempre, parceira de lutas! Muito obrigado pelo suporte, estou condicionando meu corpo e minha alma somente para um futuro de coisas úteis. Não há saída, é encarar e fazer acontecer.

Sejamos todos fortes, porque somos todos mais fortes que a pornografia. Receba meu abraço!

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6/2/2020, 22:32
Força aí meu mano. E fico feliz que vc esteja se mantendo firme, mesmo com essa rotina aí. Forte abraço.

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7/2/2020, 16:05
Justiceiro do Sertão escreveu: Correria, correria, correria. Sem piedade. Trabalho, dentista, condicionamento mental para a vida... Não fosse uma disciplina muito bem colocada já teria ficado louco.

Nos últimos dias, sonhos eróticos em absolutamente todas as noites, contudo sem poluções, felizmente. Com muita força de vontade, escapei ileso de sonhos com aventuras juvenis não-vividas (ainda bem que nunca fissurado em filmes da Sessão da Tarde, teria sido muito pior), com abusos sexuais por parte de familiares (ando mais ou menos concluindo de onde vem isso, talvez depois fale mais a respeito), com re-encontros cheios de romantismos com garotas da faculdade que já estavam comprometidas à época e hoje estão casadas e até com, preparem-se para o que vou dizer, zoofilia. Pois é, caros, cheguei ao cúmulo de ter um pesadelo pornográfico com um cão! Entrei há umas duas noites a sonhar que, quanto asco em dizer isto, transava com um cachorro, felizmente não me lembrando em pormenores e me enojando por inteiro até agora, como convenhamos não deve deixar de ser com relação a um ser humano com juízo. E eu que nunca cheguei a assistir bizarrices do tipo, eu que mal conseguia dormir ao ver thumbs de vídeos do tipo, sobre os quais na adolescência meus contemporâneos comentavam aos risos.

O que importa, apesar de tudo, conforme se percebe, é que tenho me mantido seco, talvez por conta da cabeça bem-conndicionada e ocupada nos últimos dias. Há pouco tempo estaria com molhaceira um dia atrás do outro, e com o estresse acabando com minha autoestima e rendimento nas tarefas diárias. Agora só me resta seguir neste mesmo ritmo ou melhor, não tenho nem mais um segundo a perder.

Não temos.

Fala Justiceiro, complicados esses sonhos e tal, mas fico feliz que esteja se mantendo limpo, mesmo a mente querendo de alguma forma lhe contaminar. Desejo força e sucesso pra você, um abraço e tmj.
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7/2/2020, 19:12
rlutador escreveu:Força aí meu mano. E fico feliz que vc esteja se mantendo firme, mesmo com essa rotina aí. Forte abraço.

Obrigado, rlutador. Até a morte e além, aqui é assim. Seja forte.

End escreveu:
Justiceiro do Sertão escreveu: Correria, correria, correria. Sem piedade. Trabalho, dentista, condicionamento mental para a vida... Não fosse uma disciplina muito bem colocada já teria ficado louco.

Nos últimos dias, sonhos eróticos em absolutamente todas as noites, contudo sem poluções, felizmente. Com muita força de vontade, escapei ileso de sonhos com aventuras juvenis não-vividas (ainda bem que nunca fissurado em filmes da Sessão da Tarde, teria sido muito pior), com abusos sexuais por parte de familiares (ando mais ou menos concluindo de onde vem isso, talvez depois fale mais a respeito), com re-encontros cheios de romantismos com garotas da faculdade que já estavam comprometidas à época e hoje estão casadas e até com, preparem-se para o que vou dizer, zoofilia. Pois é, caros, cheguei ao cúmulo de ter um pesadelo pornográfico com um cão! Entrei há umas duas noites a sonhar que, quanto asco em dizer isto, transava com um cachorro, felizmente não me lembrando em pormenores e me enojando por inteiro até agora, como convenhamos não deve deixar de ser com relação a um ser humano com juízo. E eu que nunca cheguei a assistir bizarrices do tipo, eu que mal conseguia dormir ao ver thumbs de vídeos do tipo, sobre os quais na adolescência meus contemporâneos comentavam aos risos.

O que importa, apesar de tudo, conforme se percebe, é que tenho me mantido seco, talvez por conta da cabeça bem-conndicionada e ocupada nos últimos dias. Há pouco tempo estaria com molhaceira um dia atrás do outro, e com o estresse acabando com minha autoestima e rendimento nas tarefas diárias. Agora só me resta seguir neste mesmo ritmo ou melhor, não tenho nem mais um segundo a perder.

Não temos.

Fala Justiceiro, complicados esses sonhos e tal, mas fico feliz que esteja se mantendo limpo, mesmo a mente querendo de alguma forma lhe contaminar. Desejo força e sucesso pra você, um abraço e tmj.

Saudações, insigne End. A você meus votos de sucesso.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

9/2/2020, 21:24
Mais um domingo em casa. Por opção. Talvez saia no próximo fim de semana.

Aproveitei para dar uma organizada nos meus materiais de estudo e cuidar de afazeres domésticos, além obviamente daquelas para mim tão necessárias sessões de condicionamento mental para me ver num pleno estado de lutas. Venho sendo acometido do que parecem ser crises somáticas causadas por minha turbulência mental, as quais fazem parecer que estou sentindo no braço (em franca recuperação) dores que certamente não existem, diante do que, aliás, admito que sou um pouco hipocondríaco. Já tive ataques piores do tipo, como em 2017, quando cismei estar com uma doença degenerativa e minha cabeça entrou num parafuso maior do que o de costume, de modo que perdi uma oportunidade incrível, um interessantíssimo concurso público no qual sei que teria grandes chances de ser aprovado (ignorei-o, e uma colega minha de trabalho acabou passando, gerando uma crise terrível aqui em casa). Águas passadas, entretanto. Arrependo-me amargamente, mas águas passadas.

Por ora estou quase pleno, ajustando algumas coisas no corpo, na mente e na alma, em busca de meu melhor estado. Antes de começar mais uma violenta arrancada no estudos (e tomando cuidado com o braço, que parece ter tomado uma sobrecarga de recuperação um tanto lenta com as sangrentas maratonas às quais andei me submetendo, estudando até de madrugada), e até para dar uma arejada no cérebro e no corpo, devo dar uma saída no próximo fim de semana, sob circunstâncias que já estou começando a planejar. Continuo pensando, e tentando não pensar, em sair com uma GP. Não, não devo fazer isso, penso no arrependimento que deve vir depois.

Continua o marasmo aqui na cidade, sendo que quase fui a um evento que houve hoje numa cidade perto daqui, no entanto deveria ter me planejado com antecedência e, após refletir racionalmente, achei melhor me sacrificar apesar da enorme vontade de lá estar. Sei que primeiro devo pensar em mim, o resto será consequência. Houve alguns bate-boca entre mim e minha mãe na última semana, ela que tem, digamos, "um jeitinho todo especial de me motivar", se é que me entendem. O que para mulheres é normal, para nós homens consiste em verdadeiro jogo de terror. Não quero detalhar. Paciência, paciência. Mãe é assim mesmo, e a minha tem essa personalidade, digamos, difícil.

Pelo menos estou há cerca de uma semana sem poluções noturnas, não me lembro exatamente como foi a última. Apenas sei que, convenhamos, já era hora: devo ter tido, só nestes primeiros quarenta dias do ano, bem umas vinte, por vezes três na mesma noite e ocorrências de segunda a sábado sem trégua, só constrangimento. No entanto, passei a última semana tendo pesadelos pornográficos e outros sonhos asquerosos, embora sem ejaculações. Sonhei até com zoofilia e sendo estuprado por meu pai. Quando não, acudiam-me lembranças do passado, de cunho amoroso ou não, e este que vos fala principiava a acordar de madrugada nervoso e quase chorando, afoito por dar uns gritos, uns socos no peito e me matar de estudar sem parar para nada, estudar até durante o trabalho (que anda muito movimentado neste início de ano, inclusive aos sábados) sem ligar para o razoável emprego público que já tenho, varar dias e noites ininterruptamente até arrebentar (como diz minha família, arregaçar) os nervos dos dois braços... Até minha mãe calar a boca. E, logicamente, eu acertar em definitivo as contas com o passado, que vez ou outra fica me atormentando em pensamentos, querendo que eu caia na tentação de ruminá-lo (mania de família), coisa que jamais permitirei. Direi o que já disse em outra postagem, com o perdão do palavrão: foda-se o passado, a vida é agora. E ainda dá tempo.

Last but not the least, na última semana tenho exercitado no trabalho o "agir com naturalidade", coisa que finalmente tenho conseguido levar a cabo quando se trata de se estar diante de mulheres bonitas, talvez o último grande obstáculo que me faltava no que tange ao convívio social. Mulher é uma coisa, ainda que mágica, para ser tratada como um ser deveras concreto, oras! Acho que me entendem. Naturalidade, sem objetificar, porém também sem colocá-las num pedestal divino, extremos nos quais costumamos entrar, sobretudo face à nossa condição. Amor próprio é o nome disso, e todo mundo sai ganhando, só gera respeito dos mais valorosos. E ainda implica em maturidade, em se comportar como adulto. Quem quebrar tal barreira está certamente bem-encaminhado na vida, enxergando as mulheres do jeito que merecem e sendo reconhecido como homem de verdade. Por que estou dizendo isto? Por causa do desafio que venho enfrentando e vencendo no trabalho. Uma das bonitonas do meu serviço, loira alta e elegante de outro setor, já citada no meu Diário e a qual eu acreditava que havia saído, na verdade estava de férias, tendo retornado nos últimos dias e me dado a chance de por vezes cumprimentá-la nos corredores e/ou no refeitório. Não faz meu tipo, não sou chegado em meninas naquele estilo, todavia reconheço que é um arquétipo deveras bonito, que chama a atenção e causa sim considerável impacto quando presente em qualquer ambiente; sendo mais direto, é uma loira tipo mulher de cinema/televisão mesmo, sempre lembrada por sua presença física e até já cotada, segundo ouvi, para disputas de beleza aqui na cidade. É que não me atrai tanto quanto outras, contudo reconheço que me chama bastante a atenção e sempre ficava "abobalhado" diante dela, o que felizmente tem deixado de ocorrer. Conto isto tudo como uma conquista nos últimos dias, assim como quando encontro uma outra, a outra beldade do meu trabalho, com a qual já me vejo capaz de trocar mais intensas palavras com segurança de um homem. Esta última sim faz muito, muito mesmo, meu estilo. Nos últimos dias tenho tido até cuidado ao chegar em casa no final da tarde, pois minha mãe tem assistido na TV a  uma telenovela com uma atriz/personagem bem parecida com ela, e ainda fica me cutucando, pois sabe dos meus gostos. Caso numa festa as duas "chegassem" alguém, com toda a certeza uns 90-95 % escolheriam a primeira, eu não estando entre eles. Mas está comprometida, bem como a outra.

E por hoje é só. Feliz do homem que se vê diante de uma high level e se comporta naturalmente, com o caráter esperado de um ser humano, sabendo se impor e ao mesmo tempo respeitando-a, sem se deslumbrar ou percebê-la como faria um animal. Feliz desse homem.

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10/2/2020, 23:53
E tu tá sendo esse homem feliz, mano. Deu o papo certo sobre mulher. Tratar com respeito sem divinizar. Entender como ser humano, e é isso. Acho que é o ponto que devemos encontrar pra tratá-las bem, com respeito, de um modo justo e que não causa ansiedade pra gente.
Forte abraço.

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11/2/2020, 18:42
rlutador escreveu:E tu tá sendo esse homem feliz, mano. Deu o papo certo sobre mulher. Tratar com respeito sem divinizar. Entender como ser humano, e é isso. Acho que é o ponto que devemos encontrar pra tratá-las bem, com respeito, de um modo justo e que não causa ansiedade pra gente.
Forte abraço.

Mas muito obrigado, rlutador. Que isso seja verdade, modéstia à parte. Parece muito verdade que maturidade é saber agir com naturalidade e classe perante uma mulher tida como atraente por todos e, sobretudo, por você com seus gostos/preferências. Como você disse, sem ansiedade para nós, porém digo mais, de uma maneira que cause o melhor contexto de convívio possível entre ambas as partes. Isso é viver em sociedade, por sinal.

Nem objetos de carne nem fadas intocáveis, apenas criaturas humanamente extraordinárias. É isso o que elas são, por lindas que sejam e por mais que tal beleza seja deploravelmente explorada, da forma mais vil, por toda parte e a qualquer hora, em nossa cultura.

Meu forte abraço.

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11/2/2020, 20:10
Início de semana movimentadíssimo, mais uma dia carregado do que fazer em casa e no trabalho. Correria na hora do almoço, andança de quilômetros me obrigando a comer rápido, sou daqueles que gosta de adiantar tudo. Coisas minhas, não as detalharei. Não bastasse aqui em casa todo mundo já ser assim, aproveitei para (muito bem, por sinal) dar vazão à tal minha tendência no âmbito profissional. Por enquanto, com certo sucesso.

No serviço, devo dizer que sigo orgulhoso de mim mesmo por vir sendo capaz de enfrentar o sexo feminino feito gente. A linda morena do outro departamento, referida no post anterior e muito comprometida, tem atuado perto do meu departamento nos últimos dias, metros de distância, de modos que a equipe do lado de cá, incluindo-se este que vos fala, troca vez ou outra respeitosas saudações com ela. Apesar de ela ter namorado, considero esta interação uma grande conquista para mim, afinal há até pouco tempo jamais conseguiria me ver diante de uma beldade daquela sem ter todo meu complexo comportamental vergonhosamente alterado, como se eu houvesse consumido alguma droga (e não?...). O famigerado "abobalhamento". Autêntica terapia para minha tão turbulenta mente de viciado em recuperação. Não posso, com todo o respeito a ela e seu companheiro, perder oportunidades como esta.

Para arrematar o dia, tive meu último atendimento do expediente com uma garota a um tanto me chamar a atenção por sua beleza e simpatia. Caso complicado, e além de tudo ela tinha uns modos, digamos, insinuantes. Para ser direto, consegui resolver a questão dialogando de modo inteligente e envolvente com ela, que, não sei se foi impressão minha, pareceu até me jogar algum charme... Todavia, felizmente falou mais alto meu profissionalismo. Ela deve voltar pelos próximos dias com a documentação necessária para ver resolvido seu imbróglio. Já estou pronto para, se for o caso, recebê-la.

No mais, quase chorei novamente por estes dias, com casos contados por meu pai a respeito de uma sua recente estada em São Paulo. Prefiro não dar detalhes, quando penso qualquer coisa que me tire do foco só penso em voltar para o mesmo. Na última vez que estivemos juntos em São Paulo, meu pai começou, pleno domingo 6 da manhã em frente a uma padaria, a discursar nostálgico com relação ao nosso já explicado em meu Diário contexto pessoal, falando alto no meio da rua mesmo, o que muito me abalou e, creio, até me desconcentrou um pouco com relação à tarefa que tinha a desempenhar a seguir. Melhor pararmos por aqui.

E a batalha segue.

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11/2/2020, 20:19
Justiceiro continua firme e forte!! Não te deixes desanimar nem abater perante as circunstâncias. Compreendo que fiques incomodado com algumas das atitudes dos familiares (a mim também me aconteceu isso) mas ignora e vive um dia de cada vez. Continua firme e forte no reboot, um abraço! Vi na TV a situação das cheias em São Paulo, espero que tudo fique bem, que Deus vos proteja
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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

11/2/2020, 20:47
soumulherviciadaemporn escreveu:Justiceiro continua firme e forte!! Não te deixes desanimar nem abater perante as circunstâncias. Compreendo que fiques incomodado com algumas das atitudes dos familiares (a mim também me aconteceu isso) mas ignora e vive um dia de cada vez. Continua firme e forte no reboot, um abraço! Vi na TV a situação das cheias em São Paulo, espero que tudo fique bem, que Deus vos proteja

Obrigado, parceira de lutas! Sejamos capazes de superar qualquer adversidade. Não moro na cidade de São Paulo, mas no interior do Estado, numa pequena cidade a 2 horas de carro e onde também andou chovendo consideravelmente. A questão é que saí de São Paulo e nem eu nem minha família superamos o que de bom a metrópole oferece, sendo que até hoje me esforço para retornar. No meu Diário há mais detalhes acerca da questão.

De todo modo, novamente meu obrigado e que Deus esteja com todos nós.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

11/2/2020, 21:55
Fala meu caro Justiceiro do Sertão!

Vejo que alguém continua bastante focado, e seguindo bem o reboot. Parabéns, meu irmão!

Interações são sempre para nos engrandecer, e principalmente quando é relacionado a mulheres bonitas, pois criamos algo na cabeça que é como se consumissemos alguma droga quando chegamos perto de alguma mulher muito bonita, ficamos um pouco bobo e achamos que não somos merecedores, isso é bem comum, admito que sinto um pouco disso, e não é nada bom. No entanto, fico muito feliz em ver que você teve uma interação tão bacana como essa.

Sobre a questão do seu pai, não entendi bem, mas desejo que tudo fique bem, meu caro! Você merece tudo de melhor que há nesse mundo.

Um forte abraço do seu amigo Harvey.

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12/2/2020, 20:34
HarveySpecter escreveu:Fala meu caro Justiceiro do Sertão!

Vejo que alguém continua bastante focado, e seguindo bem o reboot. Parabéns, meu irmão!

Interações são sempre para nos engrandecer, e principalmente quando é relacionado a mulheres bonitas, pois criamos algo na cabeça que é como se consumissemos alguma droga quando chegamos perto de alguma mulher muito bonita, ficamos um pouco bobo e achamos que não somos merecedores, isso é bem comum, admito que sinto um pouco disso, e não é nada bom. No entanto, fico muito feliz em ver que você teve uma interação tão bacana como essa.

Sobre a questão do seu pai, não entendi bem, mas desejo que tudo fique bem, meu caro! Você merece tudo de melhor que há nesse mundo.

Um forte abraço do seu amigo Harvey.

Fala, caro Harvey Specter! Obrigado pelos cumprimentos.

Bom, a respeito da garota, além de ser pura verdade isso que você disse sobre o "efeito abobalhador" causado pela pornografia, que quando não nos faz tratar a mulher como brinquedo sexual nos faz enxergá-las como deusas das quais não somos dignos em nossa suposta inferioridade masculina, tem sido para mim uma verdadeira terapia dar de cara com ela algumas vezes ao longo do expediente, sendo que ela inclusive tem feito um "plantão" bem perto do nosso setor no período da tarde, por vezes passando por nossa equipe e nos cumprimentando. Até isso para mim já é motivo de comemoração, cada vez mais perco o "terror" em olhar para ela e trocarmos um singelo boa-tarde. Até nisso o pornô destrói nossas vidas, o deslumbramento em estar ao vivo diante de uma mulher bonita, fazendo com que nos rebaixemos ao mais rasteiro comportamento, é uma das facetas mais cruéis do vício, e que felizmente tenho suplantado.

Quanto ao meu pai, ocorreu que fui a São Paulo prestar um concurso público e meu progenitor se prontificou a me levar de carro. Nisto, chegando perto do local de minha prova, após tomarmos um café numa padaria, aconteceu algo que eu até já esperava. Porque ele, quem lê meu Diário sabe, tem o mesmo problema de incompatibilidade com a cidade do interior paulista na qual moramos há quase dezoito anos, e aproveitou o ensejo para, logo após nosso desjejum, pleno domingo 6 da manhã, desabafar emocionado em voz alta, no meio da rua, quanto ao seu amor por São Paulo e os paulistanos e quanto ao seu ódio mortal pela cidade em que moramos e seu povo ("Isso sim é cidade, merda de roça, aqui sim é lugar de gente, povo educado, todo mundo é igual, tudo a qualquer hora em qualquer lugar, ninguém te julga, ninguém te mede, falam sem aquele sotaque que me dá vontade de vomitar, aqui sim eu sou feliz. Caipirada maldita, aqui sim qualquer um se sente em casa, lá eu não morro, no meio daquela raça eu não fico. Nojo daquele lugar, daquele sotaque, daquele povo, nem a terra de lá presta. Estuda mesmo, meu filho, estuda mesmo, não desiste não, e traz sua família pra cá de novo. Merda de interior! Foda-se aquela gentalha!", e declarações semelhantes). Eu, que compartilho das mesmas ideias dele, ou de pelo menos da grande maioria delas, e tento me segurar para não cometer loucuras, abalei-me profundamente com aquelas inflamadas palavras dele, as quais não me saíram mais da cabeça e parecem ter atrapalhado meu desempenho no concurso, de modo que perdi uma questão na hora de preencher o gabarito (errei na hora de transcrever para a folha de respostas, coisa que sempre temi, que vinha cometendo nos estudos em  casa e, apesar de todo meu temor e todo meu esforço para evitar, infelizmente aconteceu) e me atrapalhei na Redação (tendo me esquecido de um conceito importante visto numa videoaula na véspera ou antevéspera, não me lembro exatamente), o que me pareceu ter sido decisivo. Ainda peguei uma posição razoável na lista de espera, com alguma chance de convocação naqueles "dois anos, prorrogáveis por mais dois", coisa que confesso que jamais imaginava conseguir com aqueles erros, todavia quero mais é olhar para frente, em todos os sentidos da minha vida. Nem quero ficar calculando em que posição teria ficado se não tivesse me confundido na marcação daquela alternativa, aprendi a não olhar para trás.

Para ter uma ideia, fui fazer a prova relativamente tenso também (e talvez principalmente) devido a isto, com o coração apertado, lá no fundo dizendo: "Pai, essa é para você, meu velho, pra te tirar daquele fim de mundo. Vou passar e viremos todos de volta para cá, sei exatamente o que você está sofrendo". No próximo serei que cumprirei minha promessa, serviu-me tudo de lição. Onde moro não é o próprio inferno, mas que São Paulo é melhor, sem sombra de dúvidas. Já falei muito sobre isto.

Um forte abraço do seu amigo Justiceiro do Sertão.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

13/2/2020, 21:10
Passando em meio a uma semana muito atarefada para dizer que estou relativamente sob controle em todas as áreas de meu cotidiano, a não ser por um ou outro pensamento mais sugestivo, como uma leve carência, que me faz ter vontade de ir atrás de uma GP ou de alguma parceira num bloco carnavalesco em outra cidade ou mesmo São Paulo, já que a cidade aqui não tem nada e, quando tem, é de baixo nível e no outro dia de manhã até os pombos da praça central sabem o nome e a profissão de todos que estiveram lá. Resisto. Ainda bem que estou sem fissuras, assim sou capaz de focar em mim mesmo, em coisas que interessam.

Aliás, neste ponto um viva ao parceiro de lutas Ulissis, que deu uma bela lição sobre deixarmos no passado aqueles devaneios juvenis desde sempre alardeados pela mídia e pensarmos em nossa condição de adultos. Nada de músicas dor-de-cotovelo, de cultura pegajosa e supérflua, só aquilo realmente edificante. Certos materiais culturais, ainda que não explícitos, enchem a mente de pensamentos bestas e que acabam nos levando a fantasiar, a sonhar com situações que teoricamente jamais ocorrerão. Ainda mais em se tratando de mim mesmo, que durante anos vivi alimentando, e agora felizmente venho superando, inclusive conforme situações já contadas em meu Diário, aquilo que chamo de antitraumas (superficialmente falando, traumas/recalques de coisas que não ocorreram, espécie de páginas em branco no livro da minha vida as quais nunca mais poderão ser preenchidas), um monte deles, relativos à minha infeliz juventude de viciado. Quem me conhece e conhece minha trajetória pessoal poderia dizer que não tive infância; nada disso, tive uma infância inusitada porém fantástica apesar de certos problemas; o que não tive, e muito dolorosamente, foi adolescência. Poderia me prolongar nesse assunto, teria muito a falar sobre, todavia acho melhor não, mesmo porque estaria justamente alimentando aquilo que estou me propondo a esquecer e a lutar contra. Creio que já conseguiram entender "a essência da coisa".

Para arrematar, ontem à noite fui surpreendido, no Whatsapp, por uma foto da garota com a qual andei conversando e descobri ser transexual, foto que ela já havia postado antes e na qual aparece, talvez por ser uma foto um pouco antiga, com uns traços, digamos, bastante comprometedores, o que me incomodou muito. Só ainda não a excluí de meus contatos para não dar muito na cara quanto a certas questões relacionadas a preconceito (não é meu caso, na única vez em que conversamos ela me ensinou inclusive muita coisa), entretanto devo fazê-lo logo. Estou muito disposto a cortar relações com ela o quanto antes. Há mais de um mês não nos falamos, e minha descoberta (ela certamente não sabe o que eu sei sobre ela) me deixou surpreso e, com todo o respeito, chateado, me sentindo enganado e até meio vítima de um complô, afinal não sou chegado em mulheres nessa condição. Não é preconceito, inclusive ela parece ser um ser humano incrível pessoal e profissionalmente, é gosto pessoal mesmo. Ela é muito linda (muito linda hoje; como disse, encontrei fotos antigas dela, de quando estava se "transformando", que acabaram com minha autoestima), engana a muitos e a mim enganou (brincadeiras à parte, não é nenhuma "quase-mulher", é absurdamente feminina em todos os aspectos), contudo não me imagino ao lado de uma, pois, além de o assunto ser tabu aqui em casa e o interior em que vivemos representar perigo não só para ela como para quem se atrever a se envolver com ela (ela, diga-se, parece passar mais tempo em São Paulo do que aqui, e já está se aprontando para se mudar para lá em definitivo), faz-me mal, novamente com o devido respeito, até pensar na ideia de sair com uma garota que "nem sempre foi uma garota", que na adolescência não foi aquela "gata de parar o colégio" como se poderia acreditar olhando assim de cara; aterroriza-me a ideia de possuir um corpo que, há até uns dez anos, era literalmente o extremo oposto daquela morena escultural. Isso se ela realmente já... Creio que podem completar a frase, deste jeito mesmo que estão pensando. Não, não é engraçado, sinto-me mal. A história completa está contada há algumas páginas em meu Diário.

E por hoje é só.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 11 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

13/2/2020, 23:47
Mano, ler essa sua última postagem foi um tapa na minha cara. Penso muito que não tive adolescência também, por ter uma vida religiosa e me afastar dos contatos com mulheres nessa idade. Vira e mexe me pego pensando que foi nesse período que me viciei (e foi mesmo); mas o foda é que as vezes me vem uns pensamentos de querer literalmente voltar no tempo. De como seria se o rlutador de 25 anos aconselhasse o rlutador de 14/15, como seria diferente. Mas como vc disse, essa fantasias não levam a nada. O negócio é pensar no presente e construir um novo futuro a partir dele. Valeu mesmo pelo relato.
Forte abraço.

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14/2/2020, 20:47
rlutador escreveu:Mano, ler essa sua última postagem foi um tapa na minha cara. Penso muito que não tive adolescência também, por ter uma vida religiosa e me afastar dos contatos com mulheres nessa idade. Vira e mexe me pego pensando que foi nesse período que me viciei (e foi mesmo); mas o foda é que as vezes me vem uns pensamentos de querer literalmente voltar no tempo. De como seria se o rlutador de 25 anos aconselhasse o rlutador de 14/15, como seria diferente. Mas como vc disse, essa fantasias não levam a nada. O negócio é pensar no presente e construir um novo futuro a partir dele. Valeu mesmo pelo relato.
Forte abraço.

Rapaz, obrigado e saiba que, no meu caso, não ter tido adolescência foi coisa até pior do que no seu, haja visto que se afastar do convívio com mulheres por questões religiosas é algo que me parece voluntário e muito menos doloroso do que ter tido chances claríssimas de relacionamento e sexo e desperdiçá-las por conta simplesmente de uma deplorável imaturidade condicionada pelo vício. E também já quis voltar no tempo. Herdei (e tento mandar para o inferno) uma tendência famíliar de ficar ruminando os dias idos, bem nesse ritmo, de ficar pensando como teria sido se tivesse lá com meus 14 anos a maturidade de adulto que tenho hoje (lembrando-me de que alguns contemporâneos meus à época já a tinham, por isso trabalhavam, tinham seu dinheiro, suas primeiras namoradinhas...), se pudesse voltar ao passado e dar uma bronca arrebatadora em mim mesmo para ver se o presente se alterava... Negócio de quase me deixar louco, nem vou detalhar muito as besteiras mentais que já andei aprontando. Não vale nem um pouco a pena.

Porque, como se vê, não adianta, o negócio é correr atrás dos anos perdidos com o tempo e os recursos de que dispomos agora, esquecer o passado é difícil porém muito necessário.

Meu forte abraço.

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