Aliocha - DIário

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Aliócha
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Aliocha - DIário Empty Aliocha - DIário

23/3/2021, 17:25
Obrigado pelo apoio, Spartacuz e excogitatoris! Sem palavras pelo apoio!

Dia 16 do Reboot - ainda em hard mode.

É, 16 dias sem tocar no meu pênis. Acredito que estou em uma leve flatline, porém com algumas ereções as vezes, rápidas e passageiras.

Agora a pouco acabei de conversar com a mulher com quem transei.

Percebo que é fundamental conter a ansiedade e não criar muitas espectativas. Expectativas levam a frustração, o que pode levar a uma recaída. Tenho é que agir nessa direção com firmeza, e não me preocupar com o que vai acontecer.

Conversando com ela pelo zap, consegui criar uma pequena conexão emocional. E logo em seguida fiz um convite pra ela, de irmos de novo numa cachoeira.

Sabem, isso pode parecer besteira, mas eu tenho um tesão danado em transar nesses lugares. Especialmente se for um lugar que não vai quase ninguém.

Fiz o convite. E estou tentando não ter expectativas altas, assim como conter a ansiedade.

Ainda em relação a esse assunto, percebo que estou realmente mais aberto sexualmente (!!!!). Tem uma menina holandesa aqui que faz tempo que me atrai, e hoje eu consegui olhar ela tendo isso como uma possibilidade. Sabem, não é que eu tenha que dar em cima dela - a outra me atrai mais - mas a questão é que finalmente uma certa barreira mental se rompeu.

O que antes eu entendia como impossível, agora é uma possibilidade, em resumo.

Entendi também que não preciso e nem devo focar apenas no sexo.

Faz parte do meu desafio vencer a procastinacao e fazer um uso efetivo de minhas forças. Criar, produzir, colocar minha energia nessas coisas. Eu preciso MUITO disso também.

Cortei o álcool até o início do mês que vem , amigos. Não necessariamente isso vai ser fácil, mas estou disposto.

Olhar atento para atitudes desarmônicas, expectativas altas em relação as coisas, sobre o que me faz bem ou mal.

Hoje, meditei boa parte da manhã, na natureza. Coisa muito saudável.

Por hoje é só.


Última edição por Aliócha em 7/5/2023, 02:26, editado 6 vez(es)

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24/3/2021, 12:26
Olá! Fico feliz por estar tão empenhado!!!

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31/3/2021, 21:09
Senhores, mais um post. São 24 dias em hard mode! Isso mesmo! Belíssima marca, e sem tocar no meu pênis!

Bom, sigo sem internet. Na realidade, tinha dado problema no modem...e como eu não trabalho nem ganho dinheiro com internet, posso perfeitamente dispensa-la.

Não quero gastar energia com redes sociais. Ficar ansioso com algumas coisas. Lendo notícias (pois é, não acompanho mas o desgoverno federal e suas polêmicas - eles em Brasília, e eu tomando banho de sol no rio). Enfim é um gasto de energia absurdo. É viciante. Eu prefiro cortar logo. Bom, o sinal da internet voltou...mas eu só entrei no fórum agora....e não vou mais entrar em nenhum site. Qualquer mínimo sinal de alerta, vou apagar as senhas dos meus dispositivos e pronto! Estou a um tempinho assim, então já deu pra dar inicio a um processo de "reboot" em relação a tecnologia. Agora é manter os hábitos e cortar os possíveis gatilhos logo pela raiz.

Estou também a um tempo sem beber....acho que aproximadamente uns 14 dias, mais ou menos. Sabem, parar de beber também tem seus benefícios. Eu sentia como o álcool rouba a energia. Bebia de noite, então sempre acordava um pouco mais cansado e indisposto pela manhã. Muito bom parar de beber, mas acho que isso exige um mínimo de harmonia e equilíbrio emocional. Acho que o fato deu estar sem beber indica que estou bem...e caminhando bem.

Exercícios de escrita seguem, e com um poder impressionante! Vi esse exercício em um livro chamado "o caminho do artista" (recomendo MUITO pra quem tem dons artísticos bloqueados ou que são artistas frustrados, é um livro fundamental pra essas pessoas). Bom, o exercício consiste em escrever 3 páginas todos os dias pela manhã, ao acordar. Rapazes, parem pra pensar numa ferramenta poderosa! Muito mesmo! Não sei explicar, mas isso vai mexendo com a mente. Vai esclarecendo as coisas. Até perguntas são respondidas com isso. É incrível como as coisas vão se resolvendo. Enfim, se trata de uma prática com um efeito psicológico e emocional extremamente benéfico. Tem 16 dias que estou fazendo isso TODOS OS DIAS. Claro, tem o lance do hábito também. Pois é, esse hábito eu quero pra mim. Se eu fizer isso por 90 dias seguidos - um exemplo - vai ter um efeito brutal sobre mim.

Entrei também em uma boa rotina de exercícios físicos - calistenia em um dia, bike e natação no outro. Porém, eu tive um problema intestinal esses dias. Eu fiquei bem mal. E nesses momentos de doença e mal estar que a coisa pega. São gatilhos pra mim. No entanto, consegui ficar quieto, tomando muito chá e cuidando bem da minha alimentação. Hoje fiz uma sopa de verduras, por exemplo.

Sobre a menina que falei nos últimos posts.

Bom, eu vi ela hoje pela primeira vez, depois da gente transar. Isso faz uns 15 dias, mais ou menos. Percebi que ainda sinto um medo absurdo disso tudo. É difícil pra mim não sentir medo de me aproximar dela, ou de estar com ela. No entanto, eu desejo muito isso. Acho que quando estamos sozinhos, eu me sinto mais a vontade, mas é estranho pra mim estar com ela e outras pessoas também. Ninguém sabe que a gente ficou - não contei pra ninguém, só pra um único amigo de confiança. Trocamos mensagens por whatsapp, sou sempre carinhoso com ela - porque gosto dela mesmo - e acho que ela tá na minha. Porém, ainda sinto muito medo.

Chamei ela pra sair umas 3 vezes, mas nenhuma das 3 vezes deu certo. Uma vez ela não pode. Depois eu que não pude. E a terceira não deu certo. Mas isso vai acontecer em breve.

Ontem, estava no rio, quando comecei a olhar pra uma mulher de maneira levemente fantasiosa.

No meu caso em específico, isso não vem necessariamente do porn, mas do fato de que eu mal sei o que é me satisfazer com uma mulher, tocar no corpo de uma mulher, etc. Ora, é claro que alguém que não fica nunca com ninguém vai se sentir frustrado nesse sentido de algum modo.

São coisas que estou superando aos poucos. Ainda tenho esses problemas, porém, tenho dado largos passos nesse sentido. Vou ficar curado dessa merda, vocês vão ver. Não estou mais disposto a existir desse modo. Assim como quero chegar aos 90 dias limpo, e adiante.

Tinha uma holandesa que eu me atraio bastante também. Só não dei em cima dela porque gosto mesmo da outra. Acho que um amigo meu ficou com ela e tudo. Enfim.

No mais, no dia 3 participarei de um processo espiritual e físico muito forte, com ingestão de algumas plantas.

Essas coisas tem um potencial enorme. Muito poder. As vezes podem até ser um "reboot" no cérebro. Funciona maravilhosamente bem comigo.

Portanto, sigo algumas recomendações nesse sentido, pra tirar o máximo de proveito da experiência. Zero álcool. Alimentação o mais natural possível. Sem orgasmos. E meditação.

Continuo muito preso ao cigarro. Sabem, apesar de sentir os danos que isso me causa, parece que não estou ainda firmemente disposto a largar esse veneno. Comecei a me exercitar todos os dias também pensando nisso. Umas boas corridas e braçadas no nado, se feitas com regularidade, são um belo ataque ao tabagismo.

Ainda me sinto fraco - do problema intestinal que tive - mas estou me restabelecendo.

O jogo segue amigos.

Bom reboot pra todos!

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6/4/2021, 07:54
30 dias em hard mode, amigos! Very Happy

Bom, a 3 dias atrás, participei de uma sessão de ayahuasca.

Sobre isso, eu só digo uma coisa: não conheço nada mais benéfico e poderoso. De verdade. É como beber do néctar da vida e voltar limpo de várias coisas. Não me recordo de nada que tenha me feito tão bem quanto esse chá.

Claro, nem todo mundo vai se interessar por beber ayahuasca. E nem é pra todo mundo mesmo. Porém, para aqueles que tiverem algum interesse, alguma vontade de adentrar nesse caminho, dou meu testemunho: vão sem medo. Serão abençoados.

Evidentemente, o efeito benéfico disso foi brutal.

Isso inclui um grande "chega pra lá" no vício (em todos os vícios) e em várias coisas ruins.

Estou com uma vontade muito grande de me desenvolver, de dar meu máximo. Estou transbordando de coisas positivas. O que não quer dizer que eu não tenha negatividade em mim.

No momento, ainda estou na pós experiência da sessão. Como é algo forte, leva um tempo pra digerir e entender tudo. Então, é bom mesmo que os próximos dias sejam de reflexão e de meditação intensa.

Estou numa grande flatline. Quase sem ereção. Eu realmente meio que esqueci que meu pênis existe. Maravilha, não é? Também, não tenho pensado em sexo, embora eu perceba que finalmente eu estou aberto sexualmente. Mas não fico pensando nisso, nem estou sentindo muita falta no momento.

A menina com quem eu transei no dia 6 do reboot também participou da mesma sessão que eu. Eu ia até falar com ela, mas como eu sei que isso é profundo, optei por deixar ela quieta. É um momento pra estar com a gente mesmo.

O fundamental não é transar ou algo do tipo, o fundamental é falar sempre, expressar sempre, nunca ter medo, nunca perder a oportunidade pro medo. É isso que eu não posso deixar acontecer. Posso passar muito tempo sem sexo (vocês sabem), mas acho que não posso passar nem mais 1 minuto calado, quando alguma mulher me desperta muito desejo ou muito tesão.

Ontem aconteceu uma coisa simples, mas que me deixou bem feliz.

Tem uma menina com quem eu ando, que eu sempre achei muito linda e maravilhosa. Porém, como eu tava me sentindo tranquilo, não dei em cima dela. Embora não tenha descartado tal possibilidade. Meus amigos deram em cima dela, e ela não ficou com ninguém. E eu conversando com ela numa boa, sem manifestar nenhum interesse.

Ontem, a gente acabou ficando mais próximo. Conversamos mais. Etc. Senti que ela se abriu um pouco pra mim - ela é bem fechada, fala pouco, etc.

Sabem, em um momento, eu olhei bem pra ela, bem mesmo, e pensei: "cara, que mulher atraente, linda, incrível, meu deus!", e tive ume ereção meio forte. Foi instintivo, e não teve nada de maldoso ou fantasioso. Ao contrário, foi 100% natural e saudável. Percebem? To falando de um desejo verdadeiro e autêntico, não em fissura em um peito por estar com a cabeça cheia de porcarias. Nisso ela virou pra mim, e olhou pra mim, e eu percebi que ela sentiu ou entendeu o que eu tava pensando e sentindo. Devia estar expresso no meu rosto. E aí ela sorriu de volta, de um modo discreto e muito gracioso

Cara, eu fiquei feliz pra caramba. Pensei: "podia perfeitamente dar em cima dela, e teria uma probabilidade razoável de dar certo". Pensei: "estou aberto sexualmente, finalmente. As mulheres percebem que eu estou aberto, disponível". Minha auto estima está boa. Etc. Muito feliz com isso.

Bom, eu não tou louco por sexo (ainda), mas se seu ver mais sinais desses, sem dúvidas vou tentar dar pelo menos uns beijos nela. E ainda posso tentar ser mais aberto e ousado com ela. Dar umas indiretas suaves, pra ver como ela reage. Enfim, é uma possibilidade de alguém que eu posso tentar ficar.

No mais, sigo sem beber a um tempo.

São muitos os benefícios em parar de beber. Cara. É maravilhoso acordar normal, sem aquela baixa de energia deixada pelo consumo de álcool. Porra, eu to feliz pra caralho por estar sem beber. Me perdoem a expressão. Eu precisava muito, muito mesmo disso. Grato por essa oportunidade, por esse esforço que eu fiz.

Quase sem usar internet também. Esses dias, eu usei pra algumas coisas muito simples. Por exemplo, dia desses fui ouvir o The Wall, do Pink Floyd, e senti vontade de acompanhar as letras. Entrei na internet pra isso.

A um tempo sem acessar o facebook ou rede social. A um tempo sem acompanhar nenhuma notícia. Sem jornal, sem televisão, nada.

Sabem, meu intuito era ser radical com internet. Não usar pra nada mesmo. Pra correr zero risco. Sei lá. Nunca se sabe. O vício pode ser traiçoeiro. Eu ficaria os 90 dias sem internet em casa. Tranquilamente.

As vezes eu entro no fórum, mas saio bem rápido.

Percebi que não estou conseguindo me conectar com a energia do fórum.

Parece que estou muito longe de certas coisas que leio por aqui. Leio alguns relatos bem típicos do vício, e me sinto mal. Mais do que isso, sinto que devo me manter longe dessa energia.

Pensei em ajudar algum irmão, mas não consegui ler nada por muito tempo, aqui no fórum.

Isso é compreensível. Porém, o vício é traiçoeiro.

Não é que eu esteja me considerando vitorioso, longe disso (ainda estou no dia 30!), mas estou com vontade de ficar bem longe de qualquer referência ou palavra que me remeta a essas coisas. Sabem, minha vida tá muito rica no momento. Não estou com nenhum interesse em ler relatos sofridos, em ver ou ler as palavras P, queda, ou qualquer coisa que remeta a isso.

Mas eu sei que o vício é traiçoeiro. Sem dúvidas.

Acho que o fato de estar sem beber ajuda EXTREMAMENTE. Sempre que eu bebia, ficava chapado, a dopamina descia, a consciência alterava, e isso ampliava minhas chances de queda.

Por fim, retornarei minha rotina de calistenia. Esses dias fiz um peso com cimento e uma garrafa de água mineral, mas não fiz a empunhadura. Levantei peso com esse halter umas 3 vezes, mas percebi que a empunhadura é fundamental, e que sem ela eu ia acabar me machucando. Então vou fazer de novo do jeito correto.

Quero ficar forte pra vida, amigos.

Por hoje é só.

Um excelente reboot pra todos!

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7/4/2021, 16:49
Esse é o verdadeiro Vierkenes!

Fico muito feliz de ver que você está tão bem e tão pleno. De verdade, você entrou em um rito de passagem que lhe transformou por completo. Você hoje é um homem mais pacífico, vibrante e confiante.

E é isso. Continuo na torcida por você.

Que satisfação, cara!

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MELHORES MARCAS EM 2022

1° - 55 dias [ ]
2° - 30 dias [ ]
3° - 15 dias [ ]

'''Portanto, não recue agora. Conserte às coisas para você ou se arrependerá por não tê-lo feito.''
- Apollo Creed
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11/4/2021, 00:53
Mike, felicitações! Obrigado pelo apoio! Agora sim, a coisa vai!

Dia 35 do reboot

Quebrei o hard mode. Pois é. Uma noite tive um sonho erótico muito intenso - com umas colegas da época do ensino médio, vejam que coisa - e a ereção foi muito forte. Acordei, tentei dormir de novo, esqueci as imagens mas a ereção persistiu, dai eu resolvi me aliviar. 35 dias sem ejacular, nada mal pra mim, que mal conseguia chegar aos 15 dias.

Eu estava me sentindo muito bem, mas veio algumas coisas na mente. Não sei se necessariamente negativas. Talvez algumas lembranças.

Pensei que durante aproximadamente uns 70 a 80% da minha existência, eu fui uma pessoa emocionalmente adoecida. Em profundidade. Muito doente mesmo.

Eu bebia todos os dias porque minha vida era insuportável. Fiz isso por anos.

E anos consumindo porn também. Nem sei mais quanto tempo fiquei nessa.

Simplesmente fiquei me lembrando dessas coisas.

Me magoa o fato de que meus pais, ao que parece, nunca perceberam isso. Não que eles me tratassem mal, ao contrário, me deram tudo que eu preciso, etc. Mas me causa estranhamento o fato de que eu estava em casa, morando com eles, vivendo no desespero interno, e eles não perceberem ou não darem a devida atenção a isso. A impressão que eu tenho é que eles sempre acharam que tava tudo ok comigo....quando eu tava bebendo cachaça no bar, vendo a morte no fundo do copo (é sério, já me ocorreu umas 3 vezes ver a morte no fundo do copo).

Em relação ao meu corpo, ele parece ser um sobrevivente de uma guerra. Traz marcas profundas. Uma rigidez grande. Etc. Eu tiraria proveito muito grande de terapias que envolvessem o corpo. Ia destravar tudo. Não é a toa que sexo quase não fez parte da minha vida. Meu corpo foi o que ficou mais marcado com toda essa miséria.

Vi uma foto minha de mais ou menos 1 ano e meio atrás, e me assustei com minha expressão. Desespero. E a postura, triste. Curvado. Cabeça baixa.

Outras coisas vieram a mente.

Comecei a pensar muito na ex namorada - agora não mais a única mulher que transei, já que rolou outra umas semanas atrás.

Rapazes, a coisa com essa mulher foi muito intensa. Faz 4 anos que não sei nada dela, e ainda sinto a energia dela comigo.

Ontem eu estava sentado na rua, e era como se eu fosse ver ela passar. Vejam como é absurdo, Nem aqui ela mora.

Foi uma experiência amorosa, emocional, sexual muito profunda. Muita intimidade e confiança. Eu nem mesmo desconfiava dos custos emocionais disso. Vou carregar uma parte dela comigo, pra sempre.

De modo que hoje fiquei um tanto quanto no passado. Que não vai voltar.

Só pra vocês verem como é a coisa, me ocorreu repentinamente que a segunda que transei, é parecida com ela. Na minha cabeça, as vezes as duas se confundem. Ou será apenas a pouca quantidade de parceiras que tive? De certo modo, o corpo dela é minha referência, já que foi o único que eu explorei, conheci bem, e tive intimidade.

Senti falta de algo assim de novo. Um relacionamento (sim!). Alguém pra ficar em casa sem fazer nada. Assistir um filme. Transar. Comer alguma coisa. Transar de novo. Conversar numa boa, trocar ideia. Etc. Senti mesmo a falta disso.

Pensar nela me deixou triste. Abatido. Eu gostaria de falar com ela algum dia (porque nunca mais soube absolutamente nada dela), mas o fato é que pra ela, eu morri. É o que parece.

Bom, mas eu vou dando um chute no passado. O negócio é olhar pra frente.

Recentemente, me livrei de mais uma companhia tóxica.

Fui sugado até a alma por uma pessoa, uma pessoa que sempre andava comigo, e a quem eu tinha como amiga.

Após desavenças, eu mandei ela pastar. E aí tudo se resolveu.

Mas o que me fez pensar foi em como essa pessoa morreu para mim. Sabem, eu tinha afeto por ela. De verdade. Tivemos bons momentos. Aprendi um bocado com ela. E tudo o mais. Mas eu fiquei surpreso em como essas coisas podem morrer, as vezes até repentinamente.

Tudo que eu sinto por ela é um frio desprezo. Algum nojo, muito comedido. Eu nem consigo olhar no rosto dela, se vocês querem saber. Uma brutal indiferença. Não quero nenhum tipo de contato, pra nada. Não quero que ela me toque, nem nenhuma das minhas coisas. Muito menos eu tocar nela ou em algo dela. Nunca. Ela morreu mesmo. E olha que eu já tive muito afeto e carinho por ela. Isso é que impressiona.

Agora a pouco fui na casa onde ela mora, com um amigo. Acho que ela captou minha indiferença, meu desprezo e meu nojo, e foi extremamente grossa e cortante comigo. Estava no esperado. Eu não sou amigo dela, mas sou amigo de quem mora com ela, e eu sempre frequentei a casa dele. Bom, eu sou bem vindo lá (por ele), a hora que eu quiser, mas to pensando seriamente em dar um tempo, pois não quero nunca mais ver o rosto dessa fulana que me sugou até a alma.

Fiquei pensando que pra ex namorada, deve ter sido algo semelhante que aconteceu. Eu morri pra ela, e todo o afeto e carinho que ela sentia por mim, desapareceu rapidamente. O que sobrou foi um frio desprezo.

Ontem, eu estava em casa sem fazer nada. Chovendo. Bateu uma vontade de me masturbar. Mas eu logo vi que isso era fruto da inatividade. Como diz um amigo meu: "o negócio é estar sempre ocupado. Lavar uma louça. Tocar um violão. Assistir um filme. Ir andar. Meditar. Etc. Sempre fazendo alguma coisa, movendo energias". Bom, resolvi essa breve vontade - que nem foi muito forte - indo malhar.

Eu ainda tenho interesse em ficar no hard mode, por alguns motivos. Primeiro, pra me tornar mais atraente (sim!). Segundo, pra acabar de vez com a ER. Só não tenho a mínima ideia de quando vou transar de novo, mas quero que a ER seja curada. Quero ter um orgasmo, oras! Terceiro, pra ter uma noção da minha energia.

Agora, o desafio mesmo é usar a energia.

Percebo que somos um pouco viciados a pensar logo em sexo. Pensamos logo em transar. Claro, transar é muito bom. Eu faço pouquíssimo sexo, e evidentemente, preciso de muito mais, mas temos que lembrar que dá pra fazer outras coisas com esse fogo todo. Faz parte do meu desafio canalizar corretamente minhas energias.

Nos últimos 2 dias, sai pra fotografar. Pois é fotografia é uma das habilidades que tenho. Porém, preciso desenvolver isso. Querendo ou não, é uma forma de canalizar energia. Estou criando. Usando meu poder criativo. Fazendo algo fora da rotina, que me vai ser muito util. Até em termos profissionais, por exemplo.

Pensei também que, honestamente, dou minha carreira alcoólica como encerrada.

Eu nem estou a um longo tempo sem beber (deve ter menos de 1 mês), mas a sensação de ressaca, a fraqueza física que bate após consumir álcool, me parece a pior das sensações. Porra. Não quero MESMO sentir isso de novo tão cedo.

Parando definitivamente de beber, minhas chances no reboot aumentam consideravelmente.

Não foram poucas as vezes em que caí no porn, chapado de álcool. Ou simplesmente com uma ressaca, até as leves.

Retornei mais uma vez, meu tratamento com a terapia floral. Os famosos florais de Bach. Quem não conhece, pesquise. Se trata de uma ferramenta de cura muito útil, para problemas emocionais variados. Esses remédios são realmente incríveis. Simples e muito poderosos. Fica aqui a minha dica.

No mais, senti também uma piora na minha alimentação. Passei a consumir muito açucar.

Só de olhar na minha dispensa e geladeira, já dá pra perceber que estou carente. Biscoito, doce, etc.

É, estou mesmo me sentindo carente.

Tomem cuidado com a alimentação. Quem come muita porcaria, com muita frequência, vai acabar caindo, não tem jeito. Açúcar então, nem se fala. Todo cuidado é pouco.

E pra piorar, o frio. Sim, tá um frio terrível aqui. E isso aumenta um pouco a sensação de solidão e de carência. Não tá dando pra ir tomar sol no rio. Até dá pra ir no rio, mas entrar na água é pros corajosos. E com pouquíssimo sol.

Hoje tirei o dia pra fazer algo que nunca mais fiz, e que gosto muito. Baixar mp3.

Na verdade, se trata de um hobby com um risco envolvido, pra quem é viciado. Pois uso uma dessas redes p2p. E em rede p2p, tem de tudo. como vocês sabem.

To aqui, com o computador no colo, deitado na cama, com o programa aberto, cheio de download sendo feito. Embora eu estivesse mesmo precisando fazer isso, vou optar por encerrar essa brincadeira. Já tive o suficiente.

Sabem, deve ter vários meses que eu não coloco o computador no colo, deitado na cama. Eu optei por ser radical: diminuir o uso do computador em 99%.

Ainda preciso de mais tempo longe de tudo isso. Sei lá.

Já escrevi o suficiente por hoje.

Bom reboot pra todos!

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14/4/2021, 13:58
Dia 38 do reboot

Zero fissura. Graças a Deus.

Esses dias, um grande amigo foi embora da cidade. O cara era viajante, mas já estava aqui a mais de 1 ano. E eu gosto muito dele. Um grande afeto. Me ajudou demais. Porém, eu não esperava que eu fosse ficar tão triste assim, com a partida dele. Me surpreendeu.

De modo que fui invadido por uma tristeza mesmo. Provavelmente nunca mais vou ver ele. A vida é assim, amigos. Se some em 1 minuto. Isso quando alguém não morre. Aí é pior ainda.

Estou triste, portanto. Pela partida de um grande amigo, mas não só por isso.

Tenho me sentido muito sozinho. Sabem, morar só é ótimo e tem suas vantagens, mas esses tempos, eu bem que estava desejando morar com alguém bacana. Dividir uma casa. Com alguém que somasse comigo, e alguém que eu pudesse somar também. Seria bom pra mim. Mas só se fosse com alguém bacana. Se for com alguém fuleiro, que não limpa a casa, viciado demais, eu realmente dispenso. Melhor só do que mal acompanhado.

Isso pra não falar na carência. Sim, to muiiiiito carente.

Acredito que a carência é um problema psicológico. Pra mim é claro que é como uma ilusão. É como se fosse algo falso, sabem, e que depois que vemos as coisas como são, perde o sentido. Tenho certeza de que meu sentimento de carência provém de muita especulação mental.

Estou também em um estado de ânsia razoável. Bom, acho isso um tanto quanto ridículo, porém, acontece com os melhores de nós, em algum momento. Muitas vezes eu me pego olhando o celular pra ver se alguém enviou alguma mensagem. E claro, 90% das vezes, ninguém envia nada.

Ontem me bateu uma vontade de me masturbar. Pra deixar claro, eu não vejo problema em me masturbar de vez em quando. Mas de modo comedido. Gosto de ficar no hard mode o tempo que der. Quero sentir minha energia alta, e depois (desafio ainda maior), aplicar essa força em alguma coisa. Que não seja sexo, porque não tenho parceira no momento. Outras coisas.

Voltei a usar o computador com alguma frequência. Passei um bom tempo sem tocar nele. Até sem internet eu fiquei...por uns 20 dias ou mais.

Pra mim, é jogo ficar longe do PC. Bem melhor. Muito melhor mesmo. Não só pro reboot, mas pra vida mesmo. Acho que o computador me rouba tempo e energia. Quando eu não recorro a ele, me vejo forçado a fazer outras coisas. E isso é maravilhosamente positivo, no meu caso.

Percebo também que todas as vezes que me bate vontade de me masturbar, é sempre por imobilidade. Algo do tipo: to parado, sem mexer o corpo, sem nada pra fazer no momento ----> vontade de masturbar. O remédio pra isso é o mais simples possível e imaginável: se mexer. De preferência, o corpo. Sim, o corpo.

Eu tenho uma tendência muito grande a imobilidade, e isso é um problema. Todas as vezes, é um verdadeiro desafio pra mim se mexer. Malhar inclusive.

Mas é isso: bater de frente com a especulação mental, se levantar na mesma hora, e ir malhar. Muito simples, não é? Consigo fazer isso as vezes, mas não sempre. Gostaria de conseguir fazer SEMPRE. Aí só seguindo o desafio dos 30 dias. Fazer algo todo dia por 30 dias. Pra fixar muito bem no cérebro o caminho do sucesso.

Em breve completo 30 dias com meus exercícios de escrita. Altamente benéfico. Acaba que é um tipo de terapia. Organiza, limpa a mente, deixa as coisas claras, etc.

Assim que completar 30 dias fazendo isso todo dia, vou partir pra outro hábito. E manter esse primeiro. Não é fácil....hoje mesmo eu não tava com vontade de escrever. Mas o negócio é esse: ir contra a força da inércia. É o único modo de vencer no reboot, por exemplo.

Sinto que preciso meditar bastante, pra tirar ideias errôneas da minha cabeça. Entender que não preciso me sentir carente, que isso é falso. E outras coisas mais.

Pensando sobre sexo e amor, me ocorreu uma ideia.

A primeira, e que pra alguns é uma realidade dura, difícil de engolir, é que somos irremediavelmente sozinhos. Não tem jeito. Nascemos sozinhos, morremos sozinhos. Não tem como escapar disso. É melhor aceitar que dói menos.

Você pode estar namorando com alguém agora, no maior love. Mas amanhã ela te dá um chute na bunda e você fica sozinho. Retorna pra condição original. Aliás, nem quando estamos juntos, deixamos de estar sós. Acho que não existe isso de "uma só carne". Todo mundo tem seu espaço individual, onde é impossível outro ser humano chegar. Ninguém sabe o que o outro pensa. A pessoa que você ama pode estar simplesmente mentindo pra você, mesmo olhando nos seus olhos. Sei lá. Intimidade é algo muito forte e profundo. Pra mim, pelo menos. Falo de intimidade real, não de simplesmente transar. Transar as vezes pode não significar nada.

Eu sinto que tenho que desfazer equívocos na minha cabeça, pra poder viver bem e harmonicamente. Ainda tem muita porcaria. Muita coisa que cresci ouvindo que é assim, muita coisa que meus pais disseram, que eu vi na tv, etc. Um monte de lixo.

Acredito que a verdade traz harmonia. Temos que viver de modo verdadeiro. Enquanto a gente tiver em um caminho falso, sendo guiado por ideias alheias, as coisas vão dar errado. E o mais legal é que cada caminho é único. Vejam só.

Sigo sem beber. É curioso, porque em outros tempos, diante de tudo o que eu disse aqui, eu já iria correndo beber. Estou sem beber mesmo. Nada. E sem vontade nenhuma. Parece que consegui vencer o rei álcool. Continuar alerta, no entanto. Nunca se sabe.

Em resumo, estou me sentindo triste e um tanto quanto deprimido. Além de solitário.

Sei que existem múltiplos fatores que interferem nisso. E que tem várias práticas que podem diminuir esse estado.

Se exercitar.

Não comer excesso de açúcar. De jeito nenhum. É doce no início, mas isso deprime o espírito.

Comer melhor. Alimentos crus, por exemplo. Frutas. Variedade.

Foi o que pensei por enquanto. São as coisas que eu preciso.

Continuo morando em um lugar maravilhoso, absurdamente privilegiado. Estou melhor do que 90% da população brasileira, ainda mais nesse período de pandemia.

Ainda sobre o sexo, percebo que criei uma ilusão de que o sexo pode me tirar desse estado de estar só. Balela. Nascemos só e morremos só. Eis a realidade dura e crua. Melhor aceitar, que dói menos.

Tentei falar com a menina com quem transei uma única vez. Foi bom e tal, mas eu queria mais! Haha. Fora que foi meio que uma rapidinha. Queria explorar mais, sabem? Eu tentei falar com ela por whats app, e embora ela tenha me tratado bem e tudo o mais, não senti tanto retorno da parte dela. Nem muito ânimo. E como eu tentei algumas vezes, resolvi parar de falar com ela. Pra não ficar chato. Pra que ficar em cima de alguém que não me dá tanto retorno? É, talvez tenha sido só uma rapidinha mesmo. Fazer o que? Eu queria mais. Não sei se vai rolar. Eu continuo achando ela bem legal. E certamente vou me encontrar com ela na rua, em algum momento.

Percebo também que seria saudável eu arranjar outras parceiras. Só tive 2 na vida. Sabem, pra ver como funciona a coisa. Ganhar experiência mesmo, com mulher. Entender que se relacionar sexualmente é normal. Que dar em cima de uma mulher é normal. Que transar com alguém não significa que eu vá namorar com a pessoa. E que pode até mesmo ser algo totalmente casual - como sinto que foi, de certa forma, com essa mulher que eu transei.

Bom, ainda é o dia 38. Tem muita água pela frente. Ainda é tempo de se manter alerta.

Devo aproveitar que estou a 38 gloriosos dias longe da pornografia, e reforçar todos os pontos que quero mudar. Coisas novas. Mandar isso de P ainda mais pra longe. Pra bem distante mesmo.

38 dias, mas ainda tenho um trabalho longo pela frente. Nunca mais quero me envolver com essa merda.

Vou colocar aqui algumas metas, pra minha batalha ficar mais organizada, com maiores chances de sucesso.

1 - Se manter afastado de computador e celular, o máximo possível. Tem dado MUITO CERTO PRA MIM. Em time que tá ganhando, não se mexe.

2 - Se manter no hard mode, o máximo que der.

3 - Se bater vontade de me masturbar, se levantar IMEDIATAMENTE e ir malhar, correr, nadar, etc.

4 - Meditar, de preferência todos os dias, afim de tirar da cabeça ideias e concepções errôneas, especialmente sobre estar só, carência e sexo.

5 - Se exercitar sempre

6 - Continuar firme sem uma gota de álcool

7 - Evitar ingerir açúcar (fatal!) e incorporar mais variedade na alimentação, incluindo coisas cruas.

8 - Escolher um novo hábito para fazer o desafio dos 30 dias

9 - Investir em fotografia. Sim, é o hobby que eu quero. Liberar energia. Aprender a ver a luz direito. Etc. Fotografar e fotografar. Vai me fazer muito bem.

No mais, pandemia segue, companheiros. Estou (todos nós) ficando um pouco desgastado com isso. Gostaria de estar trabalhando (sim, preciso investir energia em algo). E sinto falta de festas! Hehe. Fazer o que? Estou num lugar muito bom, e muito seguro. Agradeço!

Bom reboot pra todos.

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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

15/4/2021, 18:57
Cumprimentos, nobre Vierkenes.

O seu Diário é bastante profundo, digno de reflexão. Quando posso, dou uma lida nas suas postagens, inclusive já conversamos e sou alguém que em muito se identifica com suas ideias.

Especulação mental, por exemplo, historicamente era comigo mesmo. Ah, essa mente que comanda tudo... Estou superando isso tirando força de vontade de onde não tenho, e torço para que as coisas também se equilibrem aí no seu lado. Seus dias parecem bastante turbulentos em muitos aspectos, em especial no que toca a vícios e a pensamentos arraigados. Lembro-me de que você falava muito a respeito de frustração sexual, e é bom perceber que você parece tê-la superado, nem que seja em parte. Falo da frustração sexual porque também eu já sofri de coisa semelhante, por conta de aventuras mal-sucedidas com garotas desde a adolescência, uma pior que a outra, (a ponto, diga-se, de até outro dia ainda ter pesadelos eróticos com colegas do Ensino Médio) o que me levou a um desgosto do qual só recentemente consegui me livrar e contra o qual de certa forma ainda luto, amparado, inclusive, por ideias bastante verdadeiras trazidas por você. Como quando você fala sobre a efemeridade de muitos contatos sexuais, que o sexo pode ser algo furtivo a ponto de não devermos ficar idealizando-o, ruminando-nos por não ter "pego" esta ou aquela cidadã. Transar é bom, porém digo que se não aprendermos essa lição, nunca mais transaremos com ninguém. Ficaremos só romantizando um passado que nunca existiu, tentando em vão criá-lo com outras mulheres, enxergando a realidade da forma mais distorcida possível. E daí para o vício é um piscar de olhos.

No mais, receba meus bons votos e que as coisas cada vez mais tomem o melhor rumo em seus dias.

Forte abraço.

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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

17/4/2021, 03:56
Amigos, chego ao dia 41 do reboot, um pouco aflito.

Anteontem, fiz uma trilha bate e volta, dando um total de 6 horas. Uma cachoeira. Foi bom e tudo o mais, só fui sentir o cansaço bem depois.

Apesar do sucesso da trilha, eu me senti muito mal no dia posterior - ou seja, ontem.

Caras, fui abatido por um sentimento de depressão profundo. Senti como se meu corpo tivesse morto. Se levantar estava muito difícil. Comi só banana, o dia todo. Bom, a trilha me deixou cansado, mas não explica isso. Na verdade, é algo mais profundo. Bem mais profundo mesmo.

Eu fiquei muito mal. Até um pouco desesperado. Eis as coisas que eu pensei: "putz cara, olha a merda que você fez com sua vida. Como cheguei aqui adoecido desse jeito? Como me curo? Qual o tratamento ou prática que vai melhorar minha vida? Tem jeito?". Eu passei a duvidar que meu caso tem solução. Comecei a bolar na minha cabeça tudo que preciso fazer para ficar BEM. Lógico, não é fácil (quem disse que era fácil? kkkk). Mas funciona, sem dúvidas. Possível é, e todo mundo sabe disso.

Sabem qual o grande barato disso tudo? Que está tudo nas nossas mãos. Basta mobilizar a vontade do jeito certo e pronto.

Fiquei deitado e fiquei ereto. Não por excitação nem nada. Sabem, veio a palavra P, na minha cabeça. E vejam o nível do meu diálogo. "Cara, é isso mesmo que você quer? Consumir porn? Você é algum animal imbecil? Quer destruir sua vida, broxar, viver no pânico? Não, claro que não. Você não é um completo retardado pra querer viver nessa. Ao contrário, é um cara ótimo. Só precisa de uma chance....de mim mesmo." "Do que eu tenho medo? Rapaz, seja lá o que for, não é pior do que viver atolado na P. Vai se foder, porra".

Levantei, tomei banho, comi algo.

Aparentemente, é mais um daqueles momentos em que me parece absolutamente impossível continuar a levar a minha existência do jeito que tenho levado até aqui. Impossível, insustentável. Etc. Não preciso de um desfecho trágico. Por outro lado, as arapucas mentais são fodidas, e podem realmente te prender uma vida inteira, desperdiçar uma vida inteira nessa brincadeira.

Eu tenho total e plena consciência de que vivo absurdamente iludido em relação a uma série de coisas. E essas coisas me sugam energia. Muita. Muita mesmo.

Eu me preocupo com coisas que simplesmente nem existem, sabem. Cara. É um nível de ilusão mental absurdo e extremo. E minha energia só sendo sugada por isso.

Mas refleti fumando na janela, que não dá pra continuar a viver assim. Tem que alterar o rumo das coisas, na marra.

Caso eu não faça isso, prevejo consequência trágicas pra minha vida futura. Um corpo podre. Muita frustração, pesada mesmo. Muito fumo no peito. Até recaída com porn. Tudo de ruim que vocês possam imaginar.

Enquanto isso, eu consideravelmente refém do medo.

Está com a faca no meu pescoço, ameaçando me matar caso eu faça tais e tais coisas (que são ótimas, maravilhosas pra mim).

Muitas vezes sinto que meu corpo é morto. Vocês não tem noção.

O mindset deu uma boa abalada, admito.

Hoje de noite sai com uns amigos e acabei bebendo - devia ter uns 30 dias sem beber, eu acho. No início deu até uma sensação boa - desinibição mesmo. A questão é a quantidade. É preciso ter muito controle e equilíbrio emocional pra usar drogas e ficar bem. Não é meu caso. Tenho feridas emocionais muito profundas, que me sangram muito, então não tenho como ter um uso realmente seguro dessas coisas. No entanto, creio estar ficando cada vez melhor com o tempo.

Bom, bebi a mais dessa dose "prudente". Mas só um pouco. O negócio é a hora que to indo dormir.

Amanhã, ressaca - leve. Ou seja, zona de risco.

Não vou cair, amigos. Quero me dar os 90 dias de presente, e seguir adiante.

Mas é foda, porque eu sinto que eu tenho traumas muito profundos, que me deixam um buraco no peito. Porra. Essa merda me pesa demais, caras. Eu quero muito resolver isso. Muitas vezes eu me sinto um sobrevivente de guerra. Sei lá.

Acima de tudo, entendo que nesse momento, o reboot, para mim, é um compromisso com a mudança.

Ou muda de atitude e vai pra cima, ou as coisas não vão dar certo. Isso é tão obvio quanto 2 e 2 são 4. Não tem jeito. Não tem escapatória.

Quanto tempo mais essa minha parte vai resistir? Por quanto tempo mais vou aguentar ser infeliz e viver oprimido?

Vai cair, meus companheiros. Sim, isso vai passar.

Vou ficar por aqui, pois é tarde.

A situação não é favorável, mas vou levar essa barco adiante por mais dias. Não vou sucumbir agora.

Como medida emergencial, guardar o computador na mochila, longe da vista, ficar zerado de computador. E manter o celular em outro compartimento. Isso ajuda demais.

Bom reboot pra todos.

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17/4/2021, 21:01
vierkenes escreveu:Amigos, chego ao dia 41 do reboot, um pouco aflito.

Anteontem, fiz uma trilha bate e volta, dando um total de 6 horas. Uma cachoeira. Foi bom e tudo o mais, só fui sentir o cansaço bem depois.

Apesar do sucesso da trilha, eu me senti muito mal no dia posterior - ou seja, ontem.

Caras, fui abatido por um sentimento de depressão profundo. Senti como se meu corpo tivesse morto. Se levantar estava muito difícil. Comi só banana, o dia todo. Bom, a trilha me deixou cansado, mas não explica isso. Na verdade, é algo mais profundo. Bem mais profundo mesmo.

Eu fiquei muito mal. Até um pouco desesperado. Eis as coisas que eu pensei: "putz cara, olha a merda que você fez com sua vida. Como cheguei aqui adoecido desse jeito? Como me curo? Qual o tratamento ou prática que vai melhorar minha vida? Tem jeito?". Eu passei a duvidar que meu caso tem solução. Comecei a bolar na minha cabeça tudo que preciso fazer para ficar BEM. Lógico, não é fácil (quem disse que era fácil? kkkk). Mas funciona, sem dúvidas. Possível é, e todo mundo sabe disso.

Sabem qual o grande barato disso tudo? Que está tudo nas nossas mãos. Basta mobilizar a vontade do jeito certo e pronto.

Fiquei deitado e fiquei ereto. Não por excitação nem nada. Sabem, veio a palavra P, na minha cabeça. E vejam o nível do meu diálogo. "Cara, é isso mesmo que você quer? Consumir porn? Você é algum animal imbecil? Quer destruir sua vida, broxar, viver no pânico? Não, claro que não. Você não é um completo retardado pra querer viver nessa. Ao contrário, é um cara ótimo. Só precisa de uma chance....de mim mesmo." "Do que eu tenho medo? Rapaz, seja lá o que for, não é pior do que viver atolado na P. Vai se foder, porra".

Levantei, tomei banho, comi algo.

Aparentemente, é mais um daqueles momentos em que me parece absolutamente impossível continuar a levar a minha existência do jeito que tenho levado até aqui. Impossível, insustentável. Etc. Não preciso de um desfecho trágico. Por outro lado, as arapucas mentais são fodidas, e podem realmente te prender uma vida inteira, desperdiçar uma vida inteira nessa brincadeira.

Eu tenho total e plena consciência de que vivo absurdamente iludido em relação a uma série de coisas. E essas coisas me sugam energia. Muita. Muita mesmo.

Eu me preocupo com coisas que simplesmente nem existem, sabem. Cara. É um nível de ilusão mental absurdo e extremo. E minha energia só sendo sugada por isso.

Mas refleti fumando na janela, que não dá pra continuar a viver assim. Tem que alterar o rumo das coisas, na marra.

Caso eu não faça isso, prevejo consequência trágicas pra minha vida futura. Um corpo podre. Muita frustração, pesada mesmo. Muito fumo no peito. Até recaída com porn. Tudo de ruim que vocês possam imaginar.

Enquanto isso, eu consideravelmente refém do medo.

Está com a faca no meu pescoço, ameaçando me matar caso eu faça tais e tais coisas (que são ótimas, maravilhosas pra mim).

Muitas vezes sinto que meu corpo é morto. Vocês não tem noção.

O mindset deu uma boa abalada, admito.

Hoje de noite sai com uns amigos e acabei bebendo - devia ter uns 30 dias sem beber, eu acho. No início deu até uma sensação boa - desinibição mesmo. A questão é a quantidade. É preciso ter muito controle e equilíbrio  emocional pra usar drogas e ficar bem. Não é meu caso. Tenho feridas emocionais muito profundas, que me sangram muito, então não tenho como ter um uso realmente seguro dessas coisas. No entanto, creio estar ficando cada vez melhor com o tempo.

Bom, bebi a mais dessa dose "prudente". Mas só um pouco. O negócio é a hora que to indo dormir.

Amanhã, ressaca - leve. Ou seja, zona de risco.

Não vou cair, amigos. Quero me dar os 90 dias de presente, e seguir adiante.

Mas é foda, porque eu sinto que eu tenho traumas muito profundos, que me deixam um buraco no peito. Porra. Essa merda me pesa demais, caras. Eu quero muito resolver isso. Muitas vezes eu me sinto um sobrevivente de guerra. Sei lá.

Acima de tudo, entendo que nesse momento, o reboot, para mim, é um compromisso com a mudança.

Ou muda de atitude e vai pra cima, ou as coisas não vão dar certo. Isso é tão obvio quanto 2 e 2 são 4. Não tem jeito. Não tem escapatória.

Quanto tempo mais essa minha parte vai resistir? Por quanto tempo mais vou aguentar ser infeliz e viver oprimido?

Vai cair, meus companheiros. Sim, isso vai passar.

Vou ficar por aqui, pois é tarde.

A situação não é favorável, mas vou levar essa barco adiante por mais dias. Não vou sucumbir agora.

Como medida emergencial, guardar o computador na mochila, longe da vista, ficar zerado de computador. E manter o celular em outro compartimento. Isso ajuda demais.

Bom reboot pra todos.

Esses momentos são realmente imprevisíveis, nos pegam de surpresa. Faz parte do processo.

Mas sabe? Gosto de ver que você se mantém consciente e, sobretudo, que consegue combater sua própria mente quando o desejo vem, coisa que eu tenho imensa dificuldade. É louvável o nível que você alcançou, meu caro Vierkess.

No entanto, é só uma fase. Creio que amanhã esses pensamentos vão passar, pois você está ficando cada vez mais forte e sua confiança aumentou absurdamente. Fico feliz por isso.

Continue combatendo forte.


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'''Portanto, não recue agora. Conserte às coisas para você ou se arrependerá por não tê-lo feito.''
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18/4/2021, 13:49
Amigo Vierkenes, não passava aqui faz algum tempo e digo-te que fico feliz por te ver a lutar e, sempre com uma grande analise, com honestidade explanar os problemas que enfrentas, principalmente o que interiormente te abala de alguma forma. Tudo o que sentes é legitimo e pode ser aproveitado de um modo construtivo, embora possa parecer, à partida, destrutivo. Ou seja, o que sentes é, em si mesmo, uma imagem interna de algo, ou seja, não é algo real, que te limite em termos concretos mas acaba por ter impacto na forma como lidas com essas realidades concretas, no caso, as adversidades naturais da vida e aí por diante. Aceitar essas fragilidades e que existem algumas "ilusões" que te desiludem é o passo certo pois a aceitação pressupõem um tipo de paz que não é pacifista mas que apazigua e ordena melhor o teu ser nos momentos de luta. É, digamos, uma paz diante do caos, não aceitando esse caos mas assimilando-o e lutando contra ele, aceitando que ele existe, que ele é uma parte e não o todo, que ele pode ser um reflexo da realidade mas não é a realidade efetiva e que a naturalidade da existência desse caos não pressupõem uma paralisação. Se existe uma velocidade inferior, ou momentos de tensão, claro. É natural que assim seja. Quando sentes esse peso sobre ti, não tomes como algo absoluto ou fatal, mas antes como uma adversidade a ser resolvida a longo prazo. Tu vais sentir-te desconfortável com esse peso, triste, perdido. Pensa que isso é normal, pois afinal, não há formulas mágicas para lidar com isso e, quando há essas "formulas milagrosas" desconfia, pois PMO, alcool, drogas, tudo isso entra nessa categoria de "magia anti-adversidades da vida" que nos enganam como um qualquer charlatão que quer vender a sua mentira e, com ela nos consumir e nos destruir cada vez mais, como um parasita. Não nascemos para isso e, por mais pesado que seja o fardo que carregamos, é bom fortalecer a consciência de que esse não é o caminho que nos leva a sermos quem queremos ser, ou que nos trará alguma felicidade. Eu gostaria de deixar um tema para reflexão, e apesar de ser algo relacionado com religião, não leves para esse ponto. É simplesmente algo que eu penso que pode ajudar e como tu tens uma forma de pensar bastante profunda e analítica, eu penso que poderá trazer algum sentido extra a muito do que sentes e que, de facto, não estás sozinho nesse caminho. Assim, se tiveres interesse e possibilidade, procura ler um pouco os evangelhos biblicos de João, Mateus, Lucas e Marcos. Todos eles relatam a passagem de Jesus pela existência humana e, mesmo para um não crente, existem ali muitos exemplos, histórias e ensinamentos interessantes sobre a vida e a morte, sobre o sofrimento, a alegria e a tristeza, a honra, a coragem, a amizade. Deixo-te esse desafio. Smile E mando um grande abraço, com força! É diante da adversidade que o sentido deste reboot ganha mais sentido e, estando em momentos desses só há uma coisa a fazer: "Seguir em frente, sem olhar para trás."

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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

18/4/2021, 16:51
vierkenes escreveu:Amigos, chego ao dia 41 do reboot, um pouco aflito.

Anteontem, fiz uma trilha bate e volta, dando um total de 6 horas. Uma cachoeira. Foi bom e tudo o mais, só fui sentir o cansaço bem depois.

Apesar do sucesso da trilha, eu me senti muito mal no dia posterior - ou seja, ontem.

Caras, fui abatido por um sentimento de depressão profundo. Senti como se meu corpo tivesse morto. Se levantar estava muito difícil. Comi só banana, o dia todo. Bom, a trilha me deixou cansado, mas não explica isso. Na verdade, é algo mais profundo. Bem mais profundo mesmo.

Eu fiquei muito mal. Até um pouco desesperado. Eis as coisas que eu pensei: "putz cara, olha a merda que você fez com sua vida. Como cheguei aqui adoecido desse jeito? Como me curo? Qual o tratamento ou prática que vai melhorar minha vida? Tem jeito?". Eu passei a duvidar que meu caso tem solução. Comecei a bolar na minha cabeça tudo que preciso fazer para ficar BEM. Lógico, não é fácil (quem disse que era fácil? kkkk). Mas funciona, sem dúvidas. Possível é, e todo mundo sabe disso.

Sabem qual o grande barato disso tudo? Que está tudo nas nossas mãos. Basta mobilizar a vontade do jeito certo e pronto.

Fiquei deitado e fiquei ereto. Não por excitação nem nada. Sabem, veio a palavra P, na minha cabeça. E vejam o nível do meu diálogo. "Cara, é isso mesmo que você quer? Consumir porn? Você é algum animal imbecil? Quer destruir sua vida, broxar, viver no pânico? Não, claro que não. Você não é um completo retardado pra querer viver nessa. Ao contrário, é um cara ótimo. Só precisa de uma chance....de mim mesmo." "Do que eu tenho medo? Rapaz, seja lá o que for, não é pior do que viver atolado na P. Vai se foder, porra".

Levantei, tomei banho, comi algo.

Aparentemente, é mais um daqueles momentos em que me parece absolutamente impossível continuar a levar a minha existência do jeito que tenho levado até aqui. Impossível, insustentável. Etc. Não preciso de um desfecho trágico. Por outro lado, as arapucas mentais são fodidas, e podem realmente te prender uma vida inteira, desperdiçar uma vida inteira nessa brincadeira.

Eu tenho total e plena consciência de que vivo absurdamente iludido em relação a uma série de coisas. E essas coisas me sugam energia. Muita. Muita mesmo.

Eu me preocupo com coisas que simplesmente nem existem, sabem. Cara. É um nível de ilusão mental absurdo e extremo. E minha energia só sendo sugada por isso.

Mas refleti fumando na janela, que não dá pra continuar a viver assim. Tem que alterar o rumo das coisas, na marra.

Caso eu não faça isso, prevejo consequência trágicas pra minha vida futura. Um corpo podre. Muita frustração, pesada mesmo. Muito fumo no peito. Até recaída com porn. Tudo de ruim que vocês possam imaginar.

Enquanto isso, eu consideravelmente refém do medo.

Está com a faca no meu pescoço, ameaçando me matar caso eu faça tais e tais coisas (que são ótimas, maravilhosas pra mim).

Muitas vezes sinto que meu corpo é morto. Vocês não tem noção.

O mindset deu uma boa abalada, admito.

Hoje de noite sai com uns amigos e acabei bebendo - devia ter uns 30 dias sem beber, eu acho. No início deu até uma sensação boa - desinibição mesmo. A questão é a quantidade. É preciso ter muito controle e equilíbrio  emocional pra usar drogas e ficar bem. Não é meu caso. Tenho feridas emocionais muito profundas, que me sangram muito, então não tenho como ter um uso realmente seguro dessas coisas. No entanto, creio estar ficando cada vez melhor com o tempo.

Bom, bebi a mais dessa dose "prudente". Mas só um pouco. O negócio é a hora que to indo dormir.

Amanhã, ressaca - leve. Ou seja, zona de risco.

Não vou cair, amigos. Quero me dar os 90 dias de presente, e seguir adiante.

Mas é foda, porque eu sinto que eu tenho traumas muito profundos, que me deixam um buraco no peito. Porra. Essa merda me pesa demais, caras. Eu quero muito resolver isso. Muitas vezes eu me sinto um sobrevivente de guerra. Sei lá.

Acima de tudo, entendo que nesse momento, o reboot, para mim, é um compromisso com a mudança.

Ou muda de atitude e vai pra cima, ou as coisas não vão dar certo. Isso é tão obvio quanto 2 e 2 são 4. Não tem jeito. Não tem escapatória.

Quanto tempo mais essa minha parte vai resistir? Por quanto tempo mais vou aguentar ser infeliz e viver oprimido?

Vai cair, meus companheiros. Sim, isso vai passar.

Vou ficar por aqui, pois é tarde.

A situação não é favorável, mas vou levar essa barco adiante por mais dias. Não vou sucumbir agora.

Como medida emergencial, guardar o computador na mochila, longe da vista, ficar zerado de computador. E manter o celular em outro compartimento. Isso ajuda demais.

Bom reboot pra todos.

Oh Vierkenes Tudo bem?

Cara me identifiquei muito com a sua história. Eu sinto que as feridas são muito profundas pra serem curadas apenas com motivação ou com o NoFap... Não que seja impossível, mas acho que a nossa complexidade interna é tão grande e tão intrincada, os circuitos de medo e ansiedade são tão complexos que precisamos de uma ajuda profissional especializada pra encontrar o caminho certo.

Eu sinto que a mente é um grande novelo de lã e que eu nunca vou achar o caminho pra desfazer ele sozinho. Por esse motivo essa semana procurarei um bom psicólogo. Depois que voltar da consulta com ele te conto a minha experiência e veja se é valida pra você também

Um grande abraço e parabéns pelo tempo conseguido!
Aliócha
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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

20/4/2021, 01:26
Primeiro, as respostas.

Caro Justiceiro, é sempre um prazer ter você por aqui. Me sinto honrado por ter contribuído pra sua caminhada de alguma forma, pois você é uma lenda desse fórum! Um mestre do reboot, hehe! Estamos por aqui, sempre.

Mike, suas palavras foram maravilhosas, e me deram um novo ânimo, além de corrigir minha perspectiva. É realmente um momento que vai passar....e o barco segue. Muitíssimo obrigado por essa ajuda!

Van Gogh, suas palavras são profundas....e eu consegui entender tudo. Palavras muito sábias e sensatas. E que novamente, contribuem enormemente pra corrigir minha perspectiva. Incrível!

Origami, sim, você está certo. É importante não colocar expectativas falsas em cima do reboot....ele é só uma base onde vamos aos poucos corrigindo nossas vidas. É assim que gosto de pensar, ao menos. Sobre terapia, vou falar sobre isso no post. Obrigado pela passagem aqui, e pelo seu comentário!

Dia 44 do reboot

Bom, eu estava mesmo precisando de apoio. Acho que fiquei muito alarmado com sintomas que tenho a muito tempo....e que são mesmo assustadores. Porém, nada como se acalmar, ver as coisas como elas são. Não vou morrer agora (só se Deus quiser, kkk, mas a principio não). Ainda dá pra corrigir minha conduta. Ainda posso ter um boa saúde, e gozar das coisas boas da vida. Etc. Ainda tenho tempo, porém, é bom não ficar vacilando. Se não dá ruim mesmo.

Basicamente, eu sinto que sofro de uma severa depressão, que se manifesta fortemente na parte do peito.

Uma vez uma mulher muito atraente deu em cima de mim, porém, ao longo da conversa, ele disse que "seu peito está morto". Sabem, ela é uma mulher gostosa (eu nem gosto desse termo, acho-o machista, mas dizer o que?). Atraente, sim. Mas as palavras dela me feriram muito, principalmente pelo jeito que foram ditas. De modo que realmente, perdi 100% do interesse.

Claro, essa frase foi um exagero. Uma hipérbole, pra ser mais exato. Não é que eu estivesse morto - senão, estaria enterrado, né? Mas sofro de um desequilíbrio muito grave nessa região, um desequilíbrio energético, que se torna notável nas minhas atitudes e na minha postura, ao ponto de vir alguém e me dizer essas palavras.

Sendo uma hipérbole, ela estava certa na fala. Eu só não gosto de usar essa expressão porque mesmo sendo uma figura de linguagem, não expressa o que eu quero. Eu não to morto, porra. Nem no literal nem no metafórico.

Um outro dia, um senhor que conheço da cidade, virou pra mim educadamente e disse que eu deveria levantar a cabeça. Corrigir a postura. E estufar o peito. Me disse pra eu ter ânimo e coragem.

Entendem? Chega o ponto em que as pessoas percebem esse meu estado "doentio", digamos assim, e simplesmente vem me falar o que fazer pra ficar bem. Elas conseguem ver, sentir, que tem algo errado comigo. Que estou angustiado. Que estou preso a algo ilusório. Etc.

São essas coisas que eu gostaria de curar. Coisas que vem de problemas emocionais graves, até da infância mesmo. Era a essa opressão do peito que eu me referia. Não aguento e não quero mais viver assim.

É um longo caminho. O reboot não cura isso. Porém, o reboot é a esteira básica, em cima do qual o trabalho deve ser feito.

Se tratando com psicólogo ou não, malhando ou não, etc, tem que estar no reboot. Todo mundo aqui tem experiência suficiente pra entender como esse troço de pornografia destrói e extermina tudo o que toca. Não sobra nada. Então o reboot é a esteira básica do processo. É a condição básica do bem estar. Não existe bem estar consumindo P. Nem amor. Nada.

Eu tenho uma ideia muito boa do que devo fazer. Continuar com zero P é uma delas. Chegar aos 90 dias e adiante. Mas não é só isso.

Sobre psicólogo, etc, eu senti mesmo falta de um terapeuta. Porém, não quero um psicólogo. Quero e preciso de uma terapia que mexa com o corpo, porque é aí que sinto que está meu grande problema. Preciso do corpo. Não preciso que ninguém me fale coisas, e que atue apenas no campo mental/intelectual. Não que seja inútil, mas não é isso que eu mais preciso agora. Entendem? De modo que estou indo atrás de alguém pra me ajudar, sim.

Na verdade, apenas alongamentos já me seriam de grande valia.

Sou um cara um tanto quanto enrijecido. Não a toa, fiz pouco sexo na minha vida, e também, dancei pouco.

No mais, bebi de novo esses dias, mas cheguei a conclusão totalmente definitiva de que não dá mais.

Acabou essa porra de álcool.

Reservado para 1% de ocasiões ou coisas altamente específicas. Nunca mais a regra, e sim a exceção da exceção. Passar no mercado e pegar 1 ou 2 duas latas de cerveja pra beber em casa? Eu não quero mais isso, companheiros. Estou muito bem resolvido e determinado em relação ao álcool. Foi bom (e ruim, muitas vezes), enquanto durou. Boa sorte pra quem bebe.

Tenho pensando muito em sexo. Bom, eu saí da flatline. Tenho algumas ereções ao longo do dia. Porém, para além de realmente precisar transar mesmo (é, vamos viver as coisas boas da vida, né? Negar essas coisas não dá nem um pouco certo), isso se deve a outro fator.

Eu estou muito ocioso. Não trabalho.

Sabem, também me bateu um pouco de desespero esses dias por não trabalhar. E nem falo só desse período de pandemia. Infelizmente, eu sou um cara que quase não tem essa noção, de trabalho. Nem de produção. Porra, eu poderia estar usando todo esse tempo de pandemia pra produzir coisas. Mas quem disse que eu faço algo? Ou se faço, só faço 1% da minha capacidade. O que me deixa mal de qualquer modo.

Então preciso urgentemente me ocupar. Rápido. Pra ontem.

Pode parecer absurdo, mas muitas vezes perco o dia inteiro na depressão, na procrastinação e na especulação mental.

Sabem o que é passar uma manhã e uma tarde sem fazer absolutamente nada? Pois é, isso acontece constantemente comigo. Nem lavar louça. Fazer comida. Nada. AÍ eu sinto essa depressão pesada no peito (algo me deixa curvado e me pesa, não sinto força pras coisas, nem ânimo pra nada). A especulação mental extrema. Etc. Quando vou ver, já é quase de noite. E aí o desespero me pega.

É meio foda. É meu desafio.

No que diz respeito a trabalho, falei com um amigo, para me ajudar a desenvolver um produto meu. Preciso da ajuda dele. Depois disso, vou ter meu produto, pra vender por aí. Vou poder trabalhar por conta própria, sem depender de ninguém, e ganhar uma grana. Perfeito. Isso é absolutamente vital pra mim. Muito mesmo. Tanto quanto, ou até mais, do que sexo. (isso considerando que estou numa situação financeira estável, tranquilo nesse sentido, pelo menos por enquanto). São tempos de insegurança, não é mesmo? Até quando serei privilegiado? Me pergunto isso, mas vamos vivendo um dia de cada vez, não é?

Pois bem, o fato de não ter uma vida e uma rotina produtiva me leva muitas vezes a pensar excessivamente em sexo. Sem dúvidas, eu sinto isso acontecer comigo.

To louco pra trabalhar na rua. Ainda mais agora, que o movimento aqui retornou um pouco. Bem tímido, mas já é alguma coisa.

Sobre sexo, não tenho muito o que falar. Nunca mais falei com a menina com quem transei uma única vez. Uma hora vou encontrar com ela na rua, e aí podemos bater um papo, descontraído. Eu perdi o interesse de dar em cima dela (não completamente, mas em boa parte sim). Mas pode ser que se encontrando pessoalmente, isso se torne possível. De qualquer modo, não estou pensando nisso, nem nela.

Porém, tem uma outra que me atrai absurdamente. Bom, andamos muito juntos, e concluo todos os dias que essa mulher me atrai de uma forma absurda. Hoje mesmo estávamos com uns amigos, começamos a falar de sexo, e eu fiquei levemente excitado vendo ela falar disso. Ela não falou nada demais, mas me excitou. Encostar nela então, nossa senhora. As vezes a gente se toca né, é normal. Mas eu me excito mesmo, caso minha pele encoste na dela.

Bom, além dela ser um tanto quanto fechada, ainda estou em dúvidas se darei em cima dela ou não, ou como farei isso. De qualquer modo, enxergo como uma possibilidade.

Uma coisa eu digo: nunca mais na minha vida eu quero passar 4 anos sem fazer sexo nem beijar na boca, que foi o que aconteceu comigo. É uma bosta. A auto estima cai. E a gente não sente muito prazer nas coisas. É péssimo caras, vocês não tem noção. Uma merda mesmo. Sexo é vida, então é fundamental fazer sexo de vez em quando, sabem? E não se reprimir, caso alguém mexa com a gente. Ter coragem de ir lá e expressar esse desejo.

Mais uma coisa, sobre masturbação.

Esses dias eu me masturbei umas duas ou três vezes, quase que seguidamente.

É curioso, porque isso se deu uma maneira que vocês vão achar absurda.

Estava no auge da carência (e da mente vazia também) quando comecei a pesquisar colegas do ensino médio no facebook. Cheguei a um perfil de uma menina que sempre me atraiu de forma extrema, e fiquei vendo as fotos dela. Um monte de foto na Europa. Várias festas. Etc. Típica felicidade de rede social. Mas o fato é que ela me excita demais, tudo. Até fotos normais me deixavam excitado, só pra vocês terem ideia. Fiquei passando, procurando uma que desse pra me masturbar.

Curiosamente, o desejo por porn era zero. Podem acreditar. Eu estava no controle da situação, de verdade.

Quando eu tava quase me masturbando com uma das fotos no perfil dela, eu desliguei o computador, pensando: "porra, essa menina até falava comigo, mas certeza de que ela nunca ficaria comigo. Na verdade, ela tem muito pouco a ver comigo, com meu mundo, etc. Nada a ver mesmo. Pra que me masturbar pra uma mulher que nunca vai transar comigo? Desnecessário". Fechei tudo, mas aí pensei na ex namorada - sim, aquela de 4 anos atrás, que se satisfazia fazendo sexo comigo. Pensei nela e já foi. Não satisfeito, me masturbei uma segunda vez, também pensando no sexo com ela.

Bom, como eu disse, tenho uma posição clara em relação a masturbação. Mas noto o seguinte: quando me masturbo, especialmente se for mais de uma vez, eu percebo mesmo uma queda na energia e no ânimo. Isso é notório. Logo, minha conclusão é de que o hard mode é o melhor. Se cair ocasionalmente, pra mim não tem problema. Mas quanto mais tempo ficar sem, melhor.

Masturbação deve ser exceção.

Minha experiência me diz que a partir do dia 60 do reboot, a energia começar a subir bastante...

O grande desafio mesmo é ficar sem se masturbar, e fazendo um manejo dessa energia.

Amigos, possível é.

Eu os primeiros 30 dias dessa tentativa em hard mode.

Sabem, eu estava muito disposto no dia 30. Muito animado mesmo. Mas percebo que minha motivação caiu muito em relação a 14 dias atrás. Claro, eu ainda quero muito, mas não tanto quanto 14 dias atrás.

Está nas nossas mãos, companheiros.

O quanto você está se esforçando? Na resposta dessa pergunta, pode ser medido o sucesso do reboot.

Eu digo aos senhores que ainda não estou me esforçando o suficiente. Ficar parado, ficar me masturbando quando eu tiver parado, não vai dar certo. Ainda não consegui retomar os exercícios físicos, que ao menos pra mim, são uma chave totalmente fundamental do processo.

Portanto, seguirei no hard mode até onde der. Me esforçando pra usar essa energia em outro lugar. Malhando, por exemplo.

Creio ser isso, amigos.

Pretendo retornar aqui no dia 50.

Bom reboot pra todos.

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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

22/4/2021, 01:31
Dia 46 do reboot

Jogo segue, mas sinto um perigo a rondar.

As coisas estão sob controle, mas o que me vem na mente é: MUDE E SE MEXA, OU AS COISAS VÃO DAR ERRADO.

Outra frase, que gostaria até de pendurar na parede do quarto (as duas, na verdade) é: O PODER DE MUDANÇAS ESTÁ EM SUAS MÃOS E DEPENDE SÓ DE VOCÊ.]

Ainda muito deprimido. Retornei a usar o computador com mais frequência. Bom, isso não é do meu feitio, tem um tempo já que me proponho a ser radical e a cortar tudo. Porque não quero ser o cara que passa 2 ou 3 horas no facebook, ou no youtube assistindo vídeos. Mesmo nada tendo a ver com P, eu não quero isso pra mim. De certo modo está cômodo, mas vou ter que mexer nessa comodidade em algum momento.

As vezes, quando fico algum tempo no computador (geralmente ouvindo música enquanto faço outras coisas), eu sinto o fantasma da P rondar muito sutilmente em mim. Assim que sinto isso, desligo tudo, rapidamente. E aí fico mais tranquilo. Porém, hoje ainda estou aqui. Apenas no fórum, e ouvindo Bjork.

Ontem, fiz uma sessão de alongamento, e senti que me fez um bem muito grande. Porém, hoje eu não fiz.

Aqui tá chovendo muito, a uns dias. Isso muda tudo.

Estou sozinho na casa. Isso pode ser interessante, mas as vezes bate uma certa ansiedade.

É quando estamos sozinhos numa casa que podemos avaliar bem nosso estado geral.

Se ficamos ansiosos em excesso, algo está errado. Se ao contrário, ficamos tranquilamente sozinhos em casa (por uns dias, sei lá), as coisas estão bem.

Eu estou deprimido, e ontem tive mais umas crises, mas terminou tudo bem.

Tenho sentido muito a falta de uma amante. Ou namorada. Alguém pra transar e ficar tranquilo, sabem?

Em relação a isso, é fundamental não colocar expectativa em algo externo. Também, não é como se eu esperasse que surgisse alguém - apesar de que isso até pode acontecer, kkk. Porém, são coisas sobre as quais eu não tenho controle.

É fundamental viver a vida baseada no que podemos efetivamente fazer. No nosso campo de ação. Existem coisas que não nos competem. Como o governo federal, por exemplo. Ou a pandemia. Ou o fato de que minha mãe adoeceu esses dias. Não posso fazer nada em relação a essas coisas. Assim como não posso fazer surgir alguém que eu vá me apaixonar.

A propósito, colocar expectativas em coisas externas é um erro básico, que leva a muito sofrimento. Quem dera a gente pudesse ter essa clareza desde sempre. Eu mesmo ainda me iludo em relação a isso, as vezes.

De modo que estou a uns 2 ou 3 dias em casa, sozinho. Se sai, foi pra comprar alguma coisa e só.

Também vejo com clareza que o hard mode é o caminho. Pois ele tira do conforto e me força ao movimento. Sem dúvidas.

Não dá pra ficar no hard mode sem fazer umas boas flexões! Acho que é disso que estou precisando. E não ficar me masturbando pensando na ex namorada (já perdi as contas em quantas vezes me masturbei pensando nas minhas relações sexuais com ela, a 4 anos atrás).

Percebo que a ânsia por experimentar isso de novo é grande. Talvez seja normal até certo ponto, porque é algo MUITO BOM MESMO. Namorar alguém que a gente gosta? Transar e dormir junto? Ficar assistindo filme e depois transar de novo? Putz, é algo realmente maravilhoso, incrível, sem palavras que possam descrever.

Talvez (e apenas talvez) essa ânsia tenha a ver com o meu histórico.

Hoje eu tava pensando no meu passado, e não foi nada fácil permanecer virgem até os 28 anos, viciado em pornografia até o talo, e passando por muitas situações constrangedoras. Como por exemplo, estar no quarto consumindo porn e começar a ouvir meus colegas de república fazendo sexo. Isso não aconteceu só uma vez, mas muitas. É um baque muito grande na auto estima.

Só Deus sabe o quanto eu me reprimi e me violentei, ao me impedir de vivenciar certas coisas da vida. Isso por fatores psicológicos, os quais até hoje eu ainda não desvendei. Embora essas estruturas tenham afrouxado um pouco, elas ainda existem.

De um certo modo, sexo pra mim é curativo. (sim, isso que eu estou falando é muito sério). Claro que não qualquer sexo (tipo transar com uma usuária de crack por 10 reais). Mas sexo pra mim é sim, curativo. Eu consigo sentir uma liberação monstruosa de energia reprimida ao fazer isso. Senti isso da última vez.

Como diz um amigo: aquilo de que você tem mais medo é o que você mais precisa fazer. Acho que ele está totalmente certo nisso.

O bom é que o tamanho do medo diminui, conforme você se expõe. A segunda exposição vai sentir menos medo que na primeira, e assim segue. Isso é fácil de comprovar.

Apesar de todos os pesares, é um fato de que isso tudo envolvendo sexo tem sido um fator de constante ansiedade pra mim. Ok, é bom, faz falta, tenho traumas com isso, ok. Porém, eu não posso permitir que essa ansiedade atrapalhe a minha vida! Sem dúvidas gasto uma quantidade muito grande de energia nisso. Não quero que as coisas continuem assim. Me empenharei em investigar e entender esses sentimentos e sensações, onde eu estou gravemente iludido, etc.

Melhor remédio que tem pra parar de pensar em mulher ou em sexo é puxar uns pesos e ir malhar. Eis um fato! Está na hora de usar isso a meu favor!

Retomei a leitura de um livro muito valioso, que se chama: Não Temas o Mal.

Quer mudar completamente de vida? Leia esse livro. Porém, não espere facilidades. Ao contrário, o caminho é extremamente árduo, meus amigos.

Só pra vocês terem ideia, o "autor" diz que no plano material, ninguém espera comprar uma mansão pelo preço de um casebre. Isso é fato. Quem vai chegar numa empreendedora de luxo com mil reais? Ninguém, de fato. Porém, no plano espiritual, é muito comum a gente querer as coisas por um preço baixíssimo. As vezes até de graça.

Se trata de um livro do mais elevado valor, porém, extremamente denso, e que requer releituras constantes afim de realmente internalizar aquele conhecimento.

Sinto que o caminho que o livro indica é autêntico, e o seguirei o quanto puder. Espero ter coragem pra me confrontar e jogar luz sobre minhas sombras.

Espero usar todo o meu poder e conhecimento pra me mexer e levar esse barco adiante.

A qualidade do meu reboot caiu de um modo impressionante de 15 dias pra cá.

E a coisa ainda vai pegar mais. A partir do dia 60 minha energia sobe demais. Fico fogo! Ai o reboot complica também. Ou seja, é preciso combater melhor a mente, força-la a meu favor.

Tenho fumado maconha esses dias, e avalio que também não está contribuindo. É importante ter controle dos fatores gerais, pra entender a situação. Faço um uso esporádico da erva, e nem sempre consigo controlar. Pode ser facilmente uma faca de dois gumes.

No mais, se lembrem que A VIDA DE VOCÊS É UM BARCO, E VOCÊS SÃO OS ÚNICOS RESPONSÁVEIS PELO LEME. NINGUÉM MAIS.

Pra quem estiver pensando em cair, DESISTA DESSA IDEIA, PORQUE SÃO 3 SEGUNDOS DE PRAZER E DIAS OU ATÉ SEMANAS DE ARREPENDIMENTO. PROFUNDO.

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24/4/2021, 09:19
Vierkenes, eu vejo que você apenas sente a falta de uma companheira e só.

Seus fantasmas já foram embora, graças a Deus e agora, é apenas o desejo masculino e principalmente humano que todos nós temos, né? Precisamos compartilhar coisas com alguém na intimidade. E em se tratando da relação homem e mulher mais ainda. É uma questão de você conhecer alguém interessante, aliás, essa pessoa, seja ela para namoro ou para ficar, virá no momento certo. O mais importante é que você está tranquilo para ter relações.

Agora, indo para o combate direto, quero falar sobre o fato de você usar maconha. Direto ao ponto, se mantenha limpo. Sei que não é fácil, pois eu mesmo tenho tentado evitar consumir açúcar com muito custo, mas combata isso. Ainda mais para você que está a tantos dias limpo e caminha a passos largos para concluir o Reboot. Vale lembrar também, você já conseguiu anular o consumo de bebidas alcoólicas, ok, isso foi absolutamente excelente e te impulsionou 10 vezes mais. Agora, elimine a maconha. Combata mesmo.

No mais, vejo que você vem controlando muito bem seu Reboot e quando se chega a esse ponto, 90 dias é questão de tempo. Mais uma coisa, tem os exercícios, né? Treinar é ótimo! Pena que estou lesionado e vou ter que ficar uns dias de molho, mas puxe os ferros por mim! rsrsrs.

Grande abraço.

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26/4/2021, 00:50
Caro Mike, suas mensagens sempre me colocam pra cima! Vai ver que é porque eu estou mesmo mais pra cima! De modo que vocês corrigem meu senso de realidade, o que me deixa muito feliz. Como não ficar feliz com suas palavras? Obrigado, companheiro! Me ajuda MUITO MESMO! Em breve irei no seu diário te fortalecer também!

Pretendo responder alguns pontos que você colocou ao longo do post. Vamos lá.

Dia 50 do reboot

É, dia 50. Excelente marca!

Sabem, eu estava aqui pensando em como estou feliz, pois percebo que finalmente atingi um patamar razoável e aceitável de saúde emocional e psicológica.

Cheguei nessa cidade a cerca de 1 ano e meio atrás, e sabem como eu cheguei aqui? Pensando as seguintes coisas: "eu sou um lixo. Eu nem mereço estar vivo. Eu não mereço mulher nenhuma, o que eu mereço é lamber uma garrafa de cerveja e me acabar no porn depois. Eu devia estar morto. Eu não consigo fazer nada, nem varrer um chão, nada. Sou totalmente e absolutamente inútil. Vai ser um alívio pro mundo quando eu me matar. Vou bater 20 punhetas, fumar um beck, beber umas cervejas e me enforcar depois. É isso que vou fazer".

Ou seja, eu cheguei aqui GRAVEMENTE ADOECIDO, do ponto de vista emocional. Incapacitado mesmo, de verdade. Só quem chegou nesse nível, quem experimentou essas coisas, sabe como isso é REALMENTE INCAPACITANTE. E o que é pior, eu já vinha de MUITOS ANOS COM ESSA MENTALIDADE.

Eu vim com 2 objetivos: transar (porque tinha mais de 30 anos, e experiência sexual quase zero, exceto com uma menina com quem namorei por 6 meses) e trabalhar - porque trabalhar é bom, é necessário, porque eu quero ter autonomia e não depender de meus pais, me desenvolver, etc.

Pois é, transar e trabalhar, foi o que eu pensei.

Mas com essa mentalidade adoecida que eu estava, essas duas coisas são 100% impossíveis.

Fui logo atrás de trabalho, mas eu simplesmente saia correndo do estabelecimento pouco tempo depois de entrar. Gaguejava. Me batia um pouco de pânico. Eu olhava pra baixo, mal conseguia olhar no rosto de quem tava na gerência. Como eu ia atender cliente assim? Impossível.

Como eu tinha uma fonte de renda pra ficar aqui sem trabalhar, fiquei um tempo tentando me curar dessas coisas. "me curar, me curar, ficar bem, ficar bem, retornar ao normal, parar de sofrer, porra. Parar de sofrer, recuperar a harmonia, sim, é isso". Eis o que eu pensava.

Passei mais de 6 meses pra começar a desenvolver um trabalho por conta própria. Foi um salto gigantesco. Me fez muito bem. Daí veio a pandemia.

Fazer sexo, só depois de 1 ano e 6 meses aqui. E olha que aqui tem MUITO turista, de todo lugar, de tudo que é tipo. Aqui dá pra transar fácil com gente que tá de passagem, mas como eu era gravemente adoecido, essas coisas estavam fora de cogitação pra mim.

Depois de 1 ano e meio na cidade, praticamente, que eu fui fazer sexo. Isso depois de 4 anos sem transar. E olha que eu ADORO sexo. Pra quem não gosta muito, não faz diferença, mas pra quem gosta, sabe o quanto é torturante passar 4 anos sem tocar absolutamente ninguém.

Transei com uma mulher, apenas uma vez. Senti uma grande liberação de energia, mesmo sendo uma transa absolutamente casual.

Sou extremamente grato a ela, porque com a ajuda dela, eu recuperei o senso de realidade. É como se ela (ou eu mesmo, sei lá), tivesse me dito: "olha, você pode sim fazer sexo, não há problema com isso, nenhum! Sim, você pode! Vamos transar! Me toca, me penetra! Eis a prova!". Mais ou menos isso.

Bom, isso foi só uma introdução ao post, pra situar um pouco meu percurso pra vocês.

Em resumo, estou MUITO FELIZ, POIS SINTO QUE FINALMENTE RECUPEREI MINHA SAÚDE EMOCIONAL E PSICOLÓGICA. AGORA EU CONSIGO TRABALHAR COM ABSOLUTAMENTE QUALQUER COISA, ASSIM COMO CONSIGO PERFEITAMENTE FAZER SEXO COM QUEM QUER QUE SEJA (embora isso ainda seja um pouco difícil pra mim, é verdade, MAS CONSIGO SIM, PERFEITAMENTE).

Claro, o reboot foi A BASE PARA TUDO ISSO. PORQUE SEM O REBOOT, NADA DISSO TERIA SIDO POSSÍVEL.

Se eu estivesse consumindo porn esse tempo todo, com esses problemas que eu tinha, não duvido nada que eu tivesse simplesmente me matado mesmo.

Vejam, o reboot foi a base, mas não a solução. Isso é FUNDAMENTAL. Porque eu digo isso?

Porque apenas o reboot - acabar com o vício em pornografia - não é suficiente para curar feridas tão profundas quanto as que eu tinha. Ou seja, eu poderia até ficar longe do vício, mais certamente iria estar bebendo todos os dias, sangrando. Provavelmente eu ia acabar voltando ao vício. Sei lá. Com esse nível grave de doença emocional, tudo fica impossível, companheiros. Acreditem em mim.

Portanto, um alerta.

QUEM TIVER SÉRIOS PROBLEMAS EMOCIONAIS, PSICOLÓGICOS, FÍSICOS, ETC, VÃO SE TRATAR, PORQUE O REBOOT É OURO, MAS NÃO É A CURA PRA TUDO. GRAVEMENTE ADOECIDO, AS COISAS NÃO VÃO PRA FRENTE. VÃO SE TRATAR!!

Por fim, como diz Einstein (se não me engano): "uma mente que se expandiu jamais retorna pro mesmo ponto de antes". Ou algo do tipo. O que eu conquistei é meu, ninguém tira, jamais vou perder esse conhecimento, que no fundo, é um auto conhecimento.

Agora, responderei o Mike, e ainda pretendo falar algumas coisas sobre como estão meus dias.

Cara, eu tenho outros problemas fora esse, de ter uma parceira.

Minha questão é que muitas vezes, a minha sede de sexo e de relacionamento é devido ao meu histórico (é o que acho, pelo menos). Sabe, eu não vivi isso na "primeira" juventude. Aos 27 anos, por exemplo, eu tava afundando no porn, não ficava com ninguém, nunca. Nunca tinha beijado uma mulher. E ouvia meus colegas transando. Via meus amigos namorando. Todo mundo ficando com alguém de vez em quando, e eu no zero, sempre. Sabe? Até filhos alguns tinham. Foram muitos verões, invernos, outonos e primaveras na total seca. Então, muitas vezes eu sinto como se essa sede tivesse simplesmente se acumulado.

Em resumo, é algo do tipo: agora eu quero viver o que eu não pude viver antes.

Se antes eu não pude transar, agora eu quero transar.

Se antes eu não pude namorar, agora eu quero.

Se antes não pude ter experiências ocasionais, fazer umas "safadezas", etc, agora eu quero fazer essas coisas.

Se antes não pude expressar meu desejo pra alguém que eu era afim ou me sentia atraído, agora eu quero mesmo ser bem cara de pau e dar em cima, chegar chegando.

Apesar do fato de que (prestem atenção nesse ponto), o que eu mais quero não é transar (chegar as vias de fato), mas obter tal domínio de mim mesmo que eu NÃO FIQUE NUNCA MAIS REFÉM DO MEDO. Não sendo refém do medo, eu não tenho o que temer, pois sei que pode rolar, a qualquer hora, a qualquer momento.

Mais importante do que transar é ACABAR COM A ÂNSIA. TOTALMENTE.

Eu quero FICAR TRANQUILO, CONFIANDO NO MEU TACO, SABENDO QUE MINHA ENERGIA ESTÁ CIRCULANDO CORRETAMENTE, SABER QUE EU NÃO VOU HESITAR EM FALAR COM UMA MULHER QUE REALMENTE ME ATRAIA. Deu pra entender?

Eu honestamente, acho que entraria em desespero se o medo voltasse a se manifestar nessas situações sexuais, meus amigos. Vocês não tem noção do que já passei. Porém, essas coisas parecem estar cada vez mais distante. Eu amadureci. Eu recuperei minha auto estima. Minha saúde está de volta. Meu cérebro já entendeu que não há o que temer. Só falta praticar mais, pra chegar com uma pegada boa. Firme. Tranquilo. Etc. E ter mais experiência com mulher também né.

E fundamental, de novo: ACABAR COM A ÂNSIA. Obter uma certa tranquilidade em relação as coisas. Estou precisando muito disso, mas creio que até nesse ponto, estou indo bem.

Agora sobre os últimos dias (ainda falarei sobre a erva adiante).

Como disse, estou me sentindo feliz, pois sinto que empoderei de mim mesmo. Consigo ver minha auto estima novamente. Agora ela está clara.

To me achando bonito, atraente, etc. Show de bola.

Tenho usado o computador muito mais do que eu planejava. Acho isso um ponto negativo, embora não tenha oferecido risco até então.

SOBRIEDADE é uma palavra chave.

Dia desses bebi cerveja, depois bebi de novo no dia seguinte. Meu sinal de alerta ligou. "Bem que um amigo disse, é muito fácil retornar pros velhos hábitos novamente".

Álcool? De jeito nenhum. E como é fácil e rápido retornar, vou ficar mais tempo ainda longe. Só pra garantir. Estou a muito pouco tempo sem beber. Quero ficar firme, bem firme mesmo. Todo cuidado é pouco.

Em relação a erva, ela também afeta a sobriedade, embora de um modo completamente diferente do álcool.

Muito mais difícil pra mim largar a erva do que o álcool. Fora que a erva é muito menos prejudicial pra mim.

Rapaz, eu reconheço que seu conselho é bom e justo. Porém, é muito difícil pra mim. No fundo, eu ainda não estou 100% convicto e firme de que tenho que parar de fumar maconha. Mas reconheço que tem me atrapalhado sim. Não sempre, mas as vezes sim.

Prometo refletir bem sobre esse tema com o máximo de honestidade possível, ok? Adianto que provavelmente você está certo, mas minha mente ainda não conseguiu internalizar totalmente esse fato. Preciso de mais auto conhecimento e mais auto desenvolvimento.

No mais, ainda tem MUITA COISA PRA MUDAR.

Decidi que vou entrar no hard mode, o quanto der.

Eu não quero mais me masturbar pra ex namorada. O que isso vai me trazer? Nada. Fora que a masturbação dá uma baixa na energia. Claro, não é igual ao porn, mas também abaixa a energia. Eu sinto isso.

O hard mode, se levado a sério, é a chave pro sucesso, amigos.

Sei lá, se eu colocar mesmo na cabeça que é hard mode, eu não vou conseguir ficar nessa zona de conforto em que ainda estou, de um certo modo.

Portanto, HARD MODE AQUI! Acho que é a saída pra potencializar meu reboot, ir mais longe.

No mais, pretendo continuar um certo trabalho interno que tenho feito. Psicológico mesmo. To tentando arrumar minha cabeça.

Tenho sentido uma falta enorme de trabalhar. Estou esperando algumas coisas, pra trabalhar por conta própria, timidamente, por causa do pouco movimento. Evidentemente, não conto com emprego de ninguém. Os tempos estão difíceis.

Quero também, em breve, investir em um curso, numa área que já tenho conhecimento. O curso é a segurança que me falta pra trabalhar nisso. Não quero ser um autodidata que oferece seus serviços por ai. Até posso (a lei permite), mas não me sinto seguro. Sei lá.

Fico com a impressão de que poderia estar aproveitando melhor esses tempos. Estou num lugar maravilhoso!

Hoje pensei em visitar minha família, mas além da situação da pandemia lá estar muito pior, temo por minha saúde emocional.

O ambiente familiar foi muito tóxico pra mim. Então, eu realmente tenho um pouco de pânico daquele lugar. Sofri muito ali, sabem? Além disso, minha mãe e meu irmão não estão muito bem. Quase não estão saindo. Eu fico com receio de ser uma experiência densa pra mim. Bom, em algum momento irei visita-los. Só não sei se agora, ou se espero um pouco mais, pra ver se a situação geral melhora.

Dia 50. Dia de fazer mudanças e firmar compromissos.

Muita coisa pela frente.

Vamos que vamos.

Post ficou longo, mas é isso aí. Bom reboot pra todos!

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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

30/4/2021, 12:13
Caro Pilgim, sua mensagem foi, verdadeiramente e autenticamente, da maior valia pra mim. Diria até mesmo que vital. Eu cheguei a ler a outra também, que foi excluída. Recebi a mensagem. Sou extremamente grato pelo seu reconhecimento, você nem sabe o quanto. Foi realmente vital mesmo. Nem tenho como descrever aqui nesse fórum.

Bom, você deve estar lendo essas palavras. Pena que você foi expulso do fórum. Confio nos moderadores, mesmo que eu nunca tenha precisado de uma intervenção deles. Não sei o que você fez, mas se errou, é bom tentar aprender com os erros....

Eles vão ficar se repetindo até a gente aprender. Acho que esse é um mecanismo básico da vida.

Se não aprendeu agora, vai ter outra oportunidade logo mais. Pode anotar o que eu estou dizendo. Vai acontecer de novo, e de novo, e de novo, até o dia que a gente tiver uma reação diferente, até a gente conseguir enxergar de forma clara. O próprio reboot não é isso? A vida também é assim.

Eu também, fico quebrando a cara nos mesmos muros, até hoje. Ainda me falta um bocado mais de sofrimento, até que eu possa romper esses muros e parar de sofrer pelos mesmos motivos. Estou aqui sangrando. Me lamentando porque cometi o mesmo erro pela milionésima vez. Bom, vamos que vamos.

Sorte no seu caminho! Mesmo que fora do fórum! Sei que você continuara lutando contra o vício, pois é nossa única possibilidade.

Dia 54 do reboot

Os últimos dias foram terríveis, de grandes provações, muitos erros, um pouco de auto destruição, etc. Porém, estou firme no reboot.

Tudo começou quando eu estava trabalhando com mais duas pessoas. Até aí, tirando o fato de que eu tava me sentindo meio fraco e não estava rendendo tanto no trabalho, tudo certo. Não estava com energia, mas estava fazendo o que tinha que ser feito. Sem problemas. É normal render mais uns dias, menos nos outros. Nem sempre a gente dorme bem e acorda disposto, não é?

Pois bem, eu tinha reparado em uma mulher muito bonita, que estava do outro lado da rua. Ela olhava direto pra gente. Achei que devia conhecer alguém ali - não eu, kkk, mas outra pessoa. Em um breve intervalo, um dos meus colegas de trabalho atravessou a rua e foi lá falar com ela. Se beijaram. Se agarraram. Se tocaram. Ele se enganchou nos braços dela. Se encheram de carinho. E mais beijo na boca.

Sabem, eu tive a reação emocional e psicológica de passar mal. Sim, eu passei mal. O mesmo cara que muitas vezes fazia carinho nos cachorros de rua, chorando, porque não tinha isso de absolutamente ninguém. Carinho e contato físico, só dos cachorros. De gente mesmo, quase zero.

É sério, eu passei mal. Sabem, foi uma reação forte. Muito difícil pensar de forma racional quando somos confrontados com algo que nos machuca, com algo que nos remete a algum trauma ou situação, etc.

Pois bem, fumei um cigarro, depois tentei respirar fundo. Desviei completamente o olhar deles, não olhava pra eles pra nada. E pensava "foca no trabalho, foca no trabalho, esquece todo o resto".

Aí pouco tempo depois chega outra mulher, que eu descubro ser a ficante do meu outro colega de trabalho. Também foi dar um tempo com ela na ponte, ficar "tranquilo" com ela. Carinho. Beijo na boca. Etc. Dois casais lá do outro lado da ponte.

Aí ferrou caras. Meu estado piorou ainda mais.

Eu estava no meio do trabalho, ajudando um pessoal, mas eu senti minha energia ser completamente drenada, meus músculos ficarem fracos, e eu perdi 100% da vontade de estar ali trabalhando. Pensei, "porra, vou embora, vai se foder o pagamento, não vou ficar aqui e foda-se". Claro, eu sabia que essa era a voz da resistência. Que eu tinha sim, a força pra terminar o que tava fazendo. Mas rapidamente, minha auto estima foi abalada. Pensamentos clássicos vieram na cabeça. Sabem, eu acabei terminando o serviço, mas completamente meia boca. As pessoas que estavam lá perceberam isso. Que eu estava praticamente de má vontade. Eu basicamente tentei fingir que eu estava ali disponível e disposto pra alguma coisa, mas na verdade não estava. Só fingi que estava ajudando, e acabou que deu tudo certo. Recebi uma grana (pouca coisa, porque foi só uma ajuda mesmo) e pronto.

Fui embora, mas eu já estava abalado. Não estava o mesmo. Estava pior, sabem?

Depois, envolto em uma enorme ânsia, ferido de morte (por algumas questões pessoais), fui pra casa de um amigo.

Gosto desse amigo, mas eu já vinha percebendo que a casa dele carrega uma energia muito forte de vício.

Fumamos um beck, e de repente eu me peguei pensando: "putz, sabe, não é que seja errado fumar um beck, tem a sua hora, mas esse esquema da casa dele não é nada bom. Parece com quando eu entrei na universidade, que todo mundo se juntava o tempo todo na casa de alguém só pra ficar chapado, com maconha a vontade, com várias pessoas chegando só pra fumar. Porra. Isso é esquema de moleque, sei lá. Porque eu to nessa? Isso tem pouco sentido, na atual fase em que eu me encontro".

Sim, foi isso que eu pensei. Mas ai conclui que eu estava numa ânsia absurda - faz algum tempo que me sinto assim! Um estado de instabilidade psíquica mesmo. Eu estava tenso. Com a auto estima baixa - é, sabem como foi meu passado, as vezes os pensamentos voltam.

Fumei vários becks, e me deparei com a verdade óbvia e evidente que o Mike falou, e a qual eu ainda tento negar.

Cairão, meus amigos, essas barreiras. Cada coisa a seu tempo. Estou vendo elas, não estou cego. Pelo menos isso.

Voltei pra casa, nesse mesmo estado de ânsia. Pensamentos repetitivos. Ilusão de que preciso de algo externo. Falta mortífera de toque e intimidade. Incapacidade de mobilizar minhas energias pra ir malhar. Etc.

No dia seguinte, sai de casa a noite, nesse mesmo estado. Acabei encontrando uns amigos, incluindo a menina com quem transei pela última vez. Ela me ofereceu cerveja, e eu não resisti. Vou falar mais sobre o álcool.

Conversei um bocado com essa menina. Gosto de estar com ela, de conversar com ela. Mas desencanei completamente dela. Acho isso bom, de um certo modo, pois não fico naquela expectativa, sabem? Estou sem expectativas em relação a ela. Admito também que não cheguei a ser direto com ela - chamar ela pra cá pra casa, ou pra qualquer outro lugar, deixando implícito ou até explícito mesmo, que quero transar com ela de novo. Bom, não pensei nisso. Não estou pensando nela. O que não quer dizer que não possa acontecer de novo. Se for sem ansiedade e sem expectativa, é até melhor!

Tudo ocorreu bem, eu bebi umas cervejas em boa companhia e fui pra casa.

Ai eu entrei em um loop de álcool e maconha. Pois é. Eu que fiquei sem beber por mais ou menos 1 mês.

Eu tava me sentindo MUITO BEM SEM ÁLCOOL. E sim, VOU PARAR DE BEBER, SIM, PORQUE EU NÃO QUERO ISSO PRA MIM.

Sabem, eu peguei um pouco do jeito. Eu consigo ficar sem beber. É só retornar pro foco que eu estava a um tempo atrás. Eu consigo, perfeitamente,

O pior foi um outro dia, em que cometi um erro simplesmente fatal.

Fraquejei contra mim mesmo, em todos os sentidos possíveis. E acabei caindo em um vício psicológico brutal, que me faz um mal INCALCULAVEL. Sério mesmo.

Minha auto estima despencou a níveis baixíssimos. Eu fiquei como se tivesse acabado de ter várias recaídas. Me sentindo um lixo. Um merda, etc.

Foi instrutivo, pois quando estava "no ato" (que eu não quero falar aqui o que é), eu sabia que aquilo iria me custar muito caro. Mas já era, né. Fazer o que? Arcar com as consequências e seguir em frente.

Prometi a mim mesmo em outro momento me ater de forma detalhada a esse vício psicológico, afim de não repeti-lo mais.

Isso é muito difícil pra mim, pois envolve o contato com uma parte de mim mesmo que não é boa. Envolve eu ver as minhas fraquezas, minhas mentiras, o quanto eu sou vulnerável, infantil, imaturo, etc. É difícil mesmo! Porém, é o caminho da verdade. É o único jeito deu não cometer o mesmo erro de novo. Olhar de frente pra essas coisas. Com medo, com nojo, com tudo. Mas tem que olhar.

Acabei indo parar numa reunião pela parte da noite, mas minha auto estima estava um lixo. Comparável aos dias de queda em porn.

Senti um pouco todos aqueles sintomas, de quando caímos repetidamente no vício.

Auto estima muito baixa.
Me desculpando por tudo.
Achando que sou um inútil.
Que minha presença não é querida.
Que todo mundo tá apontando pra mim, reparando em mim.

Etc.

São coisas passageiras, devido a um erro que eu cometi. Se eu não cometer esses mesmos erros, isso não vai acontecer de novo.

Enchi a cara. Fiquei muito chapado. Etc.

E aqui estou.

Mesmo tendo bebido e tudo o mais, acordei firmemente disposto a varrer completamente esse espírito derrotista, e seguir em frente no meu reboot.

Me desenvolver ao máximo.

Estamos tendo uma nova oportunidade, hein amigos.

Hoje eu sonhei que estava consumindo pornografia. Eu lembro que era um vídeo que eu gostava muito, na época. Porém, depois que acordei, a lembrança se desvaneceu completamente da minha cabeça.

Mais algumas coisas.

Sinto que o risco maior de cair não está tão presente, graças aos 54 dias.

Ou seja, meu controle sobre o vício está aumentando. Meu controle sobre minhas escolhas.

O negócio é tomar cuidado com os gatilhos.

Algo que me ajuda muito é SEMPRE desligar completamente o computador e todos os dispositivos, sempre que sinto que o perigo está rondando de longe. Eu desligo TUDO NA HORA, SEM CHORO. Isso tem o poder de varrer completamente qualquer coisa relacionada a P.

Bom, no mais...

Meu reboot claramente caiu de qualidade, entre o dia 30 e o dia 50.

Eu tive uma instabilidade emocional considerável nos últimos 4 dias.

Bebi algumas vezes, o que NÃO FAZ PARTE DOS MEUS PLANOS. Quero muito, e preciso permanecer mais um tempo sem beber. Eu tinha esquecido quem eu era sem beber, sabem? E eu estava gostando do que eu estava descobrindo. Portanto, ficar mais sem beber. Sinto que isso é muito importante pra mim no momento.

Continuar no hard mode, sem me masturbar pra ex namorada - a única mulher que tenho pra me masturbar, praticamente.

Analisar a fundo o motivo da minha ânsia em relação a contato e a toque. Tem que acabar com essa ânsia, pois ela está se mostrando tóxica e destrutiva pra mim. Não dá. Está me causando um grande tormento emocional e mental.

Retornar o mais rápido possível pros remédios que vão me trazer bem estar emocional.

Continuar correndo atrás dos meus meios de trabalhar por conta própria. As coisas ainda não estão prontas, mas é correr atrás para que fiquem.

Bom, não estou no melhor dos momentos, mas estou aqui com 54 dias.

Rumo aos 90. Me darei isso de presente.

Vamos que vamos.

Bom reboot pra todos, e obrigado pela ajuda valiosa de quem acompanha.

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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

30/4/2021, 20:46
Gande Vierkenes, saudações.

Imagino como deve se sentir a respeito desses traumas. Conheço muito essa questão de as lembranças virem à tona. Sei que será forte para esquecer tudo isso.

Também torço para que supere o álcool. Deve ser outro desafio homérico, porém não impossível. Tenho um primo de 35 anos que passou mais da metade da vida alcoólatra e, pelo que imagino, também viciado em pornografia. Há pouco tempo só vivia caído pelas calçadas bêbado e perturbando a todos. Hoje está em um notável processo de transformação, sendo admirado por todos próximos a ele, tendo parado de beber, de se entregar a outros vícios, de modo que todos consideram inacreditável sua mudança. Sim, é possível.

Quanto ao erro que preferiu não detalhar (e não lhe tiro a razão), de fato é destruidor quando percebemos a encrenca na qual nos colocamos quando não somos, por consequência de anos de maus hábitos, capazes de ter domínio sobre nossas atitudes. Meus votos por sua força. E sabia que eu também tinha a mania de me desculpar por tudo? Sem dúvida um dos piores sinais de baixa autoestima, de brio arruinado. Que você possa superar isso.

Sobre essa ânsia relacionada a contato e toque, acredito eu, tanto quanto posso discorrer acerca do assunto, que deve ser ainda alguma ressaca da frustração sexual sobre a qual você sempre comentava. Imagino porque já vivi situações parecidas, as quais hoje estão mais sob controle. E fique você sabendo que consegui tal controle a partir daquela minha filosofia sobre a irrealidade da esmagadora maioria, senão da totalidade, das situações que imaginamos com relação a sexo. Não passam, e o nome é autoexplicativo, de fantasias. Pelo menos a meu respeito, ter as certezas de que, levando em consideração nossas mentes de viciado, não podemos conceber mentalmente questões de contato físico como elas realmente são e de que aquilo com que sonhamos jamais será sensorialmente vivido sequer pelos maiores garanhões do mundo me coloca muito mais tranquilo em termos psíquicos.

Receba toda minha torcida e meu abraço, meu caro.

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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

2/5/2021, 02:17
Caro Justiceiro, mais uma vez obrigado por seus sábios conselhos! Hei de levar em consideração, até onde for cabível, com certeza. De resto, falarei mais no post a seguir. Sucesso!

Indo pro dia 60

Estou muito mal. Talvez no pior momento, nesses 60 dias.

Vejam, estava a pouco falando com um amigo sobre realidade. E crença. Ele acha que a crença é tudo. Eu concordo pela metade, pois acho que muitas vezes nossas crenças são equivocadas.

Não tenho dúvida sobre o poder criador de nossas mentes. Podemos, literalmente, acreditar no que a gente quiser. E isso vai desde um punheteiro fracassado e virgem, até um cara bem sucedido, livre do porn e com uma linda namorada.

Lógico que na prática as coisas são mais complexas. Nada acontece rapidamente. Ainda mais quando estamos falando de padrões de década, como é o vício em porn. Mas acredito sim, nesse princípio.

Leva muito tempo para a parte racional (eu aqui falando com vocês) ser absorvida pela parte emocional e inconsciente.

Eu saber que tenho que parar de assistir porn e me planejar pra isso é uma coisa, parar efetivamente e chegar aos 90 dias é outra coisa.

Acho que o processo de cura é longo e complexo. Claro. Precisamos que todo esse conhecimento e prática chegue na profundidade de nosso ser, pra que as coisas fiquem mais ou menos certas. E nisso são muitas crenças que temos que derrubar. Fomos roubados de nossas forças, devido a nossa ignorância e egoísmo.

Porém, agora estamos esclarecidos. Temos o fórum e o Reboot. Quanto maior a consciência, maior a responsabilidade. Sim, sem dúvidas.

Vejam, estou bêbado e chapado.

Ontem, achei que estava muito perdido. Muito desconectado de mim mesmo. Cheguei a conclusão de que preciso urgente me recolher. Ficar uns dias sem usar NADA. Só refletindo.

Também estive em aglomerações. Condulta a qual discordo, e só estou nessa por algum senso de auto destruição, de muita falta de amor próprio.

Sobre mulher, nem falo. Apesar de sempre falar disso, no fundo acho que é algo ilusório, fruto de ansiedade e especulação mental. Já explico.

Diz Jesus: ame ao próximo como ama a você mesmo.

Mas e quando não nos amamos? Ou pior, quando temos ódio de nós mesmos?

Sabem, quem se relaciona com alguém assim até transa (e sabe-se lá como), mas tenham a certeza de que os danos serão brutais.

No mais, se as vezes - especialmente nos momentos pessimistas - parece que eu só quero transar, tenho a dizer que a coisa não é bem por aí.

Eu quero me sentir bem comigo mesmo, sem porn, sem álcool, sem me sentir ansioso em casa. É isso.

O resto é secundário.

Não estou ficando com ninguém, porém também não estou usando minhas forças produtivas como deveria.

Se eu estivesse produzindo efetivamente - colocando minha energia em algo - minha frustração iria cair uns 90%. No entanto, me encontro parado.

Outra coisa.

Temos que parar com essa noção de que exclusivamente nós sofremos. Isso é egoísmo puro.

O jardim do outro sempre parece mais verde. Pura ilusão, kkkk. Não mesmo! Eu mesmo, que tenho comigo minha frustração sexual, tenho uma tendência a achar que quem tá transando tá bem. Triste ilusão! Como vou saber a cruz que o outro carrega? Impossível. Esqueçam o jardim do outro. Ali na hora pode tudo estar muito gostoso, mas e depois? Impossível saber.

Leva tempo pra gente entender essas coisas. Mas acredito mesmo nisso tudo.

No mais, estou no caminho da perdição. Na fuga de mim mesmo.

Porque isso tudo de Reboot no fim se resume ao auto conhecimento, irmãos. É o que estava escrito em um templo grego. "Conhece-te a ti mesmo".

Bom amigos, fora viagens de um rebooter chapado, eis a coisa em termos práticos.

1 - intensa desarmonia interna
2 - problemas emocionais que eu já sofria antes, e que o Reboot sozinho não vai resolver
3 - ilusões mentais profundas, pouca clareza sobre pontos fundamentais
4 - recaídas frequentes com álcool, o que é o alerta

Bom, também batalho contra o rei álcool. E a rainha da fumaça, a cannabis sativa. A erva é mais amigável pra mim do que o álcool..

Álcool, sem chance.

Complicado vai ser retornar ao meu estado lá pro dia 30 dessa tentativa. 30 dias em hard mode. Zero álcool.

E agora 26 dias depois, tudo destrambelhou. Estou aqui, chapado e mal.

Acredito que é preciso ter as motivações certas. A motivação precisa ser claramente definida. Precisa ter nome e sobrenome.

No meu caso, as vezes me motivo pelas coisas erradas. É importante esclarecer isso.

Fiquem atentos também a distorção das coisas causadas por nossas mentes. Frequentemente, isso se manifesta de modo poderoso.

No mais amigos, toco o barco adiante.

Aos 90 dias eu vou chegar. Não sei como nem em que condições, mas vou chegar.

Admito estar em zona de risco. De recaída em porn. E de pegar covid.

Importante é OLHAR PRA FRENTE.

Se vou morrer ou não, entrego nas mãos de Deus. São coisas que não me cabem.

Amanhã terei, generosamente, outro dia. Pra corrigir o que não pude corrigiu hoje. Pra passar mais um dia sem porn. Todos teremos, esse dia de hoje.

Fundamental se perdoar, amigos. Sem o perdão pelo passado sombrio, a luz do futuro não vai se manifestar. Ficará ofuscada.

Fiquem com Deus e em paz com vocês mesmos.

Bom reboot pra vocês.

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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

3/5/2021, 22:48
Vierkenes, quanto ao Reboot, você está impecável.

Já a respeito do álcool e maconha, bom, acredito que você já deva saber minha opinião. Pensei que já tivesse superado 100% essa questão das bebidas. O trabalho é realmente intenso, mas conforme você for eliminando cada uma, mesmo que aos poucos, sua vida vai continuar se potencializando. Eu sei que não estou na sua pele, imagino que seja difícil, mas lute muito pra romper com essas coisas, pois desde que comecei a acompanhar seu diário, essa trinca porn-álcool-maconha me preocupa.

Mas sabe, indo agora para outra questão, eu consigo ter real empatia com você no que diz respeito às relações sexuais. Posso ter tido várias experiências com garotas de programa, mas é o mesmo que nada, pois nunca saberei se houve alguma que realmente sentisse desejo por mim, mesmo que tenha sido pelo menos uma em cem (muito longe de ter tido tantas experiências assim, foi apenas um exemplo). Nada substitui um contato REAL, com desejos REAIS e troca mútua de energia sexual (positiva é claro).Também anseio e busco por experiências mais significativas nesse sentido, por momentos marcantes, mesmo que sejam apenas ''casuais''; porém, precisam ser marcantes de alguma forma e, acima de tudo, com DESEJO e mútuo consenso.

Sabe de uma coisa? Eu estou sentindo uma certa carência e muita vontade de liberar minha energia sexual. Mas tenho me forçado a sair de casa para conhecer mulheres, mesmo que eu tome alguns ''nãos'', é melhor do que voltar para porn e isso eu realmente não quero mais. Eu estou tentando fazer esse contato com elas algo natural no meu dia a dia. Tente também. Acredito que possa ajudar.

E é isso. 60 dias? Reboot sob total controle. Além do mais, se eu fosse lhe dizer algo que posssa te motivar, seria basicamente:

- Abordar mulheres, conversar
- Combater o álcool e maconha

Bons combates!

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1° - 55 dias [ ]
2° - 30 dias [ ]
3° - 15 dias [ ]

'''Portanto, não recue agora. Conserte às coisas para você ou se arrependerá por não tê-lo feito.''
- Apollo Creed
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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

10/5/2021, 10:45
Eaí vierkenes, como vai? Estou interessado no desenvolvimento do seu reboot, se puder fazer uma postagem pra atualizar... porque sinceramente acho seu diário um dos melhores do fórum, é muito introspectivo e consigo relatar. Abraços.
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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

12/5/2021, 03:40
Caro Mike...em relação as drogas, eu não tenho nada a dizer, a não ser que você está 100% certo. Realmente, não tenho nada a tirar ou a por em relação ao que você escreveu. É exatamente isso.

Como vocês (devem) saber, as coisas são um processo....

As vezes vem um colega ou parceiro dar um toque na gente. abrir nossos olhos. Cabe a nós ouvir ou não o conselho.

Eu ouvi o que você falou, amigo. Estou ciente, tenha a certeza disso.

Mas as coisas realmente são um processo. As coisas levam tempo. O próprio reboot é a prova disso.

Não esquecerei desses conselhos.

No que diz respeito a experiências sexuais, apesar das diferenças de nossas experiências, eu consigo entender o que você falou. Claro, não transei com muitas mulheres, mas consigo levemente imaginar o que é uma experiência furtiva, sem desejo, mas com algum prazer.

No fundo, deve ser bem vazio. As vezes, transar com uma GP deve ser como tomar umas cervejas em um bar (mera especulação, porque nunca transei com uma GP).

A não ser que você queira realmente apenas uma gozada (aí ta tudo certo, porque está tendo o que está buscando!!), as coisas complicam. E por mais que o cara goze um monte com GP, em um momento ele acaba sentindo falta de uma experiência de INTIMIDADE.

Concordo com você que nada substitui esse contato com desejo mútuo. Mesmo que seja casual.

Dormir junto então, nem se fala, amigo! MUITO FORTE (pra mim, ao menos). Eu não dormiria junto e agarrado a alguém que eu transo só por transar. Só durmo junto se for alguém que eu tenha realmente interesse.

Eu particularmente acho que NADA te impede disso, Mike. Você parece ser um cara bacana. Sei lá. Recomendo que busque relaxar, que se jogue em relação a esse lance de mulheres. As vezes a coisa vem de onde você menos espera. E quando você menos espera. Sei que parece difícil....mas o jeito é aguardar o momento certo das coisas.

Sem dúvidas que é dez mil vezes melhor tomar um não do que voltar pro porn, meu amigo!

O que não pode é ficar calado e não falar nada! Pelo menos foi uma tentativa! E se não deu certo agora, dará numa próxima (sem dúvidas nenhuma!).

Importante que a auto estima esteja em dia. Se não, as coisas ficam realmente complicadas...

FOQUE EM VOCÊ, O RESTO É CONSEQUÊNCIA. JAMAIS FOQUE NO QUE É EXTERNO A VOCÊ, OU NO QUE ESTÁ FORA DO SEU CONTROLE / ALCANCE (isso é um erro fatal!!). É o que tenho a dizer.

Obrigado pela presença aqui. Sempre fortalecendo!

Dead, obrigado pela presença aqui!

Eis uma atualização....

Dia 66 do reboot

Caros, eu tinha feito um post super bacana, super bonito e tudo o mais. Porém, perdi o post, porque estava no celular. Hoje estou em outro momento, completamente diferente. O que é uma pena, porque tinha escrito coisas realmente relevantes....

Como estou sem internet, acabei não postando...mas vou tentar resgatar de cabeça algumas coisas. Embora eu esteja em outro momento, agora mesmo. Não estou como a uns dias atrás.

Começo dizendo que estou bêbado e chapado....

Estava na casa de um amigo que fabrica licor. Dai acabei bebendo uns gorós. Experimentando. E terminei bêbado. Mas isso não deve interferir no que tenho a dizer hoje. Talvez interfira no dia seguinte, kkkk. Mas vamos lá.

Primeiramente, fissura ZERO! GRAÇAS A DEUS!

Percebo que não consegui chegar no nível em que estava até o dia 30.

Eu fiquei os primeiros 30 dias desse tentativa em HARD MODE!

Eu estava FOCADO EM MUDAR DE VIDA E DE HÁBITOS.

Não que eu ainda não esteja, mas eu estava com um gás muito grande, e que não se manifestou mais nesses dias posteriores.

Quero que a coisa seja SÉRIA! DEFINITIVA! Não quero ficar recaindo em velhos hábitos, ficar sempre bêbado e chapado, e correr o risco de recair em porn.

Porque nunca se sabe, não é? Temos que nos cuidar para muito além dos 90 dias, irmãos.

A vida tem muitas surpresas.

Não quero recair em porn com o primeiro "baque" que a vida me der.

Minha meta é 180 dias. Aí vou escrever minha história de sucesso. Quero que esse lance de porn seja apenas um vestígio. Um lugar do passado de onde tirarei apenas SABEDORIA e APREDIZADO. Nada a mais do que isso.

No mais, acho que estou muito mais ou menos.

Reboot anda bem, graças a Deus. Mas as vezes me sinto um pouco agoniado, ao perceber que eu poderia estar MUITO ALÉM nesse processo.

Eis algumas coisas que eu tinha escrito a uns dias atrás (vai servir pra alguém).

Se você está trabalhando a anos (no reboot) e não está colhendo resultados, É PORQUE ESTÁ TRABALHANDO DO MODO ERRADO!

Lógico, somos compulsivos. Porém, o quanto antes a gente perceber que não vamos conseguir abrir uma garrafa de vinho com uma colher, melhor.

Ao invés de arrebentar 10 colheres por dia na garrafa de vinho e ainda ficar revoltado e com ódio porque não está dando certo, convém parar e olhar bem para a garrafa e ao redor.

As vezes o abridor tá bem ali do lado...

Então, recomendo pra quem tá no inferno do vício que PARE, E PENSE UM POUCO! - ao invés de esbravejar, se lamentar, esmurrar a parede ou abrir uma aba com porn no computador.

PARE E PENSE. REFLITA.

É simples assim, meus amigos. Hoje vou de poucas palavras.

No mais, me sinto tranquilo no geral.

Ânsia diminuiu bastante, mas ainda se manifestas as vezes.

ZERO pensamento sobre sexo ou coisas relacionadas.

Devo estar numa flatline. Acho que estou a uns 10 dias sem me masturbar, aproximadamente.

Tenho conversado bastante com a última mulher com quem transei. Mas sem ânsia, nem expectativa, vejam bem. Isso é fundamental. Eu trato ela como AMIGA - embora eu realmente ficasse mais com, ela, porque gosto DEMAIS dessa mulher.

Conversar com ela sem ânsias nem expectativas já é um grande passo. Acho que ela confia em mim. Ela se abre comigo. E mesmo que eu não esteja ficando com ela - nem tenha essa expectativa - acho que o fato de ter uma amizade feminina assim é muito positivo. Amizade a qual eu já fiz sexo, vejam bem. E a quem nada impede que aconteça de novo. Ela querendo, eu topo! Ela não querendo, eu fico igualmente tranquilo. Pra mim não muda nada. O quanto eu gosto dela, vou continuar gostando, mesmo que ela apareça com um namorado amanhã! De modo que considero essa interação muito positiva. Eu posso até pedir conselhos femininos pra ela, kkkk!. Ela me daria numa boa. E se um dia me bater um tesão muito forte nela, eu também falo numa boa. Coisa que só se conquista com intimidade. Sem constrangimento nenhum, tudo numa boa mesmo. Na maior tranquilidade, e sem clima estranho nem nada do tipo. Enfim, é uma interação realmente muito positiva pra mim.

Mas, por incrível que pareça, não estou ligando pra isso no momento.

Passei a andar com camisinha (sim!). Eu, que aos 28 anos, recusava camisinha, dizendo que não usava nunca.

Hoje eu ando com uma na mochila, hehe. Nunca se sabe quando pode acontecer. Acho que é uma mudança positiva de mentalidade.

No mais, ainda não estou satisfeito com meu reboot.

Infelizmente, tenho tido recaídas com álcool.

Porra, eu fico MUITO MELHOR SEM ÁLCOOL, NEM SE COMPARA!!! BEM MELHOR MESMO!!!

Eis meus desafios.

Quanto ao vício em porn, acho que está tudo sob controle mesmo.

O lance é aproveitar essa meta de 90 dias pra corrigir o que falta.

Quero um reboot pra sempre!

É o que tenho pra hoje.

Bom reboot pra todos.

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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

12/5/2021, 14:59
Fala, vierkenes. Muito bom ficar sabendo de você meu caro. Me encontro embriagado só porque recai com 9 dias agora. Se puder dar uma força no meu diário, dicas que você usou no começo dessa streak que vem tendo, eu agradeceria. Me encontro totalmente embobado e fraco por ter recaído em pmo e me embriagado. Que diferença de apenas 9 dias em pmo. Espero que isso te ajude a perceber que se recair agora vai perder tudo que começou. A luta contra um vício é injusta dessa forma, uma falha e estamos de volta pro começo, mesmo que não conseguimos aceitar isso, é a verdade do que ocorre. Enfim, continuarei acompanhando, só o tempo pra nos curar. Tem horas que a insistência contra isso aqui parece nem ajudar, mas se render, não dá. Abraços.
Aliócha
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Aliocha - DIário Empty Re: Aliocha - DIário

13/5/2021, 18:45
Caro, li seu diário e gostei de sua energia, porém não postei nada. O farei em breve.

Sobre o que você falou, há um erro ai.

De modo nenhum uma queda significa uma volta ao começo.

O cérebro registra cada período limpo. 9 dias longe de porn é valioso. É aprendizado. E nunca uma queda vai tirar seu aprendizado. No máximo, indicar que tal aprendizado ainda não está firme o suficiente para metas maiores.

Não se trata de 67 dias de reboot, mas de 4 anos de fórum! Percebe a diferença?

Vamos a mais um post, direto de um smartphone.

Dia 67 do reboot

Não estou nada satisfeito com meu processo, mesmo com essa marca. E embora eu tenha feito conquistas muito importantes.

Ainda me encontro consideravelmente estagnado, em especial no que diz respeito ao corpo e as forças criativas. Isso pra não falar na questão sexual.

Felizmente, minha ânsia em relação a sexo vem diminuindo. O que é muito bom, pois estava me tirando muita energia. No entanto, a frustração sexual ainda persiste, pelo simples fato de que o número de relações sexuais ou parceiras que tive nunca corresponderam ao meu desejo. É, eu aos 20 anos tava louco pra transar, mas isso só foi acontecer aos 28. Não foi fácil, sabem.

Ontem estive com um amigo, e esse cara "catou" todas as mulheres do meu círculo. Digamos que em um período de 15 dias, ele transou com 5 mulheres diferentes.

Sabem, é um cara bacana e ok. Felizmente, não tem aquele comportamento babaca de ficar contando vantagem e se gabando de suas experiências. Ainda bem, porque senão eu nem andava com ele.

Sabem, o fato é que eu fiquei com inveja do cara. Algo como: "essa mina que ele tá pegando é bonitinha. Eu devia estar transando um pouco também".

É, o cara tem o jeito. Eu tenho pouco. Sei lá.

Sabem, apesar de ainda considerar que faço pouco sexo (ou seja, eu precisaria de mais regularidade pra me sentir bem), eu consegui reverter antigos padrões, muito graves.

Até os 28 anos, eu achava que era algo impossível pra mim.

Hoje eu vejo que eu posso sim, conseguir uma parceira. E estou em busca de possíveis indícios de bloqueio. Por que, me perdoem a expressão, mas vai tomar no cu porra de bloqueio sexual. Farei o possível e o impossível pra acabar definitivamente com essa porra, essa chaga na minha vida.

Quem acompanha meu diário sabe o quanto eu já sofri por isso.

No mais, hoje retomei uns exercícios de escrita. Eles são fundamentais, pois percebo que é algo que, se feito regularmente, acelera meu desenvolvimento de forma absurda! É tiro e queda, simplesmente! Então continuarei nesses exercícios, pra decolar de vez.

Percebo também que estou absurdamente estagnado em meus planos.

Não tenho aproveitado algumas coisas como deveria. Nunca mais fui tomar sol no rio, por exemplo.

Muitas vezes me vejo perdido em pequenas miudezas cotidianas, sem de fato nada fazer de muito útil...

Também obtive vitórias psicológicas importantes. Tem a ver com meus pais. Não quero entrar nesses detalhes aqui, mas poderia recomendar a vocês para que tentem aceita-los como são. Não adianta ficar tentando empurrar algo quadrado em um buraco circular, nem esmurrar ou esbravejar por causa disso.

A gente tem que aceitar as coisas como elas são. As que estão fora do nosso alcance, acima de tudo.

Hoje eu liguei o torrent pra baixar uma série que gosto muito.

O torrent, pra mim, é um gatilho. Pois como se sabe, é um meio muito fácil de baixar qualquer coisa, incluindo P.

Devia ter anos que eu não usava um torrent. Pensei em não baixar a série, simplesmente pra não abrir uma excessão pra esse programa. Porém, queria muito ver. Baixei e excluí o programa, sem deixar vestígio.

Também tenho me sentido um pouco perdido na vida.

Não tenho feito e praticado as coisas que me fazem bem. O que é evidentemente, um erro. Sao justamente essas coisas que dão sentido as nossas vidas, afinal.

Em resumo, estou me sentindo frustrado porque não estou conseguindo agir em direção aos meus planos. É como se eu estivesse num pause.

Também tenho sentido uma forte necessidade de meditar. Embora não só não esteja meditando, como até o contrário. Destraido demais. Um pouco afastado das coisas que realmente importam.

Quero, como falei antes, voltar a parar de beber.

Fiquei 1 mês sem beber, me senti muito bem mesmo. Mas aí voltei e pronto. Porra. É muito melhor dar mais um tempo de álcool. É o que sinto. E para lá vou caminhar.

Fico por aqui hoje.

Bom reboot pra todos.

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