Diário da minha vitória

Drew escreveu:As duas quedas de ontem foram, de longe, as que me deixaram pior nas últimas semanas. Mesmo longe da P, há praticamente 32 dias, ainda me sinto horrível pelas quedas sucessivas em MO.

Estou um pouco gripado, ontem entre dificuldade de dormir, espirros e nariz entupido, sem poder desligar o ventilador pois o calor seria mais insuportável, cai duas vezes na MO, o que me deixou pior ainda. Poucas coisas são piores do que ficar na cama à noite sem dormir e sentindo as piores sensações físicas e emocionais, enquanto pensamentos te sugerem que você é um bosta e seu vício em MO continua te convidando a cavar mais fundo no poço.

Este é um daqueles momentos em que eu só queria sair de mim, ir para bem longe desse eu viciado, a sensação de detestar a própria existência é sufocante, pois não fugiremos do fato de que existimos. Eu queria uma pílula mágica que tirasse esse vício maldito do meu cérebro, junto com todas as frustrações, complexos de inferioridade, experiências traumáticas, sugestões da mente sobre o que eu poderia ter feito no passado, todo o pacote de coisas que me deixa com cada vez menos vontade de continuar existindo.

Agora a sensação de começar de novo, cada passo mais uma vez, tendo voltado a estaca zero e voltar a caminhar do inicio. Eu só queria me transportar para daqui 1 mês, ou 2 meses aonde eu não tivesse caído nenhuma vez e tudo isso fosse amenizado.

Me resta lutar tudo de novo, dia após dia, enfrentando pela milésima vez todas as vontades, dores, frustrações, pensamentos de derrota que acompanham essa minha vida de merda. Para, muito provavelmente, como já aconteceu trocentas vezes, chegar lá na frente e começar tudo de novo.

Eu não sei até quando eu vou aguentar, eu não sei até quando terei fé, em mim mesmo ou em algo superior, eu não sei se um dia vou ter coragem de acabar com meu sofrimento neste mundo, ao menos a crença de que um sofrimento maior me espera no outro mundo se eu tentar encerrar meu sofrimento neste, me mantem vivo.

Abraços.

Drew escreveu:As duas quedas de ontem foram, de longe, as que me deixaram pior nas últimas semanas. Mesmo longe da P, há praticamente 32 dias, ainda me sinto horrível pelas quedas sucessivas em MO.

Estou um pouco gripado, ontem entre dificuldade de dormir, espirros e nariz entupido, sem poder desligar o ventilador pois o calor seria mais insuportável, cai duas vezes na MO, o que me deixou pior ainda. Poucas coisas são piores do que ficar na cama à noite sem dormir e sentindo as piores sensações físicas e emocionais, enquanto pensamentos te sugerem que você é um bosta e seu vício em MO continua te convidando a cavar mais fundo no poço.

Este é um daqueles momentos em que eu só queria sair de mim, ir para bem longe desse eu viciado, a sensação de detestar a própria existência é sufocante, pois não fugiremos do fato de que existimos. Eu queria uma pílula mágica que tirasse esse vício maldito do meu cérebro, junto com todas as frustrações, complexos de inferioridade, experiências traumáticas, sugestões da mente sobre o que eu poderia ter feito no passado, todo o pacote de coisas que me deixa com cada vez menos vontade de continuar existindo.

Agora a sensação de começar de novo, cada passo mais uma vez, tendo voltado a estaca zero e voltar a caminhar do inicio. Eu só queria me transportar para daqui 1 mês, ou 2 meses aonde eu não tivesse caído nenhuma vez e tudo isso fosse amenizado.

Me resta lutar tudo de novo, dia após dia, enfrentando pela milésima vez todas as vontades, dores, frustrações, pensamentos de derrota que acompanham essa minha vida de merda. Para, muito provavelmente, como já aconteceu trocentas vezes, chegar lá na frente e começar tudo de novo.

Eu não sei até quando eu vou aguentar, eu não sei até quando terei fé, em mim mesmo ou em algo superior, eu não sei se um dia vou ter coragem de acabar com meu sofrimento neste mundo, ao menos a crença de que um sofrimento maior me espera no outro mundo se eu tentar encerrar meu sofrimento neste, me mantem vivo.

Abraços.

Drew escreveu:Obrigado aos amigos que estão por aqui. Voltei pra dizer algumas coisas.

Primeiro pra falar que estou bem, já que meu último relato foi bastante melancólico e talvez desesperador.

Segundo pra lembrar-vos que o intervalo de tempo entre 02/10 e 31/12 são exatos 90 dias; ou seja, estamos tendo a última chance de terminar um reboot em 2022.

Por último, pra falar como eu estou. Bem, nenhuma novidade. Pretendo voltar aqui quando e se eu conseguir uma boa sequência, acho que tenho pouco acrescentar às mais de 150 páginas de diários que eu já devo ter escrito no total, onde 90% do tempo eu estou a baixo das duas semanas. Se o meu eu com um tempo considerável de reboot tiver algo a dizer que acrescente na vida dos membros desta comunidade, eu voltarei.

Drew escreveu:Obrigado aos amigos que estão por aqui. Voltei pra dizer algumas coisas.

Primeiro pra falar que estou bem, já que meu último relato foi bastante melancólico e talvez desesperador.

Segundo pra lembrar-vos que o intervalo de tempo entre 02/10 e 31/12 são exatos 90 dias; ou seja, estamos tendo a última chance de terminar um reboot em 2022.

Por último, pra falar como eu estou. Bem, nenhuma novidade. Pretendo voltar aqui quando e se eu conseguir uma boa sequência, acho que tenho pouco acrescentar às mais de 150 páginas de diários que eu já devo ter escrito no total, onde 90% do tempo eu estou a baixo das duas semanas. Se o meu eu com um tempo considerável de reboot tiver algo a dizer que acrescente na vida dos membros desta comunidade, eu voltarei.

Drew escreveu:Tenho refletido sobre o quão baixo é ficar olhando uma tela enquanto me toco, além de ser angustiante, pois o desejo pela mulher da tela não é satisfeito, o que provoca mais frustrações e sentimentos ruins sobre mim mesmo e o quanto eu sou um fracassado que nunca vai ter uma experiência com uma mulher como aquela.

Refleti, também, sobre o quão longe da realidade é a vida de um viciado, pois as fantasias, os vídeos, a possibilidade de ir e voltar várias vezes na mesma coisa, não existem no mundo real. Além dos estímulos visuais, o sexo real é muito pouco visual, alguns de vocês devem saber melhor do que eu.

Às vezes, ao comer uma comida que gosto muito, me descontrolo, quero provar cada pedaço daquilo, sentir o sabor, fico ansioso e acaba sendo uma experiência mais angustiante do que prazerosa; algo semelhante acontece quando vejo uma mulher muito atraente na tela.

Tive fantasias nos últimos dias, mas elas são a consequência da minha carência afetiva, à qual não quero mais estimular, e por consequência não ter mais as fantasias.

Colocar os pés no chão e focar mais na realidade, pode ser uma poderosa arma para um viciado numa droga tão irreal e fantasiosa quanto a PMO. Compreendem!?

Talvez essa seja uma virada de chave para nós.

Mas cansei dos mindsets, encarar as coisas de modo a ou b tem sido pouco eficaz, construir barreiras concretas é melhor.

Faltam menos de 90 dias para o final do ano, cair agora significa deixar o reboot completo para 2023.

Essa semana quero ser produtivo, estudar, rezar, fazer leituras, evitar os vícios como a preguiça, a gula, a ira, a luxúria, etc.

Vamos ver até onde eu vou dessa vez...

Justiceiro do Sertão escreveu:

Drew escreveu:Tenho refletido sobre o quão baixo é ficar olhando uma tela enquanto me toco, além de ser angustiante, pois o desejo pela mulher da tela não é satisfeito, o que provoca mais frustrações e sentimentos ruins sobre mim mesmo e o quanto eu sou um fracassado que nunca vai ter uma experiência com uma mulher como aquela.

Refleti, também, sobre o quão longe da realidade é a vida de um viciado, pois as fantasias, os vídeos, a possibilidade de ir e voltar várias vezes na mesma coisa, não existem no mundo real. Além dos estímulos visuais, o sexo real é muito pouco visual, alguns de vocês devem saber melhor do que eu.

Às vezes, ao comer uma comida que gosto muito, me descontrolo, quero provar cada pedaço daquilo, sentir o sabor, fico ansioso e acaba sendo uma experiência mais angustiante do que prazerosa; algo semelhante acontece quando vejo uma mulher muito atraente na tela.

Tive fantasias nos últimos dias, mas elas são a consequência da minha carência afetiva, à qual não quero mais estimular, e por consequência não ter mais as fantasias.

Colocar os pés no chão e focar mais na realidade, pode ser uma poderosa arma para um viciado numa droga tão irreal e fantasiosa quanto a PMO. Compreendem!?

Talvez essa seja uma virada de chave para nós.

Mas cansei dos mindsets, encarar as coisas de modo a ou b tem sido pouco eficaz, construir barreiras concretas é melhor.

Faltam menos de 90 dias para o final do ano, cair agora significa deixar o reboot completo para 2023.

Essa semana quero ser produtivo, estudar, rezar, fazer leituras, evitar os vícios como a preguiça, a gula, a ira, a luxúria, etc.

Vamos ver até onde eu vou dessa vez...

É como costumo dizer: por mais que fantasiemos, aquilo não existe. É um poço sem fundo. Aquilo não existe. Já transei (não sei se você já) e, embora tenha sido com GPs (das quais quero distância), digo que o sexo, embora seja uma experiência boa, é totalmente diferente daquilo que imaginamos quando vemos um vídeo pornô, uma revista, enfim. Ouso dizer que muitos até se frustram quando vão transar caso sejam viciados, é uma situação muito possível. Eu mesmo tive um estranhamento. Não que sexo seja ruim, pelo contrário (espero um dia transar com uma não-GP, aí sim deve ser uma experiência plena para ambos), só que as circunstâncias sensoriais envolvidas são muito distintas, muito mesmo, no mundo real.

Espero que você entenda o que quero dizer. O cidadão que vê P acaba idealizando muito, de modo que imagina mil experiências sensoriais simplesmente impossíveis de existirem no mundo real. Toques, cheiros, é tudo muito diferente, de maneira que eu arriscaria dizer que é de uma sensorialidade maravilhosa, porém, digamos, menos bombástica, menos com cara de "conto de fadas masculino", como já ouvi falar. Mais vida real, talvez. Menos idealização, menos fantasia, menos "coisa que não existe". Muito grosso modo, é um show mais comportado. Muito marcante, mas capaz de causar decepções em quem teve a mente deturpada com a ideia de que aquilo seria a mais estupenda experiência de vida possível a um homem. Porque o pornô faz justamente isso. Romantiza o sexo como se nada mais na vida importasse, como se, por exemplo, um passeio em família, uma noite bem dormida, ou mesmo uma tarde romântica com uma namorada num parque não fossem coisas capazes de estimular nossos sentidos de forma extraordinária e com lembranças eternas. Como se só sexo fosse vida e não só toda mulher transasse daquele jeito como as melhores sensações possíveis a um ser humano esperassem por aqueles que estão tendo uma relação.

E isso porque já fiz sexo com garotas bem "do meu tipo". Daquelas com que eu sonhava quando via uma parecida na televisão. Entrava num site de acompanhantes, juntava um dinheiro, marcava um encontro e dizia: "vou realizar um sonho". Sabe quando sempre parecia que faltava alguma coisa? Mesmo com aquela beleza toda, mesmo ela fazendo, se é que me entende, aquilo que eu queria. Sei lá se foi amor, se com uma namorada teria sido algo diferente. Mas só o que digo a você é: não existe. Aquilo realmente não existe na vida real. Pode até causar algum prazer, mas não vai te completar, sabe? Pode ser aquela modelo dos seus sonhos, aquela beleza que você desenha romanticamente em sua mente. Não vai ser uma coisa como aquilo que as fantasias do pornô te levaram a sonhar. Aquele sexo, para dizer de um jeito bem direito, é uma coisa teoricamente impossível. E um "teoricamente" tendendo a "totalmente". Não nos enganemos.

Bom, espero tê-lo ajudado a colocar as ideias no lugar. O negócio é vivermos no mundo real. É aquela história: ninguém vai viver aquilo. Nem os mais "alfas", os caras mais ricos e poderosos talvez desfrutem de um sexo com aquelas características "ideais", por belas que sejam as mulheres. Ouso afirmar que talvez nem mesmo se fôssemos atores pornográficos sentiríamos tanto prazer naquela experiência. Bem sabemos acerca do submundo dessa indústria tão degradante.

Forte abraço a você.

eduardo1987_ escreveu:Como falou o TheTopper, pensamentos são os gatilhos mais devastadores, pois vem de dentro, podem ser de pensamentos sopre P ou flahs se sexo vividos, é complicado pois alguns vem durante a faze de sono na cama ai meu amigo é achar uma maneira de driblar, recomendo levantar ir pegar uma agua bem gelada ou simplesmrnte por um podcast uns fones e se diatrair, são dicas que as vezes podem funcionar.
Mas dica maior e ter um dia super produtivo com trabalho estudos ou treino pesado, por que dai amigos teu corpo vai querer é descansar.

Drew escreveu:

eduardo1987_ escreveu:Como falou o TheTopper, pensamentos são os gatilhos mais devastadores, pois vem de dentro, podem ser de pensamentos sopre P ou flahs se sexo vividos, é complicado pois alguns vem durante a faze de sono na cama ai meu amigo é achar uma maneira de driblar, recomendo levantar ir pegar uma agua bem gelada ou simplesmrnte por um podcast uns fones e se diatrair, são dicas que as vezes podem funcionar.
Mas dica maior e ter um dia super produtivo com trabalho estudos ou treino pesado, por que dai amigos teu corpo vai querer é descansar.

Eu digo que um gatilho é a união entre um pensamento e uma sensação. Podemos lembrar de coisas sexuais e ficar por isso mesmo, ou elas podem se tornar um gatilho se nos atingem e geram emoção. Por isso é preciso se distrair quando vêm o gatilho e a vontade, para que um dos dois ou ambos passem.
Vlw mano.

Kobscop escreveu:Fala irmão do carinha que mora logo ali!
Amigo, acabei de ler seu diário desde o começo até agora.
Lendo suas palavras, me identifiquei bastante. Parece até o Kobscop alguns anos atrás.
Vou te dar alguns conselhos baseados na minha experiência de vida que talvez sejam válidos pra você, mas não me entenda mal, algumas coisas que eu vou falar podem parecer duras, mas é exatamente o que eu gostaria que alguém falasse para mim se eu estivesse na sua situação. Encare isso como se fossem conselhos de um irmão mais velho que quer o seu bem. Já li vários diários aqui e sempre tem um comentário seu ou uma curtida para incentivar os companheiros. Espero poder retribuir suas boas ações nesse fórum com os conselhos abaixo. Vamos lá:
-Você tem todo o conhecimento teórico dos mecanismos do vício e sabe exatamente o que fazer para se livrar dele. O que falta? Te falta um propósito bem definido, um objetivo, um motivo forte o bastante para te motivar a vencer este lixo. A minha maior motivação no reboot é não voltar a ter DE nunca mais na minha vida, é uma situação extremamente desagradável. Pelo que deduzi lendo seu diário, parece que você é virgem ainda, então não se engane, você pode ter uma DE na sua primeira experiência e vai ser muito frustrante. Se não for virgem, pode vir a desenvolver a DE e também EP. Talvez você pensar nesses motivos te ajudem a ter um motivador a mais no seu reboot. Imagina você e a mina ali doidos para namorar, você muito excitado e o amigo lá em baixo não responder.
-Em um de seus relatos bem antigos, mencionou que seus pais não te prepararam para ser independente, um adulto. Aqui vou passar um pouco de pano para eles. Talvez seja com a melhor das intenções, não se engane, via de regra os pais julgam estar fazendo o melhor pelos filhos, mesmo errando rudemente. Por muito tempo julguei o contrário de você, gostaria que meus pais tivessem me dado condições para que eu pudesse estudar sem ter que trabalhar. Esse tipo de racionalização te impede de assumir a responsabilidade plena pelos seus erros e escolhas na vida ("ah, mas eu ajo assim pq fui criado dessa forma", "ah, eu cometi esse erro pq não fui ensinado a fazer isso quando era criança", e por ai vai...).
-Carência em relação às mulheres. Cara, nesse ponto aqui você é meu espelho de anos atrás. Sempre fui muito carente e tímido e pensava que iria ficar sozinho e virgem para sempre. Quando alguma mulher me dava um pouco de atenção, me apaixonava facilmente e na grande maioria das vezes ficava frustrado. Essa carência pode te levar a um relacionamento tóxico, como no meu caso, que começou dessa forma, me apaixonei facilmente por uma mina que me deu um pouco de atenção e carinho, engatamos um namoro e fiquei 3 anos em um péssimo relacionamento que só me fazia mal por medo de terminar e ficar sozinho pra sempre, pois pensava que não iria conseguir outra pessoa.
-Agora vou completar o que o amigo Justiceiro do Sertão falou muito bem. O S é muito superestimado em nossa sociedade, como se fosse a melhor experiência sensorial do mundo. Quando era virgem, tinha esse pensamento, e quando consegui fazer S pela primeira vez, quando acabou eu pensei "é só isso?". Cara, não vou mentir, é bom, mas não é isso tudo que a gente imagina quando se é virgem. E a P distorce nossa visão do S, é realmente como o Justiceiro disse, é um conto de fadas masculino. Certamente você nunca vai ter uma relação igual àquelas mostradas nos filmes que a gente vê, aquele S é irreal, é tudo um jogo de câmeras, posições, maquiagens e tudo mais para nos prender àquela porcaria. Leia os diários dos casados, pq acha que muitos preferem se afundar na PMO do que fazer S com suas esposas? Antes de me casar, pensava que após o casamento iria ter forças para parar com esse lixo de PMO, pois iria ter S frequentemente. Não é assim que funciona meu amigo, posso te garantir. Por isso te aconselho a não ficar nessa neura de querer fazer S a todo custo, isso só gera gatilhos que atrapalham nosso reboot e além disso, como você mesmo disse, a PMO não ensina nada, não ficamos mais experientes no S. PMO NÃO É S REAL!
-Trabalho. Deduzi pelos seus relatos que você não trabalha. Aqui pode ser um ponto delicado meu amigo. Não conheço sua realidade e longe de mim querer te desmotivar e/ou te puxar para baixo. Caso não passe em um concurso, tem um plano B? Vai estudar até passar? Afundado na PMO acha que tem condições de se dedicar seriamente ao estudo de um concurso? Hoje você está novo meu amigo, mas os dias passam depressa, e quando você assustar, já está cheio de cabelos brancos. Eu sugiro que você tente arrumar um emprego o quanto antes. A não ser que você passe em um concurso, no mercado de trabalho você não vai entrar ganhando 5 dígitos de cara. Todos começam de baixo. Tente conseguir um emprego de meio período, até mesmo que seja para ganhar um salário mínimo. Todo trabalho é digno. Quando comecei a trabalhar, passei a ver o mundo com outros olhos. O senso de responsabilidade melhora, seus relacionamentos interpessoais se desenvolvem (você aprende a lidar com vários tipos de pessoas diferentes). No futuro lá na frente, quando tiver faltando 5 anos pra você se aposentar, você vai pensar "pq eu não comecei a trabalhar 5 anos antes?". Todo tempo é precioso meu amigo. Mas você pode me argumentar que vai atrapalhar seus estudos para concursos. Conheço várias pessoas que passaram em concursos estudando, paralelo ao trabalho, talvez seja até mais motivante estudar. Um amigo próximo de um emprego anterior meu passou em um grande concurso de nível superior trabalhando e fazendo faculdade ao mesmo tempo, e ele nem tem uma inteligência acima da média da população, ele é apenas dedicado (além da motivação de ter um filho recém-nascido para criar). Espero de coração que você consiga passar em um concurso, mas no seu lugar eu teria um plano B.
-Planeje seus dias. Percebo que você tem vivido a vida no modo automático, isso propicia gatilhos e facilita quedas. Planeje suas tarefas de cada dia. Os grandes rebooters que obtiveram sucesso aqui do fórum eram bem metódicos com relação ao planejamento de suas tarefas.
-Atividades físicas são de grande ajuda no reboot, não as negligencie. Além de melhorar nossa auto estima e saúde, elas ajudam a equilibrar e recalibrar nossos receptores de dopamina, pois a dopamina do PMO deve ser substituída por uma dopamina boa.
-Apoio profissional. Nunca fui a um psicólogo ou psiquiatra, pode até ser um contra senso eu te aconselhar isso, mas acredito que você deveria tentar. Se não tem condições, procure faculdades de psicologia que oferecem tratamentos com um valor simbólico ou até de graça. Acho que a ajuda profissional vai dar um upgrande bom no seu reboot.

Desculpe se fui duro em algumas palavras ou se fui inconveniente meu amigo, eu também sou um viciado igual a você, mas estou te escrevendo com a melhor das intenções.
Você é um exemplo de superação e de determinação aqui no fórum. Você não desiste da luta, e mesmo caindo, sempre retorna ao campo de batalha.
Torcendo e orando por você aqui companheiro. Que Deus te abençoe!

Drew escreveu:

Kobscop escreveu:Fala irmão do carinha que mora logo ali!
Amigo, acabei de ler seu diário desde o começo até agora.
Lendo suas palavras, me identifiquei bastante. Parece até o Kobscop alguns anos atrás.
Vou te dar alguns conselhos baseados na minha experiência de vida que talvez sejam válidos pra você, mas não me entenda mal, algumas coisas que eu vou falar podem parecer duras, mas é exatamente o que eu gostaria que alguém falasse para mim se eu estivesse na sua situação. Encare isso como se fossem conselhos de um irmão mais velho que quer o seu bem. Já li vários diários aqui e sempre tem um comentário seu ou uma curtida para incentivar os companheiros. Espero poder retribuir suas boas ações nesse fórum com os conselhos abaixo. Vamos lá:
-Você tem todo o conhecimento teórico dos mecanismos do vício e sabe exatamente o que fazer para se livrar dele. O que falta? Te falta um propósito bem definido, um objetivo, um motivo forte o bastante para te motivar a vencer este lixo. A minha maior motivação no reboot é não voltar a ter DE nunca mais na minha vida, é uma situação extremamente desagradável. Pelo que deduzi lendo seu diário, parece que você é virgem ainda, então não se engane, você pode ter uma DE na sua primeira experiência e vai ser muito frustrante. Se não for virgem, pode vir a desenvolver a DE e também EP. Talvez você pensar nesses motivos te ajudem a ter um motivador a mais no seu reboot. Imagina você e a mina ali doidos para namorar, você muito excitado e o amigo lá em baixo não responder.
-Em um de seus relatos bem antigos, mencionou que seus pais não te prepararam para ser independente, um adulto. Aqui vou passar um pouco de pano para eles. Talvez seja com a melhor das intenções, não se engane, via de regra os pais julgam estar fazendo o melhor pelos filhos, mesmo errando rudemente. Por muito tempo julguei o contrário de você, gostaria que meus pais tivessem me dado condições para que eu pudesse estudar sem ter que trabalhar. Esse tipo de racionalização te impede de assumir a responsabilidade plena pelos seus erros e escolhas na vida ("ah, mas eu ajo assim pq fui criado dessa forma", "ah, eu cometi esse erro pq não fui ensinado a fazer isso quando era criança", e por ai vai...).
-Carência em relação às mulheres. Cara, nesse ponto aqui você é meu espelho de anos atrás. Sempre fui muito carente e tímido e pensava que iria ficar sozinho e virgem para sempre. Quando alguma mulher me dava um pouco de atenção, me apaixonava facilmente e na grande maioria das vezes ficava frustrado. Essa carência pode te levar a um relacionamento tóxico, como no meu caso, que começou dessa forma, me apaixonei facilmente por uma mina que me deu um pouco de atenção e carinho, engatamos um namoro e fiquei 3 anos em um péssimo relacionamento que só me fazia mal por medo de terminar e ficar sozinho pra sempre, pois pensava que não iria conseguir outra pessoa.
-Agora vou completar o que o amigo Justiceiro do Sertão falou muito bem. O S é muito superestimado em nossa sociedade, como se fosse a melhor experiência sensorial do mundo. Quando era virgem, tinha esse pensamento, e quando consegui fazer S pela primeira vez, quando acabou eu pensei "é só isso?". Cara, não vou mentir, é bom, mas não é isso tudo que a gente imagina quando se é virgem. E a P distorce nossa visão do S, é realmente como o Justiceiro disse, é um conto de fadas masculino. Certamente você nunca vai ter uma relação igual àquelas mostradas nos filmes que a gente vê, aquele S é irreal, é tudo um jogo de câmeras, posições, maquiagens e tudo mais para nos prender àquela porcaria. Leia os diários dos casados, pq acha que muitos preferem se afundar na PMO do que fazer S com suas esposas? Antes de me casar, pensava que após o casamento iria ter forças para parar com esse lixo de PMO, pois iria ter S frequentemente. Não é assim que funciona meu amigo, posso te garantir. Por isso te aconselho a não ficar nessa neura de querer fazer S a todo custo, isso só gera gatilhos que atrapalham nosso reboot e além disso, como você mesmo disse, a PMO não ensina nada, não ficamos mais experientes no S. PMO NÃO É S REAL!
-Trabalho. Deduzi pelos seus relatos que você não trabalha. Aqui pode ser um ponto delicado meu amigo. Não conheço sua realidade e longe de mim querer te desmotivar e/ou te puxar para baixo. Caso não passe em um concurso, tem um plano B? Vai estudar até passar? Afundado na PMO acha que tem condições de se dedicar seriamente ao estudo de um concurso? Hoje você está novo meu amigo, mas os dias passam depressa, e quando você assustar, já está cheio de cabelos brancos. Eu sugiro que você tente arrumar um emprego o quanto antes. A não ser que você passe em um concurso, no mercado de trabalho você não vai entrar ganhando 5 dígitos de cara. Todos começam de baixo. Tente conseguir um emprego de meio período, até mesmo que seja para ganhar um salário mínimo. Todo trabalho é digno. Quando comecei a trabalhar, passei a ver o mundo com outros olhos. O senso de responsabilidade melhora, seus relacionamentos interpessoais se desenvolvem (você aprende a lidar com vários tipos de pessoas diferentes). No futuro lá na frente, quando tiver faltando 5 anos pra você se aposentar, você vai pensar "pq eu não comecei a trabalhar 5 anos antes?". Todo tempo é precioso meu amigo. Mas você pode me argumentar que vai atrapalhar seus estudos para concursos. Conheço várias pessoas que passaram em concursos estudando, paralelo ao trabalho, talvez seja até mais motivante estudar. Um amigo próximo de um emprego anterior meu passou em um grande concurso de nível superior trabalhando e fazendo faculdade ao mesmo tempo, e ele nem tem uma inteligência acima da média da população, ele é apenas dedicado (além da motivação de ter um filho recém-nascido para criar). Espero de coração que você consiga passar em um concurso, mas no seu lugar eu teria um plano B.
-Planeje seus dias. Percebo que você tem vivido a vida no modo automático, isso propicia gatilhos e facilita quedas. Planeje suas tarefas de cada dia. Os grandes rebooters que obtiveram sucesso aqui do fórum eram bem metódicos com relação ao planejamento de suas tarefas.
-Atividades físicas são de grande ajuda no reboot, não as negligencie. Além de melhorar nossa auto estima e saúde, elas ajudam a equilibrar e recalibrar nossos receptores de dopamina, pois a dopamina do PMO deve ser substituída por uma dopamina boa.
-Apoio profissional. Nunca fui a um psicólogo ou psiquiatra, pode até ser um contra senso eu te aconselhar isso, mas acredito que você deveria tentar. Se não tem condições, procure faculdades de psicologia que oferecem tratamentos com um valor simbólico ou até de graça. Acho que a ajuda profissional vai dar um upgrande bom no seu reboot.

Desculpe se fui duro em algumas palavras ou se fui inconveniente meu amigo, eu também sou um viciado igual a você, mas estou te escrevendo com a melhor das intenções.
Você é um exemplo de superação e de determinação aqui no fórum. Você não desiste da luta, e mesmo caindo, sempre retorna ao campo de batalha.
Torcendo e orando por você aqui companheiro. Que Deus te abençoe!

Fala amigo, obrigado por ler meu diário e elaborar essa mensagem. Fico muito feliz com isso. Em alguns momentos fiquei até surpreso com algumas coisas que você lembrou.

Engraçado que coloquei o nome de Drew porque eu queria ser o irmão descolado e não o pateta. Eu poderia até ter sido o Julius mas acabei sendo o Drew mesmo. Em agosto de 2020, quando voltei ao fórum cerca de 1 ano depois de excluir minha última conta, eu estava muito vidrado nessa série.

Não me incomodo com conselhos nem com palavras "duras", estamos aqui oara nos aconselhar e a dureza por vezes é necessária.

De fato eu tenho conhecimento de sobre a respeito do vício, já se vão no mínimo 3 ou 4 anos que passei a estudar isso mais seriamente. E realmente não sei qual a motivação que falta, já tive diversas, não sei mais ao que recorrer.

Você está certo em defender os meus pais, no fim eles fizeram o que podiam e eu só posso acreditar nas melhores intenções.

A carência com relação a mulher também é um ponto difícil pra mim. Não posso conhecer alguém que já imagino a gente casando e tendo filhos. Ainda estou tentando me livrar emocionalmente da última que eu coloquei nessa posição. Na próxima já não quero agir assim. De fato sou virgem e racionalmente quero me manter assim até me casar, mesmo que minhas neuras digam o contrário. Na vez que eu namorei, nós dois éramos carentes e passamos um tempão entre namorar e terminar, até eu dar um basta.

Como andei comentando e você falou, um dos piores problemas do vício é a distorção do sexo. Quero limpar a minha mente disso.

Eu já trabalhei entre 2014 e 2016. Aí em 2017 comecei a faculdade que terminei em 2020. Sem colocação no mercado de trabalho, esses últimos dois anos tenho me capacitado para um concurso público. Embora eu costumo fazer alguns freelancers, mas não pretendo voltar agora.

Não vivo tão automaticamente, tenho uma agenda e sigo quase sempre, mas o vício caga tudo. Quando ele vem, eu vou parar tudo que estiver fazendo. Inclusive eu me exercito na rua de segunda a sexta.

Em 2018/2019 eu fui ao psicólogo na minha faculdade, justamente com os estagiários. Em meados de 2018 eu tive as piores crises da minha vida, justamente por estar apegado a uma mulher, por isso fui atrás de psicólogo. Pra dizer a verdade eu não tive muitas respostas, só o tempo resolveu.

Obrigado de novo e estamos juntos amigo.

soprano escreveu:Já vi que teve bastante apoio nas últimas postagens, drew, e sobre essa questão de mesmo estudando afundo o vício e tendo experiência, temos que lembrar que o nosso cérebro só quer prazer no final das contas. Prazer e facilidade em conseguir esse prazer. Desse modo, a pornografia é a vencedora. Nem o sexo real vai ser melhor, porque não é tão fácil de conseguir nem podemos abusar dele com a mesma intensidade que abusamos da PMO. Eu não venho com uma resposta ou uma receita mágica para o reboot, eu assim como você e todos os outros estamos tentando, e todo mundo sabe o quanto é difícil. O que podemos fazer contra isso é dificultar o acesso, e ocupar a cabeça com outras coisas e ir treinando novos prazeres, como o próprio método sugere. Tente voltar a fazer relatos diários para que outros usuários ajudem no que pode ser feito pra melhorar suas chances contra o vício, ou você mesmo perceba nos seus próprios dias o que poderia estar fazendo pra ajudar a si mesmo. Forte abraço cara!

Drew escreveu:

soprano escreveu:Já vi que teve bastante apoio nas últimas postagens, drew, e sobre essa questão de mesmo estudando afundo o vício e tendo experiência, temos que lembrar que o nosso cérebro só quer prazer no final das contas. Prazer e facilidade em conseguir esse prazer. Desse modo, a pornografia é a vencedora. Nem o sexo real vai ser melhor, porque não é tão fácil de conseguir nem podemos abusar dele com a mesma intensidade que abusamos da PMO. Eu não venho com uma resposta ou uma receita mágica para o reboot, eu assim como você e todos os outros estamos tentando, e todo mundo sabe o quanto é difícil. O que podemos fazer contra isso é dificultar o acesso, e ocupar a cabeça com outras coisas e ir treinando novos prazeres, como o próprio método sugere. Tente voltar a fazer relatos diários para que outros usuários ajudem no que pode ser feito pra melhorar suas chances contra o vício, ou você mesmo perceba nos seus próprios dias o que poderia estar fazendo pra ajudar a si mesmo. Forte abraço cara!

Um dos últimos comentários me fez pensar mais sobre o que falta pra eu conseguir. São anos e anos em que raramente eu alcanço míseros 15 dias, o que parando pra pensar é bizarro, porque imagina qualquer coisa que mesmo sendo negativa você pratica quase que diariamente por anos e anos, com raríssimos intervalos de no mínimo uma ou duas semanas. É insano.

O que falta para eu sair dessa? Qual vai ser a grande virada de chave que eu vou recordar no futuro como o fator preponderante que me fez largar o vício?

Não sei a resposta, mas hoje tenho uma motivação que é a minha saúde emocional. Me sinto frágil emocionalmente e isso me deixa ansioso e depressivo, sei que o vício tem parte nisto e quero largá-lo para tentar me sentir melhor comigo mesmo.

A tentativa atual já tem praticamente dois dias, mas estou com pensamentos fixos em uma garota específica e isso me estimula sexualmente de qualquer forma. Preciso muito ignorar as sugestões da minha mente.

Eu não faço mais relatos diários porque tenho pouquíssimo a acrescentar e sempre estou no início do reboot pois sempre volto ao dia 0.