Vencendo sadomasoquismos, vícios e ansiedades

Dia 03

Irei contar minha história e falar sobre meus vícios sem me censurar. Me mantendo no anonimato, terei forças e coragem pra dizer aquilo que eu não conseguiria se me identificasse.

Acredito que eu seja heterossexual, mas tenho minhas dúvidas. Embora eu sempre tenha me sentido atraído por mulheres e só tenha me relacionado com o sexo feminino (inclusive atualmente namorando uma mulher), desde a adolescência sinto uma espécie de atração também por homens.

Não fantasio sexualmente com homens, não penso em transar com homens e não me sinto atraído por pornografia gay, nem pelo órgão sexual masculino. O que sinto é um tipo de tesão em mamilos masculinos, que de alguma forma me excitam. Desde que eu era adolescente, pesquisei no YouTube vídeos de pessoas infringindo dores físicas em seu mamilos, como espécies de desafio. Não há nada de sexual nesses vídeos, apenas jovens gravando vídeos de desafios no YouTube, que consistem em atividades diversas como prender pregadores no mamilo, perfurar o mamilo com agulhas, eletrocutar o mamilo por meio de aparelho de choque… enfim, vídeos que a primeira vista não trazem conteúdo erótico mas que me deixam excitado por um fetiche em minha cabeça de, talvez, enxergar tais vídeos como conteúdo sadomasoquista, que, infelizmente me atrai.

Não assisto pornografia propriamente dita, mas consumo esses vídeos, disponíveis no YouTube e me masturbo frequentemente para esse tipo de conteúdo que me deixa excitado: homens, muitas vezes jovens e adolescentes, gravando vídeos para o YouTube onde se desafiam a suportar a dor que infringem em seus mamilos.

Tenho acessado esse conteúdo por muitos anos, e eu próprio tenho inflingido dor em meu mamilo e me masturbado enquanto o faço. Isso tem feito parte da minha vida e eu gostaria de mudar, uma vez que tem me causado profunda vergonha e me prejudicado de diversas formas em minha convivência com minha família, minha namorada, meu trabalho, meus estudos e interesses.

Tenho Transtorno de Ansiedade Generalizada, que se agrava a partir da frustração gerada pela dificuldade em manter-me longe desses vídeos disponíveis no YouTube e da ideia de que tenho desejos homossexuais sadomasoquistas mesmo estando em um relacionamento saudável e normal com uma mulher, por quem também sinto desejo sexual.

Com esse diário, dou início ao meu processo de manter-me longe da masturbação através de vídeos no YouTube. Sigo para meu terceiro dia sem, e pretendo continuar cada vez mais forte.