Meu relato... (Gabriel)

Me chamo Gabriel, tenho 37 anos e comecei a consumir pornografia na adolescência, em uma época ainda sem internet. Sou casado com a Mari (41) e estamos juntos a 4 anos. Foi ela quem me confrontou com o meu consumo compulsivo de pornografia e chamou ele de vício. Isso faz um ano e 4 meses. Desde então passei a tentar parar de consumir material pornográfico e erótico, primeiro por conta própria, depois com a ajuda de bloqueador e terapia.

Tem sido um período de altos e baixos, com sequências livre de PMO entrecortado por recaídas e lapsos de consumo de material erótico e de masturbação. Não tenho certeza ao certo o tempo máximo que permaneci realmente "limpo" (pouco mais de 3 meses, talvez), mas hoje, olhando para trás, percebo que aqueles vários meses em que julgava ter conseguido me manter na linha não foram bem assim não. Coisas que eu julgava inofensivas num primeiro momento, hoje enxergo como sinais de que eu não estava bem. Olho para trás e me vejo fazendo coisas que fazia a muito tempo, mas que, como não chegavam nem perto do nível da pornografia propriamente dita que assistia no passado (tanto em quantidade, como em "peso" do material), não considerava como algo que alimentava o meu vício. Eu estava errado.

Recentemente, na sexta antes do dia dos namorados, fiz isso novamente. Minha esposa viajou e fiquei sozinho em casa (ficar sozinho é um grande gatilho para mim). Tinha várias coisas pra fazer em preparação pra quando ela voltasse, mas resolvi relaxar um pouco na sexta e fazer as tarefas no sábado antes do retorno dela. Comecei a procurar algo pra assistir no Netflix (sendo que já tinha em mente a série que queria assistir, que tinha lançado uma nova temporada e que esperava a anos para ver). Nessa busca comecei a olhar sinopses de filmes e séries que tivessem algum componente sexual. Em alguns deles colocava para tocar e passava rapidamente para a frente, observando a miniatura da imagem mudando conforme o cursor da linha do tempo avançava. Ali eu buscava as cenas de nudez ou sexo. A minha justificativa torpe era: "pra ver se tinha algum problema em assistir", mas a verdade é que essa era a minha forma de consumir material erótico/pornográfico e mentir pra mim mesmo que eu não estava vendo.

Nessa hora eu não me masturbava. As vezes me tocava ou tinha ereções, mas sem a masturbação propriamente dita. Porém, em determinado momento, não resisti, fui ao banheiro e me masturbei no chuveiro.
Comecei a chorar logo em seguida. percebi a cagada que tinha feito. Eu sabia que aquele comportamento não era saudável pra mim, mas ainda assim eu fazia. Não era a primeira vez que agia assim, mas eu quero muito acreditar que vai ser a última.

Já fiz um reboot antes e começo outro agora. Estou relendo todo o material do programa revert. E, agora, estou escrevendo esse diário com a minha história (algo que a Mari sempre me pediu pra fazer desde que descobriu o fórum um ano e 4 meses atrás). Tenho muita dificuldade de me abrir e falar dos meus sentimentos e das minhas angústias, até mesmo com ela que é a pessoa que eu mais amo no mundo. Espero conseguir desabafar aqui enquanto não consigo me abrir totalmente com ela.

Olá Gab022.
Seja bem vindo irmão, aqui somos uma família, não julgamos e nem apontamos erros , todos estamos no mesmo barco.
Aqui você encontrará pessoas que já venceram o vício, e outras assim como eu, estamos na luta pra sair de uma vez por todas.
Aqui você pode colocar todos seus sentimentos pra fora, desabafar mesmo, estamos aqui pra ajudar e ser ajudado.
Sair desse vício é o que buscamos e vamos conseguir.
Você já fez algo importante reconhecendo seu vício, e querendo sair dele.
Nunca desista de lutar, mesmo quando estiver fraco.
Abraço.

Força guerreiro ! Acompanhando seu relato …

Seja bem vindo irmão, é o início de uma batalha que vc vai vencer, aqui estamos todos no msm barco, então vc não se sentirá sozinho aqui, acompanhe os relatos dos outros membros e leia tudo sobre o vício e logo vc vai vencer, forte abraço.

(Continuando...)

Eu comecei a consumir pornografia na pré-adolescência. Meu pai tinha uma coleção de revistas Playboy e Ele-Ela que eu olhava escondido quando meus pais não estavam em casa. Com o tempo passei a comprar as minhas próprias revistas que usava nas sessões de PMO. Na adolescência  já tínhamos internet em casa (meu pai é programador, então sempre tivemos computador). Não usava muito a internet para PMO, a conexão discada era muito lenta e eu não sabia onde buscar material tbm.

A coisa escalonou mesmo quando fiz 18 e me mudei para fazer faculdade. Fui morar sozinho, em uma cidade nova. Conheci muita gente nova, fiz novos amigos e criei novos hábitos. Sempre gostei de ler e escrever. Por anos escrevi contos de fantasia e ficção científica, simplesmente porque gostava de inventar histórias. Comecei a ler contos eróticos na internet. Passei a comprar mais e mais revistas (playboys e afins), CD's e hentais pornôs em bancas de revistas. E descobri os gerenciadores de download e o P2P (as imagens e vídeos pornográficos já não eram arquivos grandes demais para baixar). As sessões de PMO que eram esporádicas, passaram a ser semanais, diárias e, com o tempo, várias vezes ao dia, todos os dias. O que eu consumia passou de fotos de mulheres nuas para os mais diversos gêneros.

Terminei a faculdade. Fiz mestrado. Comecei a trabalhar. Morava sozinho, fazia minhas tarefas (com dificuldade, por vezes, já que procrastinava muito), tentava socializar e namorar, interagia com pessoas ao vivo e on-line, mas me sentia solitário, triste e frustrado. Me sentia incompetente, desmotivado e sem esperança de melhora. Meu contrato de trabalho acabou, me vi desempregado e sem muita perspectiva.

Praticamente a única constante nos altos e baixos desses 15 anos de vida adulta desde os 18 até ficar desempregado foi a PMO. Cada vez mais e mais eu me entregava a o que hoje eu enxergo como um vício. Na época era só a minha rotina. Não tinha emprego, mas tinha uma casa própria e uma pequena renda. Minha vida era jogar, comer, assistir filmes e séries, e, claro, PMO. Dormia mal, comia mal, não me exercitava. Minha saúde só não era pior, pois era jovem, mas minha rinite atacava muito, e constantemente estava gripado ou com dor de garganta. E foi assim por mais alguns anos até eu ver o número 135 na balança de casa. Eu tenho 1,75 e estava com 135 quilos. Não era a toa que estava sempre inflamado, cansado e com dor nas costas. Comecei a cuidar melhor da minha alimentação, passei a usar mais as escadas e menos o elevador. comecei a caminhar de forma, quase, regular. Perdi algum peso, minha disposição melhorou, voltei a estudar (fiz cursos na intenção de mudar de área), planejei a volta pra faculdade pra fazer uma segunda graduação.

Já usava aplicativos de relacionamento (vários inclusive) pra conversar com mulheres e conseguir dar o passo seguinte de me encontrar e rolar alguma coisa. Sempre fui muito tímido e fechado, sem muito jeito pra conversar com as mulheres. Com a perda de peso e um aumento de autoestima, passei a investir bastante tempo nisso. Tive vários encontros. Tive várias parceiras casuais, e 3 com regularidade. Até que dei "match" com a Mari, que hoje é minha esposa e parceira de comprometimento no reboot. o primeiro encontro foi quase um desastre, mas foi bom. Repetimos a dose e estamos juntos desde então. Não é um relacionamento fácil. Tem sido bem difícil. O vício atrapalha muito nossa relação e é muito, mas muito difícil pra ela. Saber que eu sou o motivo das lágrimas quando ela chora é terrível.

(Continua...)

luta diária escreveu:Olá Gab022.
Seja bem vindo irmão,  aqui somos uma família,  não  julgamos e nem apontamos erros , todos estamos no mesmo barco.
Aqui você encontrará pessoas que já venceram o vício, e outras assim como eu, estamos na luta pra sair de uma vez por todas.
Aqui você pode colocar todos seus sentimentos pra fora, desabafar mesmo, estamos aqui pra ajudar e ser ajudado.
Sair desse vício é  o que buscamos e vamos conseguir.
Você já fez algo importante reconhecendo seu vício, e querendo sair dele.
Nunca desista de lutar, mesmo quando estiver fraco.
Abraço.

Interventor escreveu:Força guerreiro ! Acompanhando seu relato …

Drake escreveu:Seja bem vindo irmão, é o início de uma batalha que vc vai vencer, aqui estamos todos no msm barco, então vc não se sentirá sozinho aqui, acompanhe os relatos dos outros membros e leia tudo sobre o vício e logo vc vai vencer, forte abraço.

Obrigado, gente.
Sempre tive muita dificuldade pra desabafar as coisas que sinto. Tenho dificuldade até de falar com a minha esposa, que tanto me apoia.
Vou continuar firme na luta e escrevendo minha história.
Obrigado

Hoje faz uma semana que recaí e reiniciei o experimento. A sensação de ter falhado e precisar começar de novo é muito ruim. Os primeiros dias foram repletos de culpa e vergonha, mas o pior de tudo é ver a Mari chorando por minha causa. Sei que tenho um caminho longo pra percorrer, mas também sei o que preciso fazer. Comecei a reler todo o material do programa Revert e, claro, comecei a escrever no fórum. isso é algo que a minha esposa pedia a muito tempo pra eu começar a fazer, já que tenho muita dificuldade de conversar com ela sobre o vício. Ela acredita que é bom pra mim conseguir desabar de alguma forma aquilo que sinto e tenho me sentido bem em escrever aqui. Pretendo continuar. Tenho muita dificuldade de me abrir com os outros, mas a questão do fórum ser anônimo acho que diminui o medo que sinto de ser julgado e ridicularizado ao demonstrar meus defeitos e fragilidades. A vida toda tenho medo disso. Sempre tive dificuldade em lidar com o julgamento e o bullying. Sempre fui gordo, com problemas de autoestima e envergonhado de mim mesmo e do meu corpo. Já fui ridicularizado por causa disso e, de certa forma, acabei por me isolar em atividades solitárias como ler, escrever e jogar no computador, onde não precisava lidar com o preconceito de ninguém. A pornografia acabou por aprofundar ainda mais o meu isolamento que já fazia parte de mim. É algo que tento tratar bastante na terapia e que busco me desprender.

Essa semana o medo de recair novamente é que tem dominado a minha mente. Toda a vez que algum pensamento relacionado com o vício me vem a mente, fico todo tenso. Ando com uma dor nas costas constante. Mesmo assim, tento me manter ocupado. Coisas que procrastinei de fazer a tempos estou tentando colocar em dia. Tenho me exercitado. O foco é ocupar corpo e mente pra afastar as fantasias e pensamentos produto do vício. Tem hora que, sem nem me dar conta, já estou em um cenário futuro, imaginando diálogos e situações, muitas vezes envolvendo o fim do meu casamento. Isso me deixa muito triste, porque a última coisa que eu quero é que meu casamento acabe. Me esforço tanto pra vencer o vício exatamente pra reconstruir meu relacionamento de uma forma positiva e recompensadora. Quero ver minha esposa feliz. Com ela e comigo. É pra isso que me esforço pra derrotar meus impulsos viciados e ficar longe da pornografia e das fantasias deturpadas por ela.
Nessa semana eu consegui. bora pra mais uma!

Amigo.
Você vai conseguir vencer esse vício, se esforce pra não cair, mas se cair levante quantas vezes for possível, sem o vício seu casamento vai mudar, seus sentimentos pela sua esposa também.
Aquele que não desistie de lutar, um dia terá a Vitória.
Seu casamento e bênção de Deus.
Abraço.

luta diária escreveu:Amigo.
Você vai conseguir vencer esse vício, se esforce pra não cair, mas se cair levante quantas vezes for possível, sem o vício seu casamento vai mudar, seus sentimentos pela sua esposa também.
Aquele que não desistie de lutar, um dia terá a Vitória.
Seu casamento e bênção de Deus.
Abraço.

Já recomecei o experimento várias vezes. Cada uma delas retomei com uma chavinha diferente virada na minha mente. A cada recaída fui tomando mais consciência do vício e do mal que ele me traz.
As duas últimas vezes foram terríveis. O sentimento logo depois é desesperador. Pensar que não consegui controlar o impulso do vício e que talvez nunca consiga (como veio na hora) éa destruidor.
A gente tem que ser uma fênix pra renascer das cinzas, levantar a cabeça e começar de novo.
Me empenho pra não sentir nunca mais essa sensação que foi a mais desesperadora que já tive na vida.

Obrigado pela força.
Continuamos na luta.

11º dia de Reboot.
Sigo firme na intensão de retomar o controle sobre meus impulsos. Tento manter a mente ocupada. Ela não para. Volta e meia me vem algum cenário futuro que não quero imaginar e que se intromete na minha linha de pensamento do momento. É muito doido isso. Respiro fundo algumas vezes e afasto o pensamento da superfície da mente. É cansativo, mas eficaz.
Percebo uma leve mudança na forma e frequência com que olho pra mulheres na rua. Aquele olhar objetificador, direto pras pernas e bunda, ou pro peito, ainda me acompanha, mas a consciência dele é maior novamente. Percebo o mesmo processo de outras tentativas, onde fui tendo consciência dos meus olhares e, com o passar do tempo, passei a controlar esse olhar e, principalmente, os pensamentos associados a esse olhar sobre as mulheres.
Meu sentimento de vergonha e culpa de ter falhado em mais uma tentativa diminuíram muito. Estou mais tranquilo quanto a retomar o reboot. E retomarei quantas vezes forem necessárias (o objetivo é ser a última, claro). Consegui conversar melhor com minha esposa nesse final de semana. Ela me apoia, mesmo sofrendo muito. Não tenho como agradecer a força que ela me dá.
Reli todo o material do programa revert e me vi fazendo vários dos principais erros mencionados no livro. Vou reassistir as videoaulas agora, pra fixar bem o conteúdo.
Sei que tenho uma vida a percorrer, mas estou caminhando com um objetivo firme de me livrar das amarras que o vício me deu.

Abraço a todos. Sigamos na luta!

(Continuação)

Meu vício em pornografia afetou a minha vida de diversas formas. Hoje eu enxergo isso. No passado eu não enxergava.
Sempre fui uma criança sociável, mas com uma timidez bastante grande. Situações, locais e pessoas novas sempre foram intimidadoras e, de um modo geral, precisava de um tempo pra me acostumar e realmente começar a socializar de verdade. Quando entrei na adolescência e comecei a me interessar pelas garotas, essa timidez foi potencializada quando se tratava de interagir com o sexo oposto. Ainda mais se eu tinha alguma atração pela garota. Nunca consegui ser confiante o suficiente para paquerar as meninas e acabava só fantasiando como seria. Nas poucas vezes que tive coragem para abordar alguma garota sempre levei um fora mais enfático do que o outro. Tinha pavor de tentar alguma coisa e me refugiava da sensação de rejeição nos jogos de computador e na PMO.

Na Faculdade o padrão seguiu o mesmo, com a diferença que agora a interação social era maior, as oportunidades de paquera eram maiores, a quantidade de álcool também e, pasmem, até mulheres interessadas em mim existiam. Infelizmente o meu pavor da rejeição continuava. Olho pra trás e vejo várias situações onde esse medo impediu que eu, ou abordasse alguma garota que demonstrava interesse, ou fugisse da abordagem de alguma mulher interessada em mim. Eu fugia da interação real e me refugiava na fantasia da pornografia. O pior é que por muito tempo fiquei remoendo na minha mente todas as oportunidades perdidas e fantasiando como poderia ter sido se eu tivesse agido diferente (talvez parecido de como eu via na pornografia que assistia). Se eu tivesse tido a confiança em corresponder aos sinais de interesse daquelas mulheres e demonstrasse interesse também, como será que poderia ter sido se eu não tivesse sido covarde?

Hoje enxergo que essa fantasia toda era algo que me aprisionava ainda mais no vício. Eu passava o tempo todo reforçando a ideia de que eu não era capaz de tomar coragem e demonstrar o meu interesse pras mulheres. Ao fantasiar com isso, no fundo, eu estava dizendo pra mim mesmo que só na fantasia eu seria capaz de paquerar. No mundo real eu nunca conseguiria. E isso só me levava a descontar a minha frustração em mais e mais pornografia.

Essa realização é libertadora. Perceber meus padrões de pensamento me permite refletir nas inconsistências que eles têm e enxergar quão sem sentido eles são. É algo importante pra perceber que uma mudança é inevitável. Não consigo mais pensar da mesma forma que antes. Eu sei que minha mente não é mais a mesma e que, por mais que eu tenha um vício, os motivos que me levaram a ele não são os mesmos que me prendem nele. Assim como, os motivos que me fazem lutar contra ele e me movem a me livrar desse vício são outros, mas diferente do que me levou e me prendeu ao vício, as razões e os padrões de pensamento que me movem agora são verdadeiros e não fantasiosos como aqueles do passado.

(continua...)

Reboot dia 45

Faz um mês e meio que recomecei o experimento. Sigo firme na convicção de me afastar da Pornografia. Minha mente não se dispersa tanto quanto antes. Ainda tenho momentos de muita ansiedade. Alguns dias atrás, enquanto caminhava para a universidade tive uma crise de ansiedade, fiquei com a respiração acelerada e com um aperto no peito enorme. Meus pensamentos eram de que não conseguiria dar conta de todas as coisas que tenho pra fazer e pra cuidar. A universidade, o casamento, o vício, o trabalho, as tarefas de casa, o vício, o vício, o casamento e o vício...
Minhas maiores preocupações são controlar o vício e restabelecer um casamento saudável. O medo tomou conta de mim muito forte nesse dia. Felizmente, as leituras, a terapia, os conselhos da minha esposa me ajudaram a controlar a ansiedade e recolocar a cabeça em um estado de tranquilidade maior. Respirei fundo várias vezes, foquei apenas no caminhar e na respiração e segui em frente.
Ao longo do resto do dia, a ansiedade continuou, mas resolvi fazer todas as tarefas que tinha acumulado na rua: ir na farmácia e retirar pedidos de produtos pros cachorros que tinha feito pela internet. Passei o resto do dia após a aula me movimentando (tentei fazer tudo o que podia a pé) e cheguei mais cedo em casa e fui direto pro banho. Fiquei contente que, ao invés de ficar remoendo as preocupações, tomei a iniciativa de me movimentar e ocupar o meu tempo e a minha mente com coisas concretas que tiraram o meu foco da fonte de ansiedade. Em outros momentos da minha vida fazia exatamente o contrário e passava muito tempo triste, com mal estar e isolado.
Sinto que faço progresso no caminho de afastar a pornografia da minha vida e aprender a controlar a ansiedade é a melhor forma pra isso. Percebo que nos momentos de maior ansiedade é que tenho os impulsos mais fortes pra consumir material pornográfico e me masturbar. Uma coisa é conectada com a outra e estabelecer formas alternativas de escapar da ansiedade é a ferramenta mais importante nesse momento. Fazer atividades de religação é essencial e ter em mente que no momento de estresse essas atividades podem ajudar a acalmar a mente é uma convicção forte.
Continuemos firmes no propósito de fazer cada dia uma vitória e de cada vitória uma motivação cada vez maior de permanecer no caminho.

Gab022 escreveu:Reboot dia 45

Faz um mês e meio que recomecei o experimento. Sigo firme na convicção de me afastar da Pornografia. Minha mente não se dispersa tanto quanto antes. Ainda tenho momentos de muita ansiedade. Alguns dias atrás, enquanto caminhava para a universidade tive uma crise de ansiedade, fiquei com a respiração acelerada e com um aperto no peito enorme. Meus pensamentos eram de que não conseguiria dar conta de todas as coisas que tenho pra fazer e pra cuidar. A universidade, o casamento, o vício, o trabalho, as tarefas de casa, o vício, o vício, o casamento e o vício...
Minhas maiores preocupações são controlar o vício e restabelecer um casamento saudável. O medo tomou conta de mim muito forte nesse dia. Felizmente, as leituras, a terapia, os conselhos da minha esposa me ajudaram a controlar a ansiedade e recolocar a cabeça em um estado de tranquilidade maior. Respirei fundo várias vezes, foquei apenas no caminhar e na respiração e segui em frente.
Ao longo do resto do dia, a ansiedade continuou, mas resolvi fazer todas as tarefas que tinha acumulado na rua: ir na farmácia e retirar pedidos de produtos pros cachorros que tinha feito pela internet. Passei o resto do dia após a aula me movimentando (tentei fazer tudo o que podia a pé) e cheguei mais cedo em casa e fui direto pro banho. Fiquei contente que, ao invés de ficar remoendo as preocupações, tomei a iniciativa de me movimentar e ocupar o meu tempo e a minha mente com coisas concretas que tiraram o meu foco da fonte de ansiedade. Em outros momentos da minha vida fazia exatamente o contrário e passava muito tempo triste, com mal estar e isolado.
Sinto que faço progresso no caminho de afastar a pornografia da minha vida e aprender a controlar a ansiedade é a melhor forma pra isso. Percebo que nos momentos de maior ansiedade é que tenho os impulsos mais fortes pra consumir material pornográfico e me masturbar. Uma coisa é conectada com a outra e estabelecer formas alternativas de escapar da ansiedade é a ferramenta mais importante nesse momento. Fazer atividades de religação é essencial e ter em mente que no momento de estresse essas atividades podem ajudar a acalmar a mente é uma convicção forte.
Continuemos firmes no propósito de fazer cada dia uma vitória e de cada vitória uma motivação cada vez maior de permanecer no caminho.

Boa tarde meu amigo, tudo bem?

Só hoje fui ver seu diário, e nossos problemas são bem semelhantes, e compartilho desse mesmo pensamento seu, meu problema relativamente não é com PMO, afinal, temos relacionamento e meios pra usar nosso lado sexual, porém é a tal da ansiedade e busca pelo prazer/dopamina à todo momento, mais isso precisa ser acompanhado mais de perto, e normalizado, afinal, a vida real não é assim, vou acompanhar de perto;


Grande abraço!!!

Cadê vc meu amigo ?

Olá, colega. Quais bloqueadores vc usa no computador?

Schumacher escreveu:Cadê vc meu amigo ?

Opa, estou aqui brother.
Fiz uma cirurgia e fiquei ausente por um tempo.
Mas sigo firme e forte no reboot. Já são dois meses sem PMO. A ansiedade está sob controle, apesar de que a cirurgia foi uma fomte forte de ansiedade, mas consegui levar a situação sem recorrer ao vício pra aliviar a ansiedade.
Em breve publico mais uma leva do meu relato e passo o panorama melhor.
Obrigado pela força.

NO FAP FOREVER!!! escreveu:Olá, colega. Quais bloqueadores vc usa no computador?

Oi, amigo.
Eu uso o blockerx com uma conta premium, tanto no celular quanto no computador.
Saí de todas as redes sociais e bloqueei os sites (Facebook, twitter, instagram e tiktok). Só assisto youtube e netflix na tv.
Evito usar o celular e o computador ao máximo e deixo eles longe da minha cama. Tem dia que nem olho as mensagens do Whatsapp.
Digo que principalmente o detox das redes sociais me fez bem. Não sinto falta de ficar olhando as atualizações de nenhuma delas e evito gatilhos.

Recomendo pagar im bloqueador, porque as opções premium ajudam muito. No meu caso a opção de parceiro de comprometimento onde minha esposa precisa aprovar qualquer alteração nas configurações do bloqueador ajuda a evitar que até por algum erro a gente acabe se sabotando.

Qualquer coisa é só perguntar que no que puder vou ajudar.
Abraço

Gab022 escreveu:

NO FAP FOREVER!!! escreveu:Olá, colega. Quais bloqueadores vc usa no computador?

Oi, amigo.
Eu uso o blockerx com uma conta premium, tanto no celular quanto no computador.
Saí de todas as redes sociais e bloqueei os sites (Facebook, twitter, instagram e tiktok). Só assisto youtube e netflix na tv.
Evito usar o celular e o computador ao máximo e deixo eles longe da minha cama. Tem dia que nem olho as mensagens do Whatsapp.
Digo que principalmente o detox das redes sociais me fez bem. Não sinto falta de ficar olhando as atualizações de nenhuma delas e evito gatilhos.

Recomendo pagar im bloqueador, porque as opções premium ajudam muito. No meu caso a opção de parceiro de comprometimento onde minha esposa precisa aprovar qualquer alteração nas configurações do bloqueador ajuda a evitar que até por algum erro a gente acabe se sabotando.

Qualquer coisa é só perguntar que no que puder vou ajudar.
Abraço

Massa, mano. Esse bloqueador eu nunca tinha visto falar. Vou testá-lo. Obrigado e sucesso!

Gab022 escreveu:

NO FAP FOREVER!!! escreveu:Olá, colega. Quais bloqueadores vc usa no computador?

Oi, amigo.
Eu uso o blockerx com uma conta premium, tanto no celular quanto no computador.
Saí de todas as redes sociais e bloqueei os sites (Facebook, twitter, instagram e tiktok). Só assisto youtube e netflix na tv.
Evito usar o celular e o computador ao máximo e deixo eles longe da minha cama. Tem dia que nem olho as mensagens do Whatsapp.
Digo que principalmente o detox das redes sociais me fez bem. Não sinto falta de ficar olhando as atualizações de nenhuma delas e evito gatilhos.

Recomendo pagar im bloqueador, porque as opções premium ajudam muito. No meu caso a opção de parceiro de comprometimento onde minha esposa precisa aprovar qualquer alteração nas configurações do bloqueador ajuda a evitar que até por algum erro a gente acabe se sabotando.

Qualquer coisa é só perguntar que no que puder vou ajudar.
Abraço

Fala meu amigo, tudo bem? Hoje que eu consegui lê suas mensagens...Estou em casa e aqui não preciso me preocupar com que os outros vão pensar se me pegarem lendo sobre PMO! Sou muito aberto com minha família, todos sabem que sou viciado em PMO. Poxa, eu sou do interior, conheci uma moça por um app também de relacionamento, porém, ela é mais velha que eu e já no primeiro encontro me disse que quer algo serio! Eu não consigo mentir...Disse para ela que só quero terminar meu curso e depois voltar a estudar em São Paulo! Lendo seu relato vi que somos parecidos em muitos aspectos! Sempre fui gordinho...Na adolescência emagreci, perdi 25 quilos e fiquei magrelão! Agora, voltei a engordar por causa dos remédios que eu tomo e estou inseguro para chegar nas meninas por causa que sou gordo! E também pelo vício. Porém, vamos vencer isso! O primeiro passo foi dado e vamos lutar e conseguir! Estou escutando uma musica de uma película que adoro: https://www.youtube.com/watch?v=TgOlDBfZNXg quando tiver um tempinho de uma olhada é muito bom! Valeu meu amigo, até mais!

Completo 94 dias sem assistir pornografia ou substitutos, sem me masturbar e, principalmente, sem cogitar mais a ideia de abandonar o esforço de vencer o vício e retomar hábitos que são uma fonte de infelicidade na minha vida.
Dessa vez tenho convicção de que não sabotei o experimento do reboot nesses 3 meses. Tenho a esperança de nunca mais recair e a certeza de que a pessoa que eu já fui um dia não é mais a minha realidade. A meta agora é 120 dias e assim por diante. O objetivo é uma vida inteira longe do vício.
Faz um ano e meio que fui confrontado com o meu vício em pornografia pela minha esposa. Vi meu casamento acabando. A mulher que eu amo saindo porta a fora e me deixando pra trás. Ouvi da boca dela que tinha nojo de mim. Chorei muito. Entrei em desespero. Prometi que buscaria ajuda e falhei na promessa. Prometi que nunca mais assistiria pornô novamente e falhei na promessa. Prometi que não mentiria ou esconderia nada mais e falhei na promessa.
Falhei porque prometia pra ela e por ela. Enquanto eu não vi de verdade o ser humano miserável que eu me tornava com a pornografia, eu não fazia questão de verdade de abandonar o vício. Eu precisei brigar com a Mari, sair de casa e recair em PMO novamente pra perceber. Na frente do computador, assistindo pornô, eu ejaculei e desatei a chorar compulsivamente. Digo ejaculei e não gozei, porque não foi prazeroso. Me senti péssimo. Minha vida iria se resumir àquilo?
Esse foi o momento que me despertou a certeza que, independente do que acontecesse, eu seria a minha própria motivação para vencer o vício.
Voltei pra casa. Foi difícil reconciliar as coisas novamente. Tive uma nova recaída. Chorei de novo. Brigamos novamente, a Mari e eu, mas dessa vez a história se deu de forma diferente. Continuamos juntos. Comecei a escrever o meu relato em papel e aqui no fórum. Minha motivação é a minha própria mente sã.
O apoio da Mari é maravilhoso, mas a minha força pra vencer o vício tem de ser minha e não dela. Me esforço todos os dias, primeiro por mim e só depois por ela. Enquanto eu não inverti essa lógica e fazia o reboot por ela, fui fadado ao fracasso.
Hoje me sinto capaz de controlar meus impulsos e lidar muito melhor com os meus problemas e minhas ansiedades. A terapia, o programa REVERT, o fórum e a minha esposa foram fundamentais pra estruturar novamente minha vida e meus pensamentos. Não passo um dia sem ter vontade de me masturbar, o impulso de assistir algo ou de olhar pra alguma mulher na rua de uma forma sexualizada e que me desagrada, mas respiro fundo e realinho a minha mente pra desviar desses pensamentos. Hoje já é muito mais fácil fazer isso do que antes e vem ficando cada vez mais fácil. Sei que vou lidar com isso, provavelmente, pela vida toda, mas sinto que tenho capacidade de sobra pra manejar esses impulsos.
Que o futuro seja limpo de pornografia e rico de satisfação.

Gab022 escreveu:Completo 94 dias sem assistir pornografia ou substitutos, sem me masturbar e, principalmente, sem cogitar mais a ideia de abandonar o esforço de vencer o vício e retomar hábitos que são uma fonte de infelicidade na minha vida.
Dessa vez tenho convicção de que não sabotei o experimento do reboot nesses 3 meses. Tenho a esperança de nunca mais recair e a certeza de que a pessoa que eu já fui um dia não é mais a minha realidade. A meta agora é 120 dias e assim por diante. O objetivo é uma vida inteira longe do vício.
Faz um ano e meio que fui confrontado com o meu vício em pornografia pela minha esposa. Vi meu casamento acabando. A mulher que eu amo saindo porta a fora e me deixando pra trás. Ouvi da boca dela que tinha nojo de mim. Chorei muito. Entrei em desespero. Prometi que buscaria ajuda e falhei na promessa. Prometi que nunca mais assistiria pornô novamente e falhei na promessa. Prometi que não mentiria ou esconderia nada mais e falhei na promessa.
Falhei porque prometia pra ela e por ela. Enquanto eu não vi de verdade o ser humano miserável que eu me tornava com a pornografia, eu não fazia questão de verdade de abandonar o vício. Eu precisei brigar com a Mari, sair de casa e recair em PMO novamente pra perceber. Na frente do computador, assistindo pornô, eu ejaculei e desatei a chorar compulsivamente. Digo ejaculei e não gozei, porque não foi prazeroso. Me senti péssimo. Minha vida iria se resumir àquilo?
Esse foi o momento que me despertou a certeza que, independente do que acontecesse, eu seria a minha própria motivação para vencer o vício.
Voltei pra casa. Foi difícil reconciliar as coisas novamente. Tive uma nova recaída. Chorei de novo. Brigamos novamente, a Mari e eu, mas dessa vez a história se deu de forma diferente. Continuamos juntos. Comecei a escrever o meu relato em papel e aqui no fórum. Minha motivação é a minha própria mente sã.
O apoio da Mari é maravilhoso, mas a minha força pra vencer o vício tem de ser minha e não dela. Me esforço todos os dias, primeiro por mim e só depois por ela. Enquanto eu não inverti essa lógica e fazia o reboot por ela, fui fadado ao fracasso.
Hoje me sinto capaz de controlar meus impulsos e lidar muito melhor com os meus problemas e minhas ansiedades. A terapia, o programa REVERT, o fórum e a minha esposa foram fundamentais pra estruturar novamente minha vida e meus pensamentos. Não passo um dia sem ter vontade de me masturbar, o impulso de assistir algo ou de olhar pra alguma mulher na rua de uma forma sexualizada e que me desagrada, mas respiro fundo e realinho a minha mente pra desviar desses pensamentos. Hoje já é muito mais fácil fazer isso do que antes e vem ficando cada vez mais fácil. Sei que vou lidar com isso, provavelmente, pela vida toda, mas sinto que tenho capacidade de sobra pra manejar esses impulsos.
Que o futuro seja limpo de pornografia e rico de satisfação.

Boa Tarde meu amigo, só pra deixar minha mensagem aqui de força e motivação para que você continuar nessa jornada!!!


E meus parabéns pela sequência, que sejam os 94 dias de muitos que virão pela frente!


Como você mesmo disse, a mudança depende EXCLUSIVAMENTE apenas de cada um de nós!


Grande abraço;

122° dia sem consumir pornografia, sem masturbação e sem me enganar de que não estou caindo em tentação.
Esses últimos dias foram difíceis. Não estou em casa. Estou na casa dos meus pais enquanto eles viajam cuidando da minha avó. A noite fico sozinho, minha avó vai dormir mais cedo e eu fico sozinho no resto da casa. Nessa hora a vontade de assistir alguma coisa é bem grande.
Confesso que cheguei a olhar o catálogo da tv a cabo, mas acabei não assistindo nem me masturbando. Resisti.
Na minha penúltima recaída tinha sido exatamente essa situação. Agravado com eu estar aqui por causa de uma briga com minha esposa. Acabei tirando o bloqueador e assisti pornografia e me masturbei. Chorei muito depois.
Agora a minha cabeça está bem diferente. Acho que consigo passar esses dias sem cair.em tentação, mas, infelizmente, está difícil. Essa noite vai ser complicado. Tive um desentendimento com a Mari, minha esposa, e o nosso relacionamento, que já não estava bem, piorou ainda mais. Tenho medo que ele não resista. Minhas imperfeições são um peso grande pra ela e as imperfeições dela deixam a situação ainda mais complexa de se lidar.
Não sei o que vai acontecer.
O que eu sei é que não quero me entregar ao vício e nem perder a minha esposa.
Minha procrastinação é meu maior inimigo. E é essa procrastinação que é alimentada e alimenta meu vício. Fiquei nesse ciclo por muito tempo e não quero mais isso na minha vida.

Queria só desabafar mesmo. Obrigado a todos que me dão força nesse fórum.
Continuemos fortes em nosso intento.
A luta continua!

Já estou a um bom tempo sem postar nada por aqui. O motivo é novamente os relapsos que se tornaram uma recaída e cá estou recomeçando um novo reboot.
Estava com uma boa produtividade no meu dia-a-dia. A organização da casa ia bem, as tarefas da faculdade iam bem, me exercitava regularmente, o meu relacionamento com a minha esposa ia bem.
Comecei a procurar por filmes com nudez e cenas de sexo na netflix. Minha produtividade diminuiu. Comecei a não me exercitar mais, fiquei doente repetidamente, o desânimo retornou, uma ansiedade difusa também. Percebi mais recentemente que passei a procrastinar bastante, de um modo geral, buscando por filmes e séries com nudez e cenas de sexo na netflix.
Minha rotina passou a incluir um tempo fazendo isso e me masturbando após. Novamente o padrão do vício entrava na minha vida com regularidade.
Minha esposa percebeu a mudança... EU percebi a mudança, mas só consegui parar e tomar a atitude de centrar a mente e recomeçar o processo do programa REVERT e do reboot depois que minha esposa me chamou pra conversar e perguntar "Por que eu estava buscando pornografia novamente?"
Não consegui responder pra ela na hora. Minha própria mente não tem uma resposta concreta. Eu sabia o que estava fazendo, sabia que não me faria bem, pensava em alternativas de desviar o foco e não recair, mas não conseguia colocar em prática. Dia sim, dia não estava eu lá buscando por material para alimentar o vício. Por mais que eu tentasse contemporizar na minha mente de que, pelo menos dessa vez, o meu consumo de pornografia não estava afetando a minha produtividade e meu funcionamento normal no dia-a-dia. Conseguia deixar compartimentalizado apenas para aqueles momentos onde eu supria os desejos do vício, sem comprometer outros aspectos da minha vida. Mas era apenas eu me enganando. Não há forma de conter os efeitos do vício. Logo comecei a perceber que não era mais o mesmo e antigos padrões de descaso com as coisas e as pessoas voltavam.

Decidi cortar também os streamings. Não assistirei mais nada sozinho. Pelo menos por um tempo.
Já saí das redes sociais, já reduzi ao máximo o uso do computador, agora é a vez de reduzir a quantidade de séries e filmes e, principalmente, de ficar navegando e buscando material que supra o vício dentre as infinitas opções que as plataformas nos disponibilizam. O princípio de buscar a novidade que o vício tanto quer está ali só esperando pra me fisgar.
Que esse reboot seja o último. E que a força esteja com todos nós.

Gab022 escreveu:Completo 94 dias sem assistir pornografia ou substitutos, sem me masturbar e, principalmente, sem cogitar mais a ideia de abandonar o esforço de vencer o vício e retomar hábitos que são uma fonte de infelicidade na minha vida.
Dessa vez tenho convicção de que não sabotei o experimento do reboot nesses 3 meses. Tenho a esperança de nunca mais recair e a certeza de que a pessoa que eu já fui um dia não é mais a minha realidade. A meta agora é 120 dias e assim por diante. O objetivo é uma vida inteira longe do vício.
Faz um ano e meio que fui confrontado com o meu vício em pornografia pela minha esposa. Vi meu casamento acabando. A mulher que eu amo saindo porta a fora e me deixando pra trás. Ouvi da boca dela que tinha nojo de mim. Chorei muito. Entrei em desespero. Prometi que buscaria ajuda e falhei na promessa. Prometi que nunca mais assistiria pornô novamente e falhei na promessa. Prometi que não mentiria ou esconderia nada mais e falhei na promessa.
Falhei porque prometia pra ela e por ela. Enquanto eu não vi de verdade o ser humano miserável que eu me tornava com a pornografia, eu não fazia questão de verdade de abandonar o vício. Eu precisei brigar com a Mari, sair de casa e recair em PMO novamente pra perceber. Na frente do computador, assistindo pornô, eu ejaculei e desatei a chorar compulsivamente. Digo ejaculei e não gozei, porque não foi prazeroso. Me senti péssimo. Minha vida iria se resumir àquilo?
Esse foi o momento que me despertou a certeza que, independente do que acontecesse, eu seria a minha própria motivação para vencer o vício.
Voltei pra casa. Foi difícil reconciliar as coisas novamente. Tive uma nova recaída. Chorei de novo. Brigamos novamente, a Mari e eu, mas dessa vez a história se deu de forma diferente. Continuamos juntos. Comecei a escrever o meu relato em papel e aqui no fórum. Minha motivação é a minha própria mente sã.
O apoio da Mari é maravilhoso, mas a minha força pra vencer o vício tem de ser minha e não dela. Me esforço todos os dias, primeiro por mim e só depois por ela. Enquanto eu não inverti essa lógica e fazia o reboot por ela, fui fadado ao fracasso.
Hoje me sinto capaz de controlar meus impulsos e lidar muito melhor com os meus problemas e minhas ansiedades. A terapia, o programa REVERT, o fórum e a minha esposa foram fundamentais pra estruturar novamente minha vida e meus pensamentos. Não passo um dia sem ter vontade de me masturbar, o impulso de assistir algo ou de olhar pra alguma mulher na rua de uma forma sexualizada e que me desagrada, mas respiro fundo e realinho a minha mente pra desviar desses pensamentos. Hoje já é muito mais fácil fazer isso do que antes e vem ficando cada vez mais fácil. Sei que vou lidar com isso, provavelmente, pela vida toda, mas sinto que tenho capacidade de sobra pra manejar esses impulsos.
Que o futuro seja limpo de pornografia e rico de satisfação.

Meu amigo, parece que vejo em você toda a minha história, aconteceu exatamente a mesma coisa, minha esposa me flagrou, e nesses quase 2 anos do acontecido, estremecemos como casal ( óbvio ), mas decidimos viver juntos, e como vc parei não por minha esposa, não pela sociedade, apenas por mim, porque entendi que tudo o que realizava no meu mundinho, já não fazia sentido algum para mim.

Se não fossemos pessoas diferentes, poderia dizer que vc narrou com todos os detalhes a minha própria história.