Dando continuidade à minha construção

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Dando continuidade à minha construção - Página 5 Empty Re: Dando continuidade à minha construção

Ter 26 Set - 0:50
A Peça Final

Como podem ver, acabei recaindo com quase 40 dias, mas não é exatamente sobre isso que eu quero falar. Já entendi o porquê da queda e já estou trabalhando em cima disso, sem choro. Quero tratar de outra coisa mais importante, uma questão que já é discutida faz algum tempo aqui mas que nunca chegamos a uma solução muito boa.

Comecemos por uma resposta que dei aqui no meu diário para o ilCapo, há bastante tempo:

ilCapo:

"(...) teve uma mensagem que falava sobre o porque de alguns rebooters, depois de ficarem X dias sem PMO, não conseguem engatar bem um outro Reboot. E isso também aconteceu comigo, é o que está/estava acontecendo contigo, e que acontece com tantos outros aqui. É bem importante para nós mesmos refletir e parar. E a única coisa que me vem em mente é o grau de comprometimento com o Reboot, parece não ter uma outra explicação, sabe... Parar muito pra pensar sobre os motivos, acredito que encontraríamos inúmeras racionalizações que justificariam nossa queda e tals, mas seriam justificativas equivocadas. Enfim, cara, o que achas ? (...)"

Eu respondi na época:

" (...) Cara, eu ainda não sei explicar exatamente o que acontece conosco que já fizemos esse processo e temos maior dificuldade ao fazer uma segunda vez. Ainda acho que o maior problema é que da primeira vez tínhamos uma motivação maior, pois estávamos em busca do "desconhecido" e tínhamos uma visão de que aquilo seria a salvação absoluta para a maioria de nossos problemas.

Ao notar que o reboot não resolveu tudo e que nós ainda estávamos insuficientemente protegidos, voltamos ao vício e por lá ficamos, só que agora sem aquela motivação inicial para superar os obstáculos. Sabemos o método, mas a motivação se reduziu profundamente. Portanto, temos que realmente reforçar os bloqueadores para "equilibrar" essa nossa falta de vontade. E um exemplo interessante que eu poderia te dar que reforça essa minha tese, é quando zeramos um jogo. Acredito que você já tenha passado por essa experiência.

A primeira vez que zeramos, vamos com foco total e fazemos tudo que for necessário para concluir aquele objetivo. Tendo concluído uma vez, nossa motivação para passar de novo por todo aquele processo para chegar naquele mesmo final decai absurdamente, pois já vimos aquilo que tinha para ser visto. Tanto é que normalmente zeramos os jogos uma única vez, a não ser que existam finais alternativos para serem explorados, mas mesmo esses finais muitas vezes não trazem a motivação necessária, aquela sede de ver o que nos espera. (...)"


Análise

Mesmo tendo dado essa resposta, eu não estava completamente satisfeito com ela. Claramente faltavam alguns elementos para explicar exatamente o porquê desse padrão: a pessoa completa o reboot, recai e depois não consegue completar de novo.

A minha primeira explicação girava em torno da questão da curiosidade que temos quando estamos começando. Por ainda não saber o que nos espera depois dos 90 dias, temos uma motivação muito maior, já que estamos atiçados pela nova experiência e tudo mais.

Só que somente a curiosidade ainda não me parecia uma razão tããão forte assim para justificar tal padrão. Eu sabia que eu estava curioso quando consegui completar o reboot, mas não me parecia ser somente isso que tinha feito com que de fato eu conseguisse. A sensação sempre foi de insatisfação: eu tinha um problema, mas não conseguia intelectualmente dar uma resposta satisfatória para o mesmo, nem no e-book isso consta.

Daí chegamos no dia de hoje.

Uma Breve História

Hoje estava vendo um curso sobre filosofia interessante. Estava tratando sobre o período Helenístico, que é um período logo após o período Aristotélico, onde o conhecimento adquirido aparentemente havia se perdido.

Vivemos em uma época que nós  temos acesso a tanto conhecimento de forma tão simples que acabamos perdemos o senso  de como o conhecimento surge e como o mesmo evolui. Como já está tudo na nossa cara, não nos ligamos de como foi difícil para chegar a tal nível de racionalidade sobre algumas questões e como já está tudo agora esquematizado em sistema de ensino extremamente simplificados, tudo parece muito fácil, quando na verdade nada era fácil quando não se sabia coisa alguma.

Para o conhecimento evoluir, é necessário que uma determinada geração descubra algo e crie uma linguagem em comum que torne possível retornar àquela mesma coisa de maneira simples, criando a possibilidade de pessoas fazerem ligações entre a experiência real e o que está sendo conversado, de forma que possam tratar a questão de forma intelectual.

Depois, essa determinada geração precisa transmitir o que foi aprendido para a geração seguinte, que irá dar continuidade ao que já foi descoberto e irá prosseguir com  a investigação dos antepassados, de forma que o conhecimento anterior dá a base para que novas descobertas sejam feitas em cima daquilo que já é sabido. Se a cada geração que se passasse ocorresse uma quebra dessa transmissão, ou seja, a geração seguinte não absorvesse aquilo que já foi aprendido pela geração anterior, entraríamos em um loop infernal em que sempre estaríamos redescobrindo a mesma coisa de novo e de novo e de novo, de forma que nunca avançaríamos para o próximo passo. Foi algo assim que aconteceu na Grécia.

O que acontece é que na Grécia antiga, tudo que começou com Sócrates (o plano socrático de filosofia) teve continuidade em Platão, que era seu aprendiz, e depois em Aristóteles, que era aluno de Platão. Dessa forma, houve um diálogo entre as gerações e o conhecimento evoluiu.

Só que, após invasões de território e a extinção da Pólis, a impressão que se dá é de que tudo foi perdido. A geração seguinte, que agora não é mais cidadã e portanto vive de forma atomística, sem direito a participação política, aparentemente perde o contato com tudo que já tinha sido desenvolvido anteriormente e há uma quebra quase que completa na cadeia do conhecimento. As experiências e conhecimentos de Aristóteles não são transmitidos de forma eficiente e a nova geração passa pelos mesmos problemas da anterior, de forma que a filosofia sofreu uma queda monstruosa e nada que foi produzido nesse período chega aos pés das produções da época antiga. As soluções que já tinham sido dadas tiveram que ser redescobertas e pior: por mentes não tão geniais quanto às de Aristóteles ou Platão, em ambientes que a retórica não era desenvolvida.

Houve, portanto, um refluxo gigantesco e ao invés de continuar com a evolução, o retrocesso tomou conta e questões básicas voltaram a incomodar e a filosofia se desenvolveu muito pouco nesse período.

Como tudo se liga

Bom, após ter ouvido toda essa explicação, fui para aula. Chegando lá, com a cabeça fora do lugar ainda pois tinha tido uma queda não fazia muito tempo, resolvi sair e dar uma volta no campus da universidade.

Comecei a analisar o período quando eu tinha sucesso, como parecia fácil engatar um reboot de mais de 50 dias e como que fazer esses 40 agora foi tão sofrido.

Me recordei de que, logo na minha primeira tentativa, sem saber de reboot nem nada, eu consegui umas 3 semanas limpo. Logo após isso, engatei 50 dias, depois 31 dias, depois uns 100. A questão é que, logo após completar o reboot, não consegui desenvolver direito mais e isso sempre me intrigava. Afinal de contas, eu já tinha passado por todas situações, já conhecia o problema infinitamente melhor do que antes, então qual justificativa minimamente racional existiria para eu não conseguir tal feito novamente?

Para vocês terem uma ideia, desde que eu completei esse meu reboot já se passaram 1 ano e uns 4 meses e desde então a melhor marca que consegui atingir nesse tempo todo foi essa que fiz agora, de quase 40 dias. Por que é que algo que antes eu conseguia com aparente facilidade, com vários bons períodos em sequência, agora parece tão difícil?

Então analisei o meu período depois do sucesso e vi que sempre ao ter uma recaída, eu demorava pelo menos uma semana para voltar aos trilhos, não existia esse ponto principal dessa história toda que acabei de contar para vocês: continuidade.

Começava um reboot, conseguia umas três semaninhas, recaia e logo após a queda resolvia me dar um tempo para "relaxar". Ficava tendo várias e várias quedas em sequência, de forma que quando eu voltava, já estava no ponto 0 novamente. A questão é, por que é que isso ocorria?

Simples, caros amigos. Se na primeira vez, quando acabamos de conhecer o método, somos empurrados pela curiosidade, após concluí-lo somos dominados pela sensação de plenitude. Aquela sensação de que já vimos o que existia atrás da cortina, de que já zeramos o joguinho e que só estaremos de boas de chegar lá novamente. Essa sensação é o que nos leva ao maior problema de todos, mas ela não é o problema principal em si. Já explico.

Um cara que acabou de começar se sente motivado por cada meta alcançada. Se ele na primeira tentativa conseguiu 3 semanas, o pensamento dele é: "porra, se eu já consegui isso, acho que eu consigo fazer um número ainda melhor na próxima" e depois ele vai lá e consegue 60 dias, ele se motiva mais ainda: "caraaalho, tá quase velho, é só eu arrumar uns detalhes que daqui a pouco a bola entra no gol" e depois ele consegue os tão sonhados 3 meses e ainda mais, sem nem mesmo parecer que fez tanto esforço.

O problema é quando tal sujeito recai. Como ele já chegou muito longe e ele já sabe o que o espera, as pequenas metas já não parecem satisfazê-lo tanto e logo após a queda ele sente que já passou tanto tempo, dando tanta raça, pra agora recair, que ele agora precisa de um tempo para se desligar um pouco e voltar com força máxima. É a recompensa por tanto tempo perdido, já que tá na merda mesmo, agora chuta o balde, foda-se, você já completou uma vez, consegue de novo. Será?

Daí se passam algumas semaninhas brincando de punheta e o cara resolve voltar a tentar. Só que agora, tudo que tinha sido construído por ele anteriormente já foi perdido. Ele tem a ilusão de que será mais fácil porque já conseguiu ficar muitos dias limpo antes, só que a realidade se mostra diferente. Ele tenta de novo e, ao invés de avançar facilmente, tem um lapso com poucos dias. O que ele faz após isso?

Ele não pensa igual o cara que está começando e está motivado a bater a meta anterior. Ele pensa que somente completar o reboot iria satisfazê-lo de forma plena novamente, de forma que ele não valoriza mais os pequenos passos e, aos poucos, ele deixa de lutar direito. Mesmo uma boa quantidade de dias é ainda relativamente desprezível para quem chegou tão longe. Fazer 50 dias para quem já fez 200 não motiva o cara a continuar no mesmo pique logo após uma queda. Ele simplesmente não tem a mesma motivação de voltar para fazer ainda melhor.

Foi aí que eu voltei minhas atenções ao meu período de sucesso novamente. Notei que, a cada recaída, eu voltava imediatamente para o experimento e ainda mais motivado a bater minha meta anterior. Não se passava nem dois dias e eu já estava tentando com tudo de novo, de forma que o efeito caçador nem parecia existir.

Então tudo ficou muito claro. Parei para pensar nos colegas do fórum e me lembrei de como todas as histórias eram parecidas com a minha: todos começavam fazendo boas quantidades de dias sem muitos problemas, depois completavam o reboot e paravam de fazer boas quantidades de dias, assim como obviamente não concluíam mais o reboot.

Assim como os gregos após Aristóteles, eu estava perdendo tudo aquilo que já tinha sido conquistado e, portanto, não conseguia dar o próximo passo. Todo o período de desintoxicação que eu tinha conseguido estava sendo completamente destruído, fazendo com que eu retornasse sempre ao mesmo ponto em que comecei, de forma que as crises voltavam praticamente na mesma quantidade de dias da anterior. Tudo porque eu passava tempo demais recaído, coisa que eu não fazia quando consegui completar o reboot.

Costumamos aqui no fórum falar somente de benefícios perdidos/mantidos após as quedas, mas pouco falamos sobre a desintoxicação conseguida. Se você conseguiu passar uma boa quantidade de dias limpo mas acabou recaindo, fique ciente de que se você voltar logo para o experimento, a próxima tentativa é infinitamente mais fácil. O corpo já não pede mais tanto da droga e temos menos crises de abstinência e, no final das contas, esse provavelmente é o principal segredo para o sucesso, pois é muito difícil com o corpo ainda intoxicado conseguir os 90 dias na primeira tentativa, mas se você já acumulou bons dias em tentativas anteriores, a tendência é que os 90 cheguem de forma infinitamente mais natural, como uma consequência daquilo que já estava sendo feito anteriormente.

Entendi, portanto, que quase tão importante quanto não recair, é simplesmente voltar para os trilhos o mais rápido que conseguir. Sim, isso está no e-book, mas não exatamente da forma que estou expondo e não pelas razões pelas quais estou explicando. O e-book não deixa tão claro a importância absurda dessa questão enquanto que, parando para analisar, esse talvez tenha sido o fator principal que me fez chegar tão longe determinada vez, em cuja tentativa que eu não sabia talvez nem 2/3 do que sei agora, muito menos experiente e maduro do que sou nesse momento.

Agora, minha meta não é mais tão focada nos 90 dias, mas sim em bater esses 40 dias conquistados e não me deixar levar pelo efeito caçador desses primeiros dias, de forma que eu dê continuidade ao que já foi feito, tendo a certeza de que caso eu consiga passar desses primeiros dias, a próxima tentativa será muito mais fácil e possivelmente me deixará muito mais perto da vitória definitiva. Só assim ocorre a evolução, era a peça que faltava nesse enorme quebra-cabeça do reboot.

Essa explicação toda apaziguou minha mente de tal forma que fiquei até mais leve e com uma vontade feroz de voltar imediatamente com tudo, entendi aquilo que tanto me perturbava. Posso até estar errado, mas analisando minha histórias e de outros, vejo que tudo se encaixa.

E você, também está fazendo como os gregos após Aristóteles?

_______________________________________



Meu diário I -> https://www.comoparar.com/t2081-virando-homem
Meu diário II -> https://www.comoparar.com/t5904-dando-continuidade-a-minha-construcao
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Dando continuidade à minha construção - Página 5 Empty Re: Dando continuidade à minha construção

Ter 26 Set - 10:03
Broda escreveu:
A Peça Final

Como podem ver, acabei recaindo com quase 40 dias, mas não é exatamente sobre isso que eu quero falar. Já entendi o porquê da queda e já estou trabalhando em cima disso, sem choro. Quero tratar de outra coisa mais importante, uma questão que já é discutida faz algum tempo aqui mas que nunca chegamos a uma solução muito boa.

Comecemos por uma resposta que dei aqui no meu diário para o ilCapo, há bastante tempo:

ilCapo:

"(...) teve uma mensagem que falava sobre o porque de alguns rebooters, depois de ficarem X dias sem PMO, não conseguem engatar bem um outro Reboot. E isso também aconteceu comigo, é o que está/estava acontecendo contigo, e que acontece com tantos outros aqui. É bem importante para nós mesmos refletir e parar. E a única coisa que me vem em mente é o grau de comprometimento com o Reboot, parece não ter uma outra explicação, sabe... Parar muito pra pensar sobre os motivos, acredito que encontraríamos inúmeras racionalizações que justificariam nossa queda e tals, mas seriam justificativas equivocadas. Enfim, cara, o que achas ? (...)"

Eu respondi na época:

" (...) Cara, eu ainda não sei explicar exatamente o que acontece conosco que já fizemos esse processo e temos maior dificuldade ao fazer uma segunda vez. Ainda acho que o maior problema é que da primeira vez tínhamos uma motivação maior, pois estávamos em busca do "desconhecido" e tínhamos uma visão de que aquilo seria a salvação absoluta para a maioria de nossos problemas.

Ao notar que o reboot não resolveu tudo e que nós ainda estávamos insuficientemente protegidos, voltamos ao vício e por lá ficamos, só que agora sem aquela motivação inicial para superar os obstáculos. Sabemos o método, mas a motivação se reduziu profundamente. Portanto, temos que realmente reforçar os bloqueadores para "equilibrar" essa nossa falta de vontade. E um exemplo interessante que eu poderia te dar que reforça essa minha tese, é quando zeramos um jogo. Acredito que você já tenha passado por essa experiência.

A primeira vez que zeramos, vamos com foco total e fazemos tudo que for necessário para concluir aquele objetivo. Tendo concluído uma vez, nossa motivação para passar de novo por todo aquele processo para chegar naquele mesmo final decai absurdamente, pois já vimos aquilo que tinha para ser visto. Tanto é que normalmente zeramos os jogos uma única vez, a não ser que existam finais alternativos para serem explorados, mas mesmo esses finais muitas vezes não trazem a motivação necessária, aquela sede de ver o que nos espera. (...)"


Análise

Mesmo tendo dado essa resposta, eu não estava completamente satisfeito com ela. Claramente faltavam alguns elementos para explicar exatamente o porquê desse padrão: a pessoa completa o reboot, recai e depois não consegue completar de novo.

A minha primeira explicação girava em torno da questão da curiosidade que temos quando estamos começando. Por ainda não saber o que nos espera depois dos 90 dias, temos uma motivação muito maior, já que estamos atiçados pela nova experiência e tudo mais.

Só que somente a curiosidade ainda não me parecia uma razão tããão forte assim para justificar tal padrão. Eu sabia que eu estava curioso quando consegui completar o reboot, mas não me parecia ser somente isso que tinha feito com que de fato eu conseguisse. A sensação sempre foi de insatisfação: eu tinha um problema, mas não conseguia intelectualmente dar uma resposta satisfatória para o mesmo, nem no e-book isso consta.

Daí chegamos no dia de hoje.

Uma Breve História

Hoje estava vendo um curso sobre filosofia interessante. Estava tratando sobre o período Helenístico, que é um período logo após o período Aristotélico, onde o conhecimento adquirido aparentemente havia se perdido.

Vivemos em uma época que nós  temos acesso a tanto conhecimento de forma tão simples que acabamos perdemos o senso  de como o conhecimento surge e como o mesmo evolui. Como já está tudo na nossa cara, não nos ligamos de como foi difícil para chegar a tal nível de racionalidade sobre algumas questões e como já está tudo agora esquematizado em sistema de ensino extremamente simplificados, tudo parece muito fácil, quando na verdade nada era fácil quando não se sabia coisa alguma.

Para o conhecimento evoluir, é necessário que uma determinada geração descubra algo e crie uma linguagem em comum que torne possível retornar àquela mesma coisa de maneira simples, criando a possibilidade de pessoas fazerem ligações entre a experiência real e o que está sendo conversado, de forma que possam tratar a questão de forma intelectual.

Depois, essa determinada geração precisa transmitir o que foi aprendido para a geração seguinte, que irá dar continuidade ao que já foi descoberto e irá prosseguir com  a investigação dos antepassados, de forma que o conhecimento anterior dá a base para que novas descobertas sejam feitas em cima daquilo que já é sabido. Se a cada geração que se passasse ocorresse uma quebra dessa transmissão, ou seja, a geração seguinte não absorvesse aquilo que já foi aprendido pela geração anterior, entraríamos em um loop infernal em que sempre estaríamos redescobrindo a mesma coisa de novo e de novo e de novo, de forma que nunca avançaríamos para o próximo passo. Foi algo assim que aconteceu na Grécia.

O que acontece é que na Grécia antiga, tudo que começou com Sócrates (o plano socrático de filosofia) teve continuidade em Platão, que era seu aprendiz, e depois em Aristóteles, que era aluno de Platão. Dessa forma, houve um diálogo entre as gerações e o conhecimento evoluiu.

Só que, após invasões de território e a extinção da Pólis, a impressão que se dá é de que tudo foi perdido. A geração seguinte, que agora não é mais cidadã e portanto vive de forma atomística, sem direito a participação política, aparentemente perde o contato com tudo que já tinha sido desenvolvido anteriormente e há uma quebra quase que completa na cadeia do conhecimento. As experiências e conhecimentos de Aristóteles não são transmitidos de forma eficiente e a nova geração passa pelos mesmos problemas da anterior, de forma que a filosofia sofreu uma queda monstruosa e nada que foi produzido nesse período chega aos pés das produções da época antiga. As soluções que já tinham sido dadas tiveram que ser redescobertas e pior: por mentes não tão geniais quanto às de Aristóteles ou Platão, em ambientes que a retórica não era desenvolvida.

Houve, portanto, um refluxo gigantesco e ao invés de continuar com a evolução, o retrocesso tomou conta e questões básicas voltaram a incomodar e a filosofia se desenvolveu muito pouco nesse período.

Como tudo se liga

Bom, após ter ouvido toda essa explicação, fui para aula. Chegando lá, com a cabeça fora do lugar ainda pois tinha tido uma queda não fazia muito tempo, resolvi sair e dar uma volta no campus da universidade.

Comecei a analisar o período quando eu tinha sucesso, como parecia fácil engatar um reboot de mais de 50 dias e como que fazer esses 40 agora foi tão sofrido.

Me recordei de que, logo na minha primeira tentativa, sem saber de reboot nem nada, eu consegui umas 3 semanas limpo. Logo após isso, engatei 50 dias, depois 31 dias, depois uns 100. A questão é que, logo após completar o reboot, não consegui desenvolver direito mais e isso sempre me intrigava. Afinal de contas, eu já tinha passado por todas situações, já conhecia o problema infinitamente melhor do que antes, então qual justificativa minimamente racional existiria para eu não conseguir tal feito novamente?

Para vocês terem uma ideia, desde que eu completei esse meu reboot já se passaram 1 ano e uns 4 meses e desde então a melhor marca que consegui atingir nesse tempo todo foi essa que fiz agora, de quase 40 dias. Por que é que algo que antes eu conseguia com aparente facilidade, com vários bons períodos em sequência, agora parece tão difícil?

Então analisei o meu período depois do sucesso e vi que sempre ao ter uma recaída, eu demorava pelo menos uma semana para voltar aos trilhos, não existia esse ponto principal dessa história toda que acabei de contar para vocês: continuidade.

Começava um reboot, conseguia umas três semaninhas, recaia e logo após a queda resolvia me dar um tempo para "relaxar". Ficava tendo várias e várias quedas em sequência, de forma que quando eu voltava, já estava no ponto 0 novamente. A questão é, por que é que isso ocorria?

Simples, caros amigos. Se na primeira vez, quando acabamos de conhecer o método, somos empurrados pela curiosidade, após concluí-lo somos dominados pela sensação de plenitude. Aquela sensação de que já vimos o que existia atrás da cortina, de que já zeramos o joguinho e que só estaremos de boas de chegar lá novamente. Essa sensação é o que nos leva ao maior problema de todos, mas ela não é o problema principal em si. Já explico.

Um cara que acabou de começar se sente motivado por cada meta alcançada. Se ele na primeira tentativa conseguiu 3 semanas, o pensamento dele é: "porra, se eu já consegui isso, acho que eu consigo fazer um número ainda melhor na próxima" e depois ele vai lá e consegue 60 dias, ele se motiva mais ainda: "caraaalho, tá quase velho, é só eu arrumar uns detalhes que daqui a pouco a bola entra no gol" e depois ele consegue os tão sonhados 3 meses e ainda mais, sem nem mesmo parecer que fez tanto esforço.

O problema é quando tal sujeito recai. Como ele já chegou muito longe e ele já sabe o que o espera, as pequenas metas já não parecem satisfazê-lo tanto e logo após a queda ele sente que já passou tanto tempo, dando tanta raça, pra agora recair, que ele agora precisa de um tempo para se desligar um pouco e voltar com força máxima. É a recompensa por tanto tempo perdido, já que tá na merda mesmo, agora chuta o balde, foda-se, você já completou uma vez, consegue de novo. Será?

Daí se passam algumas semaninhas brincando de punheta e o cara resolve voltar a tentar. Só que agora, tudo que tinha sido construído por ele anteriormente já foi perdido. Ele tem a ilusão de que será mais fácil porque já conseguiu ficar muitos dias limpo antes, só que a realidade se mostra diferente. Ele tenta de novo e, ao invés de avançar facilmente, tem um lapso com poucos dias. O que ele faz após isso?

Ele não pensa igual o cara que está começando e está motivado a bater a meta anterior. Ele pensa que somente completar o reboot iria satisfazê-lo de forma plena novamente, de forma que ele não valoriza mais os pequenos passos e, aos poucos, ele deixa de lutar direito. Mesmo uma boa quantidade de dias é ainda relativamente desprezível para quem chegou tão longe. Fazer 50 dias para quem já fez 200 não motiva o cara a continuar no mesmo pique logo após uma queda. Ele simplesmente não tem a mesma motivação de voltar para fazer ainda melhor.

Foi aí que eu voltei minhas atenções ao meu período de sucesso novamente. Notei que, a cada recaída, eu voltava imediatamente para o experimento e ainda mais motivado a bater minha meta anterior. Não se passava nem dois dias e eu já estava tentando com tudo de novo, de forma que o efeito caçador nem parecia existir.

Então tudo ficou muito claro. Parei para pensar nos colegas do fórum e me lembrei de como todas as histórias eram parecidas com a minha: todos começavam fazendo boas quantidades de dias sem muitos problemas, depois completavam o reboot e paravam de fazer boas quantidades de dias, assim como obviamente não concluíam mais o reboot.

Assim como os gregos após Aristóteles, eu estava perdendo tudo aquilo que já tinha sido conquistado e, portanto, não conseguia dar o próximo passo. Todo o período de desintoxicação que eu tinha conseguido estava sendo completamente destruído, fazendo com que eu retornasse sempre ao mesmo ponto em que comecei, de forma que as crises voltavam praticamente na mesma quantidade de dias da anterior. Tudo porque eu passava tempo demais recaído, coisa que eu não fazia quando consegui completar o reboot.

Costumamos aqui no fórum falar somente de benefícios perdidos/mantidos após as quedas, mas pouco falamos sobre a desintoxicação conseguida. Se você conseguiu passar uma boa quantidade de dias limpo mas acabou recaindo, fique ciente de que se você voltar logo para o experimento, a próxima tentativa é infinitamente mais fácil. O corpo já não pede mais tanto da droga e temos menos crises de abstinência e, no final das contas, esse provavelmente é o principal segredo para o sucesso, pois é muito difícil com o corpo ainda intoxicado conseguir os 90 dias na primeira tentativa, mas se você já acumulou bons dias em tentativas anteriores, a tendência é que os 90 cheguem de forma infinitamente mais natural, como uma consequência daquilo que já estava sendo feito anteriormente.

Entendi, portanto, que quase tão importante quanto não recair, é simplesmente voltar para os trilhos o mais rápido que conseguir. Sim, isso está no e-book, mas não exatamente da forma que estou expondo e não pelas razões pelas quais estou explicando. O e-book não deixa tão claro a importância absurda dessa questão enquanto que, parando para analisar, esse talvez tenha sido o fator principal que me fez chegar tão longe determinada vez, em cuja tentativa que eu não sabia talvez nem 2/3 do que sei agora, muito menos experiente e maduro do que sou nesse momento.

Agora, minha meta não é mais tão focada nos 90 dias, mas sim em bater esses 40 dias conquistados e não me deixar levar pelo efeito caçador desses primeiros dias, de forma que eu dê continuidade ao que já foi feito, tendo a certeza de que caso eu consiga passar desses primeiros dias, a próxima tentativa será muito mais fácil e possivelmente me deixará muito mais perto da vitória definitiva. Só assim ocorre a evolução, era a peça que faltava nesse enorme quebra-cabeça do reboot.

Essa explicação toda apaziguou minha mente de tal forma que fiquei até mais leve e com uma vontade feroz de voltar imediatamente com tudo, entendi aquilo que tanto me perturbava. Posso até estar errado, mas analisando minha histórias e de outros, vejo que tudo se encaixa.

E você, também está fazendo como os gregos após Aristóteles?

E aí, Broda! Suave? Resolvi dar uma chegada aqui no teu diário e tentar contribuir com um pouco de valor, já que tu já contribuiu muito comigo quando li ele.

Achei muito interessante o que você disse que antes de saber do reboot e tal, já tinha passado um mês sem. Vou confessar um coisa, apesar de ler as histórias de sucesso e alguns diários como seu terem sido fundamental no meu reboot, porque eu sempre recorria a isso quando batia uma fissura, eu só fiz meu diário após os noventa dias com medo disso me atrapalhar. Assim como você, eu parei de ver P por mais ou menos dois meses, e foi muito simples, eu comecei a achar sem base apenas, claro que conscientemente. Mas eu tinha conversas eróticas por WhatsApp, lia contos e via vídeos no YouTube, então eu conheci o fórum e cortei também o resto. E, também por isso, o fórum foi essencial pra que eu soubesse que eram prejudicial também. Mas por que de eu achar que criar uma conta, um diário e contador me atrapalharia? Bem, eu via todo mundo na neura de alcançar 90 dias e ficava com medo de ficar assim também. Que diferença faz alcançar noventa dias? Pode servir como medição de recuperação e motivação, mas apenas isso. Eu sempre preferi ver apenas como ''não sou mais esse tipo de cara'', ''não faz parte dos meus valores'' e eu acho que isso é crucial. Sei lá, eu não conto quantos dias faz que parei de comer farinha porque acho prejudicial, sabe? Simplesmente me faz mal e não vou fazer. Ver como uma caminhada até o X número de dias não considero produtivo, prefiro simplesmente parar de ver sentido na PMO. Eu nem queria me apegar a termos e nomes, e sempre tenho meio que um receio ao ler diários, pode eu começar a ver como se fosse algo de outro mundo como muitos veem. Mas criei um diário porque achei que poderia ajudar os outros, e coloquei um contador do zero pra ver se driblo o excesso de confiança.

Cada um vê do jeito que quiser, mas é assim que funciona pra mim. Até pretendo ficar sem contador quando esse completar 90 dias (até lá vai ser bom pra dar uma base de como está minha situação, já que com 20 anos o mínimo que considero é seis meses pra querer alguma melhora) o contador não quer dizer nada mesmo.

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Meu diário: http://www.comoparar.com/t5744-diario-do-aquilles
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Ter 26 Set - 10:10
Lembrando que eu nunca questionaria a importância do fórum. Ele me deu o mais necessário que é o conhecimento. Sem ele, mesmo que eu parasse, eu não ia nem saber que era tão prejudicial assim e provavelmente voltaria a praticar. E outra, ler os diários e poder me preparar para o que eu ia passar foi fundamental.

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Ter 26 Set - 11:25
"Ah, my friends from the prison, they ask unto me,
How good, how good does it feel to be free?
And I answer them most mysteriously,
;Are birds free from the chains of the skyway".
(Ballad in Plan D)

Ol, Broda, tudo bem.

Andei lendo seu diário e encontrei explicações interessantes sobre a natureza deste vício. Quando você estava sentado observando os pássaros na sua liberdade, aí lembrei dos últimos versos de uma música de Bob Dylan, o qual está descrita acima. É um paradoxo, pois a condição intrínseca dos pássaros e voarem "presos" no céu. A nossa percepção cria uma metáfora associando vôo e liberdade. Os pássaros voam porque é da espécie ser assim, porém a gente ver um símbolo de ser livre.

Pra que isso tudo? Bem, porque nós que tentamos superar este vício é como querer buscar a liberdade dentro dessa prisão de PMO. Até lembrei da distinção clássica entre "vontade livre e vontade condicionada" que o Canaã expôs no fórum. A gente meio que sente aprisionado pelos condicionamentos que o vício gerou. Então, não queria parecer pessimista, mas cada dia que estamos livres deste vício seria uma ilusão de que estamos livres. Cada dia que lutamos aqui é feita dentro da prisão mental. Nestes 40 dias, você se sentiu livre? Provavelmente não, apenas sentiu que lutou e venceu mais um dia, superou adversidade.e não sucumbiu a algum gatilho. Aí, a gente cai e explica a recaída e com o tempo se torna natural. É absurdo? Não, Broda. É a REALIDADE de nós aqui. É como os pássaros que voam acorrentados no céu. A condição de ser livre na prisão do céu.

Ou seja, o Reboot só faz sentido porque é luta diária na prisão dos condicionamentos mentais do vício. E por incrível que pareça, o sentido de buscar se livrar desses condicionamentos é nossa prisão. É como aquele mito de Sísifo. Novamente, ele deve empurrar morro acima uma pedra que logo vai rolar abaixo e recomeça tudo de novo.

É isso, Broda. Não seremos livres, mas a luta consiste em PERMANECER LIVRE O MÁXIMO QUE PUDER. A gente decide isso a cada momento, da mesma forma que você não decidiu que seu aniversário seria triste e chato. Sucessos na jornada.
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Ter 26 Set - 12:28


Corre Broda, corre!


Às vezes, não conseguimos enxergar o tamanho da força e potencial que temos. Isso acontece por causa da PMO que condiciona a nossa mente com pensamentos incapacitantes. Mas quando nos colocamos prontos a reagir, e não ficamos parados vendo tudo acontecer passivamente, descobrimos o tamanho da força e capacidade interior que possuímos. Corre Broda, corre! Sei que você é rápido e veloz, e consegue se desvencilhar das ciladas da PMO. Eu confio plenamente no seu sucesso, amigo! Capacidade total você tem para isso. Um forte abraço!


מי ייתן ונמשיך בשלום!

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Sex 29 Set - 7:16
Broda, como vai aí meu amigo?

Antes de mais nada quero te agradecer pela forma que me respondeu, eu realmente não imaginava que a minha mensagem seria tão significativa assim, como eu fiquei feliz quando li tua resposta, foi mto foda, pois vi que realmente foi algo que te tocou e teve importância, a minha intenção era essa mesma de te presentear de alguma forma, e como em qualquer presente o que vale é a intenção, e as minhas intenções eram as melhores. Foi importante pra mim a sua resposta, me fez perceber que eu não tenho que ter medo de me expor e de mostrar quem eu sou ou o que eu sinto, que as pessoas certas vão saber apreciar isso. O teu relato no teu aniversário foi maravilhoso cara, vc se esforçou pra ter um dia bom e conseguiu, mandou bem demais, esse teu mérito e todas as outras conquistas diárias ninguém pode te tirar.
Achei interessante a sua reflexão sobre a questão da continuidade, muito boa a forma como vc desenvolveu a ideia, mas pra mim eu já tinha entendido isso com o e-book, por isso digo sempre que aquilo que importa é cuidar do nosso cérebro, independente do contador ou do resset, fazer aquilo que é o melhor pra recuperar e cuidar da gente e do nosso cérebro a cada dia, a cada momento, é isso que importa. Se o cara ver 1 min de P terá que ressetar sim, mas se ele parar por ali e voltar ao reboot o cérebro dele será menos afetado.
Continue aqui com a gente mano, as tuas dificuldades só mostram a realidade dos fatos e o esforço necessário pra vencer esse vício que é algo mto sério e tem uma força destrutiva enorme. Não se sinta envergonhado, lembra que eu falei que tinha ficado envergonhado com o meu texto e vc falou pra eu não me sentir assim pois foi algo lindo que saiu de mim, da mesma forma é a sua participação aqui.
Pode contar comigo sempre, tô aqui de braços abertos irmão. Sinta-se abraçado e seja forte, eu sei o seu valor e acredito em você.

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Sáb 30 Set - 1:30
Fala Bodra !
Primeiramente parabéns pelo aniversário (atrasado).
Eu compreendo esses seus pensamentos negativos porque também fico assim a cada ano somado na minha vida. Me sinto um lixo por estar desempregado e muito atrasado financeiramente em comparação com todos conhecidos da minha idade. Não dei certo em nenhum emprego que passei, e quando os deixei, a inconformidade e raiva predominavam em mim. Parece que não aceito o mundo do jeito que ele é, o que me leva à acomodação (apesar de estudar) e procrastinação. E com mulheres, putz. Sou muito fraco emocionalmente, tanto que nem procuro falar muito de minha ex aqui no site para não passar por sentimentos ruins à toa. Mas cara, pude perceber o mesmo de várias vítimas da pornografia aqui no fórum, o que me leva a crer que esta é a PRINCIPAL responsável por isso.
Frase de G. Wilson: "Você não sabe quais os efeitos negativos da pornografia até que pare com ela. Milhares de caras ficam surpresos porque quando param, voltam com mais energia, a confiança aumenta e a ansiedade social desaparece". Resumindo: não nos conhecemos porque vivemos numa bolha que raptou nossa dopamina e nos deixou fracos emocionalmente. ACREDITE, o mundo é muito mais fácil do que parece, mas temos que nos livrar disso.

Quanto a sua queda, lamento muito, mas me inquietou a aparente conformidade que você teve com ela. Sei lá, acho que um pouco de raiva e revolta consigo mesmo seria saudável para voltar mais motivado. Mas enfim, lembra-se que você ainda pode salvar o ano de 2017, meu caro.

Estarei acompanhando e torcendo muito por sua recuperação. Forte abraço.

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Sáb 30 Set - 13:28
Responderei depois, só queria deixar um detalhe importante, eu ainda não sei lidar com isso:

Eu recaí antes de ontem, falta atualizar o contador.

Um tio meu que estava com câncer, há dois anos lutando, faleceu. Chego em casa, recebo a notícia da minha mãe, que era irmã dele, vejo minha mãe chorando muito, uma das cenas mais tristes que eu já vi em minha vida. Consolei minha mãe, mas com um problema.

Eu não senti nada. Eu não senti NADA. EU NÃO SENTI NADA.

Eu sinto falta de ser humano.

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Sáb 30 Set - 13:52
Meus pêsames Broda...

Infelizmente não tenho muita coisa pra te dizer a respeito disso pois passei pela mesma coisa quando meu vô morreu: FIquei consolando minha mãe - enquanto chorava muito - mas eu não sentia nada (eu queria sentir, mas não sentia). O pior é que eu tinha recaído poucas horas antes.

Essa é a realidade mano, não dá pra fugir. O que devemos fazer é parar com esse vicio - Enquanto muitos lutam pelo direito de viver, outros o derramam pelo ralo (infelizmente já fiz muito isso... ). Eu sei que parece ser duro, e realmente é, mas isso acabou se tornando um motivo a mais para vencer essa bosta de vicio.

Força ai mano.


Última edição por Stark em Sáb 30 Set - 14:14, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Concluir)

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Dom 1 Out - 9:59
Broda escreveu:
Responderei depois, só queria deixar um detalhe importante, eu ainda não sei lidar com isso:

Eu recaí antes de ontem, falta atualizar o contador.

Um tio meu que estava com câncer, há dois anos lutando, faleceu. Chego em casa, recebo a notícia da minha mãe, que era irmã dele, vejo minha mãe chorando muito, uma das cenas mais tristes que eu já vi em minha vida. Consolei minha mãe, mas com um problema.

Eu não senti nada. Eu não senti NADA. EU NÃO SENTI NADA.

Eu sinto falta de ser humano.
Meus pêsames pelo seu avô.
Sobre você não ter sentido nada, isso provavelmente algo vindo do PM, (você é indiferente aos outros?) eu era muito indiferente mas estou melhorando agora, cada semana que passa vou sentindo mais sentimentos e com você vai ser assim também tenha certeza. Mas mantenha-se firme ao reboot que vocÊ vai melhorar

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Dom 1 Out - 13:17
Broda escreveu:
Responderei depois, só queria deixar um detalhe importante, eu ainda não sei lidar com isso:

Eu recaí antes de ontem, falta atualizar o contador.

Um tio meu que estava com câncer, há dois anos lutando, faleceu. Chego em casa, recebo a notícia da minha mãe, que era irmã dele, vejo minha mãe chorando muito, uma das cenas mais tristes que eu já vi em minha vida. Consolei minha mãe, mas com um problema.

Eu não senti nada. Eu não senti NADA. EU NÃO SENTI NADA.

Eu sinto falta de ser humano.

Acontecimento muito triste, Broda.

Eu considero que você não precisa se preocupar muito com o "não senti nada". Sabe porquê? Geralmente, aqueles parentes ou amigos que falecem e nunca tivemos uma convivência mais constante, a gente não sofre tanto. Agora, se falecesse uma pessoa que você tivesse uma convivência quase diária e com um nível de afeto e experiência marcantes, aí você iria "sofrer" o luto mais intensamente. Sua mãe chorou bastante porque era o irmão dela. Assim, o seu sentimento de luto e compaixão pelo sofrimento de sua mãe varia nesta situação.

Sucessos na jornada.
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Dom 1 Out - 13:53
Broda escreveu:
Responderei depois, só queria deixar um detalhe importante, eu ainda não sei lidar com isso:

Eu recaí antes de ontem, falta atualizar o contador.

Um tio meu que estava com câncer, há dois anos lutando, faleceu. Chego em casa, recebo a notícia da minha mãe, que era irmã dele, vejo minha mãe chorando muito, uma das cenas mais tristes que eu já vi em minha vida. Consolei minha mãe, mas com um problema.

Eu não senti nada. Eu não senti NADA. EU NÃO SENTI NADA.

Eu sinto falta de ser humano.

Minhas condolências, amigo! Concordo com que o Blpr disse, a questão de sentir algo ou não vai muito da força do sentimento que existia entre vocês. Infelizmente, essas questões trágicas é um prato cheio para a PMO, esses momentos são muito propícios para nos afundarmos cega/conscientemente (sim, há essa dicotomia) nesse universo PMOnesco. Sinta-se abraçado nesse momento de dor por mim e por todos os seus companheiros do fórum. Se tem alguém que torce tanto pelo seu sucesso nesse reboot - somos nós! Já estamos com saudades daquele Broda companheiro, orientador, motivador, "desabafador". Pode contar conosco, amigo. Esse fórum conseguiu ligar todos nós para sempre. Estamos todos juntos, na tristeza, na alegria; na derrota e nas vitórias! Que Deus abençoe, trazendo conforto, alívio e refrigério para você e seus familiares! Um forte abraço.

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Seg 2 Out - 13:59
Força Broda! Essa é realmente a única coisa que não tem jeito, sinto muito por vc e sua família mano, não há nada que possamos fazer, só se apegar na religião e na fé de que ele está em um lugar melhor e que Deus queria teu tio perto dele. Vou fazer uma oração pra que Deus conforte vc e sua família assim que enviar essa mensagem, pra que todos encontrem paz e tenham serenidade pra lidar com isso e seguir em frente.

Claro que vc é humano! Vc sabe que tipo de homem vc quer ser, então não deixe que nenhuma racionalização estúpida te tire desse caminho, claro que vc tem sentimentos, lembre-se de como a garota da sua faculdade fez vc perceber isso, lembre-se quantas vezes vc já se emocionou aqui no fórum, mas pensar demais é racionalizar e isso confunde as nossas emoções, pois o sentimento deve ser sentido e não explicado. Não acredite que há apenas uma forma de sentir o luto, cada um tem uma forma, a negação, ficar em choque, raiva, explodir em prantos, fazer drama, cada um sente de uma forma.

Vc está sendo forte e ajudando a sua mãe. Vc está sendo um bom filho.

Abraço!

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Seg 2 Out - 22:24
Força Broda!! Sinto muito por vc e sua família.

E sim, vc é humano, todos nós somos. Apenas estamos escondidos atrás da muralha da pornografia, e como os White Walkers em Game Of Thrones, faremos de tudo para derruba-lá.

Força!!

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Ter 3 Out - 8:38
Meus sentimentos, Broda.
Também perdi um familiar próximo, e próximo de convivência e de modo relativamente rápido, uma doença simples que se agravou, tratamos e de repente foi fatal, minha esposa sofre muito também.
E diante de dias terríveis caí. Isto é sempre uma explicação, nunca uma justificativa.
Mas, Broda, isto que você falou sobre não sentir nada, é um dos efeitos do vício em PMO. Nos tornamos zumbis, ficamos indiferentes aos acontecimentos e às pessoas, é terrível, mas acontece. Também tem o fator da convivência, mas de qualquer modo precisamos nos livrar dos efeitos de apatia e indiferença que o vício nos dá.
Vamos lá, Broda, mais uma vez e quantas vezes forem necessárias!
Não vamos nos dar por vencido!
Força, meu irmão!
Um grande abraço!
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Ter 3 Out - 21:21
Broda escreveu:
Responderei depois, só queria deixar um detalhe importante, eu ainda não sei lidar com isso:

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Eu não senti nada. Eu não senti NADA. EU NÃO SENTI NADA.

Eu sinto falta de ser humano.

Força ai broda! Meus pêsames pelo falecimento do seu tio!

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Qua 4 Out - 10:33
Broda escreveu:
Responderei depois, só queria deixar um detalhe importante, eu ainda não sei lidar com isso:

Eu recaí antes de ontem, falta atualizar o contador.

Um tio meu que estava com câncer, há dois anos lutando, faleceu. Chego em casa, recebo a notícia da minha mãe, que era irmã dele, vejo minha mãe chorando muito, uma das cenas mais tristes que eu já vi em minha vida. Consolei minha mãe, mas com um problema.

Eu não senti nada. Eu não senti NADA. EU NÃO SENTI NADA.

Eu sinto falta de ser humano.

Broda,

Não há palavras para gente dizer quando alguém perde alguém muito querido. Essa sensação que você sentiu penso que é humana sim. A cabeça da gente fica transtornada. Esse vazio, essa sensação de ser indiferente, na verdade é uma defesa natural. Você é humano, acredite. Não se julgue tão mal assim.

Força mano, você é um dos caras que mais me inspiram hoje nessa jornada e o que mais me ajuda a manter o foco e a entender esse processo. Sei que você teve esse queda. Algo muito ruim aconteceu, mas o que nos torna mais humanos é o passar do tempo e os aprendizados que cada experiência nos dá.

Sei que o que eu escrevi pode parecer meio nada a ver, mas eu espero que possa te ajudar irmão.
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Ter 10 Out - 11:25
Broda:

Eu sou novo no fórum com este perfil, mas já participei ano passado com um outro perfil que abandonei, e voltei depois de um ano para tentar finalmente concluir o reboot.

Eu me identifico muito com você, somos praticamente da mesma idade (tenho 20) e gosto da maneira como você se expressa, escreve, conta suas histórias... Enfim, o que quero dizer pra você é que aquela mensagem que você postou há um tempo atrás parece ter sido escrita por mim, eu também não consigo sintonizar com pessoas muito alegres ou felizes pois é como se ficasse preso dentro de mim, quero participar, quero rir, quero zuar, mas estou acorrentado dentro de mim mesmo e ainda assumo uma postura crítica em relação ao outro como forma de me sentir melhor.

O que eu quero dizer pra você, cara, é que você volte ao reboot, volte ao fórum, você se destacou no seu primeiro reboot pois postava todo dia, trazia uma experiência ou reflexão todo dia, agora você quer completar o reboot novamente mas está completamente ausente do fórum.

Eu digo isso pois ano passado fracassei justamente por não participar do fórum todo dia, entendo que as vezes é difícil, principalmente fim de semana quando está todo mundo em casa, mas é crucial que você venha e poste todo dia aqui. O reboot precisa de compromisso para ser completado, e se tem algo que eu finalmente entendi, é que a gente não consegue fazer o reboot sozinho.

Você precisa de mim.
Das minhas palavras.
Do meu incentivo.
Dos meus conselhos.

Eu preciso de você.
Das suas palavras.
Do seu incentivo.
Dos seus conselhos.

Entende? Todos aqui no fórum, precisamos um do outro nesta caminhada. E principalmente no seu caso, que já atingiu os 90 dias uma vez, o reboot deve fazer parte do seu dia a dia, da sua vida daqui pra frente.

Eu espero de todo o coração que você volte, poxa... Você tem 21 anos, é jovem, muito jovem, novo, cheio de potenciais, sonhos... Cara, eu sei que você precisa ser amado, precisa encontrar uma garota que te ame, que possa enxergar e apreciar quem você é de verdade, todos nós precisamos disso, e eu passo pelas mesmas desilusões amorosas que você, mas precisamos seguir em frente, sabe? A sua vida tem valor, você é um cara de valor, permita-se desfrutar e aproveitar sua vida livre deste vicio.

Abraços, irmão! Espero ansiosamente o teu retorno.


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Dando continuidade à minha construção - Página 5 Empty Respondendo tudo

Qua 11 Out - 3:03
Aquilles escreveu:

E aí, Broda! Suave? Resolvi dar uma chegada aqui no teu diário e tentar contribuir com um pouco de valor, já que tu já contribuiu muito comigo quando li ele.

Achei muito interessante o que você disse que antes de saber do reboot  e tal, já tinha passado um mês sem. Vou confessar um coisa, apesar de ler as histórias de sucesso e alguns diários como seu terem sido fundamental no meu reboot, porque eu sempre recorria a isso quando batia uma fissura, eu só fiz meu diário após os noventa dias com medo disso me atrapalhar. Assim como você, eu parei de ver P por mais ou menos dois meses, e foi muito simples, eu comecei a achar sem base apenas, claro que conscientemente. Mas eu tinha conversas eróticas por WhatsApp, lia contos e via vídeos no YouTube, então eu conheci o fórum e cortei também o resto. E, também por isso, o fórum foi essencial pra que eu soubesse que eram prejudicial também. Mas por que de eu achar que criar uma conta, um diário e contador me atrapalharia? Bem, eu via todo mundo na neura de alcançar 90 dias e ficava com medo de ficar assim também. Que diferença faz alcançar noventa dias? Pode servir como medição de recuperação e motivação, mas apenas isso. Eu sempre preferi ver apenas como ''não sou mais esse tipo de cara'', ''não faz parte dos meus valores'' e eu acho que isso é crucial. Sei lá, eu não conto quantos dias faz que parei de comer farinha porque acho prejudicial, sabe? Simplesmente me faz mal e não vou fazer. Ver como uma caminhada até o X número de dias não considero produtivo, prefiro simplesmente parar de ver sentido na PMO. Eu nem queria me apegar a termos e nomes, e sempre tenho meio que um receio ao ler diários, pode eu começar a ver como se fosse algo de outro mundo como muitos veem. Mas criei um diário porque achei que poderia ajudar os outros, e coloquei um contador do zero pra ver se driblo o excesso de confiança.

Cada um vê do jeito que quiser, mas é assim que funciona pra mim. Até pretendo ficar sem contador quando esse completar 90 dias (até lá vai ser bom pra dar uma base de como está minha situação, já que com 20 anos o mínimo que considero é seis meses pra querer alguma melhora) o contador não quer dizer nada mesmo.

Fala Bro.

É sempre extremamente gratificante ler que de alguma forma o que eu escrevi foi de grande ajuda a alguém tão grande. Você é um cara muito especial, pois conseguiu achar diamantes no meio do nada. Lá vou eu de novo, recomeçando do dia um, sabendo que o tempo já se passou e que, apesar de sempre ser a hora certa para recomeçar, parece que nunca pararei de ter recomeços, de forma que dá a impressão de que na verdade eu nunca realmente parei, depois de tanto tempo nisso.

O que você falou é extremamente interessante e acho que pode ser aplicado sim à questão dos dias. Também gostaria de parar de contar e acho que para um cara como eu, seria bom desligar um pouco dessa preocupação, mas vou tentar uma última vez assim, pois diferentemente de você, acho que não sou tão forte sem participar ativamente do fórum.
Aquilles escreveu:Lembrando que eu nunca questionaria a importância do fórum. Ele me deu o mais necessário que é o conhecimento. Sem ele, mesmo que eu parasse, eu não ia nem saber que era tão prejudicial assim e provavelmente voltaria a praticar. E outra, ler os diários e poder me preparar para o que eu ia passar foi fundamental.

Eu entendi o que você quis dizer perfeitamente. E é assim mesmo, alguns conseguem sem participar ativamente do fórum, não é meu caso, infelizmente, mas fico feliz em saber que funcionou muito bem para você e me enche de orgulho ver o quanto você continua progredindo.

Gigantesco abraço meu amigo, obrigado por tudo!
Blpr escreveu:"Ah, my friends from the prison, they ask unto me,
How good, how good does it feel to be free?
And I answer them most mysteriously,
;Are birds free from the chains of the skyway".
(Ballad in Plan D)

Ol, Broda, tudo bem.

Andei lendo seu diário e encontrei explicações interessantes sobre a natureza deste vício. Quando você estava sentado observando os pássaros na sua liberdade, aí lembrei dos últimos versos de uma música de Bob Dylan, o qual está descrita acima. É um paradoxo, pois a condição intrínseca dos pássaros e voarem "presos" no céu. A nossa percepção cria uma metáfora associando vôo e liberdade. Os pássaros voam porque é da espécie ser assim, porém a gente ver um símbolo de ser livre.

Pra que isso tudo? Bem, porque nós que tentamos superar este vício é como querer buscar a liberdade dentro dessa prisão de PMO. Até lembrei da distinção clássica entre "vontade livre e vontade condicionada" que o Canaã expôs no fórum. A gente meio que sente aprisionado pelos condicionamentos que o vício gerou. Então, não queria parecer pessimista, mas cada dia que estamos livres deste vício seria uma ilusão de que estamos livres. Cada dia que lutamos aqui é feita dentro da prisão mental. Nestes 40 dias, você se sentiu livre? Provavelmente não, apenas sentiu que lutou e venceu mais um dia, superou adversidade.e não sucumbiu a algum gatilho. Aí, a gente cai e explica a recaída e com o tempo se torna natural. É absurdo? Não, Broda. É a REALIDADE de nós aqui. É como os pássaros que voam acorrentados no céu. A condição de ser livre na prisão do céu.

Ou seja, o Reboot só faz sentido porque é luta diária na prisão dos condicionamentos mentais do vício. E por incrível que pareça, o sentido de buscar se livrar desses condicionamentos é nossa prisão. É como aquele mito de Sísifo. Novamente, ele deve empurrar morro acima uma pedra que logo vai rolar abaixo e recomeça tudo de novo.

É isso, Broda. Não seremos livres, mas a luta consiste em PERMANECER LIVRE O MÁXIMO QUE PUDER. A gente decide isso a cada momento, da mesma forma que você não decidiu que seu aniversário seria triste e chato. Sucessos na jornada.

Fala Bro.

Realmente é uma perspectiva meio triste, mas analisando sob certo ângulo, pode ser uma verdade. Construímos nós mesmos uma prisão em nossos cérebros e nos acorrentamos lá, pois era o caminho mais fácil do que ter que encarar todo o resto, mas fizemos a prisão tão grande, mas tão grande, que ela tomou todo nosso horizonte, de tal forma que mesmo que nos soltemos das correntes, ainda estaremos cercados por algumas muralhas que não podem ser desfeitas, cabendo a nós construir uma forma decente de vida dentro dessas muralhas.

A ideia que você passou é mais ou menos essa, mas ainda acredito que, diferentemente dos pássaros que estão "condenados" a voarem e fazerem seus ninhos e seguirem todos os seus instintos dentro do que a natureza preparou para eles, nos foi dado o dom de ir contra nossas prisões e nos libertar delas. Talvez não de forma definitiva, pois sempre os instintos nos mandam voltar para a prisão, entretanto podemos superar esses instintos e seguirmos adiante, já que nós somos a única espécie capaz de lutar contra nossos instintos e eu acredito na verdade que esse é o caminho dos sábios. Conseguir sair de todas as prisões que construímos para nós mesmos e ignorar aqueles que nos chamam de volta, sendo que esses que nos chamam não são a prisão em si, somente um meio de voltar à mesma quando nós os escutamos.

Passei apenas uma diferente perspectiva, sei que o tom melancólico costuma ser o que parece com maior razão, mas a fé de que a mudança "definitiva" é possível é o que move o mundo, portanto prefiro continuar com essa ideia, porque ela é a única que poderia me mover adiante.

Grande abraço meu Bro.
5&4 escreveu:


Corre Broda, corre!


Às vezes, não conseguimos enxergar o tamanho da força e potencial que temos. Isso acontece por causa da PMO que condiciona a nossa mente com pensamentos incapacitantes. Mas quando nos colocamos prontos a reagir, e não ficamos parados vendo tudo acontecer passivamente, descobrimos o tamanho da força e capacidade interior que possuímos. Corre Broda, corre! Sei que você é rápido e veloz, e consegue se desvencilhar das ciladas da PMO. Eu confio plenamente no seu sucesso, amigo! Capacidade total você tem para isso. Um forte abraço!
מי ייתן ונמשיך בשלום!

Eu deveria ter corrido mais rápido, meu Bro. Infelizmente, fui atropelado pela avalanche que vinha atrás e estou meio soterrado até agora.

Agradeço pela confiança depositada, farei o possível para correr mais rápido da próxima vez e não desapontá-los tendo que se puxado da neve de novo.

Obrigado pelas palavras, fortíssimo abraço!
Brit escreveu:Broda, como vai aí meu amigo?

Antes de mais nada quero te agradecer pela forma que me respondeu, eu realmente não imaginava que a minha mensagem seria tão significativa assim, como eu fiquei feliz quando li tua resposta, foi mto foda, pois vi que realmente foi algo que te tocou e teve importância, a minha intenção era essa mesma de te presentear de alguma forma, e como em qualquer presente o que vale é a intenção, e as minhas intenções eram as melhores. Foi importante pra mim a sua resposta, me fez perceber que eu não tenho que ter medo de me expor e de mostrar quem eu sou ou o que eu sinto, que as pessoas certas vão saber apreciar isso. O teu relato no teu aniversário foi maravilhoso cara, vc se esforçou pra ter um dia bom e conseguiu, mandou bem demais, esse teu mérito e todas as outras conquistas diárias ninguém pode te tirar.
Achei interessante a sua reflexão sobre a questão da continuidade, muito boa a forma como vc desenvolveu a ideia, mas pra mim eu já tinha entendido isso com o e-book, por isso digo sempre que aquilo que importa é cuidar do nosso cérebro, independente do contador ou do resset, fazer aquilo que é o melhor pra recuperar e cuidar da gente e do nosso cérebro a cada dia, a cada momento, é isso que importa. Se o cara ver 1 min de P terá que ressetar sim, mas se ele parar por ali e voltar ao reboot o cérebro dele será menos afetado.
Continue aqui com a gente mano, as tuas dificuldades só mostram a realidade dos fatos e o esforço necessário pra vencer esse vício que é algo mto sério e tem uma força destrutiva enorme. Não se sinta envergonhado, lembra que eu falei que tinha ficado envergonhado com o meu texto e vc falou pra eu não me sentir assim pois foi algo lindo que saiu de mim, da mesma forma é a sua participação aqui.
Pode contar comigo sempre, tô aqui de braços abertos irmão. Sinta-se abraçado e seja forte, eu sei o seu valor e acredito em você.

Fala Bro.

Suas palavras são sempre reconfortantes, é impressionante, você é um cara realmente abençoado Brit. Nunca perca esse seu lado afetuoso e nunca tenha vergonha de demonstrá-lo, é isso que te faz extremamente especial para todo mundo aqui.

Nem tenho o que falar, você é o cara, muito obrigado pela força e forte abraço!
Tiago090 escreveu:
Fala Bodra !
Primeiramente parabéns pelo aniversário (atrasado).
Eu compreendo esses seus pensamentos negativos porque também fico assim a cada ano somado na minha vida. Me sinto um lixo por estar desempregado e muito atrasado financeiramente em comparação com todos conhecidos da minha idade. Não dei certo em nenhum emprego que passei, e quando os deixei, a inconformidade e raiva predominavam em mim. Parece que não aceito o mundo do jeito que ele é, o que me leva à acomodação (apesar de estudar) e procrastinação. E com mulheres, putz. Sou muito fraco emocionalmente, tanto que nem procuro falar muito de minha ex aqui no site para não passar por sentimentos ruins à toa. Mas cara, pude perceber o mesmo de várias vítimas da pornografia aqui no fórum, o que me leva a crer que esta é a PRINCIPAL responsável por isso.
Frase de G. Wilson: "Você não sabe quais os efeitos negativos da pornografia até que pare com ela. Milhares de caras ficam surpresos porque quando param, voltam com mais energia, a confiança aumenta e a ansiedade social desaparece". Resumindo: não nos conhecemos porque vivemos numa bolha que raptou nossa dopamina e nos deixou fracos emocionalmente. ACREDITE, o mundo é muito mais fácil do que parece, mas temos que nos livrar disso.

Quanto a sua queda, lamento muito, mas me inquietou a aparente conformidade que você teve com ela. Sei lá, acho que um pouco de raiva e revolta consigo mesmo seria saudável para voltar mais motivado. Mas enfim, lembra-se que você ainda pode salvar o ano de 2017, meu caro.

Estarei acompanhando e torcendo muito por sua recuperação. Forte abraço.

Fala Bro.

Me desculpe meu amigo, mas você tem toda a razão, minha queda não me trouxe nenhuma fonte de força de vontade ou ímpeto para vencer essa merda. Eu já recaí tanto que as quedas pararam de ter efeito; eu já disse tantas vezes que ia parar e não consegui e as palavras perderam a força; eu já tentei tanto que as tentativas perderam importância.

Eu sinceramente me sinto completamente anestesiado nesse momento em que escrevo para você. Sei que deveria estar triste, ou preocupado, ou nervoso com minha situação (tive reset hoje também) mas tudo que eu sinto é indiferença. Minhas emoções não me ajudam mais, somente meu lado racional me mantem tentando, ainda que ele falhe muito também. Desculpa mesmo, eu sei que eu deveria ser melhor nesse aspecto, mas já não consigo mais. Como eu disse, essa parte temporariamente (espero eu) morreu em mim.

Sei que você também já passou por uns perrengues fodidos mas o legal de ver é que aparentemente você aprendeu a lidar com os mesmos: eu ainda estou batendo cabeça, mesmo mais de um ano depois. Tenho muito a aprender com você.

Obrigado pela força meu amigo, grande abraço.
Stark escreveu:Meus pêsames Broda...

Infelizmente não tenho muita coisa pra te dizer a respeito disso pois passei pela mesma coisa quando meu vô morreu: FIquei consolando minha mãe - enquanto chorava muito - mas eu não sentia nada (eu queria sentir, mas não sentia). O pior é que eu tinha recaído poucas horas antes.

Essa é a realidade mano, não dá pra fugir. O que devemos fazer é parar com esse vicio - Enquanto muitos lutam pelo direito de viver, outros o derramam pelo ralo (infelizmente já fiz muito isso... ). Eu sei que parece ser duro, e realmente é, mas isso acabou se tornando um motivo a mais para vencer essa bosta de vicio.

Força ai mano.

Fala Bro.

Infelizmente esse motivo não foi suficiente para eu parar, assim como motivo nenhum no mundo. Eu já tenho motivos suficientes, mas ter motivos é pouco ainda, porque motivos são racionais e este vício não é.

Agradeço pela força e por ter compartilhado que teve o mesmo problema que eu tive. Foi importante para mim.

Grande abraço.
Gregory16 escreveu:
Meus pêsames pelo seu avô.
Sobre você não ter sentido nada, isso provavelmente algo vindo do PM, (você é indiferente aos outros?) eu era muito indiferente mas estou melhorando agora, cada semana que passa vou sentindo mais sentimentos e com você vai ser assim também tenha certeza. Mas mantenha-se firme ao reboot que vocÊ vai melhorar

Eu sei Bro, é tudo proveniente dessa merda. Vamos chegar lá.

Obrigado pelo apoio, grande abraço.

Blpr escreveu:Acontecimento muito triste, Broda.

Eu considero que você não precisa se preocupar muito com o "não senti nada". Sabe porquê? Geralmente, aqueles parentes ou amigos que falecem e nunca tivemos uma convivência mais constante, a gente não sofre tanto. Agora, se falecesse uma pessoa que você tivesse uma convivência quase diária e com um nível de afeto e experiência marcantes, aí você iria "sofrer" o luto mais intensamente. Sua mãe chorou bastante porque era o irmão dela. Assim, o seu sentimento de luto e compaixão pelo sofrimento de sua mãe varia nesta situação.

Sucessos na jornada.

Como respondi para o 5&4 (comecei a responder de baixa para cima), o problema não foi tanto não sentir nada quanto ao meu tio, mas sim quanto ao que minha mãe sentia, foi digna de um psicopata minha reação perante o pranto de minha mãe.

Obrigado por tentar me consolar amigo, sua intenção foi muito válida, mas acho que isso que aconteceu pode ser apenas mais uma lenha para colocar nesse meu forno do reboot.

Grande abraço.

5&4 escreveu:Minhas condolências, amigo! Concordo com que o Blpr disse, a questão de sentir algo ou não vai muito da força do sentimento que existia entre vocês. Infelizmente, essas questões trágicas é um prato cheio para a PMO, esses momentos são muito propícios para nos afundarmos cega/conscientemente (sim, há essa dicotomia) nesse universo PMOnesco. Sinta-se abraçado nesse momento de dor por mim e por todos os seus companheiros do fórum. Se tem alguém que torce tanto pelo seu sucesso nesse reboot - somos nós! Já estamos com saudades daquele Broda companheiro, orientador, motivador, "desabafador". Pode contar conosco, amigo. Esse fórum conseguiu ligar todos nós para sempre. Estamos todos juntos, na tristeza, na alegria; na derrota e nas vitórias! Que Deus abençoe, trazendo conforto, alívio e refrigério para você e seus familiares! Um forte abraço.

Cara, muito obrigado pela sua mensagem. Sentir algo com relação à proximidade faz sentido, mas não faz sentido quanto a ver minha mãe chorando copiosamente na minha frente e eu sentir indiferença emocionalmente. Seres humanos normais sentem algo quando estão vendo alguém que gostam muito sofrendo, eu não senti nada, me senti um psicopata observando minha mãe daquela forma.

Enfim, não é tempo mais para reclamar disso, mais uma vez, muito obrigado pelo apoio. O apoio constante de todos vocês é fundamental.
Brit escreveu:Força Broda! Essa é realmente a única coisa que não tem jeito, sinto muito por vc e sua família mano, não há nada que possamos fazer, só se apegar na religião e na fé de que ele está em um lugar melhor e que Deus queria teu tio perto dele. Vou fazer uma oração pra que Deus conforte vc e sua família assim que enviar essa mensagem, pra que todos encontrem paz e tenham serenidade pra lidar com isso e seguir em frente.

Claro que vc é humano! Vc sabe que tipo de homem vc quer ser, então não deixe que nenhuma racionalização estúpida te tire desse caminho, claro que vc tem sentimentos, lembre-se de como a garota da sua faculdade fez vc perceber isso, lembre-se quantas vezes vc já se emocionou aqui no fórum, mas pensar demais é racionalizar e isso confunde as nossas emoções, pois o sentimento deve ser sentido e não explicado. Não acredite que há apenas uma forma de sentir o luto, cada um tem uma forma, a negação, ficar em choque, raiva, explodir em prantos, fazer drama, cada um sente de uma forma.

Vc está sendo forte e ajudando a sua mãe. Vc está sendo um bom filho.

Abraço!

Obrigado pela perspectiva amigo, vou tentar enxergar mais da sua forma, ainda que seja difícil pela quantidade de porrada já tomada.

Abração.
Júpiter escreveu:Força Broda!! Sinto muito por vc e sua família.

E sim, vc é humano, todos nós somos. Apenas estamos escondidos atrás da muralha da pornografia, e como os White Walkers em Game Of Thrones, faremos de tudo para derruba-lá.

Força!!

Haha, gostei da comparação. Obrigado pela força, abração.

Spiritum Novus escreveu:Meus sentimentos, Broda.
Também perdi um familiar próximo, e próximo de convivência e de modo relativamente rápido, uma doença simples que se agravou, tratamos e de repente foi fatal, minha esposa sofre muito também.
E diante de dias terríveis caí. Isto é sempre uma explicação, nunca uma justificativa.
Mas, Broda, isto que você falou sobre não sentir nada, é um dos efeitos do vício em PMO. Nos tornamos zumbis, ficamos indiferentes aos acontecimentos e às pessoas, é terrível, mas acontece. Também tem o fator da convivência, mas de qualquer modo precisamos nos livrar dos efeitos de apatia e indiferença que o vício nos dá.
Vamos lá, Broda, mais uma vez e quantas vezes forem necessárias!
Não vamos nos dar por vencido!
Força, meu irmão!
Um grande abraço!

Isso mesmo Bro, não vamos nos dar por vencidos. Como uma frase do Bimike dizia: Que por vencidos não nos conheçam!

Muito obrigado, abração.
Conor Mcgregor. escreveu:

Força ai broda! Meus pêsames pelo falecimento do seu tio!

Obrigado Bro. Grande abraço.

Urso Polar escreveu:Broda,

Não há palavras para gente dizer quando alguém perde alguém muito querido. Essa sensação que você sentiu penso que é humana sim. A cabeça da gente fica transtornada. Esse vazio, essa sensação de ser indiferente, na verdade é uma defesa natural. Você é humano, acredite. Não se julgue tão mal assim.

Força mano, você é um dos caras que mais me inspiram hoje nessa jornada e o que mais me ajuda a manter o foco e a entender esse processo. Sei que você teve esse queda. Algo muito ruim aconteceu, mas o que nos torna mais humanos é o passar do tempo e os aprendizados que cada experiência nos dá.

Sei que o que eu escrevi pode parecer meio nada a ver, mas eu espero que possa te ajudar irmão.

Fala Bro, para falar a verdade, eu tenho certeza que o que eu tive foi efeito direto do vício, não um estado de choque que às vezes temos e que sobrecarregam nossas emoções durante um determinado período de tempo e depois ficamos mal. Eu não fiquei mal, porque na verdade, eu não estou ficando "nada", se podemos dizer assim.

Sempre bom saber que de alguma forma eu inspiro as pessoas, ainda que eu não consiga inspirar nem a mim mesmo. Disse e repito:
vocês realmente sabem encontrar diamantes de onde eles teoricamente nunca poderiam ser prospectados, vocês são realmente incríveis, sempre retirando algo de bom do caos e isso é um dom. Muito tenho que aprender com vocês, pois de dentro da tormenta, tudo no momento me parece somente confusão.

Grande abraço e obrigado pela força.
Arthur Pendragon escreveu:Broda:

Eu sou novo no fórum com este perfil, mas já participei ano passado com um outro perfil que abandonei, e voltei depois de um ano para tentar finalmente concluir o reboot.

Eu me identifico muito com você, somos praticamente da mesma idade (tenho 20) e gosto da maneira como você se expressa, escreve, conta suas histórias... Enfim, o que quero dizer pra você é que aquela mensagem que você postou há um tempo atrás parece ter sido escrita por mim, eu também não consigo sintonizar com pessoas muito alegres ou felizes pois é como se ficasse preso dentro de mim, quero participar, quero rir, quero zuar, mas estou acorrentado dentro de mim mesmo e ainda assumo uma postura crítica em relação ao outro como forma de me sentir melhor.

O que eu quero dizer pra você, cara, é que você volte ao reboot, volte ao fórum, você se destacou no seu primeiro reboot pois postava todo dia, trazia uma experiência ou reflexão todo dia, agora você quer completar o reboot novamente mas está completamente ausente do fórum.

Eu digo isso pois ano passado fracassei justamente por não participar do fórum todo dia, entendo que as vezes é difícil, principalmente fim de semana quando está todo mundo em casa, mas é crucial que você venha e poste todo dia aqui. O reboot precisa de compromisso para ser completado, e se tem algo que eu finalmente entendi, é que a gente não consegue fazer o reboot sozinho.

Você precisa de mim.
Das minhas palavras.
Do meu incentivo.
Dos meus conselhos.

Eu preciso de você.
Das suas palavras.
Do seu incentivo.
Dos seus conselhos.

Entende? Todos aqui no fórum, precisamos um do outro nesta caminhada. E principalmente no seu caso, que já atingiu os 90 dias uma vez, o reboot deve fazer parte do seu dia a dia, da sua vida daqui pra frente.

Eu espero de todo o coração que você volte, poxa... Você tem 21 anos, é jovem, muito jovem, novo, cheio de potenciais, sonhos... Cara, eu sei que você precisa ser amado, precisa encontrar uma garota que te ame, que possa enxergar e apreciar quem você é de verdade, todos nós precisamos disso, e eu passo pelas mesmas desilusões amorosas que você, mas precisamos seguir em frente, sabe? A sua vida tem valor, você é um cara de valor, permita-se desfrutar e aproveitar sua vida livre deste vicio.

Abraços, irmão! Espero ansiosamente o teu retorno.


Falou tudo Bro, suas palavras combinaram exatamente com o momento em que eu estava refletindo sobre as soluções e tinha chegado à mesma ideia.

Seguirei sua sugestão, obrigado por tudo, grande abraço.

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Broda
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Dando continuidade à minha construção - Página 5 Empty Breaking The Habit

Qua 11 Out - 3:17
Dia 0

Olá pessoal, por favor me perdoem pela minha ausência, senti que precisava afastar.

A verdade é que, ainda que eu não queira me sentir assim, cada vez que participo aqui sinto mais e mais vergonha. Eu sei que não é o certo e que vergonha não ajuda em porra nenhuma, portanto estou voltando, mas com uma vontade de dar uma de avestruz: colocar a cabeça embaixo da terra e ficar com ela por lá mesmo.

Dá uma sensação horrível voltar para o fórum e ter que falar que eu fracassei de novo e que estou no dia um de novo, tanto é que, se vocês pararem para prestar atenção, eu costumo voltar só quando já tenho algum tempo limpo, mas quis fazer diferente dessa vez, simplesmente porque não dá mais para ficar "escondendo" esse meu lado fraco o tempo todo.

Também me causa agonia ver a data de inscrição minha no fórum e comparar com o contador e o que aumenta ainda mais esse sentimento é quando alguns de vocês dizem que de certa forma eu inspirei ou ajudei através dos meus relatos e ver que eu mesmo não consigo nem me inspirar e muito menos me ajudar, de tal forma que me sinto uma fraude: escrevo dicas, passo sugestões, mas parece que eu mesmo sou incapaz de segui-las ou pior ainda: elas não valem de nada. E, para finalizar o banquete, abaixo do meu nick está escrito: Guardião do Fórum. Aí é para querer se enforcar mesmo.

Enfim, todo recomeço é doloroso mesmo e estou pronto para quebrar esse maldito hábito, começando ao parar com o hábito de esconder a fraqueza: se eu recair, virei aqui imediatamente relatar e vou postar todo dia, não me sinto tão motivado então vou evitar textão, até mesmo porque estou completamente desmotivado, mas acho que será importante: na verdade, não sei mais o que tentar.

Arrumei meus bloqueadores, reforcei tudo que eu conseguia da melhor forma que podia e vou tentar de novo. Termino essa mensagem deixando um muito obrigado, do mais fundo do meu coração: eu mesmo não sei se continuaria insistindo em alguém que  não dá resultado, mas vocês parecem ainda mais persistentes do que eu imaginava, num nível completamente heroico. Vocês são muito fodas.


Última edição por Broda em Ter 24 Out - 18:54, editado 1 vez(es)

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Dando continuidade à minha construção - Página 5 Empty Re: Dando continuidade à minha construção

Qua 11 Out - 9:04
Broda escreveu:
Dia 0

Olá pessoal, por favor me perdoem pela minha ausência, senti que precisava afastar.

A verdade é que, ainda que eu não queira me sentir assim, cada vez que participo daqui sinto mais e mais vergonha. Eu sei que não é o certo e que vergonha não ajuda em porra nenhuma, portanto estou voltando, mas com uma vontade de dar uma de avestruz: colocar a cabeça embaixo da terra e ficar com ela por lá mesmo.

Dá uma sensação horrível voltar para o fórum e ter que falar que eu fracassei de novo e que estou no dia um de novo, tanto é que, se vocês pararem para prestar atenção, eu costumo voltar só quando já tenho algum tempo limpo, mas quis fazer diferente dessa vez, simplesmente porque não dá mais para ficar "escondendo" esse meu lado fraco o tempo todo.

Também me causa agonia ver a data de inscrição minha no fórum e comparar com o contador e o que aumenta ainda mais esse sentimento é quando alguns de vocês dizem que de certa forma eu inspirei ou ajudei através dos meus relatos e ver que eu mesmo não consigo nem me inspirar e muito menos me ajudar, de tal forma que me sinto uma fraude: escrevo dicas, passo sugestões, mas parece que eu mesmo sou incapaz de segui-las ou pior ainda: elas não valem de nada. E, para finalizar o banquete, abaixo do meu nick está escrito: Guardião do Fórum. Aí é para querer se enforcar mesmo.

Enfim, todo recomeço é doloroso mesmo e estou pronto para quebrar esse maldito hábito, começando ao parar com o hábito de esconder a fraqueza: se eu recair, virei aqui imediatamente relatar e vou postar todo dia, não me sinto tão motivado então vou evitar textão, até mesmo porque estou completamente desmotivado, mas acho que será importante: na verdade, não sei mais o que tentar.

Arrumei meus bloqueadores, reforcei tudo que eu conseguia da melhor forma que podia e vou tentar de novo. Termino essa mensagem deixando um muito obrigado, do mais fundo do meu coração: eu mesmo não sei se continuaria insistindo em alguém que  não dá resultado, mas vocês parecem ainda mais persistentes do que eu imaginava, num nível completamente heroico. Vocês são muito fodas.

Fala, mano!

Esse negócio da vergonha é o ego que quer nos manter como se não fossemos humanos, todos nós temos vergonha de errar, mesmo errando trocentas vezes no dia. Mas é muito importante fazer o que você faz, ser transparente. Quando estamos bem tendemos a esconder os erros, pra manter nossa identidade de ''vencedor'', aí vamos escondendo, ninguém nos ajuda pois não sabem, e acabamos caindo. É igual concurso público, cara, uma hora vai engatar e já era, como aqueles caras que passam em umas seis universidades de uma vez, mas ninguém viu o tanto de tempo que esse cara vinha fracassando antes. Sempre vou acompanhar seu diário, cara!

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Dando continuidade à minha construção - Página 5 Empty Re: Dando continuidade à minha construção

Qua 11 Out - 10:08
Broda:

Eu sei como é estar anestesiado, até outro dia estava também e sinto que ainda estou um pouco. Eu me motivo no meu reboot tendo como objetivo o homem que quero ser daqui pra frente, daí o nome do meu diário: "Um Novo Homem".

Você precisa de alguma motivação para seguir em frente, não só com o reboot mas com a sua vida. Tente imaginar o homem que você quer ser no futuro, você quer ser forte, ter amigos, namorada, ser uma pessoa feliz e querida por aqueles a sua volta e poder finalmente desfrutar da sua juventude ou quer passar o resto da vida como um viciado, se escondendo por trás de uma personalidade séria pra esconder a amargura que tem da vida, dos outros e de si mesmo?

Lembre-se de tudo o que te apaixona, as pessoas, sua família, um esporte, músicas, Enfim. E tente ser melhor pra tudo isto que você ama. Recupere o seu amor próprio, volte a se amar e você vai encontrar forças para concluir o reboot.

Um abraço, estou torcendo por você.

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Dando continuidade à minha construção - Página 5 Empty Re: Dando continuidade à minha construção

Qua 11 Out - 17:13
Eai Broda,

Sei bem como é essa sensação ai: de ficar recaindo e achar que estar decepcionando a galera, ai vem aquela vontade de sumir do fórum mesmo. Saiba que isso é coisa do seu Ego, mano taque o foda-se pra ele e atualize esse diário todo dia (lembra que tu mesmo disse uma vez? teus melhores resultados vieram quando tu era frequente no fórum). Continue relatando mano, se recair taca o foda-se para o seu ego e volte a batalha.

Seja paciente irmão, cada um é cada um (cada um conhece suas individualidades e seus problemas) e lembre-se da famosa frase do Thomas Edison: "Eu não falhei. Apenas descobri 10 mil maneiras que não funcionam."

Tamo contigo mano, então cola aqui no fórum.
Abrçs.

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Diário

Parte I >http://www.comoparar.com/t3592-stark-going-beyond
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Dando continuidade à minha construção - Página 5 Empty Re: Dando continuidade à minha construção

Qui 12 Out - 2:15
Aquilles escreveu:Fala, mano!

Esse negócio da vergonha é o ego que quer nos manter como se não fossemos humanos, todos nós temos vergonha de errar, mesmo errando trocentas vezes no dia. Mas é muito importante fazer o que você faz, ser transparente. Quando estamos bem tendemos a esconder os erros, pra manter nossa identidade de ''vencedor'', aí vamos escondendo, ninguém nos ajuda pois não sabem, e acabamos caindo. É igual concurso público, cara, uma hora vai engatar e já era, como aqueles caras que passam em umas seis universidades de uma vez, mas ninguém viu o tanto de tempo que esse cara vinha fracassando antes. Sempre vou acompanhar seu diário, cara!

Interessante sua mensagem e extremamente motivadora a sua comparação com os concursos públicos. Espero que seja assim mesmo, foi mais ou menos o que aconteceu com o Stark e acho que posso fazer acontecer comigo também.

Obrigado pelos conselhos Bro, suas palavras sempre me ajudam. Grande abraço.

Arthur Pendragon escreveu:Broda:

Eu sei como é estar anestesiado, até outro dia estava também e sinto que ainda estou um pouco. Eu me motivo no meu reboot  tendo como objetivo o homem que quero ser daqui pra frente, daí o nome do meu diário: "Um Novo Homem".

Você precisa de alguma motivação para seguir em frente, não só com o reboot mas com a sua vida. Tente imaginar o homem que você quer ser no futuro, você quer ser forte, ter amigos, namorada, ser uma pessoa feliz e querida por aqueles a sua volta e poder finalmente desfrutar da sua juventude ou quer passar o resto da vida como um viciado, se escondendo por trás de uma personalidade séria pra esconder a amargura que tem da vida, dos outros e de si mesmo?

Lembre-se de tudo o que te apaixona, as pessoas, sua família, um esporte,  músicas, Enfim. E tente ser melhor pra tudo isto que você ama. Recupere o seu amor próprio, volte a se amar e você vai encontrar forças para concluir o reboot.

Um abraço, estou torcendo por você.

Voltar a me amar é realmente uma tarefa difícil. Tanto tempo acumulando merda na cabeça, mas estou ciente de que está na hora de dar descarga de tudo isso. Vou fazer o possível para mudar tudo isso Bro, na medida do que eu consigo agora, que ainda é pouco. Mas se eu conseguir fazer o máximo do pouco todo dia, um dia chegarei lá.

Forte abraço e obrigado pela torcida.
Stark escreveu:Eai Broda,

Sei bem como é essa sensação ai: de ficar recaindo e achar que estar decepcionando a galera, ai vem aquela vontade de sumir do fórum mesmo. Saiba que isso é coisa do seu Ego, mano taque o foda-se pra ele e atualize esse diário todo dia (lembra que tu mesmo disse uma vez? teus melhores resultados vieram quando tu era frequente no fórum). Continue relatando mano, se recair taca o foda-se para o seu ego e volte a batalha.

Seja paciente irmão, cada um é cada um (cada um conhece suas individualidades e seus problemas) e lembre-se da famosa frase do Thomas Edison: "Eu não falhei. Apenas descobri 10 mil maneiras que não funcionam."

Tamo contigo mano, então cola aqui no fórum.
Abrçs.

Segunda pessoa que fala sobre o Ego, eu devo ter muito dessa bosta mesmo kkk, foi legal vocês apontarem isso para eu abrir os olhos quanto a essa questão, pois eu sempre acredito ter uma "imagem" a zelar, quando na verdade não tenho nenhuma. Enfim, vou seguir à risca esse teu conselho: essa porra será atualizada DIARIAMENTE. Vamos ver no que dá.

Grande abraço e obrigado por tudo.

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Dando continuidade à minha construção - Página 5 Empty Numb

Qui 12 Out - 2:22
1º Dia

Tendo em vista os últimos dias, ter completado o primeiro dia já é de alguma forma uma "vitória".

Tive que me empurrar para sair da cama, acordei devia ser umas duas da tarde hoje. Tenho que arrumar meus horários novamente imediatamente, pois do jeito que está a recaída será somente questão de tempo (notem que estou escrevendo essa mensagem às 2 da manhã).

A senha do bloqueador ainda está comigo, meu amigo que cuida dessa bosta tá dando o cu em algum lugar e não tem como ele arrumar isso agora. Não senti vontade de acessar P porque eu estou naquele estado meio que "entorpecido" pela droga.

Terminei de ler o livro Mais Rápido e Melhor, do mesmo autor de O Poder do Hábito. É um livro razoável, não tão bom quanto o segundo, ainda mais com relação ao nosso foco, mas tirei umas ideias de lá e fiz algo que eu não costumava fazer: fiz um resumo completo de todos os capítulos do livro (são 8 no total) para tentar fixar melhor as ideias, pois é muito comum eu ler um livro e pouco tempo depois esquecer tudo.

Tentarei aplicar tudo que o livro ensina para conseguir concluir o reboot, amanhã mesmo estarei redigindo textos e montando planilhas quanto a isso.

Consegui socializar com uma menina que não tenho o menor interesse na faculdade, faltei na academia para escrever o resumo e socializei também com uma outra mulher, na mesma situação da primeira.

Ainda me sinto extremamente desmotivado e o cesto de roupa tá lotado com roupa até o talo para lavar. Desculpem-me a linguagem meio tosca, mas tenho que ser verdadeiro com meu estado de espírito do momento.

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