Diário de Luz - antigo Sombra

better.beiing escreveu:Fala Luz;
Ontem encontrei o fórum e hoje passei 3 horas lendo seu diário.
Espero que esteja tudo bem por ai

jean escreveu:Faz muito sentido essa sua observação e pode ser que pra nós homossexuais seja bem essa a realidade.
Perdemos muito da nossa vida por não poder ter relação sexual ou qualquer tipo de coisa por muitos anos.
Especificamente falando de mim tive meu primeiro beijo e minha primeira transa com 19 anos quando eu pude me assumir primeiro pra mim e depois quis contar pra todo mundo
Até então me satisfazia como ? No porno

better.beiing escreveu:Luz;

Como está sua situacao agora com relacao a DE?
Teve um hiato aqui,
Pode fazer um resumo?

jean escreveu:Faz muito sentido essa sua observação e pode ser que pra nós homossexuais seja bem essa a realidade.
Perdemos muito da nossa vida por não poder ter relação sexual ou qualquer tipo de coisa por muitos anos.
Especificamente falando de mim tive meu primeiro beijo e minha primeira transa com 19 anos quando eu pude me assumir primeiro pra mim e depois quis contar pra todo mundo
Até então me satisfazia como ? No porno

luz escreveu:Estava lendo alguns diários e me vi nunca mensagem de um cara que falava especificamente sobre sexo oral e lembrei que quando tive minha primeira experiência com homem, ele realizou sexo oral em mim, e isso foi antes de ter DE, eu quase tive orgasmo em alguns minutos, só não tive porque pedi pra  ele parar. E depois falta de sensibilidade no p por causa da PMO, eu nem sentia nada no sexo oral.

A sensibilidade tb é um fator muito importante. Fico pensando se um viciado em PMO algum dia volta a ter uma vida plena sexual.
Lembro de uma amigo meu viciado em pó que foi numa consulta com um especialista psiquiatra, o psiquiatra disse que ele nunca mais seria o mesmo. Isso me deixou tão chocado, pq eu sei como um viciado em pó é. E se isso valer para todos os vícios? Triste.

Imagine a quantidade de gente que tá nessa situação.


Eu acredito fortementw no poder da mente
E do nosso proprio poder em reverter situações.
Aqui envolvo questões de psicologia e espiritual


Semana passada, estava na sessao com minha psicologa
Ela disse: o cerebro pode tudo, se vc quiser parar de fumar.. vc vai
Sai de lá , fumei uns 3 cigarros e parei


Vamos conseguir

luz escreveu:Estava lendo alguns diários e me vi numa mensagem de um cara que falava especificamente sobre sexo oral e lembrei que quando tive minha primeira experiência com homem, ele realizou sexo oral em mim, e isso foi antes de ter DE, eu quase tive orgasmo em alguns minutos, só não tive porque pedi pra  ele parar. E depois falta de sensibilidade no p por causa da PMO, eu nem sentia nada no sexo oral.

A sensibilidade tb é um fator muito importante. Fico pensando se um viciado em PMO algum dia volta a ter uma vida plena sexual.
Lembro de um amigo meu viciado em pó que foi numa consulta com um especialista psiquiatra, o psiquiatra disse que ele nunca mais seria o mesmo. Isso me deixou tão chocado, pq eu sei como um viciado em pó é. E se isso valer para todos os vícios? Triste.

Imagine a quantidade de gente que tá nessa situação.

better.beiing escreveu:What´s up Ms. Light? rsss

1 - VOCÊ SE SENTE INFERIOR SENDO PASSIVO?

luz escreveu:Valeu Kaneki, Better e Jean

Estava lendo uns diários. Principalmente o de Better, que é o que tenho acompanhado mais. São palavras e histórias que me remetem a momentos parecidos, alguns até demais.

Teve um texto sobre a figura paterna.
Acredito q na sociedade que a gente vive, a figura paterna é um grande problema, as vezes ter a figura paterna é pior do que não ter tido. Em alguns casos, claro.
Mas raramente vejo algum gay ou bi ou pessoas da comunidade glbt... falando com referência positiva a figura paterna. Vejo mais sobre a materna.
Prestando atenção nos héteros que conheci, alguns tem uma figura paterna que se orgulham, mas os gays, a maioria não.
Sei que há vertentes da psicologia que fala muito sobre a influencia da figura paterna (e materna) na sexualidade das pessoas.
Mas sem ver outra realidade num multiverso fica muito difícil afirma que sim.
Minha figura paterna foi presente em parte, mas tinha os preconceitos, violência e conservadorismo que os pais tinham naquela época. Além, do grande lavar de mãos masculino na presença familiar, fora dos clichês que a gente conhece. Acredito que minha figura paterna foi 40% presente como pai. Sendo que não a qualidade da presença ainda sim é questionável.

Cresci numa família onde não se falava sobre sexo, mas eu sentia o preconceito no ar. Mesmo não falando de homossexualidade, nem bissexualidade, nem heterossexualidade, nem nada. Tudo era muito silencioso e subjetivo. Mas estava lá o conservadorismo. As piadas com gays . A vigilância sobre os gays do bairros. E as suspeitas sobre quem poderia ser gay. E o medo de alguém da família ser um gay, já que nas gerações anteriores não teve nenhum. Era o típico, não na minha família. E tb não queriam que ninguém tivesse amizade com os gays. Só as mulheres tinham a permissão de ser amigas de gay.

E eu que não era assumido e nem se falava sobre isso. Tinha um grande medo de qualquer gay. Eu não queria ficar dejunto de nenhum deles, para não pensarem que eu poderia ser tb. E descobrirem meu segredo.

Na minha vida foi uma variação muito grande de certezas, ora tinha certeza que era hétero, ora tinha que era gay e só estava no armário, depois assumi para mim que era gay, e voltava a assumir que era hétero, pois não sabia que existia a bissexualidade e tudo era muito polarizado. Ou vc é homem ou vc é viado.

Mas não sei o quanto isso tudo afetou minha sexualidade. Acho que tudo afetou e muita coisa já seria assim tb. O que sei é que esse medo serviu de alimento para a pornografia. Pois quando estamos com medo, fugimos e nos escondemos. E a pornografia é uma maneira de fugir e um lugar para se esconder. No escuro. Na frente do computador e depois se esconder no banheiro, se dando um prazer, que achamos que é justo e merecido, depois de tanto estresse por se esconder e fugir. A pornografia-recompensa.

Viver assim devia ser terrível. Acredito que a pornografia o que eu achei no momento. Como se eu não tivesse saída e ao mesmo tempo fosse uma luz no fim do túnel, só que era a lanterna de um lobo em pele de cordeiro.

Estava lendo uns diários. Principalmente o de Better, que é o que tenho acompanhado mais. São palavras e histórias que me remetem a momentos parecidos, alguns até demais.

Teve um texto sobre a figura paterna.
Acredito q na sociedade que a gente vive, a figura paterna é um grande problema, as vezes ter a figura paterna é pior do que não ter tido. Em alguns casos, claro.
Mas raramente vejo algum gay ou bi ou pessoas da comunidade glbt... falando com referência positiva a figura paterna. Vejo mais sobre a materna.
Prestando atenção nos héteros que conheci, alguns tem uma figura paterna que se orgulham, mas os gays, a maioria não.
Sei que há vertentes da psicologia que fala muito sobre a influencia da figura paterna (e materna) na sexualidade das pessoas.
Mas sem ver outra realidade num multiverso fica muito difícil afirma que sim.
Minha figura paterna foi presente em parte, mas tinha os preconceitos, violência e conservadorismo que os pais tinham naquela época. Além, do grande lavar de mãos masculino na presença familiar, fora dos clichês que a gente conhece. Acredito que minha figura paterna foi 40% presente como pai. Sendo que não a qualidade da presença ainda sim é questionável.

Mesmo não falando de homossexualidade, nem bissexualidade, nem heterossexualidade, nem nada. Tudo era muito silencioso e subjetivo. Mas estava lá o conservadorismo. As piadas com gays . A vigilância sobre os gays do bairros. E as suspeitas sobre quem poderia ser gay. E o medo de alguém da família ser um gay, já que nas gerações anteriores não teve nenhum. Era o típico, não na minha família. E tb não queriam que ninguém tivesse amizade com os gays. Só as mulheres tinham a permissão de ser amigas de gay.

E eu que não era assumido e nem se falava sobre isso. Tinha um grande medo de qualquer gay. Eu não queria ficar junto de nenhum deles, para não pensarem que eu poderia ser tb. E descobrirem meu segredo.

Na minha vida foi uma variação muito grande de certezas, ora tinha certeza que era hétero, ora tinha que era gay e só estava no armário, depois assumi para mim que era gay, e voltava a assumir que era hétero, pois não sabia que existia a bissexualidade e tudo era muito polarizado. Ou vc é homem ou vc é viado.

Mas não sei o quanto isso tudo afetou minha sexualidade. Acho que tudo afetou e muita coisa já seria assim tb. O que sei é que esse medo serviu de alimento para a pornografia. Pois quando estamos com medo, fugimos e nos escondemos. E a pornografia é uma maneira de fugir e um lugar para se esconder. No escuro. Na frente do computador e depois se esconder no banheiro, se dando um prazer, que achamos que é justo e merecido, depois de tanto estresse por se esconder e fugir. A pornografia-recompensa.

Viver assim devia ser terrível. Acredito que a pornografia o que eu achei no momento. Como se eu não tivesse saída e ao mesmo tempo fosse uma luz no fim do túnel, só que era a lanterna de um lobo em pele de cordeiro.

1 - VOCÊ SE SENTE INFERIOR SENDO PASSIVO?
Nem um pouco. Não me sinto inferior. Mas prefiro ser ativo. E gosto de ser passivo tb. Sinto prazer. Realmente prazer. E sendo passivo fico de p ereto durante o sexo.
Mas me enxergo mais como ativo. Um dos motivos pelo qual estou fazendo o reboot. Dando certo, depois dos 90 dias, pretendo experimentar o sexo como ativo. E não pretenderei ser passivo novamente. Mas não me sinto inferior. Na verdade, os caras que eu saio preferem que eu seja o passivo. Já sai com um cara que eu avisei que era ativo e ele falou "tudo bem". E quando chegamos na hora do sexo ele queria muito ser ativo e que eu fosse o passivo. Tirando o esterotipo de negro, pelo meu corpo, os caras preferem que eu seja o passivo. Isso já aconteceu algumas vezes. Alguns caras dizem "você tem ser passivo com esse corpo", dentro da cabeça deles isso é um elogio. Mas eu me enxergo como ativo. Sempre me enxerguei. Se não fosse a DE eu não seria passivo não.

SOBRE PASSIVOS E ATIVOS
Essa questão de passivo e ativo, surgiram lembranças e reflexões, devido a essa pergunta se eu me sentia inferior sendo passivo. Já respondi que não.
Mas tem isso na comunidade. Uma diferença entre passivo e ativo que vai além das posições sexuais e papeis sexuais. De todas as pessoas que conheci sexualmente, os mais legais foram os passivos. Dentre os ativos há uma toxidade, percebi isso.
Penso que pela quantidade de passivo ser muito maior que ativo. Tornando o ativo mais desejado e sendo mais demandado.
Deve ser uns 1 ativo pra cada 8 passivo. E isso é foda.
A concorrencia ente passivos é brutal. Se você não tem um corpo interessante ou aparencia dentro dos padrões ou até os dois, é bonito de rosto e corpo, você fica muito restrito a encontrar alguém. Pq o ativo tendo muita oferta, ele vai escolher o que estão no padrão ou mais próximo dele. São muitas exigências para os passivos. Vejo q alguns até desistem de usar app porque não conseguem sair com ninguém.
Eu já conversei com muitos gays nos apps e o que eu vejo são muitos gays e poucos match, tanto de relacionamento namoros, quanto de só sexo msm.
As pessoas exigem do outro cada vez mais.
Eu não estou no padrão Hollywoodiano, mas como malho e tenho uma aparência legalzinho consigo atrair algumas pessoas em termo de aparencia.
Porém msm assim é uma exigência que as vezes até desmotiva. É meio bizarro.

SOBRE ATIVOS
E quando falamos de ativos, qd eu era ativo, as exigências eram tamanho de pau. Eu ficava chocado quando me perguntavam isso, achava desnecessário.
Mas percebi que tinha que responder para conseguir fazer sexo. Eu nunca perguntei para nenhum ativo o tamanho do P dele pq isso nunca foi pra mim importante.
Eu estava interessado no cara, na pessoa, claro que corpo era importante e td mundo quer alguém atraente, mas o tamanho do P nunca foi motivo para ficar ou deixar de ficar com alguém.
Na verdade, prefiro q não tenham o P grande. kkkk
Dos caras que eu saí e que tinha P pequeno, eu procurava tratar eles normalmente, e nem falar sobre esse assunto. Pq pra mim não tinha importância.
Mas percebia o desconforto as vezes sobre eles. E isso de tamanho de P não tem nada a ver com nada.
Tinha caras de 1.90 com P pequeno e caras de altura normal com P grande, caras enormes, grandes com P pequeno. Então, esses estereotipos de homem grande P grande, não tem nada a ver. Quem sai com homens e ve todo tipo de homem sabe disso.

Tive uma relação sexual com um cara hoje. Como passivo, claro.
Foi muito boa, porém resolvi não gozar, no sentido de ejacular.
Quero manter o reboot sem masturbação. E quando somos passivos precisamos da masturbação para ter O. Até onde eu sei. kkkk
Foi tranquila em relação a isso, pois o cara não falou nada nem ficou verificando se eu gozei.
O ruim de ser homem é isso, se vc teve orgasmo, a prova fica visível.
Tanto na relação com mulher quanto com homem, sempre tinha a pergunta "gozou?" 'você gozou'. Com algumas vezes a pessoa olhando a minha camisinha para ver se eu tinha gozado.
Se eu já fingi orgasmo? Sim, já fingi. Pq parece q tem uma cobrança no gozar tb. O homem tem que gozar, principalmente quando ativo, e qd passivo tb, gozar se masturbando.
Isso me dava um streess quando estava fazendo o reboot e a pessoa ficava querendo ver se eu tinha gozado. Se eu não gozasse como ativo, já teve o caso de puxarem a camisinha para baterem uma p pra mim pra eu gozar., pois não aceitava que eu não gozasse. Como se o sexo não valesse. Aff.
Teve uma vez q eu disse que eu disse que não iria gozar qd tv fazendo sexo, (pois estava fazendo o reboot, isso não disse), e sempre ouvia "como não vai gozar", "é muito bom gozar", "eu sempre gozo na relação" ....
Enfim, continuo no reboot e sem ter O, e sem me M. E estou feliz com isso.

Durante o sexo eu pensava muito em me M e ter O. Mas estava determinado. Quando tá gostoso dá uma vontade de querer O.
O sexo no geral é muito engessado, não acham? Como se tivessem protocolos.