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24/6/2015, 01:54
Olá companheiros, descobri este fórum recentemente e resolvi, depois de ler diversas postagens, já com o reboot iniciado, me registrar e relatar a minha história, que é longa, mas vou procurar resumi-la.

Sempre fui muito tímido e introvertido e tudo em se tratando de vida afetiva pra mim foi tardio, só beijei pela primeira vez com 21 anos e sempre tive uma tendência muito forte a fantasias. Com por volta de 18-19 anos que conheci os chats eróticos pela internet e deles passei para a pornografia. Ela sempre me deixou desconfortável moralmente, sempre senti como um espinho na minha vida, até por ser ligado a questões de espiritualidade (com respeito por todas as religiões e também por quem não tem nenhuma), mas nunca consegui parar.

Apesar disso, até o ano passado não achei que tivesse nada de errado comigo fisicamente, mas comecei a perceber sintomas de disfunção erétil e fiquei um tanto indignado e desesperado. Não conseguia mais colocar a camisinha, nunca fiquei totalmente broxa mas era aquela ereção meia bomba, que rapidamente murchava. Nunca quis recorrer a remédios, e a situação piorou depois que a garota com quem estava saindo, e pela qual me apaixonei, não correspondeu ao meu sentimento e não quis namorar comigo. A partir daí me afundei mais na pornografia e na masturbação. E cada vez material mais pesado. Ainda assim, não conseguia encontrar motivos pra disfunção erétil, sempre fiz exercícios, malho, tenho alimentação saudável, etc, até que descobri um vídeo do padre Paulo Ricardo falando sobre males relacionados a P e M e o site your brain on porn e este fórum.

Agora estou lendo o material, vendo outros vídeos e estou com 10 dias sem PMO (o máximo que já consegui até hoje foram 15 dias) e por enquanto estou lidando bem, ocupando meu tempo com diversas atividades e não tenho tido vontade. Só uma leve dor nas bolas que incomoda um pouco, espero que passe, rs

Como não tenho namorada, por enquanto estou tendo que levar tudo no modo hard.

Bom, fiz esse tópico primeiramente pra me apresentar, e espero encontrar apoio e também poder ajudar!

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24/6/2015, 17:38
Vamos, amigo, vamos passar pelo vale das sombras para podermos chegar numa vida sem PMO. Agora, ao desafiar o vício, seu inconsciente vai sentir falta da sensação da dopamina que inundava seu cérebro durante as sessões de pornografia. Sem ela ele vai começar a te sabotar. Vai te mostrar pornografia em todo lugar, vai te fazer lembrar de cada foto e filme, vai tentar te convencer de que não vale a pena se afastar daquela sensação gostosa do orgasmo. Vai de dizer: não custa nada dar só uma espiadinha. Poluição noturna, ereções incontroláveis, dor nas bolas, etc. Cara, é igual a estar num tratamento de desintoxicação. Depois que o vale das sombras passar, o caminho fica mais fácil de ser percebido, mas não quer dizer que vc não vá fraquejar de vez em quando, justamente naqueles momentos em que vc se encontra numa estrada em pleno meio-dia e só consegue perceber uma reta sem fim à sua frente. Mas todo caminho começa com o primeiro passo. O sol vai queimar sua pele, o calor vai te sufocar, mas a cada passo vc se aproximará da sua tão sonhada libertação. O diabo está dentro da gente também, nós deixamos ele entrar... agora temos que enfrentá-lo.
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24/6/2015, 23:38
Olá amigo, por enquanto ainda estou relativamente tranquilo, os pensamentos relacionados a erotismo têm sido raros. Isso também graças à meditação e a orações diárias, que tem me ajudado muito a controlar. Mas sei que não posso bobear, que ainda é muito cedo e é preciso ficar sempre atento e vigiar. E as ereções matutinas estão meia-bomba, o que me preocupa, mas sei que não posso desanimar e que preciso seguir em frente, para que meu corpo volte a funcionar como deve.

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27/6/2015, 01:57
Mais um dia hoje. Hoje senti uma leve tentação de ver algumas conversar que tenho guardadas com uma garotas de chat. Foi algo bem rápido, mas se tivesse dado atenção com certeza acabaria na M.

Outra coisa é que hoje não estou com dor nas bolas, isso é ótimo, haha

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28/6/2015, 19:47
Hoje tive um sonho erótico pela primeira vez desde que comecei o reboot. Sonhei primeiro que estava vendo uma mulher desconhecida transando com outro e eu de voyeur (acredito que um reflexo do vício realmente. Por que não era eu que estava transando com ela afinal?), e depois que me masturbava. Acordei excitado e com uma ereção forte, mas seco, não cheguei a me molhar nem nada, e consegui me segurar durante o dia e não recorri, graças a Deus, nem à P e nem à M. Agora estou mais tranquilo.

Por um lado foi bom que tive uma ereção forte como não tinha há muito tempo. Very Happy

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30/6/2015, 16:07
Parsifal;

Muito interessante você mencionar o Pe. Paulo Ricardo. Não sou religioso, nem tenho espiritualidade, nada... sou praticamente ateu. Só não me digo mais ateu, como eu dizia, porque simplesmente não posso afirmar que não existe nada. Digamos que vivo num modelo matemático simplificado onde não há divindade ou transcendência. Mas isso é o nerd falando... hehehehe

Li esse artigo do Pe. Paulo Ricardo a um tempo. Pois é, não sou religioso, mas considero esse Padre em particular um cara muito sábio e de vez em quando o leio. Na época dei de ombros, achei que era só o lado "Padre" dele falando, querendo incutir culpa e tal, mas algo na minha mente já me dizia que ele estava certo.
Por causa dos posts dele no Facebook já tive até vontade de ir numa igreja e tal, ver se tem umas pessoas para conversar... mas minha aversão social ainda é muito avassaladora para essas tentativas.

Mas é isso aí! Também estou no modo hard total. Mesmo casado, parei com tudo e pretendo ficar sem O por uns bons dias. Parei com os games também, que era outro grande componente do problema.
Força e vamos lá!
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1/7/2015, 01:17
Fala Publius, tudo certo?

Entendo o que disse. Mesmo nunca tendo sido ateu tinha uma certa aversão por padres e por certos dogmas da Igreja, mas recentemente fui percebendo que muitas das coisas que alguns deles dizem ou diziam (no caso dos antigos pensadores cristãos) sobre sexualidade fazem bastante sentido. Isso de "liberar geral' em coisas tipo masturbação, como pregam as correntes da psicologia em sua maioria, é algo completamente equivocado. Acho que não é uma questão de reprimir, mas de controlar. Temos que ter controle sobre nossas vidas e nossas vontades. E algo que perdi com P e M é o controle sobre mim, que aos poucos estou adquirindo novamente.

A pior coisa foi perceber que não tinha mais uma boa ereção mesmo fazendo esporte e me alimentando bem.

Sendo casado, como a sua mulher está encarando tudo isso? Está te apoiando? Eu estou no hard mais porque não tem outro jeito pra mim no momento, haha...Se aparecer uma mulher para sexo real vou tentar, mas não acho que vá aparecer até porque não tenho saído, a não ser para trabalhar.

Não chego a ter fobia social, mas sou bastante tímido.

E no que acha que os games te atrapalham? Eu de vez em quando jogo, mas tipo uma vez ou duas por semana, nunca fui viciado em games.

Hoje completo mais um dia sem PMO e apenas tive alguns pensamentos, mas consegui tirar a atenção deles.

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1/7/2015, 16:33
Tudo indo Parsifal, espero que contigo também.

Quanto aos dogmas religiosos, na minha visão materialista da coisa, hoje vejo a coisa assim: talvez os antigos tenham chegado a conclusões de maneira empírica e estabeleceram regras atribuídas à vontade de Deus. Assim pode ter sido com os Mandamentos e outras regras a respeito de castidade, comedimento, compaixão... não dá para explicar por A+B o porquê, mas eles, os antigos, já sabiam que se o ser humano não agisse de determinada forma, as coisas dariam terrivelmente errado. Seja isso Revelação, empirismo de velhos sábios, ou o que seja; hoje em dia levo esses ensinamentos muito mais a sério do que a ciência "moderninha" de psicólogos, psiquiatras e revisionistas da história.

Como ia dizendo, nunca fui promíscuo com mulheres... reais; porque as virtuais... Hoje vejo até como uma hipocrisia racionalizada da minha parte, pois agia cavalheirescamente, às vezes ao ponto de virar o amigo fofo, mas era um devasso incorrigível, fetichista e por aí vai, atrás do monitor.
Foi depois de uns dois anos casado que minha esposa achou meu HD recheado de P e achou meio "over". Na época ela ficou meio chateada, mas fui muito convincente em justificar que era coisa de homem, que era por isso que eu era tão assíduo na cama.
Passamos por vários problemas conjugais que hoje atribuo a escalada vertiginosa que fui fazendo na P e M, avançando inclusive para sair com prostitutas - principalmente quando comecei a falhar. Achei que minha libido estava caindo porque não me sentia mais atraído por ela... Encurtando a história, ela descobriu minhas saídas com garotas de programa e ficou estarrecida; era algo tão nada a ver com o que eu parecia ser na minha vida, que ela mal acreditou. Mandou-me procurar ajuda, achou que eu estava era louco... bem, de certa forma eu estava mesmo. A psicóloga achou que ver P e se M era perfeitamente normal, que eu tinha era depressão, déficit de atenção e blá, blá, blá... demiti ela na 5ª sessão!
Dito tudo isso, acho que ela está feliz com minha decisão de me livrar do vício. Não sei como ela me aturou até hoje para te dizer a verdade... E como eu já vinha falhando, acho que umas semanas sem sexo não serão problema para ela, que vinha tendo um sexo ruim de qualquer forma.

O lance dos games era uma compulsão semelhante: cheguei a jogar 30 horas direto um determinado jogo "para terminar". Ignorava o mundo! Pegava um final de semana e não fazia mais nada a não ser jogar. Acordava de madrugada, deixava os downloads de P rolando e jogava a noite toda, era uma operação conjunta, tipo fumar e beber, fumar e cafezinho... sei lá, eu não fumo nem bebo café, mas é o que dizem. Quando começava a jogar era difícil demais de parar, então resolvi dar um intervalo nisso também. Depois do reboot talvez eu volte a jogar, mas vou usar um timer ou algo assim.

Estou de boa nesses primeiros dias também. Mantendo a cabeça ocupada, agenda cheia, escrevendo aqui... isso aí!
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1/7/2015, 16:49
Por que estamos aqui — Loren Eiseley
Loren Eiseley (1907-1977), antropóloqo famoso, foi uma espécie de estranho no ninho da comunidade científica. Escrevia poesia e, sobretudo, dominava um eloqüente estilo de prosa poética, bastante incomum entre os profissionais de sua área. Dois de seus livros mais impressionantes são “The Immense Journey” (1957) e sua autobiografia, “All the Strange Hours” (1975). O ensaio que se segue, intitulado “The Cosmic Orphan” [O órfão cósmico], aparece na 15ª edição atual como a Introdução da Parte Quatro: “Human Life” [Vida humana].

Quando eu era garoto – naquela idade indefinida mas importante em que se começa a perguntar: quem sou eu? por que estou aqui? que espécie é a minha? o que é que está crescendo? o que é o mundo? por quanto tempo vou viver nele? para onde irei? -, encontrei-me caminhando com um amiguinho por uma ponte ferroviária alta, que se estendia sobre um riacho, uma ponte rústica e uma estrada. Podíamos olhar temerosos, por entre os dormentes, para os bancos de areia e as ondulações na água que brilhava uns quinze metros abaixo. Estávamos também fazendo uma coisa proibida, contra a qual nossos pais sempre nos advertiam. Não devíamos ser pegos por um trem na ponte preta. Algo terrível podia acontecer, uma coisa chamada morte.
Do pilar de sustentação da ponte olhamos para a água, lá embaixo, e vimos entre os seixos a forma de um animal que só conhecíamos de livros ilustrados – uma tartaruga, uma enorme tartaruga castanho-avermelhada. Deslizamos aterro abaixo para observá-la mais de perto. Da pontezinha que ficava cerca de um metro acima do riacho, vi que a tartaruga, cujas lindas riscas brilhavam ao sol da tarde, não estava viva e que suas patas eram movidas ao léu pela impetuosidade da água. A razão de sua morte era evidente. Não muito tempo antes de subirmos até o elevado ferroviário, alguém que se distraía com um rifle de repetição tinha pontilhado a carapaça da tartaruga com buracos de bala e seguira seu passeio.
Meu pai me explicara certa vez que era preciso muito tempo para se fazer uma tartaruga grande, muitos anos mesmo, à luz do sol, na água e na lama. Virei a antiga criatura de patas para cima e passei os dedos pela concha desenhada, com suas pobres patas se movendo grotescamente. A pergunta surgiu espontaneamente. Por que o homem tinha de matar uma coisa viva que jamais poderia ser substituída? Depositei a tartaruga na água e dei-lhe um empurrãozinho. Ela entrou na corrente e começou a derivar. “Vamos para casa”, disse ao meu companheiro. A partir daquele momento, acho que comecei a crescer.
“Papai”, disse eu à noite, junto ao lampião da nossa cozinha. “Conte-me como os homens vieram parar aqui.” Meu pai se deteve. Como muitos outros pais da época, estava cansado ao fim de longas horas de trabalho, não tinha muita instrução, mas possuía uma voz bonita e sonora e nascera numa fazenda na fronteira. Conhecia todo o ritual com que os índios das planícies começavam uma história.
“Filho”, disse ele, tomando como nosso o modelo de um outro povo, “era uma vez um pobre órfão.” Disse isso de tal jeito que me sentei a seus pés. “Era uma vez um pobre órfão que não tinha ninguém que lhe ensinasse seu caminho ou seus costumes. Às vezes eram os animais que o ajudavam, às vezes eram seres sobrenaturais. Mas, acima de tudo, uma coisa era evidente. Ao contrário de outros ocupantes da Terra, ele tinha de ser ajudado. Não conhecia seu lugar, tinha de encontrá-lo. Às vezes era arrogante e tinha de aprender a humildade, às vezes era covarde e era preciso que lhe ensinassem a valentia. Algumas vezes ele não entendia sua mãe Terra e sofria por isso. Os antigos que passavam fome e tinham visões no alto das montanhas sabiam essas coisas. Agora todos tinham partido, e com eles partira a mágica. O órfão estava sozinho; tinha de aprender por si mesmo; era uma escola dura.”
Meu pai desgrenhou-me os cabelos; tocou delicadamente meu coração. “Você vai aprender a tempo que há muito sofrimento aqui”, disse. “Os homens o farão sofrer, o tempo o fará sofrer, e você tem de aprender a suportar isto; não suportar sozinho, mas tornar-se melhor pela sabedoria que poderá adquirir se prestar atenção, ouvir e aprender. Não se esqueça da tartaruga, nem dos métodos dos homens. Eles são todos órfãos e caminham sem rumo; fazem coisas erradas. Procure enxergar melhor.”
“Sim, papai”, respondi, e acredito que foi assim que passei a estudar os homens, não os homens da história escrita, mas os ancestrais de antes, muito antes de qualquer escrita, antes do tempo tal como o conhecemos, antes da forma humana como é conhecida hoje. Meu pai estava certo quando me disse que os homens eram órfãos, vivendo em eterna busca. Tinham pouca coisa, no tocante a instinto, para instruí-los; tinham percorrido uma longa e estranha estrada no universo, e tinham atravessado mais de uma ponte negra, ameaçadora. Havia ainda outros caminhos a transpor, e cada qual se tornava mais perigoso à medida que se ampliava o nosso conhecimento. Por ser verdadeiramente um órfão e não estar restrito a uma única maneira de viver, o homem era, em essência, um destruidor de prisões. Mas, na ignorância, seu próprio conhecimento o levava às vezes de uma terrível prisão para outra. O problema final seria, pois, libertar-se, ou seria harmonizar seu intelecto devastador e seu coração? Todo o conhecimento registrado em grandes livros diz respeito direta ou indiretamente a este problema. Ele é o problema de todo homem, pois até o homem indiferente faz, sem saber, seu próprio julgamento insensível.
Muito tempo atrás, contudo, em um dos Manuscritos do Mar Morto escondidos no deserto judaico, um escriba desconhecido escrevera: “Não existe nenhum homem capaz de contar a história inteira.” Essa frase contém também a advertência de que o homem é um órfão de origens incertas e final indefinido. Tudo que as ciências arqueológicas e antropológicas podem fazer é pôr diante do homem um cristal um tanto defeituoso e dizer: foi assim que você surgiu, estes são os perigos que o ameaçam agora; em algum lugar, vagamente vislumbrado à distância, está seu destino. Que Deus o ajude, você é um órfão cósmico, um mágico que faz malabarismos com símbolos, na maioria das vezes imaturo e desatento aos perigos que corre. Leia, pense, estude, mas não espere que isso o salve sem humildade no coração. Disto os antigos já sabiam há muito tempo, vagando sob as estrelas pelos grandes desertos. Isto eles procuraram saber e transmitir, Esta é a única esperança do homem.
O que foi que nós observamos que poderia estar enterrado, como estiveram enterrados os Manuscritos do Mar Morto durante 2 mil anos, e surgir de dentro de um cântaro para benefício do homem, breves palavras que poderiam ser contidas num rolo de cobre ou numa folha rota de pergaminho? Esses são, a meu ver, os únicos pensamentos que poderíamos sensatamente estabelecer como verdade, hoje e no futuro. Por um longo tempo, durante muitos, muitos séculos, o homem ocidental acreditou no que poderíamos chamar de o mundo existente da natureza; a forma, como forma, era vista como uma constante sob o disfarce tanto animal quanto humano. Ele acreditava na criação instantânea do seu mundo por Deus; acreditava que sua duração seria muito curta, correspondente a uma etapa em que se desenrolava o breve drama da queda do homem de um estado divino e de uma redenção.
O tempo terreno era um pequeno parêntese na eternidade. O homem vivia com essa crença, seu pequeno cosmo e centrado no homem. Então, a partir de cerca de 350 anos atrás, pensamentos não ousados desde o tempo dos filósofos gregos começaram a penetrar na consciência humana. Eles podem ser sintetizados pela frase de Francis Bacon: “Este é o fundamento de tudo. Não nos cabe imaginar ou supor, mas descobrir o que a natureza faz ou pode ser levada a fazer.”
Nos anos seguintes, quando a experimentação e a observação científicas se tornaram correntes, uma grande mudança começou a atravessar o pensamento ocidental. A concepção que o homem tinha de si mesmo e de seu mundo começou a se alterar de maneira irreversível. “Tudo está em pedaços, foi-se toda a coerência”, exclamou o poeta John Donne, contemporâneo de Bacon. O mundo existente estava desmoronando nas bordas. Estava se partindo como uma balsa malpregada numa torrente – uma torrente de ritmo incrível. Era, de fato, uma nova natureza, compreendendo um passado incrustado no presente e um futuro ainda por vir.
Primeiro, Bacon discerniu um “mundus alter”, um outro mundo diferente, que podia ser extraído da natureza pela intervenção do homem – o mundo que nos cerca e nos perturba hoje. Depois, gradualmente, profundezas de tempo de imensa magnitude começaram a substituir, no final do século XVIII, o calendário cristão. O espaço, de um candelabro de estrelas que nos envolviam, começou a se alargar até o infinito. A Terra foi reconhecida como um simples pontinho arrastado em torno de uma estrela pequena, ela própria girando em torno de uma imensa galáxia composta de inúmeros sóis. Mais e mais além, a bilhões de anos-luz, outras galáxias brilhavam através de nuvens errantes de gás e poeira interestelar. Finalmente, e talvez o mais violento de todos os golpes, o mundo natural deste momento provou-se uma ilusão, uma fantasia do breve tempo de vida do homem. Novidades orgânicas revelaram-se nos estratos da Terra. O homem não tinha vivido sempre aqui. Ele fora precedido, nos 4 bilhões de anos da história do planeta, por moluscos flutuantes, estranhas florestas de samambaias, imensos dinossauros, lagartos voadores, mamíferos gigantes cujos ossos jazem sob as pedras caídas de placas de gelo continentais desaparecidas.
O órfão gritou em protesto, quando o frio do espaço nu lhe penetrou os ossos: “Quem sou eu?” E mais uma vez a ciência respondeu. “Você é uma criança trocada. Está ligado, por uma cadeia genética, a todos os vertebrados. A questão é que você carrega no corpo e no cérebro as feridas ainda doloridas da evolução. Suas mãos são nadadeiras reformadas, seus pulmões vêm de uma criatura que arfava num pântano, seu fêmur foi aprumado à força. Seu pé é uma pata trepadora remodelada. Você é uma boneca de trapo recosturada com as peles de animais extintos. Muito tempo atrás, 2 milhões de anos talvez, você era menor, seu cérebro não era tão grande. Não temos certeza de que era capaz de falar. Setenta milhões de anos antes disso, era uma criatura trepadora ainda menor, conhecida como tupaídeo. Tinha o tamanho de um rato. Comia insetos. Agora voa até a Lua.”
“Isto é um conto de fadas”, protestou o órfão. “Eu estou aqui, vou olhar no espelho.”
“É claro que é um conto de fadas”, disseram os cientistas, “mas o mundo e a vida também são. É isso que os torna verdadeiros. Viver é partir a qualquer momento. É por isto que somos todos órfãos. É por isto que você tem de encontrar seu próprio caminho. A vida não é estável. Tudo que vive está tropeçando por entre fissuras e fendas no tempo, mudando à medida que ele passa. Outras criaturas, no entanto, têm instintos que lhes provêem a subsistência, buracos onde se esconder. Não podem fazer perguntas. Uma raposa é uma raposa, um lobo é um lobo, mesmo que isto, também, seja uma ilusão. Você aprendeu a fazer perguntas. É por isto que é um órfão. “Você é a única criatura no universo que sabe o que o universo foi.” Agora você tem de continuar a fazer perguntas enquanto está mudando o tempo todo. Vai perguntar em que se transformará. O mundo já não o contentará. Você tem de encontrar seu caminho, seu próprio eu verdadeiro.”
“Mas como posso?”, chorou o órfão, escondendo a cabeça. “Isto é magia. Não sei o que sou. já fui coisas demais.”
“De fato foi”, disseram em uníssono todos os cientistas. “Seu corpo e seus nervos foram arrastados por todo lado e retorcidos no longo esforço de seus ancestrais para permanecer vivos, mas agora, orfãozinho que é, você tem de conhecer um segredo, uma mágica secreta que a natureza lhe deu. Nenhuma outra criatura no planeta a possui. Você usa a linguagem. Você é um malabarista de símbolos. Tudo isso está escondido em seu cérebro e é transmitido de uma geração a outra. Você freia o tempo, em sua cabeça os símbolos que significam coisas no mundo exterior podem voar desimpedidos. Você pode combiná-los diferentemente num novo mundo de pensamento ou segurá-los obstinadamente durante toda uma vida e transmiti-los a outros.”
De fato é assim, de palavras, de uma lufada de ar, que é feito tudo que é unicamente humano, tudo que é novo de uma geração para outra. Mas lembre-se do que foi dito sobre as feridas da evolução. O cérebro é muito antigo, pelo menos parte dele, pois as partes foram depositadas em seqüência, como estratos geológicos. Profundamente enterrados debaixo do cérebro com que raciocinamos, há antigos centros de defesa prontos para a raiva, prontos para a agressão, prontos para a violência, sobre os quais o neocórtex, o cérebro novo, tenta exercer controle. Assim, há momentos em que o órfão é um ser dividido em luta contra si mesmo. Os homens perversos sabem disto. Às vezes conseguem explorar isso em seu próprio proveito político. Homens reunidos em multidões, sujeitos aos mesmos estímulos, reagem rapidamente a uma emoção que, na tranqüilidade de suas casas, poderiam analisar com mais cuidado.
Os cientistas descobriram que os próprios símbolos que povoam nossos cérebros podem conter seus perigos. Convém ao pensador classificar uma idéia com uma palavra. Às vezes isso pode levar a um processo chamado hipostático, ou de reificação. Tome a palavra “Homem”, por exemplo. Há ocasiões em que é usada para categorizar brevemente a criatura, sua história, suas características abrangentes. A partir disso, se não prestarmos atenção ao que queremos dizer, torna-se fácil falar de todos os homens como se fossem uma só pessoa. Na realidade, os homens vêm buscando esse homem irreal há milhares de anos. Encontraram-no banhado de sangue, encontraram-no na cela do eremita, vislumbraram-no por entre inúmeros messias, ou em meditação sob o pipal, a árvore sagrada; encontraram-no no gabinete cio médico ou iluminado pelas chamas satânicas da primeira explosão atômica.
Na realidade ele nunca foi encontrado. A razão é muito simples: os homens andaram buscando o Homem com letra maiúscula, uma criatura imaginária construída a partir de fragmentos díspares no laboratório da imaginação humana. Assim, alguns homens podem percebê-lo e vê-lo como totalmente bondoso ou inteiramente perverso. Estariam errados. Permanecem errados enquanto dão vida a essa criação e a chamam de “Homem”. Não existe Homem algum; existem apenas homens: bons, maus, misturas inconcebíveis estragadas por sua constituição genética ou aperfeiçoadas por seu meio social. Contanto que vivam, são “homens”, potencial abundante e não exaurido de ação. Os homens são excelentes objetos de estudo, mas a partir do momento em que dizemos “Homem” corremos o perigo de nos perder num pântano de abstração.
Se examinarmos nossa história fóssil, talvez não tenhamos sequer o direito de chamar a nós mesmos de verdadeiros homens. A palavra carrega implicações sutis que se ampliam além de nós na corrente do tempo. Se um remoto ancestral semi-humano, mal capaz de falar, tivesse tido um nome para a sua espécie, como muito provavelmente tinha, e apenas supondo que esse nome fosse “homem”, iríamos nós agora aprovar seu uso, seu atributo imobilizante? Penso que não. Talvez nenhum verdadeiro órfão deseje se chamar de outra coisa senão de viajante. O homem no sentido cósmico atemporal pode não estar aqui.
O problema fica particularmente claro à luz de uma descoberta recente e estarrecedora. Em 1953, James D. Watson e Francis H. C. Crick descobriram a estrutura do alfabeto químico que constitui tudo aquilo que vive. Era uma estranha escada em espiral no interior da célula, muito mais organizada e complexa do que haviam imaginado os biólogos do século XIX; os minúsculos tijolos, constantemente reembaralhados a cada acasalamento, tinham ao mesmo tempo uma estabilidade espantosa e, paradoxalmente, no curso de longos períodos de tempo, o poder de alterar de maneira irreversível a estrutura viva de uma espécie. A coisa chamada homem fora outrora um arbusto num trecho de floresta; agora manipula em seu cérebro símbolos abstratos a partir dos quais nascem arranha-céus, pontes cortam o horizonte, a doença é dominada, a Lua é visitada.
Os biólogos moleculares passaram a indagar se o maravilhoso alfabeto vivo que jaz na raiz da evolução pode ser manipulado em benefício do homem. Algumas variedades de plantas e animais domésticos já foram aperfeiçoadas. Agora finalmente o homem começou a divisar seu possível caminho para o futuro. Seria possível, por meio de delicadas excisões e intrusões, fazer o misterioso alfabeto que carregamos em nossos corpos acelerar nosso avanço rumo ao futuro? Nossas concentrações urbanas, com todas as suas aberrações e defeitos, já são orientadas para o futuro. Por que não nós mesmos? Estará em nosso poder perpetuar mentes excepcionais “ad ofinitum”? A quem caberá a selecão desse homem futuro? Aí está o problema. Qual de nós, pobres órfãos à beira da estrada, mesmo entre aqueles que perscrutam sabiamente através do microscópio eletrônico, pode estar seguro quanto ao caminho para o futuro? Sem a ajuda da natureza, poderia o peixe ter encontrado o caminho para o réptil, o réptil para o mamífero, o mamífero para o homem? E como o homem foi dotado da palavra? “Poderiam” os homens escolher seu caminho? De repente eleva-se diante de nós a mais negra, a mais aterradora ponte da nossa experiência. Que abismos ela transpõe?
Os biólogos nos dizem que, ao longo de todo o tempo, mais de 90% das espécies que viveram no mundo pereceram. As espécies mamíferas, em particular, não se distinguem pela longevidade. Se o bisturi, o raio “laser” que amputa nos laboratórios, fossem postos na mão de uma pessoa qualquer, um pobre órfão qualquer, que faria esta pessoa? Se confiante, iria reproduzir apenas a si mesma? Se cruel, iria por meios indiretos conseguir destruir o mundo vivo? Se incerta quanto ao caminho, iria reproduzir a dúvida? “Nada é mais vergonhoso que uma afirmação sem conhecimento”, pronunciou certa vez Cícero, o grande estadista e orador romano, como se tivesse antevisto esta ponte final do orgulho humano – o orgulho de um deus incapaz de antever.
Após os desastres da Segunda Guerra Mundial, quando o sonho do progresso eterno morreu na mente dos homens, um órfão deste século violento escreveu um poema sobre as grandes extinções reveladas nas pedras do planeta. Ele conclui assim:

Não sei ao certo se amo
as crueldades encontradas em nosso sangue
de alguma árvore do mal perdida em nossos inícios.
Possam os deuses perdoar e nos lacrar profundamente
quando tombarmos,
Possa o inofensivo arganaz insinuar-se nas prisões
onde demos livre curso à nossa vontade
e folhas vermelhas tombar sobre elas.
Dachau, Auschwitz, esses lugares por toda parte.
Pudesse eu rezar, rezaria muito por isso.

Pode-se concluir que o poeta era um homem da dúvida. Não chorou pelo homem; confiava em que folhas, coelhos e aves canoras continuariam a viver, assim como, muito tempo antes, uma víbora arbórea esquecera alegremente os répteis dominantes. O poeta era um órfão em circunstâncias vergonhosas, fazendo uma pausa à beira da estrada para rezar, porque ele rezou, embora o negue; que Deus perdoe a todos nós. Era um homem em dúvida quanto ao caminho. Era o eterno órfão da história de meu pai. Que nos disponhamos então, como órfãos similares que percorremos este longo caminho através do tempo, a assumir os riscos da viagem inacabada. Devemos saber, como sabia àquele infeliz bando de homens na judéia, ao enterrar o cântaro, que a estrada do homem deve ser buscada acima dele. “Não existe nenhum homem capaz de contar a história inteira.” Após o breve lapso de 2 mil anos, quem negaria esta verdade? [Britânica]
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2/7/2015, 20:08
Publius escreveu:

Como ia dizendo, nunca fui promíscuo com mulheres... reais; porque as virtuais... Hoje vejo até como uma hipocrisia racionalizada da minha parte, pois agia cavalheirescamente, às vezes ao ponto de virar o amigo fofo, mas era um devasso incorrigível, fetichista e por aí vai, atrás do monitor.


Acho que o lance do timer pros games é uma boa ideia! Mesmo não sendo viciado em games, talvez adote isso quando jogar pra não perder a hora. Jogando o tempo passa rápido demais.

Isso de agir cavalhereiscamente e ao mesmo tempo ter fantasias devassas e fetiches também acontecia comigo, acho que afeta muitos de nós, é quase como o médico e o monstro, dr.Jekkyl e Mr.Hyde. Só não fui assim com a minha última e mais intensa paixão, realmente respeitava muito ela e me policiava pra não fantasiar. Mas como não fui correspondido e só ficamos uma vez tudo se deturpou e pra tentar "amenizar" a frustração caí de boca na P e na M. Eram verdadeiras farras masturbatórias, como diz o padre Paulo Ricardo numa das aulas dele. E como a gente sabe, esse tipo de coisa não ameniza nada, só fui ficando mais e mais pra baixo, até conhecer o método reboot.

Sobre a sua mulher, valorize bastante ela porque não é qualquer uma que compreende um processo como o seu. Uma ex terminou comigo porque descobriu eu flertando com outra sem eu nem ter tido nada. Se tivesse saído com prostitutas, ela teria me baleado, haha

Interessante o texto, Sobrevivente. Não conhecia esse antropólogo.

Quanto aos últimos dois dias, foram tranquilos e hoje pela manhã experimentei mais uma vez uma ereção bem forte. Até tinha me esquecido de como era  Very Happy

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4/7/2015, 23:56
Hoje o dia foi tenso, parece que a flatline passou, a libido vindo com força, e ainda tive alguns aborrecimentos. Foi preciso muita força de vontade hoje pra resistir.

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5/7/2015, 10:37
Parsifal escreveu:Hoje o dia foi tenso, parece que a flatline passou, a libido vindo com força, e ainda tive alguns aborrecimentos. Foi preciso muita força de vontade hoje pra resistir.

Também to passando por isso, cara... percebo que quando a flatline acaba a libido vem com força total, e é aí que temos que nos precaver, continuar com os bloqueadores, evitar os gatilhos, etc.

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5/7/2015, 13:39
Rider escreveu:
Também to passando por isso, cara... percebo que quando a flatline acaba a libido vem com força total, e é aí que temos que nos precaver, continuar com os bloqueadores, evitar os gatilhos, etc.

No meu caso o pior gatilho é o facebook, mas estou procurando usá-lo o menos possível. E às vezes tem alguma garota que manda mensagem me perguntando por que ando "sumido". E também é complicado às vezes entrar em páginas tipo o uol pra ver notícias e se deparar com alguma imagem de mulher seminua, é foda.

Da pornografia em si não estou sentindo vontade de entrar em sites, problema é resistir à M. Sabendo sempre que uma coisa pode voltar à outra.

Além de tudo, estou no hard mode e sem perspectiva nenhuma de conhecer alguma mulher pra sexo e relacionamento, já que só conheço mulher comprometida ou sem muitas afinidades e ando sem grana pra sair. Preciso me segurar na raça.

Ontem consegui me acalmar ouvindo música sacra enquanto via imagens de vitrais medievais. Acho que vou fazer a mesma coisa hoje, haha

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5/7/2015, 14:05
Parsifal escreveu:
Rider escreveu:
Também to passando por isso, cara... percebo que quando a flatline acaba a libido vem com força total, e é aí que temos que nos precaver, continuar com os bloqueadores, evitar os gatilhos, etc.

No meu caso o pior gatilho é o facebook, mas estou procurando usá-lo o menos possível. E às vezes tem alguma garota que manda mensagem me perguntando por que ando "sumido". E também é complicado às vezes entrar em páginas tipo o uol pra ver notícias e se deparar com alguma imagem de mulher seminua, é foda.

Da pornografia em si não estou sentindo vontade de entrar em sites, problema é resistir à M. Sabendo sempre que uma coisa pode voltar à outra.

Além de tudo, estou no hard mode e sem perspectiva nenhuma de conhecer alguma mulher pra sexo e relacionamento, já que só conheço mulher comprometida ou sem muitas afinidades e ando sem grana pra sair. Preciso me segurar na raça.

Ontem consegui me acalmar ouvindo música sacra enquanto via imagens de vitrais medievais. Acho que vou fazer a mesma coisa hoje, haha

É foda, cara... eu também não sinto desejo de pornografia, já relatei aqui que depois que reiniciei reboot até passei a sentir nojo de atrizes pornôs haha o foda é que não tenho namorada, mas tenho flertado com uma guria da faculdade e acho que vai rolar alguma coisa, tá rolando afinidade haha boa sorte e positivismo sempre, vamos que vamos Very Happy

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6/7/2015, 23:35
[quote="Rider"]
Parsifal escreveu:
É foda, cara... eu também não sinto desejo de pornografia, já relatei aqui que depois que reiniciei reboot até passei a sentir nojo de atrizes pornôs haha o foda é que não tenho namorada, mas tenho flertado com uma guria da faculdade e acho que vai rolar alguma coisa, tá rolando afinidade haha boa sorte e positivismo sempre, vamos que vamos Very Happy

Nojo de atrizes pornôs não chego a sentir, mas vontade de vídeo não tenho tido mesmo. O que rolou hoje foi um ataque ao emocional, me lembrando da garota que gosto, e por um momento a vontade de fantasiar com ela, mas me segurei e me mantive firme.

Espero que role algo aí com a guria, que as coisas fluam Smile

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7/7/2015, 22:32
Infelizmente acabei recaindo na M =/, agora é começar tudo de novo.

Fiquei com muita raiva de mim mesmo.

Mas menos mal que não acessei P. Mas fantasiei com uma conhecida.

Agora é firmar novamente pra nunca mais cair. Esses 23 dias que fiquei sem M me provaram que é possível.

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7/7/2015, 22:40
Amigos Parsifal e Rider;

Com o comentário de vocês sobre as atrizes fiquei a lembrar de uma época que tentava me livrar do vício, não por achar que estava viciado, mas por querer ter mais domínio sobre essa situação de PMO na minha vida... nessas horas que queria ter aquele flash do MIB, para esquecer um montão de coisas, pois ainda lembro bem as caras, nomes, cenas, sites... putz! A vontade de vê-las está sob controle, mas está lá, ou melhor, aqui. Passada uma semana e com algum indício de volta de libido, estou vigilante para manter essa vontade cada vez mais longe, por isso que esquecer seria a melhor opção.

Hoje no trabalho, passei por uma pilha de revistas de um colega que deixou a empresa. Os colegas deixaram a pilha para ser dividida entre os que restaram... sabe aquele pensamento de dar só uma olhada? Consegui refrear e passei batido, ufa!

Boa sorte com a guria da faculdade, Rider. Não vá flertar a ponto de virar amigo - perdão da brincadeira, mas é que sou traumatizado com isso... hehehehe

Estou tentando me forçar a meditar também, Parsifal, mas música sacra e vitrais medievais são demais para um "bárbaro das estepes" como eu... conseguindo meditar já me darei por satisfeito por enquanto. Smile

Valeu, pessoal!

PS: Puxa, Parsifal... lamento seu infortúnio, amigo. De verdade! Não alterei o meu post que fiz quase simultâneamente, apenas adicionei esse PS. Talvez um pouco do meu humor lhe ajude nessa hora...
Mas é isso; você fez esses 23 dias muito bem, é recomeçar e aprender com o erro.
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8/7/2015, 23:56
Valeu pela força, amigo Publius!

Hoje retomei tudo como antes da queda de ontem, sem culpas e bitolações. Até porque acho que 23 dias logo na primeira tentativa, para quem nunca tinha conseguido ficar tanto tempo sem se masturbar, já foi um feito respeitável. E também não caí na pornografia nem vi imagens. Mas como minha meta é ficar livre também da masturbação, pra me curar de vez da DE, considerei uma queda.

Agora é seguir em frente e não cair mais! Very Happy

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17/7/2015, 02:41
Esses dias foram complicados, não consegui manter minha disciplina, tive alguns momentos de stress e caí na M de novo. Pelo menos não estou mais vendo vídeos, mas é preciso vencer o que se enraíza na mente, já que as imagens têm vindo com força.

Vou retomar o reboot com determinação e parar com isso da M ser válvula de escape.

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17/7/2015, 14:09
Cara,

Retoma o mais rápido possível e vamos enfraquecer a conexão cerebral da PMO.

Tem um amigo meu que fazia terapia de grupo para emagrecer e eles disseram algo muito interessante que se aplica ao nosso vício. Diziam que não deve se relacionar comida com emoção : se estou feliz vou comemorar com uma boa janta, se me fudi no trabalho vou comer para me alegrar.

Pra nós é a mesma coisa, sem PMO como válvula de escape.

continua meu velho, estamos juntos !!

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20/7/2015, 21:20
Valeu pelo apoio, pirata!

Realmente, o perigo é sempre relacionar o estado emocional com PMO, e buscar um falso alívio nisso.

Nestes dias consegui retomar o reboot com empenho e agora é manter a determinação. Parece que flatiline voltou, agora a questão é não cair de novo, manter o foco, quando a libido retornar.

Fiquei um pouco ausente do fórum nestes dias também porque me afastei um pouco da net e do pc. É complicado que basta abrir um site de notícias, principalmente o de esportes, que lá está a imagem de uma mulher seminua. Pretendo por um bom tempo evitar sites como uol e terra.

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2/8/2015, 21:38
Depois de alguns dias ausente estou de volta.
Tive umas recaídas mas conheci nestes dias uma moça bem interessante. Agora ela é uma boa causa para eu me motivar de vez e ir até o fim no reboot! Não sei mais se vou manter o hard mode, mas certamente nada de P e M.

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3/8/2015, 08:51
Parsifal escreveu:Depois de alguns dias ausente estou de volta.
Tive umas recaídas mas conheci nestes dias uma moça bem interessante. Agora ela é uma boa causa para eu me motivar de vez e ir até o fim no reboot! Não sei mais se vou manter o hard mode, mas certamente nada de P e M.

Cara,

Cada um tem suas peculiaridades, mas o hard mode pra mim, isto é, sem O com sexo real, está fora de cogitação.

Bom retorno !

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3/8/2015, 21:26
Oi Pirata, não me preocupo em manter o hard mode não. Só espero que na hora H a DE não ataque, é só esse meu receio, mas tenho que me manter tranquilo justamente pra que isso não ocorra.

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4/8/2015, 21:08
Chegando hoje ao quinto dia de retomada do reboot, tenho mantido os dias bastante ativos, com muita atividade física e meditação, além do trabalho.

Continuo conversando com a moça que conheci e sábado vamos sair, vamos ver como será Smile

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