Diário Do Arquiteto da Matrix

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21/1/2021, 18:37
Já vi que você adquiriu autocontrole com o reboot, acho essa característica uma das mais importantes pra cumprir o reboot, ao mesmo tempo que você gradualmente ganha mais enquanto faz o Reboot!
Parabéns pelos quase 10 meses!!!
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8/2/2021, 16:23
excogitatoris escreveu:Já vi que você adquiriu autocontrole com o reboot, acho essa característica uma das mais importantes pra cumprir o reboot, ao mesmo tempo que você gradualmente ganha mais enquanto faz o Reboot!
Parabéns pelos quase 10 meses!!!

Obrigado mano de verdade!

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21/2/2021, 11:24
Faltam 60 dias para completar meu primeiro ano limpo, e tudo e tudo que eu queria era abrir o XVIDEOS e me masturbar... Que vício maldito
Sigo firme
Confiante em Deus.

Sigamos!

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21/2/2021, 19:06
Não desista agora, meu amigo. Me motivei muito aqui com sua evolução e história. 10 meses não é para qualquer um. Não jogue fora toda sua evolução por um prazer momentâneo. Estamos juntos. Força.

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Meu diário: https://www.comoparar.com/t11530-dias-de-luta-dias-de-gloria#331519

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23/2/2021, 17:56
O segredo tá em não ligar para o seu progresso, vejo muita gente aqui tentando fazer o Reboot de uma forma quase que religiosa, seguindo os passos como um script, não é assim que funciona a eliminação de um hábito, 300 dias de Reboot era pra vc nem lembrar mais o que é pornografia. O grande trunfo da questão é vc não sentir mais necessidade, e entender que vc não tem mais essa necessidade, eu tive muito isso quando parei tb com o vício em redes sociais, em querer saber da vida alheia, eu era viciado naquilo, um dia eu decidi que ia parar, e foi difícil, mas eu fui firme, hoje eu entendi q não preciso daquilo, eu uso mas pra fins bem específicos como fazer uma venda no marketplace. A pornografia é exatamente assim, vc precisa entender que vc não precisa disso e não ligar pro progresso, apenas viver e aproveitar a sua vida. Meu psicológo dizia sempre pra mim " a pornografia é o combustível, e o vício é o carro, cortando o combustível o carro para" seu carro ainda pq vc alimenta ele com alguma coisa, seja etanol, gasolina batizada ou até cachaça. Quer um conselho ? Pare de se importar com esse relógio, lembre-se o culpado não é o desejo, é o tédio.

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Acompanhe meu relato

http://www.comoparar.com/t9301-hocd-escalada-estou-parado-no-tempo

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

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Diário Do Arquiteto da Matrix - Página 13 Empty DESABAFO (ALERTA DE GATILHO, DESABAFO EXPLÍCITO RECOMENDO NÃO LER)

16/12/2021, 15:00
Cumpriu seu papel e eu editei pra evitar engatilhar alguém!

Abraço


Última edição por arquitetodamatrix em 17/12/2021, 12:28, editado 1 vez(es)

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16/12/2021, 20:18
Alô moderação!
Kkkkk

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Diário Do Arquiteto da Matrix - Página 13 Empty LIDANDO COM A CRIANÇA INTERIOR

30/12/2021, 10:33
Ontem eu fiz um desabafo escrito a mão, hoje resolvi digitar pq a ansiedade tá enorme.
Eu vejo que minha criança interior ainda tá se sentindo mal e que a pornografia pra mim é um lugar confortável, é um lugar do masculino e do paterno na minha vida, que claro, cresceu com o passar dos anos, mas é pq foi a única intimidade com um homem que tive na infância: quando o namorado da minha mãe, que eu ACHAVA que era meu pai me mostrou aquela maldita revista pornográfica.
Ali eu entendi que sempre que precisasse do apoio do masculino na minha vida eu precisava voltar ao lugar do abuso, eu ganharia atenção.
Depois de adulto o vício ficou mais crescente, poderoso, e eu passei para sexo com outros homens.
Sempre achei estranho pq fazia eu me sentir mais homem quando eu fazia sexo com eles, e hoje compreendo que é isso. Essa é a intimidade que a minha criança ainda busca.
No entanto HOJE eu preciso ser o homem intímo da minha criança, quem protege ela do mundo, do caos, da dor... EU PRECISO SER

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29/1/2022, 19:35
Não só ao autor da postagem,,mas pra todos aqui.
Que estão buscando uma nova vida longe desse inferno silêncioso chamado PMO.
Quero parabenizá-los por essa grande conquista.
Estamos Todos Travando nossa batalhas no que chamo de Torneio das Trevas,, é o tema do meu Diário que venho escrevendo e trabalhando em cima de abordagem clara e direcionada dos males da pornografia,,formas de contorna-la e também inúmeros benefícios de ficarmos livre dessa praga.

No meio dessa vitória travada aqui,,acredito que vocês tiverem acesso ao meu Diário,,beberão do Elixir da Vida e terão mais forças e motivação pra crescermos e fortalecer nossa luta no Torneio das Trevas que garantirá nossa liberdade.
Abraços e fiquem com Deus.

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11/5/2022, 06:28
DELETADA


Última edição por arquitetodamatrix em 12/4/2023, 22:13, editado 1 vez(es)

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Diário Do Arquiteto da Matrix - Página 13 Empty Re: Diário Do Arquiteto da Matrix

18/5/2022, 13:11
Oitavo dia, Só por Hoje!

Que alegria ver que eu estou abstinente!

Tem jeito galera!

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Diário Do Arquiteto da Matrix - Página 13 Empty 4º PASSO

22/3/2023, 23:22
Eu participo de uma irmandade de 12 passos chamada DASA (Dependentes de Amor e Sexo Anônimos)
E somente agora criei coragem para fazer o 4º passo: Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
Em oração lembrei desse fórum e acredito que vai ser melhor fazer esse inventário aqui.
Talvez tenha muita coisa cabeluda, talvez um pouco explícita então fica o aviso aí caso alguém venha a acompanhar blz?
Abraço galera!
Até breve!

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Diário Do Arquiteto da Matrix - Página 13 Empty Inventário Moral - Dia 1/11

29/3/2023, 13:51
DEUS CONCEDA-ME:
SERENIDADE PARA ACEITAR AS COISAS QUE EU NÃO POSSO MODIFICAR
CORAGEM PARA MODIFICAR AQUELAS QUE EU POSSO E
SABEDORIA PARA PERCEBER A DIFERENÇA

De fato ao me deparar com essa tarefa de fazer um MINUCIOSO inventário MORAL. Me dá um medo enorme, afinal de contas são 30 anos desde o meu primeiro contato com pornografia até anteontem quando eu, CASADO, CRISTÃO, MINISTRO DA EUCARISTIA, HOMEM DE DEUS, que já realizou curas e expulsou demônios no nome mais santo que existe que é o nome de JESUS, estava tendo conversas sexuais e marcando um encontro de sexo com outro homem.
Em linguagem xula e absurda.
Contar toda essa história parece desafiante, mas sei que posso e devo confiar em Deus, afinal, percebi que só há um jeito de manter a sanidade, pela redenção plena a Deus. Sem isso não existe meios claro e profundos de eu me curar e me livrar dessa doença que quer me destruir de dentro pra fora.
Ele tem sido muito bom em me livrar das garras da dependência, mas eu sinto que ainda há em mim essa fera que deseja a todo custo se entregar a estes desejos impuros e malditos. Uma fera impiedosa que só deseja um gole de prazer e nada mais pra ela importa: meu casamento, minha moral, minha fé, nada importa pra ela a não ser mais uma dose de prazer de novidade e dessa maldita compulsão.
Que o Senhor Deus me liberte e me livre de tudo isso.
E que eu tenha coragem suficiente para inventariar todos os meus defeitos de caráter e toda podridão que esse vício maldito me trouxe.
Que nenhum aspecto dessa dor fique de fora.
Bendito seja Deus!

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John C Peter
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Diário Do Arquiteto da Matrix - Página 13 Empty Re: Diário Do Arquiteto da Matrix

29/3/2023, 19:07
Força amigo, estamos no lugar certo. Essa família só nos fortalece. Desabafar e ouvir desabafos é o que nos fortalece e nos mantém longe desse vício.

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BlackDog
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29/3/2023, 20:59
Boa noite, realmente o vício em p, é uma coisa penosa tô lidando com isso a mais de 10 anos (ou seja a mais de 10 anos sem ficar um mês sem ir atrás disso), mas não faz muito tempo q consegue me abrir sobre o assunto aqui, enfim apesar das recaídas temos q lutar denovo guerreiro, te desejo força e foco nessa luta.

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30/3/2023, 10:58
John C Peter escreveu:Força amigo, estamos no lugar certo. Essa família só nos fortalece. Desabafar e ouvir desabafos é o que nos fortalece e nos mantém longe desse vício.

Exatamente amigo, infelizmente esse vício destrói a gente e não conseguimos deixar ele para trás sozinhos. Ouvindo o desabafo dos outros nos identificamos e assim vamos buscando forças. JUNTOS!

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John C Peter gosta desta mensagem

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30/3/2023, 11:01
BlackDog escreveu:Boa noite, realmente o vício em p, é uma coisa penosa tô lidando com isso a mais de 10 anos (ou seja a mais de 10 anos sem ficar um mês sem ir atrás disso), mas não faz muito tempo q consegue me abrir sobre o assunto aqui, enfim apesar das recaídas temos q lutar denovo guerreiro, te desejo força e foco nessa luta.

o segredo é se abrir cara. Ficar guardando pra si é o que nos mantém presos.
Sei do mal que a vergonha tóxica me faz.
Vamos juntos! Você não está mais sozinho, só por hoje!

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Diário Do Arquiteto da Matrix - Página 13 Empty Inventário Moral - Dia 2/11

30/3/2023, 11:20
DEUS CONCEDA-ME:
SERENIDADE PARA ACEITAR AS COISAS QUE EU NÃO POSSO MODIFICAR
CORAGEM PARA MODIFICAR AQUELAS QUE EU POSSO E
SABEDORIA PARA PERCEBER A DIFERENÇA

Ainda que eu tenha encarado iniciar essa tarefa árdua de fazer esse inventário moral, ainda fico me questionando como vou encarar de frente essa verdade?
Como olhar pra quem eu realmente sou? Por muito tempo tive uma impressão meio vaga de que eu vivia duas vidas. Uma social, o menino beato da Igreja, que reza, que é bonzinho, solícito e que ajuda a todos, mas também o menino chato, indesejado, exigente, grosseiro que afasta as pessoas.
Do outro lado a vida escondida do punheteiro compulsivo, do homem que pega outros homens no sigilo, que gosta de se exibir na webcam, que gosta de tirar fotos e vídeos do próprio pênis, que gosta de enviar e receber elogios por isso, do homem que  trai a esposa com mensagens, troca de nudes, em aplicativos e também transando com outros homens de forma casual, que inclusive algumas vezes se expôs fazendo sexo sem camisinha, podendo contrair alguma IST e transmitir.
Esse homem que eu escondo e tento esconder até de mim mesmo, como se ele fosse outra pessoa e não fosse eu mesmo que estava lá, fazendo tudo isso e obtendo prazer, as vezes muito, as vezes pouco disso tudo..
Fico satisfeito em saber que não existe nada pronto nem puramente criado, não tem jeito certo nem errado de fazer esse inventário, isso me alivia, porque penso sempre no peso que era tentar fazer tudo sempre certo, pra todo mundo gostar de mim, e não ter jeito certo de fazer esse inventário me dá paz.
Me entender sem medo, sem orgulho e me sem vergonha. Compreender as raízes podres desse vício maldito, compreender porque pra mim parece impossível simplesmente ser fiel a minha esposa e ao meu casamento que me faz feliz a maior parte do tempo. Porque a necessidade de me aliviar com outros homens, com pornografia, com masturbação se temos um sexo e um sexo bom, gostoso, saudável?
Hoje me cai a ficha de que eu tenho muito pudor com relação ao sexo com a minha esposa, eu desejo tanto que seja um sexo bom, saudável, equilibrado, sem abusos etc. Que eu me desconecto do meu desejo sexual por ela. Meu medo de acabar usando ela pra aliviar minha compulsão acaba as vezes me impedindo de ter uma relação sexual livre e boa com ela. Eu tenho medo de trazer meus desejos pra ela com honestidade. Um exemplo é que eu adoraria treinar o orgasmo sem ejacular, mas eu não treino, porque tenho medo disso acabar sendo um pecado.
Tem ainda muito pudor no meu sexo com ela, ele não é livre a maior parte é por mim mesmo, pela minha vergonha tóxica, não por ela. Mas por mim, pela sacralidade que eu vejo na nossa relação, mas que acaba se tornando escrúpulo.
Putz, é isso, eu sou um homem que tem escrúpulos no sexo com minha esposa.
Diante da descoberta desse defeito de caráter, acho que posso encerrar meu inventário de hoje por aqui.
Só um adendo porque ele acabou tomando outro rumo: Ontem eu contabilizei com quantos homens eu tive relações sexuais, e contabilizei 82 homens. OITENTA E DOIS! E foram bem mais, porque só na última recaída eu lembro de contar 20 homens, e na minha lista aqui não aparece nem 5 caras dessa recaída.
Que Deus tenha piedade da minha alma, porque esse corpo está podre.
Desejo a todos 24h de paz e sobriedade sexual e emocional.

[EDIT] O inventário é pra ser minucioso e destemido e enquanto eu escrevia eu tive lembranças, memórias que não relatei, então voltei pra me atentar a esse aspecto desse inventário.
Lembro uma vez, no ensino médio, no colégio, tinha uma câmera que a gente podia usar pra gravar, daquelas que você colocar uma fita VHS dentro, e uma vez eu entrei com essa câmera no banheiro, me filmei me masturbando, assisti e deletei a gravação em seguida gravando outra coisa qualquer por cima.
Me lembro também que nesse período pornografia havia se tornado um hábito. Eu e um amigo íamos todo fim de semana na locadora, alugar filmes comuns E pornográficos junto pra nossas famílias não desconfiarem, ele sempre copiava essas fitas.
Paramos de fazer isso por um tempo, foi quando consegui ficar 1 ano inteirinho sem consumir pornografia, ou mais tempo até do que isso. Então eu fui na casa de um amigo, e ele foi visitar outro amigo dele e fui junto, chegando lá ficamos só, os 4 e ele insistiu em colocar um filme pornô. Eu me recusei a assistir, e acabei vendo um pouco por insistência deles. Mas consegui ir embora.
Agora me ocorre que o objetivo deles ali era claro: abusar de mim, eles queriam me deixar com tesão pra ver o que eu faria.
Porque esse amigo que me levou em outro momento da vida a gente já havia assistido pornografia juntos, e a gente sempre brincava que um ia fazer oral no outro, isso me dava muito tesão e me lembro perfeitamente de um dia em que estávamos juntos, nós fizemos essa brincadeira, mas como sempre ficava só na brincadeira, faltava coragem, mas eu vi ele se masturbando e ejaculando pra mim.
Não era pro filme, era pra mim, e aquilo me excitou tanto que eu também ejaculei.
E quando rolou esse lance deles quererem me obrigar a ver um filme com eles, um deles citou que eu já havia visto filme pornô com o W e que a insinuou que a gente já teria ficado. W negou mas J insistiu.
Muito tempo depois, já adulto, J casado, e depois de eu ter iniciado minha vida devassa com homens, nos encontramos uma vez no cinema pornô da cidade. J estava lá e como os dois eram ativos, e eu tinha uma '"regra" de só fazer oral em quem me fazia de volta, apenas nos masturbamos e ele ejaculou muito rápido, o que me fez entender que ele sempre teve esse desejo, mas nunca realizou.
Isso faz meu estômago embrulhar, quantos caras "heteros" já tentaram abusar de mim antes de eu começar a sair com homens.
D uma vez queria ver meu ânus, e também já fez essa de colocar pornografia pra gente ver junto.
Lembro também quanto T me viu uma vez na rua e me soltou que já tinha "me comido" e eu era "virgem" até então, eu desmenti e saí correndo dele e fiquei dias com aquilo na cabeça.
Lembro quando o H me encoxou na entrada da sala e aquilo me deixou excitado e eu passei dias refletindo depois disso se seria esse o meu destino (visto que todo mundo dizia que eu era gay) um dia sentir de novo a mesma sensação de um homem me encoxando.
Sempre um menino hetero, querendo dizer quem eu sou, quero mandar em mim e querendo que eu fosse o que ele queria que eu fosse.
Desde quando meu primo fez isso, inventando pra todo mundo que eu tinha "dado o cu" pra ele, sempre meu ânus no jogo. Até perceber que na verdade era ele que era abusado sexualmente em troca de jogar video-game.
Foi inclusive quando a minha mãe resolveu me dar um, e não permitiu por muito tempo que eu fosse na casa de outros jogar, hoje vejo que foi a forma dela de me defender, isso me faz fazer as pazes um pouco com ela, porque sinto que ela não veio em minha defesa naquela hora, mas ela fez o que achou que precisava: chamou minha atenção pra eu não cair naquilo e comprou o video-game mais caro da época para que eu não precisasse me prostituir e ser vítima de abuso por causa disso.
Lembro de fazer "luta de espadas" com meu primo.
Lembro também de quando vi minha primeira revista pornográfica, com o C e o N, N tocou no meu pênis pra ver se tinha ficado ereto. Me disseram que "aquilo era coisa de homem" e me lembro de achar a mulher muito atraente e o cara também, ele era loiro, tinha os cabelos encaracolados e o pelo pubiano dele também era loiro. Lembro que isso me impressionou.
Ao lado do bar da minha mãe tinha um beco onde os homens iam pra fazer xixi, porque não tinha banheiro dentro do bar, e lembro de tentar disfarçadamente ver o pênis de um dos clientes já falecidos, por pura curiosidade.
Me lembro também de ver a minha mãe nua no banho e depois brincar, colocando a buxa na frente do pênis como se fosse uma vagina e lembro que uma vez ela me viu fazendo isso, perguntou o motivo, e disse que era pra ser igual a ela, e eu apanhei neste dia, nu, de cinta.
Repeti essa brincadeira mais algumas vezes ao longo da vida, mas sempre cheio de culpa, eu sabia que era homem, era uma brincadeira infantil, nunca me vi como mulher, mas tinha a coisa toda do "e se..."

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31/3/2023, 21:27
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Começo comentando esse detalhe do texto base "O que estava nas entrelinhas do nosso inventário escrito era, muitas vezes, mais importante do que o conteúdo".
Isso me dá mais paz para a escrita desse inventário e para as descobertas, hoje eu lembrei de algumas situações em que fui ao sexo pago.
Todos com massagistas, e hoje tive a experiência de receber uma massagem, liberação emocional, e zero sexo, só massagem mesmo.
Mas as outras vezes eu usei de sedução, a primeira vez eu fui pra massagem, mas eu vi a foto e tinha achado ele um homem muito bonito, com quem eu já fiquei algumas vezes, mas nesse dia eu fiquei nu e ele me recebeu de jaleco e deixou claro que me queria, eu simplesmente cedi e deixei rolar. Outras vezes eu fui pra me depilar com ele e sempre terminava ele me masturbando.
Outra vez foi na sauna gay, com o funcionário de lá que sempre me oferecia massagem, sempre mesmo e nunca entendi nada. Aí um dia eu cheguei cedo, tinha pouca gente e tava com dinheiro, aceitei e na hora da massagem ele me ofereceu sexo oral, ao que prontamente aceitei e paguei o valor a mais.
A última vez foi a inauguração da minha recaída, com receio de recair mais uma vez eu tentei fazer algo diferente e contratei um massagista tantrico que encontrei num app, e nesse caso era o combinado, eu ejaculei com ele e foi isso. Depois desse dia entrei em queda livre da última vez.
Quero deixar hoje registrado também sobre as revistinhas pornôs que tinham na minha casa, que eram em desenho. Nessa época eu pratiquei abuso sexual com duas meninas. Uma foi a minha própria prima, S, que eu pedia pra me fazer sexo oral, mas ela não me deixava fazer nela. A outra foi a T, e eu abusava dela quando ia brincar no meu quarto.
Também de lembro de fazer brincadeirinhas sexuais com a L, e depois de algum tempo nós brigamos e nunca mais recuperamos nossa amizade e até hoje não lembro bem o motivo pelo qual brigamos.
eu curtia brincar com as meninas, mas eu era tão, mas tão chamado de gay o tempo todo, todo mundo fazia tanta questão de me lembrar o tempo todo que eu não era como os outros meninos, que tinha algo de diferente comigo, meu Deus ainda acho isso uma das coisas mais cruéis do meu passado.
De fato ler isso pelos meus olhos me é muito caro e importante, afinal fui eu que fiz, fui eu que construí essa história.
Por volta de 2014/2015 eu me envolvi com um rapaz gente boa, ele era estranho, mas um cara legal, ele dizia saber um jeito ótimo de se masturbar e tals e uma vez combinamos dele me masturbar e fazer suas técnicas. Ele se dizia hetero mas aceito receber sexo oral, me masturbou e nos beijamos.
Ele amou a experiência e seguiu sendo carinhoso comigo, mas eu estava morrendo de culpa, eu tinha que voltar atrás, e acabei mandando um e-mail terminando tudo.
Até hoje sinto que fui um babaca ali, queria muito me desculpar.
Aliás porque sinto tanta necessidade de pedir desculpas tantas vezes quando eu reconheço que erro?
Acho que é assunto pra terapia.
Estou cansado agora, terminei a parte de hoje do inventário.

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1/4/2023, 18:46
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CORAGEM PARA MODIFICAR AQUELAS QUE EU POSSO E
SABEDORIA PARA PERCEBER A DIFERENÇA

"Todos os que conhecemos foram explorados"
Não sei se eu diria todos, mas eu fiquei aqui pensando que sim, eu explorei de muita gente nesse processo adoecedor. Ao lançar um olhar sobre o presente percebi que de alguma maneira eu quero acusar o S de me usar, ou até mesmo culpá-lo por eu me sentir tão atraído por ele e não me sentir correspondido a altura.
No fundo eu percebo que eu quero autossabotar esse movimento, por falta de coragem de dizer NÃO pra ele.
Estou aqui querendo mentir pra todo mundo na terça para estar disponível para o nosso encontro.
O que me faz lembrar da dor que sinto, no dia que eu estava no app, apareceu um cara aparentemente interessante e então eu menti pra minha esposa, grávida, em repouso absoluto, que estava dormindo. Deixei um bilhete na cabeceira dela dizendo que ia a prefeitura trabalhar, mas na verdade eu fui pro escritório, pra esperar ele, por sorte deu tudo errado e eu não me encontrei com ninguém.
Dias depois ela pegou o bilhete e emoldurou ele no porta retratos, pq estava sem foto, dizendo que era pra lembrar do quanto eu trabalho e faço esforço.
Também lembro quando menti pra ela dizendo que eu iria ver uma obra e passar orçamento, mas estava indo ter um encontro com um "namorado" que arrumei paralelo a ela, o A.
Ou quando menti pra ela porque ela percebeu o perfume do carinha em mim e eu fiquei dando uma de cínico... Que perfume? Oi? Como assim?
E agora de novo, estou aqui, disposto a mentir pra ela na terça-feira dizendo que estou indo pro Centro a trabalho mas na verdade estou indo me dispor a ficar com o S, ainda com o imenso risco de que ele simplesmente nem apareça, ou nem se recorde que marcou comigo.
Meu coração fica muito angustiado e dividido, porque eu não queria sentir nada disso, mas eu sinto. E não sei lidar com isso.
Eu quero muito mandar uma mensagem desmarcando, mas fico pensando que é uma última oportunidade, que ele é lindo, gostoso, incrível, bom de cama.
Também encontro isso na minha história, inclusive de recaídas.
Quantas vezes eu não recaí pensando nisso: é uma oportunidade que estou deixando passar. Mas oportunidade de que? Mentir pra minha esposa, tentar me enganar e diminuir na minha mente o impacto de transar com outro homem estando casado?
Porque eu dividi a minha personalidade? Quando foi que isso ocorreu e porque?
A resposta imediata que me vem é do período da faculdade, quando eu não podia mais ser eu mesmo. Eu não podia expor minhas vontades e meu querer, mas era obrigado a me adaptar e me resignar ao modo de vida de pessoas que me odiavam.
Ali eu aprendi a viver uma tripla, ou quadrupla vida.
Meu Deus que vivência horrível. Desde então eu aprendi a viver assim, me escondendo, me esgueirando, mentindo, enganando.
Como quando eu mentia pra minha mãe dizendo que ia "espairecer" e ia na sauna.
Como quando eu menti pra minha tia dizendo que ia virar a noite fazendo trabalho da faculdade, mas fui dormir na casa de um desconhecido.
Quando eu menti pra minha esposa de novo, dizendo que eu ia comer um lanche diferente e especial que eu queria muito, mas na realidade eu fui na sauna.
Quando eu me prostitui, e fiquei com peso na consciência e gastei o dinheiro com a minha esposa sem falar de onde vinha.
Mais um padrão descoberto, eu sou um grande mentiroso e uma pessoa que faz de tudo pra manter duas personalidades e duas vidas.
Isso me deixa triste e me faz pensar que eu nunca mais quero levar uma vida dupla.
Que o poder superior me ajude e me dê coragem para desmarcar esse encontro de terça, sem melindres, sem vingancinha.
Afinal porque estou melindrando tanto?
Porque no fundo eu estou no modo Senhor do Universo e eu queria muito ficar com o S na terça.
Mas muito mais do que isso eu quero permanecer limpo do meu fundo de poço.
Deus me dê coragem para desmarcar essa resenha de terça.

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Diário Do Arquiteto da Matrix - Página 13 Empty Inventário Moral - Dia 5/11

2/4/2023, 20:14
DEUS CONCEDA-ME:
SERENIDADE PARA ACEITAR AS COISAS QUE EU NÃO POSSO MODIFICAR
CORAGEM PARA MODIFICAR AQUELAS QUE EU POSSO E
SABEDORIA PARA PERCEBER A DIFERENÇA

De fato fazer este inventário é semelhante a descascar uma enorme cebola, que parece não encontrar fundos.
Ver em mim a progressão dessa doença e perceber como eu opero sempre nesse lugar, da péssima auto-estima. De me sentir a pior pessoa do mundo e achar que a minha existência no mundo e na vida é um erro.
Bem como me prestar ao papel tenebroso de olhar para o qual os abusos físicos que eu sofri moldaram e reafirmaram essa ideia de desvalor.
Minha mãe me batia muito na infância e eu morria de medo dela, o que eu queria receber dela era amor, mas a sensação que eu tinha era de que sempre que eu errava eu merecia ser duramente punido.
Essa ideia de punição tem tudo a ver com a minha dependência que eu sempre enxerguei como uma forma de auto flagelo, de sacrificar o meu corpo como em um altar pagão, afim de purgar de mim todos os meus pecados e todo o mau que eu cometo diariamente.
Também ali estava o desejo oculto de ser um dos caras, de receber atenção masculina e não ficar de fora. Eu lembro que os meninos contavam que as vezes eles se reuniam na casa de alguém pra ver filmes pornográficos juntos, e me lembro de apesar de gostar desses filmes, me sentir de fora. Se juntar pra ver filme pornô junto era coisa dos meninos, não minha, e eu sentia que nenhum deles confiava em mim de verdade, nem eram meus amigos porque não dividiam esse momento comigo, eu não era parte disso.
Me lembro de uma vez, estar na casa do D com o F, nós meio que éramos um trio de amigos, até que o D e o F brigaram feio e no fim das contas eu fiquei mais amigo do F e o D saiu da equação. Mas eu me sentia o elo mais fraco dessa amizade, principalmente porque os dois comentavam que as vezes viam filmes porno juntos, e eu não. Agora me lembro do quando o D insistiu com minha mãe para que eu dormisse na casa dele pra gente jogar Pokemon Stadium até tarde, até a mãe dele falou com a minha e ela não deixou.
Hoje penso que talvez a intenção dele era em algum momento modificar a mídia do jogo para um filminho Porno, não sei.
D aliás já havia me assediado de leve algumas vezes e compartilhava algumas intimidades comigo.
Mas nesse dia estávamos pra sair, era de noite, não sei onde a gente ia, não tinha ninguém em casa, e eles colocaram o pênis pra fora e fiquei com vergonha e ao mesmo tempo desejo de olhar.
Por ter o pênis com peyronie eu fiquei com vergonha de mostrar pra eles.
Aliás me lembro agora de algumas brincadeiras sexuais envolvendo meu primo R numa viagem a SB e o meu amigo W.
Tomamos banho junto na casa do meu avô e todos ficaram com o pênis ereto mas apenas eu me masturbei e ejaculei nesse momento.
Em alguns momentos também eu já havia me masturbado com o meu primo M por perto, aliás ele é meio difícil ver vestido, porque adorava tirar a roupa, hoje tb luta com a PMO. Aliás ele foi o primeiro homem em quem eu peguei no genital, eu já me entendia interessado em homens, e a R minha prima viu a gente, estávamos os 3 no mesmo quarto.
Honestamente não sei se ela contou essa história pra mais alguém.
Lembro também de ter 15 anos e saber que a A tinha uma quedinha por mim, então eu aluguei um filme pornô e tentei assistir com ela sozinha em casa.
A mesma coisa que o J e o W tentaram fazer comigo, a mesma coisa que eu fiz com o Ri, a mesma coisa que eu fiz com minha prima S e com a T.
De abusado, passei a abusador e comecei a simplesmente repetir todas essas coisas, assim como meu primeiro abuso com o C e o N.
Há várias camadas de abuso sexual na minha história de vida. Várias camadas de fragmentação do meu eu.
Dessa dupla personalidade, desse homem que é muito capaz de muito amor, mas ao mesmo tempo é também muito capaz de muito abuso.
Agir como um abusador é outro defeito de caráter fortíssimo, porque eu reconheço que todas as relações que eu tive da Dependência não são nada além de reencenação de abuso e de violência.
Existe na minha relação sexual com homens um forte componente de violência e vingança. São sei muito bem dizer o porque, mas o S me lembra demais meu primo R, tem algo ali que me faz sentir próximo e portanto me vejo vingando ele, no maior estilo: Você dizia que eu dava meu c* agora aceita que quem dá o c* é você.
Preciso reaprender a expressar minha negatividade, minha raiva de um jeito saudável, porque uma vez guardada e soterrada ela ressurge na forma do vício.
Mentira, abuso, enganação, múltiplas personalidades, desconexão do eu, distúrbios de vontade.
O que eu fiz pra pertencer e pra tentar ser no mundo, olhando pra fora, e me sentindo um lixo no lugar de confiar no que está presente dentro.

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3/4/2023, 12:57
DEUS CONCEDA-ME:
SERENIDADE PARA ACEITAR AS COISAS QUE EU NÃO POSSO MODIFICAR
CORAGEM PARA MODIFICAR AQUELAS QUE EU POSSO E
SABEDORIA PARA PERCEBER A DIFERENÇA

"Víamos agora como a desonestidade nos impedia de perceber o progresso de nossa doença"
NA MOSCA!
A base forte dessa doença se chama MENTIRA, desonestidade, fuga, engano, engodo, querer ser melhor/mais esperto que os outros.
Sobre dinheiro desperdiçado com sexo: Pra mim vai desde mais recentemente as passagens de ônibus que eu gastei apenas para ir encontrar algum objeto obsessivo, quando paguei hotel, motel, entrada em sauna, entrada em cinema pornô e a viagem que fiz pra SP e pro RJ que foi basicamente uma viagem de cunho ativo sexual.
Quando me expus a doença fazendo sexo com o Batman sem camisinha, sem passar, quando fiz sexo com o Max e o Outro cara aquela vez, e depois mais algumas vezes com esse mesmo cara. Todas as vezes que transei com o Max sem camisinha.
Quando ofereci ao Ailê pra gente transar sem camisinha.
Depois disso um carinha com quem encontrei pra transar, fiz sem camisinha e tava indo encontrar minha então namorada, hoje esposa e falei com ela na maior normalidade no mundo, sendo que tinha acabado de transar sem camisinha com um completo desconhecido.
Teve a vez do banheiro do Supermercado onde eu simplesmente penetrei um senhor que estava lá.
Quando fiquei com o menino que era garoto de programa, e não resisti pq era muito bonito mas queria sem capa e eu simplesmente aceitei.
Na verdade nunca fui bom em dizer não né?
Como quase todas as vezes em que fui passivo no sexo e eu dizia que não queria tal coisa e não era ouvido por nenhum daqueles caras, eles apenas continuavam.
Eu também tinha dificuldade em ouvir não, quantas vezes eu forcei uma situação pra ouvir sim.
Me assusta também aquilo que vou transcrever aqui e que enviei no whatsapp para um companheiro:
Quando criança eu cresci morando perto de um primo, e a nossa relação era terrível, a gente brigava mais do que brincava. Esse meu primo que inventou que eu dava a bunda pra jogar video-game, até descobrirem que era ele quem fazia aquilo.
Desde então sempre fui chamado de viadinho, baitola, etc. Depois de algum tempo meu primo simplesmente começou uma empreitada de meio que roubar minhas amizades, eu tinha amizade com dois irmãos, ele nos afastou.
Depois esse meu "amigo" abusador foi a mesma coisa. Outras pessoas do meu bairro de quem eu era próximo, tanto que só tenho um amigo lá até hoje, que é o único que nunca foi diretamente amigo dele. Enfim, esse meu primo fez o inferno na minha vida nesse aspecto, sempre muito invejoso e tals.
Ontem escrevendo ele apareceu, pq chegamos a ter momentos sexuais, nos masturbamos juntos uma vez e quando bem pequenos ele me chamou pra brincar de espadinha.
Então eu me dei conta que todos os caras que eu considero "irresistíveis" (S incluso) em algum aspecto me lembram ele. Eu não sei te dizer exatamente em que eles lembram, porque não é fisicamente,  nem na postura é meio que um jeitão, uma vibe, um espírito, não sei bem dizer.
Mas eu coloquei aqui na lista agora um outro cara que era muito parecido com ele fisicamente, mas eu acho que é essa postura muito autoconfiante sabe?
meu primo sempre pareceu saber o que tava fazendo.
E isso é algo que eu invejava nele e que me irritava, pq eu sempre me sentia feito de bobo, como sexo pra mim é poder, então comer um cara parecido com ele, é me vingar, é devolver a violência, é poder dizer "Quem tá dando o cu agora".
Eu sempre achei que ele não teve o retorno merecido, pois eu continuei sendo considerado viadinho pela vida já ele não, nunca se quer duvidaram de sua sexualidade, ou de suas palavras.
Meu maior ciclo repetido era o de abusos mesmo.
Me recordei de que quando o meu primo me chamou pra brincar de espadinha ele disse que batia com o pinto e defendia com a bunda, eu não virei minha bunda nem nada. Mas agora penso que ele disse que "comeu minha bunda" pro causa desse dia.

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4/4/2023, 10:51
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SABEDORIA PARA PERCEBER A DIFERENÇA

De fato a medida que essa escrita avança, eu descubro porque eu sou um dependente de amor e sexo.
Desde o abuso sexual que o meu primo fez, até o sexo com o N no ano passado. Passando pela quase recaída que se daria hoje. Tudo se encaixa, em especial o meu desejo de vingança contra o meu primo, vingança essa inconsciente que eu preciso largar, não há mais na minha vida, no meu fazer memória de fé, esperança e amor, espaço para isso.
Preciso encontrar o caminho e a paz interior e conseguir perdoar o R por tudo que me causou na infância, talvez ele seja só o bode expiatório, mas ele resume em última instância tudo que eu senti esse tempo todo. Me senti sozinho, injustiçado, inadequado e completamente abandonado. Sempre abandonado, sempre preterido, sempre segunda opção.
Mas eu queria parecer melhor que ele, superior a ele, então na frente das pessoas eu sou o religioso, o homem de Deus que prega pros jovens, o homem de Deus que cura os enfermos, que expulsa os demônios, que ora e busca estar em oração. Que esperou se formar, que casou na Igreja.
E por trás eu colocava toda a raiva que eu fui impedido de sentir, no sexo, colocava toda a minha agressividade introduzindo o meu pênis no ânus de outros homens, com força, com violência, afim de me VINGAR.
Hoje eu sinto que eu devia abraçar o Rafinha que sentiu aquilo, o Rafinha que chorou naquele dia, que apanhou, que foi chamado de gay a vida toda, que foi chamado de gordo a vida toda, de incapaz, de menor, de pequeno, de insuficiente, de não merecedor de amor.
Que ao receber um pouco de amor, este se confunde num abuso sexual com direito a pornografia.
Que internaliza que esse é o único jeito de ser um dos caras, o único jeito de entrar no seu secreto circle jerking, é esse. É comer homens casados, comer homens que transam no sigilo. Por isso namorar homem nunca fez sentido pra mim, namorar ninguém fez sentido pra mim. Por isso apesar de ficar obcecado pelo S eu sentia que teria com ele uma relação aberta, porque não acredito nesse vínculo.
Não acredito que posso confiar nos homens.
Lendo na literatura que "éramos um erro" eu só consigo lembrar da referência a vergonha tóxica no livro do John Bradshaw, que diz que essa é a raiz da vergonha tóxica, a ideia de que eu sou um erro.
Mas EU NÃO SOU UM ERRO! Deus me quis e me desejou e não foi pra ser um erro, Deus que me quis pra ser uma bênção, e essa bênção não precisa ser uma autoimagem fabricada, ela precisa se eu mesmo, autêntico, íntegro, fiel a Deus e a mim mesmo em primeiro lugar.
Quem não gosta de mim que morda as costas, não vou mais viver par agradar ninguém!

[EDIT] Engraçado que eu nunca vi graça em BDSM que é justamente o jogo de poder, só que ali é teatro.
Meu negócio era abuso de verdade, era convencer o cara que disse que não ia dar pra mim, ficar de quatro, reclamar de dor e eu continuar até gozar dizendo que tava muito gostoso e eu não consigo parar.

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5/4/2023, 06:48
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SABEDORIA PARA PERCEBER A DIFERENÇA

Eu não escolhi conscientemente ser um dependente de amor e sexo. Foi a defesa que minha mente e meu coração encontraram diante de tanto sofrimento.
Me faltava a presença e a proteção que acredito eu tinha dele sabe? Do meu pai!
Eu tenho certeza que ele enfrentaria meus tios em meu nome e teria coragem de se indispor com eles pra me ver bem, essa certeza vem de dentro só, de uma percepção de que ele me defendia enquanto pode fazer isso.
O desafio agora é parar de dissociar tanto, e começar a me integrar mais. Eu acho que eu posso dar por encerrado o meu 4º passo, porque eu mergulhei de cabeça de forma muito profunda nessa tarefa de descobrir a natureza exata das minhas faltas e o despertar espiritual, as respostas de amor que eu encontrei são simplesmente incríveis.
Me faltou sentir que eu era visto, que minha dor era vista. Eu queria muito poder aprender a me defender de tanto bullying de tanto ataque, de tanta coisa, mas hoje entendo que isso só seria possível se a minha dor fosse enxergada como real, se toda a crueldade feita a mim fosse tratada como verdadeira e não como assunto de segunda ordem.
A oculta certeza de que jamais eu encontraria o amor de um homem, e por isso o sexo.
A certeza de que o que eu fazia na cama com homens era interpretar um abuso de novo, era fazer novamente o que fizeram comigo. Eu tentei forçar o Sergio no sexo anal, mesmo vendo que não dava, eu penetrei sem camisinha e ejaculei no Naldo de forma forçada também, assim como no Batman, já bati na cara, humilhei, chamava de viadinho, boiola, mulherzinha, mulher etc. Não porque fazia parte da brincadeira mas porque era a minha vingança contra eles.
Fiz sexo com homens porque no fundo o que eu queria era ser amado por eles, já que eu não conseguia receber esse amor eu ia comer o cu de todos eles, pra ver se alguém enxerga o que acontece quando as luzes apagam e esses que se dizem muito homens na verdade são tão ou mais gays do que queriam fazer parecer que eu fosse.
Hoje meus maiores defeitos de caráter são: a dissociação, a mentira, ser abusador, ser violento e ser vingativo.
Vejo em especial como tudo isso afeta minha vida fora da dependência, como é fácil pra mim mentir pra parecer bem, como é fácil pra mim trocar de personagem, como meu comportamento é abusivo e violento também em outros ambientes e em especial como eu fico quando tomo ranço ou fico com uma raiva grande de alguém.
O personagem que "não sabe mentir", que é "justo", que "perdoa fácil" é só isso, um personagem.
Eu não perdoava fácil, eu apenas encontrava uma forma de me colocar no lugar de vítima novamente, pra ver se dessa vez a defesa e a proteção vinham.
Eu percebo em mim essa compaixão surgir, no sentido de me entender não mais como um erro, uma falha, um problema. Mas como um menino cheio de espontaneidade e amor que só queria se sentir amado de volta, eu só queria ser mais espelhado e menos envergonhado. Perceber isso me faz ver que eu não preciso mais dissociar, que eu posso amar esse menino e fazer ele se sentir bem e feliz em me ter aqui com ele.
[EDIT] Preciso complementar esse inventário com algo que me ocorreu durante a oração agora.
Olhar pra faculdade pra mim sempre foi muito doloroso, pelo sentimento de rejeição associado, sempre me senti rejeitado, por colegas, professores, pela minha família lá naquele lugar. Eu me sentia muito sozinho e naquele momento a pornografia, a masturbação, o bate-papo, o MSN eram uma companhia.
Também me lembro que foi um período onde meus amigos online me eram muito caros e importantes afetos, em especial o Gut que foi alguém que esteve muito presente na minha vida.
No entanto vejo que foi realmente fuga naquele momento, vontade de fugir da realidade que me cercava, eu me sinto alienado do período da faculdade porque honestamente foi isso, eu estava alienado. Aquele ambiente me recordava dia sim e outro também que eu não era bem vindo nem bem quisto.
Trabalhar da Dedic foi um bálsamo pra mim, a amizade do Dudu, e dos demais que lá estavam e o fato de eu ter muita gente incrível na minha vida aquela altura que me aceitava, que me acolhia, que me sustentava enquanto pessoa. Amizades reais que naquele momento de ajudaram a ficar afastado do vício. O período da Dedic foi um período de pouquíssimas recaídas. Tirando o fato de eu gostar do Dudu romanticamente falando por um período e sentir uma dor na alma toda vez que ele falava da namorada.
Mas foi um grounding tão bom ali que eu me senti a vontade aliás, inclusive para namorar. Eu cheguei a ter um encontro nessa época, e nesse encontro eu fui penetrar e rompeu o ligamento do meu prepúcio que começou a sangrar.
Ainda que agora eu me lembro que foi nesse tempo que eu cheguei a fazer uma enorme coleção de pornografia salva no meu notebook que tinha acabado de comprar, apesar de que, naquele afã pueril de querer ter o computador cheio de pornografia como um adolescente, eu tb me lembro de deletar pouco tempo depois sem nem ter visto 1% daquilo que baixei.
Não me recordo tb de me sobrar muito tempo pra ir atrás de sexo casual, afinal a vida era muito corrida.
Pois é isso, a PMO foi minha relação mais profunda nessa época, se reforçando ainda mais quando eu comecei o vício em sexo casual.

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Diário Do Arquiteto da Matrix - Página 13 Empty Re: Diário Do Arquiteto da Matrix

12/4/2023, 06:10
A você que veio aqui, tirou print dessas conversas e mostrou pra minha mulher.
Saiba que você me matou, porque agora eu estou indo cometer suicídio.
VOCÊ NÃO É DEUS!
VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO!
Era a minha vida, a minha sobriedade o meu programa de passos. É o meu tratamento pra MINHA doença!
E você me ROUBOU ISSO para brincar de Deus.

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