24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

7/4/2020, 02:24
Bote pra fora sempre seus incômodos, Justiceiro. Uma hora isso ha de passar. Forte abraço pra vc e toda sua família.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

7/4/2020, 18:52
Meu amigo, seu diário é uma jóia para esse fórum. Sua capacidade de expressão me será muito útil. Obrigado por compartilhar suas experiências aqui!
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7/4/2020, 20:51
rlutador escreveu:Bote pra fora sempre seus incômodos, Justiceiro. Uma hora isso ha de passar. Forte abraço pra vc e toda sua família.

Obrigado, Rlutador. Ou somos fortes ou morreremos, não há jeito. É seguir lutando.

soldado_anonimo escreveu:Meu amigo, seu diário é uma jóia para esse fórum. Sua capacidade de expressão me será muito útil. Obrigado por compartilhar suas experiências aqui!

Quem agradece sou eu, caro Soldado Anônimo! É uma honra para mim ler estas suas palavras, não sei se é para tanto, não sei se o intelecto de um sujeito como eu é lá para essas coisas. De todo modo, novamente obrigado e receba meus votos.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

9/4/2020, 05:55
Meu ilustre Justiceiro, percebo que toda a situação atual está te deixando um pouco pensativo sobre o que virá logo em seguida, de fato, há previsões sobre o que acontecerá, e não são coisas tão boas, também me questiono muito e fico pensativo. No entanto, vejo que além disso você ainda tem que lidar com outras causas, que no caso é a sua família, e quando se trata das pessoas que amamos a coisa fica um pouco mais difícil de lidar. Porém eu vejo que você está com um controle emocional muito bom, coisa que eu admito não ter, e que ao ler esse seu diário repensei sobre os meus conceitos, e com certeza irei tentar melhorar o meu controle tb com essas situações.

Aqui estou pra te desejar positividade, luz e esperança para esses próximos dias que virão. Estou contigo nessa luta, meu irmão.

Um grandioso abraço.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

9/4/2020, 17:44
Justiceiro do Sertão escreveu:Minha guerra, nossa guerra, em todos os aspectos, continua.

A exemplo dos últimos dias, recluso estudando e efetuando outras atividades, na luta e na esperança para que essa tempestade passe logo. Estou triste, estou com maus presságios, pareço antever a tragédia humana que deve assolar o Brasil nas próximas semanas. Só Deus e nossa luta.

O clima pesado nos contamina, não adianta. Mais de uma vez na minha vida me vi, apesar de sujeito mais "na minha", com essa mente inquieta sofrendo ainda mais de ansiedade e angústia por conta da conjuntura em torno de mim. E agora uma vez mais o lamentável fenômeno. Tento tirar proveito, logicamente no bom sentido, dessas semanas em casa, e tento encontrar alguma esperança a despeito de, como costumo dizer, estar preparado para tudo, se me entendem. Até mesmo para o fim.

Meu pai está novamente fazendo meu coração e minha alma sofrerem, com seus lamentos acerca do contexto e da cidade. Demitido, enquanto realiza uma ou outra tarefa doméstica não se cansa, além de lamentar a plausível possibilidade de se ver sem condições de requerer suas verbas rescisórias devido à quarentena, não para com seus comentários ferozes, e muitas vezes verdadeiros, acerca dos daqui da cidade. Posso perceber que ele se segura para não soltar insultos pesadíssimos e/ou injustos contra os locais, é clara a tristeza estampada nos olhos e nos modos dele. Nessas horas, infelizmente ele acaba se empolgando da pior forma e dizendo coisas que nunca deveria, como insultos racistas contra negros que conheceu, xingamentos homofóbicos, palavras ofensivas contra os locais (dos dois primeiros grupos ele não gosta muito e do terceiro tem ódio mortal), de modo que chego a disfarçar quando ele começa com seus lamentos. Tenho pena do meu pai; ele, no fundo, apesar do preconceito, não é má pessoa, realmente tenho dó dele, por tudo o que andou e anda acontecendo, e por tudo o que ele já viveu em seus 60 anos. Já sofreu muito, não é bem quisto na família por ser um sujeito trabalhador e esforçado apesar dos defeitos, e seu temperamento é bastante passional e dramático, lidar com ele é complicado. As coisas que ele diz realmente horrorizam, só concordo quanto a uma parte do que ele fala a respeito da cidade, o que quase me fez e faz chorar.

Minha mãe também sofre um pouco por aqui, ela que também é uma mulher bem simples e trabalhadora incansável, que por vezes diz coisas sem pensar e eu fico quieto para não dar confusão e piorar o clima em casa. Diga-se de passagem, excelente treinamento emocional para a minha pessoa.

Outro dia meu pai estava contando acerca de um caso de quando quando deixou São Paulo com a família, tendo eu 8 anos. História que me rasga a alma e prefiro nem falar muito. A cena é uma coisa que cheguei a descrever e apaguei. Chega.

Lutemos.

Fala grande Justiceiro, parabéns por seguir firme e forte em sua luta. Evite ficar pensando muito nessas coisas que vem ocorrendo no mundo, pois quando a gente se enche de pensamentos preocupados e tal, isso acaba não sendo bom para nós, busque ouvir uma boa música, e pensar em coisas positivas, pois as coisas vão melhorar. Bom, sobre sua família, é ótimo que esteja se controlando emocionalmente. Um forte abraço e sucesso pra você.
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9/4/2020, 19:44
HarveySpecter escreveu:Meu ilustre Justiceiro, percebo que toda a situação atual está te deixando um pouco pensativo sobre o que virá logo em seguida, de fato, há previsões sobre o que acontecerá, e não são coisas tão boas, também me questiono muito e fico pensativo. No entanto, vejo que além disso você ainda tem que lidar com outras causas, que no caso é a sua família, e quando se trata das pessoas que amamos a coisa fica um pouco mais difícil de lidar. Porém eu vejo que você está com um controle emocional muito bom, coisa que eu admito não ter, e que ao ler esse seu diário repensei sobre os meus conceitos, e com certeza irei tentar melhorar o meu controle tb com essas situações.

Aqui estou pra te desejar positividade, luz e esperança para esses próximos dias que virão. Estou contigo nessa luta, meu irmão.

Um grandioso abraço.

Franco obrigado, Harvey Specter. Agradeço também se servi de exemplo em algo. Caso assim tenha sido, sinto-me lisonjeado. Embora reconheça, com meu amor-próprio, melhoras em minha conduta ao longo dos anos, inclusive no que se refere a um melhor controle emocional como você disse, no fundo eu me considero apenas um ser humano comum, um brasileiro sofredor e determinado, correndo atrás de dias melhores.

Meu grandioso abraço.

End escreveu:
Justiceiro do Sertão escreveu:Minha guerra, nossa guerra, em todos os aspectos, continua.

A exemplo dos últimos dias, recluso estudando e efetuando outras atividades, na luta e na esperança para que essa tempestade passe logo. Estou triste, estou com maus presságios, pareço antever a tragédia humana que deve assolar o Brasil nas próximas semanas. Só Deus e nossa luta.

O clima pesado nos contamina, não adianta. Mais de uma vez na minha vida me vi, apesar de sujeito mais "na minha", com essa mente inquieta sofrendo ainda mais de ansiedade e angústia por conta da conjuntura em torno de mim. E agora uma vez mais o lamentável fenômeno. Tento tirar proveito, logicamente no bom sentido, dessas semanas em casa, e tento encontrar alguma esperança a despeito de, como costumo dizer, estar preparado para tudo, se me entendem. Até mesmo para o fim.

Meu pai está novamente fazendo meu coração e minha alma sofrerem, com seus lamentos acerca do contexto e da cidade. Demitido, enquanto realiza uma ou outra tarefa doméstica não se cansa, além de lamentar a plausível possibilidade de se ver sem condições de requerer suas verbas rescisórias devido à quarentena, não para com seus comentários ferozes, e muitas vezes verdadeiros, acerca dos daqui da cidade. Posso perceber que ele se segura para não soltar insultos pesadíssimos e/ou injustos contra os locais, é clara a tristeza estampada nos olhos e nos modos dele. Nessas horas, infelizmente ele acaba se empolgando da pior forma e dizendo coisas que nunca deveria, como insultos racistas contra negros que conheceu, xingamentos homofóbicos, palavras ofensivas contra os locais (dos dois primeiros grupos ele não gosta muito e do terceiro tem ódio mortal), de modo que chego a disfarçar quando ele começa com seus lamentos. Tenho pena do meu pai; ele, no fundo, apesar do preconceito, não é má pessoa, realmente tenho dó dele, por tudo o que andou e anda acontecendo, e por tudo o que ele já viveu em seus 60 anos. Já sofreu muito, não é bem quisto na família por ser um sujeito trabalhador e esforçado apesar dos defeitos, e seu temperamento é bastante passional e dramático, lidar com ele é complicado. As coisas que ele diz realmente horrorizam, só concordo quanto a uma parte do que ele fala a respeito da cidade, o que quase me fez e faz chorar.

Minha mãe também sofre um pouco por aqui, ela que também é uma mulher bem simples e trabalhadora incansável, que por vezes diz coisas sem pensar e eu fico quieto para não dar confusão e piorar o clima em casa. Diga-se de passagem, excelente treinamento emocional para a minha pessoa.

Outro dia meu pai estava contando acerca de um caso de quando quando deixou São Paulo com a família, tendo eu 8 anos. História que me rasga a alma e prefiro nem falar muito. A cena é uma coisa que cheguei a descrever e apaguei. Chega.

Lutemos.

Fala grande Justiceiro, parabéns por seguir firme e forte em sua luta. Evite ficar pensando muito nessas coisas que vem ocorrendo no mundo, pois quando a gente se enche de pensamentos preocupados e tal, isso acaba não sendo bom para nós, busque ouvir uma boa música, e pensar em coisas positivas, pois as coisas vão melhorar. Bom, sobre sua família, é ótimo que esteja se controlando emocionalmente. Um forte abraço e sucesso pra você.

Grande End, meu sincero obrigado a você. Buscarei arranjar meu cotidiano da melhor maneira no sentido de uma existência mais tranquila.

Meus bons votos.

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9/4/2020, 20:45
Outro dia de luta.

Com coisas variadas para resolver, fui preenchendo minha mente da maneira mais adequada para ver se ainda tenho futuro neste mundo. Estudei, conversei com meus pais, trocando ideias sobre assuntos para dar a eles uma companhia tão necessária nessas horas, sobretudo meu pai, que ainda está desolado com a demissão. Hoje ele saiu para acertar alguns trâmites burocráticos e, daqui a alguns dias, deve viajar para a matriz da firma, em São Paulo, para os acertos finais. Meus pais têm reclamado que não dou atenção a eles, que fico o tempo inteiro estudando, nesse sentido tenho tentado equilibrar as coisas, mesmo porque percebo que estou com a cabeça boa para desafios acadêmicos que me devem surgir em breve.

Minha mãe, como devem saber, é uma pessoa difícil de lidar, porém tenho aprendido a tirar proveito de tudo como lição para meu desenvolvimento como homem. Nesse caso, as picuinhas dela, confesso, embora não me agradem, me soam como autêntica terapia de convívio com mulheres. Devo admitir, extrapolando para o âmbito do contato com parceiras, que hoje pago o preço de não ter entendido minha mãe desde novo, de não me ter, devido à condição de viciado, permitido aprender como o sexo oposto funciona no que tange ao trato (brincadeiras à parte, sei que isso é quase impossível... Inclusive segundo o próprio Stephen Hawking). O vício detona nossa capacidade de entender as pessoas, além de tudo nos faz egoístas. E eu que me valia da desculpa de ser filho único! E não entendia quando contemporâneos meus na escola, lá com 12 anos, diziam: "Rapaz, isso não é desculpa para ser sem-jeito, eu também sou filho único e tenho um monte de amigos, me dou bem com todo mundo". Crianção. Que esses tempos tenham passado.

Meu pai está daquele jeito complicadamente consagrado: quase chorando com reportagens da TV, uma explosão sentimental com tudo, uma nostalgia sem tamanho de sua infância no interior do Nordeste e de sua juventude em São Paulo, de onde se arrepende amargamente de ter saído há 20 anos. Ele tenta disfarçar para manter um clima razoável em família, contudo é bem possível perceber pelas palavras dele o que quer dizer, pelos trejeitos, pelos sinais indiretos... É coisa para nem ficar pensando muito, senão enlouqueço. Perco o foco do que interessa, e aí já sabem.

Nesta semana, saí duas vezes, tendo ido dar um plantão no trabalho na terça- feira e, ontem, à manutenção mensal, no dentista, de meu aparelho ortodôntico. Nos ambientes a que fui, além de necessários procedimentos sanitários e de quase ninguém, aquele clima triste que já vem desde meados do mês passado. Nas ruas, todavia, movimento. O povo daqui é muito ignorante, metido a macho, barraqueiro, meu pai só falta sair na rua com uma faca matando um a um. O tempo todo, todos os dias, diz coisas como "Quero viajar, meu Deus! Quero dar um passeio na minha terra! Esse lugar me dá nos nervos, enjoa qualquer cristão, essa cambada de vagabundos, essa..." E coisas que meu decoro não me permite expor. Por mais que meu pai às vezes exagere um pouco, meu pai não pode viver aqui. Eu não queria tocar novamente no assunto, entretanto precisei. A autoestima dele é mais baixa do que a de um cachorro vira-lata ou mesmo de um rato de esgoto (como costumo dizer, pelo menos do cachorro vira-lata todo mundo gosta), e não quero mais sofrer junto com ele, sobretudo por vê-lo sofrer. Decididamente não quero.

Enfim, uma coisa que estou tentando, até a reboque das orientações dos colegas por aqui, é olhar para a frente e ponto. Tomar o passado como grande lição e só. Continuemos.

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10/4/2020, 00:29
Rapaz, seu diário daria um belo livro. Quanta perseverança! Desde 2014. Quero deixar aqui também meus agradecimentos, pois suas partilhas contribuem substancialmente.
Grande abraço! E perseverança sempre! Estamos juntos nessa luta!
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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

10/4/2020, 00:33
Coisas difíceis, Justiceiro. Mas mais uma vez venho dizer o quanto te considero um cara extremamente forte. Tenta respirar, e saber que vc vai ter que lidar com essas situações por um tempo, principalmente em relação ao seu pai. Saber lidar não é ficar de boa toda hora. Uma hora vc vai se sentir mal e vai querer desabafar, vai se sentir mal. Use esse espaço como lugar de desabafo mesmo. Nesse sentido, acho que vc tá mandando super bem, e se mostrando um cara maduro.
Forte abraço e fique na paz.

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10/4/2020, 19:02
Guerreiro de longa data escreveu:Rapaz, seu diário daria um belo livro. Quanta perseverança! Desde 2014. Quero deixar aqui também meus agradecimentos, pois suas partilhas contribuem substancialmente.
Grande abraço! E perseverança sempre! Estamos juntos nessa luta!

Eu quem agradeço seus votos, Guerreiro de Longa Data. Por aqui desde 2014, todavia meio irregularmente, entre idas e vindas, umas pausas dramáticas, se observar meu histórico vai ver que fiquei uns longos períodos sem postar, nem gosto de me lembrar das referidas épocas. Para você ver quantas vezes tive que me arrastar para sair do pântano maldito no qual eu mesmo me afundei.

Perseverança sempre e grande abraço!

rlutador escreveu:Coisas difíceis, Justiceiro. Mas mais uma vez venho dizer o quanto te considero um cara extremamente forte. Tenta respirar, e saber que vc vai ter que lidar com essas situações por um tempo, principalmente em relação ao seu pai. Saber lidar não é ficar de boa toda hora. Uma hora vc vai se sentir mal e vai querer desabafar, vai se sentir mal. Use esse espaço como lugar de desabafo mesmo. Nesse sentido, acho que vc tá mandando super bem, e se mostrando um cara maduro.
Forte abraço e fique na paz.

Mas muito obrigado, honrado Rlutador. Ainda bem que você, aparentemente um sujeito bastante maduro, consciente das coisas, entende o que digo. Quando falo do meu pai, pode soar um tanto piada, mas o coitado está pirando mesmo. Não passa um dia sem dizer algo dos nativos, minha mãe não suporta mais. Tenho empreendido sacrifícios muito em parte por causa dele, além dos motivos que me dizem respeito, obviamente.

Caso me considera um cidadão forte e maduro, mais uma vez obrigado. É o que tento ser, aos trancos e barrancos. Força e maturidade que muito me faltaram ao longo da vida, que sempre impedi que viessem até mim, e atrás das quais hoje corro desesperadamente.

Forte abraço e paz.


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10/4/2020, 20:01
Fala Justiceiro, desejo que seu pai consiga se reestabelecer! Uma pergunta meio pessoal, por que sua mãe se incomodar de você acordar cedo para estudar? Aqui tô começando a implementar um plano de estudos e me espelho na sua dedicação.

Vlw,
Abraços.

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10/4/2020, 20:36
Justiceiro força nesta fase, coragem na luta e esperança, tudo se irá recompor, um forte abraço!
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11/4/2020, 11:22
Justiceiro do Sertão escreveu: Outro dia de luta.

Com coisas variadas para resolver, fui preenchendo minha mente da maneira mais adequada para ver se ainda tenho futuro neste mundo. Estudei, conversei com meus pais, trocando ideias sobre assuntos para dar a eles uma companhia tão necessária nessas horas, sobretudo meu pai, que ainda está desolado com a demissão. Hoje ele saiu para acertar alguns trâmites burocráticos e, daqui a alguns dias, deve viajar para a matriz da firma, em São Paulo, para os acertos finais. Meus pais têm reclamado que não dou atenção a eles, que fico o tempo inteiro estudando, nesse sentido tenho tentado equilibrar as coisas, mesmo porque percebo que estou com a cabeça boa para desafios acadêmicos que me devem surgir em breve.

Minha mãe, como devem saber, é uma pessoa difícil de lidar, porém tenho aprendido a tirar proveito de tudo como lição para meu desenvolvimento como homem. Nesse caso, as picuinhas dela, confesso, embora não me agradem, me soam como autêntica terapia de convívio com mulheres. Devo admitir, extrapolando para o âmbito do contato com parceiras, que hoje pago o preço de não ter entendido minha mãe desde novo, de não me ter, devido à condição de viciado, permitido aprender como o sexo oposto funciona no que tange ao trato (brincadeiras à parte, sei que isso é quase impossível... Inclusive segundo o próprio Stephen Hawking). O vício detona nossa capacidade de entender as pessoas, além de tudo nos faz egoístas. E eu que me valia da desculpa de ser filho único! E não entendia quando contemporâneos meus na escola, lá com 12 anos, diziam: "Rapaz, isso não é desculpa para ser sem-jeito, eu também sou filho único e tenho um monte de amigos, me dou bem com todo mundo". Crianção. Que esses tempos tenham passado.

Meu pai está daquele jeito complicadamente consagrado: quase chorando com reportagens da TV, uma explosão sentimental com tudo, uma nostalgia sem tamanho de sua infância no interior do Nordeste e de sua juventude em São Paulo, de onde se arrepende amargamente de ter saído há 20 anos. Ele tenta disfarçar para manter um clima razoável em família, contudo é bem possível perceber pelas palavras dele o que quer dizer, pelos trejeitos, pelos sinais indiretos... É coisa para nem ficar pensando muito, senão enlouqueço. Perco o foco do que interessa, e aí já sabem.

Nesta semana, saí duas vezes, tendo ido dar um plantão no trabalho na terça- feira e, ontem, à manutenção mensal, no dentista, de meu aparelho ortodôntico. Nos ambientes a que fui, além de necessários procedimentos sanitários e de quase ninguém, aquele clima triste que já vem desde meados do mês passado. Nas ruas, todavia, movimento. O povo daqui é muito ignorante, metido a macho, barraqueiro, meu pai só falta sair na rua com uma faca matando um a um. O tempo todo, todos os dias, diz coisas como "Quero viajar, meu Deus! Quero dar um passeio na minha terra! Esse lugar me dá nos nervos, enjoa qualquer cristão, essa cambada de vagabundos, essa..." E coisas que meu decoro não me permite expor. Por mais que meu pai às vezes exagere um pouco, meu pai não pode viver aqui. Eu não queria tocar novamente no assunto, entretanto precisei. A autoestima dele é mais baixa do que a de um cachorro vira-lata ou mesmo de um rato de esgoto (como costumo dizer, pelo menos do cachorro vira-lata todo mundo gosta), e não quero mais sofrer junto com ele, sobretudo por vê-lo sofrer. Decididamente não quero.

Enfim, uma coisa que estou tentando, até a reboque das orientações dos colegas por aqui, é olhar para a frente e ponto. Tomar o passado como grande lição e só. Continuemos.

Fala grande Justiceiro, realmente o vício detona a capacidade de entender as pessoas, lembro-me que em tempos de vício eu era totalmente alheio ao agir do pessoal aqui em casa e tal, hoje longe do vício, percebo que sou mais observador, e de certa forma consigo entender algumas situações e atitudes do pessoal que em tempos de vício passavam batido pelo meu olhar. As vezes me pego pensando no passado também, me arrependendo de ter jogado fora minha adolescência e etc, pois por conta do vício deixei diversas oportunidades passarem, seja em relação a amizades, relacionamentos, e até mesmo cursos ou empregos, mas enfim, conseguimos nos livrar do que nos fazia mal, então o bom é olhar pro futuro, pois o passado só pode servir de aprendizado mesmo. Sobre seu pai é complicada essa situação de auto estima baixa, espero que ele consiga resolver essa questão e fique bem. Um forte abraço e siga firme pois a luta é árdua, mas vale a pena seguir vencendo.
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11/4/2020, 18:51
Rottweiler escreveu:Fala Justiceiro, desejo que seu pai consiga se reestabelecer! Uma pergunta meio pessoal, por que sua mãe se incomodar de você acordar cedo para estudar? Aqui tô começando a implementar um plano de estudos e me espelho na sua dedicação.

Vlw,
Abraços.


Cumprimentos, Rottweiler. Estudos são uma coisa crucial. Obrigado pelo suporte e pelos votos ao meu pai. Chego a agradecer em nome dele.

Bem, o que acontece é que minha mãe é uma pessoa de personalidade difícil, alguém com quem só aprendi verdadeiramente a lidar depois que me propus a largar o vício. Minha mãe é uma pessoa sensacional, muito trabalhadora desde criança, com um ritmo pessoal frenético, porém com esse estilo pessoal, digamos, complicado. Exigente, eu diria. Não sei se cabe exatamente falar em personalidade forte, entretanto talvez o seja pelo menos em parte. Ela é uma pessoa bem complexa, eu diria, de qualquer modo tentarei trazer a você uma interpretação razoável de minha parte. Além de todas aquelas características que as mulheres possuem e tanto desafiam a nós homens, seja como familiar ou companheira, minha mãe tem uma mente dinâmica e esquentada, em muito devo ter até puxado a ela. Para simplificar (e simplificar muito, na verdade), creio que ela no fundo quer ver meu sucesso, todavia faz questão de se manifestar por aquelas indiretas tipicamente femininas, de modo que muitas vezes eu a desafio, levantando de madrugada para estudar, e nada acontece; inclusive em situações como essa não demora para ela entrar no quarto dali a algumas horas e perceber satisfeita que estou estudando... Ela me cobra bastante, e acredito que tem mágoa da minha pessoa pelo fato de eu não ter continuado o excelente aluno que fora até os 13 anos, quando jamais havia tirado uma nota menor que 9,5 na escola. Foi justamente quando me viciei, aprontei umas coisas em casa que devem tê-la feito desconfiar de minha condição (nunca tive coragem de contar diretamente aos meus pais sobre o vício, são pessoas simples e sempre tive medo da reação deles, só contei uma ou outra coisa superficialmente, porém é só nos lembrarmos daquele comercial do suco Tang, "Mãe sempre sabe") e que causaram brigas homéricas entre mim e ela, coisa de ficarmos um mês sem nos falarmos, para ter uma ideia.

Pois bem, ela deve ter raiva de minha pessoa até hoje devido a tudo isto, de maneira que, quando "acordei", não se furta de infernizar minha vida com um comportamento intimidador naquele estilo, embora não necessariamente com essas palavras, "Agora resolveu virar gente, não é, seu merda?", "Aprontou, aprontou e agora fica aí levantando de madrugada para correr atrás do prejuízo, hã?", "Fez o que fez e agora com quase trinta anos fica me atrapalhando, acordando de madrugada para tirar o atraso, agora é tarde! Se fosse bom tinha entrado em Medicina na USP com 17 anos", entre outras piadinhas. Pois não parava de me humilhar quando entrei numa faculdade menor, curso pouco concorrido numa estadual de menor prestígio aqui mesmo na cidade (nem sair de casa costumava me deixar), e, muito embora hoje entenda o gênio dela, considerando essas picuinhas até um "jeito todo especial de ela me motivar", me testar para ver se desisto (e na maioria das vezes era isso mesmo), admito que por vezes ela está correta ao dizer que não está dormindo bem por me ver levantando muito cedo (fora quando me levanto de madrugada por causa das frequentes poluções noturnas...), de maneira que estou buscando arranjar um cronograma de atividades diárias que preze pela tranquilidade de todos por aqui, uma missão, convenhamos, onerosa. O duro é ter o feeling para perceber quando é cada caso, habilidade que tenho buscado desenvolver a nível de exaustão se quiser manter a harmonia aqui dentro de casa.

Enfim, não obstante eu não goste de ficar ruminando o passado, levantando hipóteses dignas de História Alternativa, devo dizer que até nessas horas o vício destruiu minha vida, de maneira que teria sido bem mais fácil para mim lidar com minha mãe, e ter todo o apoio dela, caso eu tivesse continuado naquela relativamente harmônica toada em que me encontrava em meus 13 para 14 anos, naquele início de 2006. Melhorando gradativamente, com a maturidade chegando do jeito mais digno, hoje eu talvez fosse médico (o que tanto desejava), teria saído para onde quisesse ainda na adolescência, teria tido a total confiança dela em presumivelmente tudo... Porém, pensemos no agora. Eu errei, devo pagar.

Saudações e abraço.

soumulherviciadaemporn escreveu:Justiceiro força nesta fase, coragem na luta e esperança, tudo se irá recompor, um forte abraço!

Obrigado, insigne lutadora. Aqui é luta e sem mais a declarar. Meu forte abraço a você.

End escreveu:
Justiceiro do Sertão escreveu: Outro dia de luta.

Com coisas variadas para resolver, fui preenchendo minha mente da maneira mais adequada para ver se ainda tenho futuro neste mundo. Estudei, conversei com meus pais, trocando ideias sobre assuntos para dar a eles uma companhia tão necessária nessas horas, sobretudo meu pai, que ainda está desolado com a demissão. Hoje ele saiu para acertar alguns trâmites burocráticos e, daqui a alguns dias, deve viajar para a matriz da firma, em São Paulo, para os acertos finais. Meus pais têm reclamado que não dou atenção a eles, que fico o tempo inteiro estudando, nesse sentido tenho tentado equilibrar as coisas, mesmo porque percebo que estou com a cabeça boa para desafios acadêmicos que me devem surgir em breve.

Minha mãe, como devem saber, é uma pessoa difícil de lidar, porém tenho aprendido a tirar proveito de tudo como lição para meu desenvolvimento como homem. Nesse caso, as picuinhas dela, confesso, embora não me agradem, me soam como autêntica terapia de convívio com mulheres. Devo admitir, extrapolando para o âmbito do contato com parceiras, que hoje pago o preço de não ter entendido minha mãe desde novo, de não me ter, devido à condição de viciado, permitido aprender como o sexo oposto funciona no que tange ao trato (brincadeiras à parte, sei que isso é quase impossível... Inclusive segundo o próprio Stephen Hawking). O vício detona nossa capacidade de entender as pessoas, além de tudo nos faz egoístas. E eu que me valia da desculpa de ser filho único! E não entendia quando contemporâneos meus na escola, lá com 12 anos, diziam: "Rapaz, isso não é desculpa para ser sem-jeito, eu também sou filho único e tenho um monte de amigos, me dou bem com todo mundo". Crianção. Que esses tempos tenham passado.

Meu pai está daquele jeito complicadamente consagrado: quase chorando com reportagens da TV, uma explosão sentimental com tudo, uma nostalgia sem tamanho de sua infância no interior do Nordeste e de sua juventude em São Paulo, de onde se arrepende amargamente de ter saído há 20 anos. Ele tenta disfarçar para manter um clima razoável em família, contudo é bem possível perceber pelas palavras dele o que quer dizer, pelos trejeitos, pelos sinais indiretos... É coisa para nem ficar pensando muito, senão enlouqueço. Perco o foco do que interessa, e aí já sabem.

Nesta semana, saí duas vezes, tendo ido dar um plantão no trabalho na terça- feira e, ontem, à manutenção mensal, no dentista, de meu aparelho ortodôntico. Nos ambientes a que fui, além de necessários procedimentos sanitários e de quase ninguém, aquele clima triste que já vem desde meados do mês passado. Nas ruas, todavia, movimento. O povo daqui é muito ignorante, metido a macho, barraqueiro, meu pai só falta sair na rua com uma faca matando um a um. O tempo todo, todos os dias, diz coisas como "Quero viajar, meu Deus! Quero dar um passeio na minha terra! Esse lugar me dá nos nervos, enjoa qualquer cristão, essa cambada de vagabundos, essa..." E coisas que meu decoro não me permite expor. Por mais que meu pai às vezes exagere um pouco, meu pai não pode viver aqui. Eu não queria tocar novamente no assunto, entretanto precisei. A autoestima dele é mais baixa do que a de um cachorro vira-lata ou mesmo de um rato de esgoto (como costumo dizer, pelo menos do cachorro vira-lata todo mundo gosta), e não quero mais sofrer junto com ele, sobretudo por vê-lo sofrer. Decididamente não quero.

Enfim, uma coisa que estou tentando, até a reboque das orientações dos colegas por aqui, é olhar para a frente e ponto. Tomar o passado como grande lição e só. Continuemos.

Fala grande Justiceiro, realmente o vício detona a capacidade de entender as pessoas, lembro-me que em tempos de vício eu era totalmente alheio ao agir do pessoal aqui em casa e tal, hoje longe do vício, percebo que sou mais observador, e de certa forma consigo entender algumas situações e atitudes do pessoal que em tempos de vício passavam batido pelo meu olhar. As vezes me pego pensando no passado também, me arrependendo de ter jogado fora minha adolescência e etc, pois por conta do vício deixei diversas oportunidades passarem, seja em relação a amizades, relacionamentos, e até mesmo cursos ou empregos, mas enfim, conseguimos nos livrar do que nos fazia mal, então o bom é olhar pro futuro, pois o passado só pode servir de aprendizado mesmo. Sobre seu pai é complicada essa situação de auto estima baixa, espero que ele consiga resolver essa questão e fique bem. Um forte abraço e siga firme pois a luta é árdua, mas vale a pena seguir vencendo.

Meu obrigado, End. A história é bem essa. Quando viciado, com efeito não percebia os códigos de comunicação de meus pais, só de pouquíssimo tempo para cá (entenda-se, cerca de 1 ano e 5 meses longe do vício) passei a ter noção sobre muito da personalidade deles, em coisas muito importantes no que tange ao convívio familiar, aliás.

Quanto a oportunidades, é olhar para frente, lutar e ter fé em que ainda dá, outra saída não existe, embora as lições (dolorosas, diga-se de passagem) devam ficar para dar o exemplo. De mulheres a chances profissionais, acredito que ainda podemos, sim.

E agradeço o apoio ao meu pai, ele não deve se manifestar mesmo porque não sabe de minha condição de viciado e membro deste Fórum (meus pais não sabem, nunca tive coragem de contar. De todo modo, novamente obrigado.

Um forte abraço e sigamos lutando.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

11/4/2020, 18:59
Opa amigo Justiceiro do Sertão,

Como diz sua frase de diário, humilhado até injustiçado mas nunca vencido. Continue firme nessa luta e nunca permita desviar os seus ideais.


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Que Deus esteja conosco. A luta continua.

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11/4/2020, 20:27
The_Survivor escreveu:Opa amigo Justiceiro do Sertão,

Como diz sua frase de diário, humilhado até injustiçado mas nunca vencido. Continue firme nessa luta e nunca permita desviar os seus ideais.


Assim farei, honrado The_Survivor. Assim farei até minha morte. Obrigado pelo apoio.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

11/4/2020, 20:27
Sábado molhado. Dia daqueles, enfrentado com garra que tirei nem sei de onde.

Para começar, polução noturna no meio da madrugada. Como de costume, 10-12 dias são o máximo que me ocorre conseguir seco, mais do que isto foram pouquíssimas vezes. Frio aqui na cidade, dormindo agasalhado, todo encolhido, já era possível prever. Foi dito e feito. Merda! Conti-me como pude na cama, todo molhado, voltando a dormir e a sonhar com outras coisas (nem me lembro que sonho tive que me fez ejacular, lamentavelmente parece ter sido mais uma sessão de estupro por parte da minha mãe), acordando num certo horário para estudar. Assim levei praticamente todo o dia, embora bocejando, respirando fundo, quase tendo arroubos e com leves pensamentos sugestivos. Para os padrões em que me encontrava, com sono e a cabeça quente, acho que até rendi. Também tomei um pouco de sol, fiz algum alongamento improvisado devido à minha escoliose e, naquele embalo que nem me fizera dar importância a estar todo sujo e suado, só fui tomar banho às 16:30, tendo vindo depois para cá.

Claro, não sem meus pais ficarem reparando no perigoso e forte odor corporal que emanava do meu quarto. Pois vai passar, nem que seja na porrada, nem que eu sofra o inferno na terra, nem que eu quebre tudo no meu quarto à noite mas eu me livro dessa praga!

Sim!

Bem, depois desse curto desabafo, digo aos guerreiros que por ora minha cabeça está um pouco mais tranquila, a despeito de um pouco de sono. Ninguém irá à luta por mim se eu não for. Eu que não arregace as mangas (no bom sentido) e não destrua tudo que verei se algo dá certo em minha vida. Vou até a morte, não tenho medo. Que se danem as lembranças que por vezes me circundam, não tenho mais medo. Hoje cedo, enquanto arrumava umas coisas no meu quarto, notei ouvindo de longe que meus pais assistiam na TV a uma reportagem sobre um assunto que é um antigo e perigoso devaneio meu, de natureza que eu chamo de semissexual, quase um softcore. Daquelas fantasias bem minhas mesmo, de natureza não exatamente sexual, porém perturbadoras para a minha pessoa. Consegui passar por cima.

Até a camiseta que meu pai está usando, que era minha e eu doei, lembra uma situação vergonhosa que vivi aos 18 anos, e sobre a qual só digo que tem a ver com a fantasia citada acima. Que tudo isso fique no passado.

Por ora, nada mais a declarar. Que tudo isso fique no passado. Preciso dormir, estou cansado.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

11/4/2020, 20:47
Justiceiro do Sertão escreveu: Sábado molhado. Dia daqueles, enfrentado com garra que tirei nem sei de onde.

Para começar, polução noturna no meio da madrugada. Como de costume, 10-12 dias são o máximo que me ocorre conseguir seco, mais do que isto foram pouquíssimas vezes. Frio aqui na cidade, dormindo agasalhado, todo encolhido, já era possível prever. Foi dito e feito. Merda! Conti-me como pude na cama, todo molhado, voltando a dormir e a sonhar com outras coisas (nem me lembro que sonho tive que me fez ejacular, lamentavelmente parece ter sido mais uma sessão de estupro por parte da minha mãe), acordando num certo horário para estudar. Assim levei praticamente todo o dia, embora bocejando, respirando fundo, quase tendo arroubos e com leves pensamentos sugestivos. Para os padrões em que me encontrava, com sono e a cabeça quente, acho que até rendi. Também tomei um pouco de sol, fiz algum alongamento improvisado devido à minha escoliose e, naquele embalo que nem me fizera dar importância a estar todo sujo e suado, só fui tomar banho às 16:30, tendo vindo depois para cá.

Claro, não sem meus pais ficarem reparando no perigoso e forte odor corporal que emanava do meu quarto. Pois vai passar, nem que seja na porrada, nem que eu sofra o inferno na terra, nem que eu quebre tudo no meu quarto à noite mas eu me livro dessa praga!

Sim!

Bem, depois desse curto desabafo, digo aos guerreiros que por ora minha cabeça está um pouco mais tranquila, a despeito de um pouco de sono. Ninguém irá à luta por mim se eu não for. Eu que não arregace as mangas (no bom sentido) e não destrua tudo que verei se algo dá certo em minha vida. Vou até a morte, não tenho medo. Que se danem as lembranças que por vezes me circundam, não tenho mais medo. Hoje cedo, enquanto arrumava umas coisas no meu quarto, notei ouvindo de longe que meus pais assistiam na TV a uma reportagem sobre um assunto que é um antigo e perigoso devaneio meu, de natureza que eu chamo de semissexual, quase um softcore. Daquelas fantasias bem minhas mesmo, de natureza não exatamente sexual, porém perturbadoras para a minha pessoa. Consegui passar por cima.

Até a camiseta que meu pai está usando, que era minha e eu doei, lembra uma situação vergonhosa que vivi aos 18 anos, e sobre a qual só digo que tem a ver com a fantasia citada acima. Que tudo isso fique no passado.

Por ora, nada mais a declarar. Que tudo isso fique no passado. Preciso dormir, estou cansado.


Boa noite, meu caro Justiceiro.

Fiquei admirado com a facilidade e profundidade com que você consegue se expressar. Já pensou em tornar-se um escritor?

Desejo-te um bom descanso!

Abraços

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

11/4/2020, 23:16
Fala Justiceiro, vlw pela sinceridade só responder. Torço para que alcance o que desejas e saiba que por aqui você é exemplo. Quando sento para estudar penso "deveria fazer como o Justiceiro e pegar pesado nos livros logo cedo".

Vlw,
Abraço.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

12/4/2020, 01:48
Fala, Justiceiro! Já pensou em fazer algumas coisas pra poder amenizar o cheiro forte do quarto, tipo lavar você mesmo depressa a sua cueca molhada e abrir as janelas assim que rolar. São coisas que talvez te ajudem a lidar com o incômodo.
Forte abraço!

Justiceiro do Sertão escreveu: Sábado molhado. Dia daqueles, enfrentado com garra que tirei nem sei de onde.

Para começar, polução noturna no meio da madrugada. Como de costume, 10-12 dias são o máximo que me ocorre conseguir seco, mais do que isto foram pouquíssimas vezes. Frio aqui na cidade, dormindo agasalhado, todo encolhido, já era possível prever. Foi dito e feito. Merda! Conti-me como pude na cama, todo molhado, voltando a dormir e a sonhar com outras coisas (nem me lembro que sonho tive que me fez ejacular, lamentavelmente parece ter sido mais uma sessão de estupro por parte da minha mãe), acordando num certo horário para estudar. Assim levei praticamente todo o dia, embora bocejando, respirando fundo, quase tendo arroubos e com leves pensamentos sugestivos. Para os padrões em que me encontrava, com sono e a cabeça quente, acho que até rendi. Também tomei um pouco de sol, fiz algum alongamento improvisado devido à minha escoliose e, naquele embalo que nem me fizera dar importância a estar todo sujo e suado, só fui tomar banho às 16:30, tendo vindo depois para cá.

Claro, não sem meus pais ficarem reparando no perigoso e forte odor corporal que emanava do meu quarto. Pois vai passar, nem que seja na porrada, nem que eu sofra o inferno na terra, nem que eu quebre tudo no meu quarto à noite mas eu me livro dessa praga!

Sim!

Bem, depois desse curto desabafo, digo aos guerreiros que por ora minha cabeça está um pouco mais tranquila, a despeito de um pouco de sono. Ninguém irá à luta por mim se eu não for. Eu que não arregace as mangas (no bom sentido) e não destrua tudo que verei se algo dá certo em minha vida. Vou até a morte, não tenho medo. Que se danem as lembranças que por vezes me circundam, não tenho mais medo. Hoje cedo, enquanto arrumava umas coisas no meu quarto, notei ouvindo de longe que meus pais assistiam na TV a uma reportagem sobre um assunto que é um antigo e perigoso devaneio meu, de natureza que eu chamo de semissexual, quase um softcore. Daquelas fantasias bem minhas mesmo, de natureza não exatamente sexual, porém perturbadoras para a minha pessoa. Consegui passar por cima.

Até a camiseta que meu pai está usando, que era minha e eu doei, lembra uma situação vergonhosa que vivi aos 18 anos, e sobre a qual só digo que tem a ver com a fantasia citada acima. Que tudo isso fique no passado.

Por ora, nada mais a declarar. Que tudo isso fique no passado. Preciso dormir, estou cansado.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

12/4/2020, 09:27
Justiceiro do Sertão escreveu: Sábado molhado. Dia daqueles, enfrentado com garra que tirei nem sei de onde.

Para começar, polução noturna no meio da madrugada. Como de costume, 10-12 dias são o máximo que me ocorre conseguir seco, mais do que isto foram pouquíssimas vezes. Frio aqui na cidade, dormindo agasalhado, todo encolhido, já era possível prever. Foi dito e feito. Merda! Conti-me como pude na cama, todo molhado, voltando a dormir e a sonhar com outras coisas (nem me lembro que sonho tive que me fez ejacular, lamentavelmente parece ter sido mais uma sessão de estupro por parte da minha mãe), acordando num certo horário para estudar. Assim levei praticamente todo o dia, embora bocejando, respirando fundo, quase tendo arroubos e com leves pensamentos sugestivos. Para os padrões em que me encontrava, com sono e a cabeça quente, acho que até rendi. Também tomei um pouco de sol, fiz algum alongamento improvisado devido à minha escoliose e, naquele embalo que nem me fizera dar importância a estar todo sujo e suado, só fui tomar banho às 16:30, tendo vindo depois para cá.

Claro, não sem meus pais ficarem reparando no perigoso e forte odor corporal que emanava do meu quarto. Pois vai passar, nem que seja na porrada, nem que eu sofra o inferno na terra, nem que eu quebre tudo no meu quarto à noite mas eu me livro dessa praga!

Sim!

Bem, depois desse curto desabafo, digo aos guerreiros que por ora minha cabeça está um pouco mais tranquila, a despeito de um pouco de sono. Ninguém irá à luta por mim se eu não for. Eu que não arregace as mangas (no bom sentido) e não destrua tudo que verei se algo dá certo em minha vida. Vou até a morte, não tenho medo. Que se danem as lembranças que por vezes me circundam, não tenho mais medo. Hoje cedo, enquanto arrumava umas coisas no meu quarto, notei ouvindo de longe que meus pais assistiam na TV a uma reportagem sobre um assunto que é um antigo e perigoso devaneio meu, de natureza que eu chamo de semissexual, quase um softcore. Daquelas fantasias bem minhas mesmo, de natureza não exatamente sexual, porém perturbadoras para a minha pessoa. Consegui passar por cima.

Até a camiseta que meu pai está usando, que era minha e eu doei, lembra uma situação vergonhosa que vivi aos 18 anos, e sobre a qual só digo que tem a ver com a fantasia citada acima. Que tudo isso fique no passado.

Por ora, nada mais a declarar. Que tudo isso fique no passado. Preciso dormir, estou cansado.
Garra e determinação, meu caro, Justiceiro do Sertão!!!
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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

12/4/2020, 13:28
Incrível a forma como você consegue se expressar bem através de palavras, coisa que admiro bastante, e procuro me aperfeiçoar nisso. Além disso, também é incrível a sua forma de encarar os seus problemas, sempre com muita garra e força de vontade, algo que com certeza te faz ser esse vencedor.

Sei que há dias que estamos um pouco pra baixo, e tudo conspira contra nós, mas quero te falar que esse dia vai passar, essa fase logo mais será apenas lembranças, e quero que saiba que és forte e pode suportar qualquer situação, assim como está fazendo. Estou contigo nessa, meu irmão.

Um grande abraço do seu amigo que te admira muito.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

12/4/2020, 21:01
LikeAStone escreveu:
Justiceiro do Sertão escreveu: Sábado molhado. Dia daqueles, enfrentado com garra que tirei nem sei de onde.

Para começar, polução noturna no meio da madrugada. Como de costume, 10-12 dias são o máximo que me ocorre conseguir seco, mais do que isto foram pouquíssimas vezes. Frio aqui na cidade, dormindo agasalhado, todo encolhido, já era possível prever. Foi dito e feito. Merda! Conti-me como pude na cama, todo molhado, voltando a dormir e a sonhar com outras coisas (nem me lembro que sonho tive que me fez ejacular, lamentavelmente parece ter sido mais uma sessão de estupro por parte da minha mãe), acordando num certo horário para estudar. Assim levei praticamente todo o dia, embora bocejando, respirando fundo, quase tendo arroubos e com leves pensamentos sugestivos. Para os padrões em que me encontrava, com sono e a cabeça quente, acho que até rendi. Também tomei um pouco de sol, fiz algum alongamento improvisado devido à minha escoliose e, naquele embalo que nem me fizera dar importância a estar todo sujo e suado, só fui tomar banho às 16:30, tendo vindo depois para cá.

Claro, não sem meus pais ficarem reparando no perigoso e forte odor corporal que emanava do meu quarto. Pois vai passar, nem que seja na porrada, nem que eu sofra o inferno na terra, nem que eu quebre tudo no meu quarto à noite mas eu me livro dessa praga!

Sim!

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Até a camiseta que meu pai está usando, que era minha e eu doei, lembra uma situação vergonhosa que vivi aos 18 anos, e sobre a qual só digo que tem a ver com a fantasia citada acima. Que tudo isso fique no passado.

Por ora, nada mais a declarar. Que tudo isso fique no passado. Preciso dormir, estou cansado.


Boa noite, meu caro Justiceiro.

Fiquei admirado com a facilidade e profundidade com que você consegue se expressar. Já pensou em tornar-se um escritor?

Desejo-te um bom descanso!

Abraços

Boa noite e obrigado pelas saudações, caro Like a Stone. Com efeito, já pensei em enveredar pela carreira literária, tendo até uns textos escritos ao longo de anos, guardados aqui em casa, tanto em verso quanto em prosa. Entretanto, outras coisas me acabaram sendo mais rentáveis a curto prazo face às situações não lá muito confortáveis que andei atravessando nestes quase vinte e oito anos.

Quem sabe a qualquer hora... Certa vez, quase me inscrevi no Prêmio Sesc de Literatura com um texto que faltava finalizar, no entanto, por questões bem de momento e que prefiro não detalhar, notei ter sido então a melhor opção não seguir adiante. Já sabe, diga-se, como é viver de arte no Brasil.

Meus abraços.

Rottweiler escreveu:Fala Justiceiro, vlw pela sinceridade só responder. Torço para que alcance o que desejas e saiba que por aqui você é exemplo. Quando sento para estudar penso "deveria fazer como o Justiceiro e pegar pesado nos livros logo cedo".

Vlw,
Abraço.

Meu agradecimento, grande Rottweiler. Ando estudando até meio sem saber para quê, de repente aparece alguma oportunidade e devo estar preparado. Meu gosto por estudar decorre de um trauma meu, às vezes fico exausto nessas maratonas só de raiva de mim mesmo, sabe? Falo sério, tenho trauma de não ter me dedicado mais aos estudos quando mais jovens por conta do vício, e se às vezes chego a exagerar é porque considero os estudos um verdadeiro acerto de contas meu com meu passado, uma penitência a qual me obrigo a cumprir. Chego a sentir ódio de mim mesmo, admito.

Venho tentando balancear as coisas, porém nunca superei essa ressaca e tento tomá-la como motivação e disciplina, por mais que minha mãe reclame de eu acordar cedo. Se bem que é aquele negócio, minha mãe tem aquela personalidade complexa dela e eu aprendi a ler os sinais: no fundo ela não só sabe que tenho razão como age daquela maneira com raiva de eu não ter começado mais cedo, de eu não ter feito a coisa certa quando mais deveria. Tenho certeza. Vez ou outra eu a flagro conversando no telefone com as amigas e parentes elogiando minha dedicação, e fica irritada quando entra no quarto justamente naquele instante que estou vendo outras coisas na Internet. É aquela coisa, saber lidar.

Novamente obrigado pelas considerações e receba meu abraço.

rlutador escreveu:Fala, Justiceiro! Já pensou em fazer algumas coisas pra poder amenizar o cheiro forte do quarto, tipo lavar você mesmo depressa a sua cueca molhada e abrir as janelas assim que rolar. São coisas que talvez te ajudem a lidar com o incômodo.
Forte abraço!

Justiceiro do Sertão escreveu: Sábado molhado. Dia daqueles, enfrentado com garra que tirei nem sei de onde.

Para começar, polução noturna no meio da madrugada. Como de costume, 10-12 dias são o máximo que me ocorre conseguir seco, mais do que isto foram pouquíssimas vezes. Frio aqui na cidade, dormindo agasalhado, todo encolhido, já era possível prever. Foi dito e feito. Merda! Conti-me como pude na cama, todo molhado, voltando a dormir e a sonhar com outras coisas (nem me lembro que sonho tive que me fez ejacular, lamentavelmente parece ter sido mais uma sessão de estupro por parte da minha mãe), acordando num certo horário para estudar. Assim levei praticamente todo o dia, embora bocejando, respirando fundo, quase tendo arroubos e com leves pensamentos sugestivos. Para os padrões em que me encontrava, com sono e a cabeça quente, acho que até rendi. Também tomei um pouco de sol, fiz algum alongamento improvisado devido à minha escoliose e, naquele embalo que nem me fizera dar importância a estar todo sujo e suado, só fui tomar banho às 16:30, tendo vindo depois para cá.

Claro, não sem meus pais ficarem reparando no perigoso e forte odor corporal que emanava do meu quarto. Pois vai passar, nem que seja na porrada, nem que eu sofra o inferno na terra, nem que eu quebre tudo no meu quarto à noite mas eu me livro dessa praga!

Sim!

Bem, depois desse curto desabafo, digo aos guerreiros que por ora minha cabeça está um pouco mais tranquila, a despeito de um pouco de sono. Ninguém irá à luta por mim se eu não for. Eu que não arregace as mangas (no bom sentido) e não destrua tudo que verei se algo dá certo em minha vida. Vou até a morte, não tenho medo. Que se danem as lembranças que por vezes me circundam, não tenho mais medo. Hoje cedo, enquanto arrumava umas coisas no meu quarto, notei ouvindo de longe que meus pais assistiam na TV a uma reportagem sobre um assunto que é um antigo e perigoso devaneio meu, de natureza que eu chamo de semissexual, quase um softcore. Daquelas fantasias bem minhas mesmo, de natureza não exatamente sexual, porém perturbadoras para a minha pessoa. Consegui passar por cima.

Até a camiseta que meu pai está usando, que era minha e eu doei, lembra uma situação vergonhosa que vivi aos 18 anos, e sobre a qual só digo que tem a ver com a fantasia citada acima. Que tudo isso fique no passado.

Por ora, nada mais a declarar. Que tudo isso fique no passado. Preciso dormir, estou cansado.

Rlutador, agradeço o sempre providencial incentivo e saiba você que costumo sim fazer isso que você disse. Pois não adianta! Às vezes ejaculo às 23:50 e no outro dia à noite minha mãe ainda reclama do cheiro de mofo no quarto. E, se quer saber, até já abri as janelas de madrugada mesmo, indo tomar banho gelado sob 10 °C de temperatura, às 4 da manhã, lavando rapidamente as cuecas junto e jogando pelo vitrô no tanque na área de serviço. O meu quarto também tem aqueles anti-mofo, sabe? Eu sempre compro, minha mãe também os espalha pela casa inteira, agora mesmo em meu quarto deve haver uns seis bem distribuídos: dentro do guarda-roupa, embaixo da cama (junto ao cesto de roupas sujas...), na minha estante tenho uns dois... Mesmo assim o problema persiste. Deve haver uns dez pela casa, a maioria no meu quarto, ainda assim é só eu ter polução noturna que o ambiente começa a cheirar mal. Sei que a culpa é das poluções noturnas, não adianta.

Buscarei resolver tal problema assim que sobrar um tempo. É uma coisa séria, que me aflige e que pode (trocadilhos à parte) explodir a qualquer momento, nem sei como não estou preocupado, deve ser a cabeça felizmente ocupada com outras atividades. De qualquer modo, até agradeço por suscitar a questão. Porque não é brincadeira. Verei o que pode ser feito.

Forte abraço.

Guerreiro de longa data escreveu:
Justiceiro do Sertão escreveu: Sábado molhado. Dia daqueles, enfrentado com garra que tirei nem sei de onde.

Para começar, polução noturna no meio da madrugada. Como de costume, 10-12 dias são o máximo que me ocorre conseguir seco, mais do que isto foram pouquíssimas vezes. Frio aqui na cidade, dormindo agasalhado, todo encolhido, já era possível prever. Foi dito e feito. Merda! Conti-me como pude na cama, todo molhado, voltando a dormir e a sonhar com outras coisas (nem me lembro que sonho tive que me fez ejacular, lamentavelmente parece ter sido mais uma sessão de estupro por parte da minha mãe), acordando num certo horário para estudar. Assim levei praticamente todo o dia, embora bocejando, respirando fundo, quase tendo arroubos e com leves pensamentos sugestivos. Para os padrões em que me encontrava, com sono e a cabeça quente, acho que até rendi. Também tomei um pouco de sol, fiz algum alongamento improvisado devido à minha escoliose e, naquele embalo que nem me fizera dar importância a estar todo sujo e suado, só fui tomar banho às 16:30, tendo vindo depois para cá.

Claro, não sem meus pais ficarem reparando no perigoso e forte odor corporal que emanava do meu quarto. Pois vai passar, nem que seja na porrada, nem que eu sofra o inferno na terra, nem que eu quebre tudo no meu quarto à noite mas eu me livro dessa praga!

Sim!

Bem, depois desse curto desabafo, digo aos guerreiros que por ora minha cabeça está um pouco mais tranquila, a despeito de um pouco de sono. Ninguém irá à luta por mim se eu não for. Eu que não arregace as mangas (no bom sentido) e não destrua tudo que verei se algo dá certo em minha vida. Vou até a morte, não tenho medo. Que se danem as lembranças que por vezes me circundam, não tenho mais medo. Hoje cedo, enquanto arrumava umas coisas no meu quarto, notei ouvindo de longe que meus pais assistiam na TV a uma reportagem sobre um assunto que é um antigo e perigoso devaneio meu, de natureza que eu chamo de semissexual, quase um softcore. Daquelas fantasias bem minhas mesmo, de natureza não exatamente sexual, porém perturbadoras para a minha pessoa. Consegui passar por cima.

Até a camiseta que meu pai está usando, que era minha e eu doei, lembra uma situação vergonhosa que vivi aos 18 anos, e sobre a qual só digo que tem a ver com a fantasia citada acima. Que tudo isso fique no passado.

Por ora, nada mais a declarar. Que tudo isso fique no passado. Preciso dormir, estou cansado.


Garra e determinação, meu caro, Justiceiro do Sertão!!!
Nem que o mundo desabe à sua frente, continue firme.
Como dizia uma grande figura e modelo de masculinidade do mundo fictício "Steven Roger" o vulgo Capitão Américana: "...e mesmo se morrerem, levantem-se e lutem"

Aqui não há trégua, honrado Guerreiro de Longa Data!

Obrigado pelo apoio e estou realmente disposto a tudo. Tudo. Que estejamos todos dispostos a tudo. Receba meu grande abraço.

HarveySpecter escreveu:Incrível a forma como você consegue se expressar bem através de palavras, coisa que admiro bastante, e procuro me aperfeiçoar nisso. Além disso, também é incrível a sua forma de encarar os seus problemas, sempre com muita garra e força de vontade, algo que com certeza te faz ser esse vencedor.

Sei que há dias que estamos um pouco pra baixo, e tudo conspira contra nós, mas quero te falar que esse dia vai passar, essa fase logo mais será apenas lembranças, e quero que saiba que és forte e pode suportar qualquer situação, assim como está fazendo. Estou contigo nessa, meu irmão.

Um grande abraço do seu amigo que te admira muito.

Mas que belas palavras são estas, futuro Dr. Harvey Specter? Será que sou realmente digno de assim ser visto, será que sou mais que um qualquer correndo desesperada e patologicamente atrás de seu tempo perdido, sem saber se um dia chegará lá onde racionalmente, quando mais sóbrio, sempre sonhou? Meu sincero obrigado e saiba você que também o admiro bastante, acompanhando sua luta em seu Diário, por mais me ache não mais que mais um cidadão comum atrás do lugar ao sol do qual um dia esteve tão perto e do qual se afastou por pura burrice, muito longe de ser considerado um exemplo. Nem amigos fui capaz de fazer ao longo da vida...

Que tenhamos todos dias melhores agora e sempre, que eventuais fases ruins de fato desapareçam com nosso esforço, a você desejo em dobro tudo o que me desejou. Receba meu abraço e sincera consideração.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

13/4/2020, 14:57
Olá digníssimo Justiceiro do Sertão !!!

Sei que você vencerá essa batalha meu caro !!! Fique firme nessa tua força, não vai ser polução noturna ou fantasias que ficarão no seu caminho. Na torcida por você.

Grande abraço.

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24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido  - Página 17 Empty Re: 24 - De volta à guerra: ferido, humilhado, até injustiçado... mas nunca vencido

13/4/2020, 17:28
Justiceiro do Sertão escreveu: Sábado molhado. Dia daqueles, enfrentado com garra que tirei nem sei de onde.

Para começar, polução noturna no meio da madrugada. Como de costume, 10-12 dias são o máximo que me ocorre conseguir seco, mais do que isto foram pouquíssimas vezes. Frio aqui na cidade, dormindo agasalhado, todo encolhido, já era possível prever. Foi dito e feito. Merda! Conti-me como pude na cama, todo molhado, voltando a dormir e a sonhar com outras coisas (nem me lembro que sonho tive que me fez ejacular, lamentavelmente parece ter sido mais uma sessão de estupro por parte da minha mãe), acordando num certo horário para estudar. Assim levei praticamente todo o dia, embora bocejando, respirando fundo, quase tendo arroubos e com leves pensamentos sugestivos. Para os padrões em que me encontrava, com sono e a cabeça quente, acho que até rendi. Também tomei um pouco de sol, fiz algum alongamento improvisado devido à minha escoliose e, naquele embalo que nem me fizera dar importância a estar todo sujo e suado, só fui tomar banho às 16:30, tendo vindo depois para cá.

Claro, não sem meus pais ficarem reparando no perigoso e forte odor corporal que emanava do meu quarto. Pois vai passar, nem que seja na porrada, nem que eu sofra o inferno na terra, nem que eu quebre tudo no meu quarto à noite mas eu me livro dessa praga!

Sim!

Bem, depois desse curto desabafo, digo aos guerreiros que por ora minha cabeça está um pouco mais tranquila, a despeito de um pouco de sono. Ninguém irá à luta por mim se eu não for. Eu que não arregace as mangas (no bom sentido) e não destrua tudo que verei se algo dá certo em minha vida. Vou até a morte, não tenho medo. Que se danem as lembranças que por vezes me circundam, não tenho mais medo. Hoje cedo, enquanto arrumava umas coisas no meu quarto, notei ouvindo de longe que meus pais assistiam na TV a uma reportagem sobre um assunto que é um antigo e perigoso devaneio meu, de natureza que eu chamo de semissexual, quase um softcore. Daquelas fantasias bem minhas mesmo, de natureza não exatamente sexual, porém perturbadoras para a minha pessoa. Consegui passar por cima.

Até a camiseta que meu pai está usando, que era minha e eu doei, lembra uma situação vergonhosa que vivi aos 18 anos, e sobre a qual só digo que tem a ver com a fantasia citada acima. Que tudo isso fique no passado.

Por ora, nada mais a declarar. Que tudo isso fique no passado. Preciso dormir, estou cansado.

Fala grande Justiceiro, boa tarde, que chata essa situação que você passa com as poluções, fico na torcida para que essa situação melhore e que elas diminuam e até cessem se possível. No mais só tenho que lhe parabenizar por seguir passando por cima das dificuldades e se manter limpo e longe do vício. Sigo na torcida por você. Um abraço e força.
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