Ir para baixo
avatar
SerMeraki
Mensagens : 1
Data de inscrição : 12/12/2019

Pronto, falei. E agora? Empty Pronto, falei. E agora?

12/12/2019, 01:14
Eu nem sei por onde começar, mas a ideia é que esse seja um relato de uma dessas surpresas da vida, mas diferente de qualquer outra, porque pessoalmente, sou amante das surpresas, mas essa foi uma daquelas negativas e das quais preferiria ser totalmente alheia.
Faz um ano desde que a notícia foi dada e a partir de onde tenho convivido com esse intruso, um vício, que gera consequências no meu cotidiano ainda que eu não tenha gerado suas causas, e não as tenha buscado.
Bom, vou contextualizar: namoro há 5 anos (toda uma longa e linda história a parte), tenho 20 anos (assim como o meu namorado), sou estudante de psicologia fora do Brasil, tenho um estilo de vida guiado por filosofias cristãs, as quais decido autonomamente por elas, o que implica nossa decisão de manter a virgindade até o casamento (um princípio muito valioso pra mim), e além disso sou bastante introspectiva, ou seja, vivo refletindo profundamente sobre minhas próprias experiencias, penso sobre meus pensamentos e observo muito o mundo, as pessoas e acho que tenho facilidade de perceber a diferença do comportamento dos que me rodeiam, se estão alegres, incomodados, estranhos, tristes, etc.
No meu relacionamento com o meu namorado somos muito abertos para nos expressar, sejam sobre coisas positivas ou negativas, para que dessa maneira possamos melhorar cada vez mais.
Por vezes eu percebia certo distanciamento dele, falta de atenção a mim, falta de iniciativa, “romanticismo”, e isso me incomodava muito, cobrava e me frustrava por ele não estar sendo tudo aquilo que eu esperava. Estando no nosso 4º ano de namoro, e em época de fim das aulas, suspeitei de que nos momentos de tédio e cansaço da vida (fim de semestre), ele pudesse estar acessando conteúdos impróprios na internet, e tudo isso porque anos antes ele comentou numa conversa que quando mais novo, já tinha visto dessas coisas casualmente. Então fiz uma relação mental muito aleatória e falei pra ele que ultimamente estava achando estranho o toque físico dele, sem emoção, egoísta, e me preocupava que ele estivesse tendo contato com conteúdos impróprios, mas mudamos de assunto, ele tentou melhorar e a vida continuou.
Dias depois, num sábado de tarde, enquanto descansávamos no meio da natureza, ele me disse que precisava me contar algo muito importante e que teria fortes impactos no nosso relacionamento, e abriu o jogo sobre o vício. Admito que fui assimilando aos poucos, demorando em mastigar e tentando processar tudo o que ele me contava, desde a quantidade de anos que isso acompanha ele (desde a pré-adolescência), como era, a frequência (não tinha ideia que era um vício e não só vezes casuais – e isso foi aterrador) o quanto ele já tinha tentado mudar e buscar ajuda, a existência de comunidades na internet, os sintomas que o problema acompanha, e tantas outras coisas que nem de perto faziam parte da minha realidade e fui tentando acomodar aos meus pensamentos – foi terrivelmente difícil.
Foi muito mais que um “choque”, o qual não sei descrever. Surpresa, lágrimas, incertezas, mas minha atitude, refletindo o amor e confiança existente na relação, foi de não julgar, não brigar ou criticar, mas de entender, cuidar, proteger e dar forças para encontrar métodos eficazes para encarar a luta contra o vício. E não foi forçado, fluiu. E isso tem a ver com toda a visão de mundo que tenho e também pelos conhecimentos que vinha adquirindo nos meus estudos e por toda a etapa que, pessoalmente, eu estava passando na vida. Além disso, eu decidi ser companheira dele nessa jornada, apesar dos pesares, e ressalto duas coisas que ele me deixou claro no momento e que foi extremamente importante: a culpa não era minha e ele queria sair disso.
Nesse mesmo dia conversamos muito sobre o assunto, as consequências que isso trazia e traria para o nosso relacionamento, e ele me aconselhou a ler sobre experiencias de outros para entender melhor todo esse mundo.
Nossa relação desde então cresceu como nunca, nossa intimidade emocional se multiplicou, os tabus diminuíram, o entendimento mútuo se expandiu e temos lutado dia a dia pela vitória. Tudo isso (sem ter alguém com quem compartilhar) se somou a uma série de fortes crises existenciais pessoais ao longo dos meses, o que intensificou todo o problema. Foram muitos os dias de frustração pelas caídas, expectativas altas, medos da minha parte pela falta de consistência nas promessas, dias de choro compartilhado, oração, reflexão e motivação para seguir a diante.
Foi impressionante perceber o quanto todas as reclamações que eu tinha sobre ele tinham estreita relação, e possivelmente sejam originadas por esse vício, e é um desafio conviver com isso e exercitar a paciência para entender que as quedas são parte do processo e que aos poucos o progresso se vai fazendo mais real, ainda que a vitória completa não tenha sido alcançada, e poder se alegrar com os mínimos detalhes, e prosseguir na caminhada.

Meraki

I Will Resurface! gosta desta mensagem

avatar
Lucas A
Mensagens : 2061
Data de inscrição : 17/02/2018

Pronto, falei. E agora? Empty Re: Pronto, falei. E agora?

12/12/2019, 08:53
SerMeraki escreveu:       Eu nem sei por onde começar, mas a ideia é que esse seja um relato de uma dessas surpresas da vida, mas diferente de qualquer outra, porque pessoalmente, sou amante das surpresas, mas essa foi uma daquelas negativas e das quais preferiria ser totalmente alheia.
Faz um ano desde que a notícia foi dada e a partir de onde tenho convivido  com esse intruso, um vício, que gera consequências no meu cotidiano ainda que eu não tenha gerado suas causas, e não as tenha buscado.
Bom, vou contextualizar: namoro há 5 anos (toda uma longa e linda história a parte), tenho 20 anos (assim como o meu namorado), sou estudante de psicologia fora do Brasil, tenho um estilo de vida guiado por filosofias cristãs, as quais decido autonomamente por elas, o que implica nossa decisão de manter a virgindade até o casamento (um princípio muito valioso pra mim), e além disso sou bastante introspectiva, ou seja, vivo refletindo profundamente sobre minhas próprias experiencias, penso sobre meus pensamentos e observo muito o mundo, as pessoas e acho que tenho facilidade de perceber a diferença do comportamento dos que me rodeiam, se estão alegres, incomodados, estranhos, tristes, etc.
No meu relacionamento com o meu namorado somos muito abertos para nos expressar, sejam sobre coisas positivas ou negativas, para que dessa maneira possamos melhorar cada vez mais.
Por vezes eu percebia certo distanciamento dele, falta de atenção a mim, falta de iniciativa, “romanticismo”, e isso me incomodava muito, cobrava e me frustrava por ele não estar sendo tudo aquilo que eu esperava. Estando no nosso 4º ano de namoro, e em época de fim das aulas, suspeitei de que nos momentos de tédio e cansaço da vida (fim de semestre),  ele pudesse estar acessando conteúdos impróprios na internet, e tudo isso porque anos antes ele comentou numa conversa que quando mais novo, já tinha visto dessas coisas casualmente. Então fiz uma relação mental muito aleatória e falei pra ele que ultimamente estava achando estranho o toque físico dele, sem emoção, egoísta, e me preocupava que ele estivesse tendo contato com conteúdos impróprios, mas mudamos de assunto, ele tentou melhorar e a vida continuou.
Dias depois, num sábado de tarde, enquanto descansávamos no meio da natureza, ele me disse que precisava me contar algo muito importante e que teria fortes impactos no nosso relacionamento, e abriu o jogo sobre o vício. Admito que fui assimilando aos poucos, demorando em mastigar e tentando processar tudo o que ele me contava, desde a quantidade de anos que isso acompanha ele (desde a pré-adolescência), como era, a frequência (não tinha ideia que era um vício e não só vezes casuais – e isso foi aterrador) o quanto ele já tinha tentado mudar e buscar ajuda, a existência de comunidades na internet,  os sintomas que o problema acompanha, e tantas outras coisas que nem de perto faziam parte da minha realidade e fui tentando acomodar aos meus pensamentos – foi terrivelmente difícil.
Foi muito mais que um “choque”, o qual não sei descrever. Surpresa, lágrimas, incertezas, mas minha atitude, refletindo o amor e confiança existente na relação, foi de não julgar, não brigar ou criticar, mas de entender, cuidar, proteger e dar forças para encontrar métodos eficazes para encarar a luta contra o vício. E não foi forçado, fluiu. E isso tem a ver com toda a visão de mundo que tenho e também pelos conhecimentos que vinha adquirindo nos meus estudos e por toda a etapa que, pessoalmente, eu estava passando na vida. Além disso, eu decidi ser companheira dele nessa jornada, apesar dos pesares, e ressalto duas coisas que ele me deixou claro no momento e que foi extremamente importante: a culpa não era minha e ele queria sair disso.
Nesse mesmo dia conversamos muito sobre o assunto, as consequências que isso trazia e traria para o nosso relacionamento, e ele me aconselhou a ler sobre experiencias de outros para entender melhor todo esse mundo.
Nossa relação desde então cresceu como nunca, nossa intimidade emocional se multiplicou, os tabus diminuíram, o entendimento mútuo se expandiu e temos lutado dia a dia pela vitória. Tudo isso (sem ter alguém com quem compartilhar) se somou a uma série de fortes crises existenciais pessoais ao longo dos meses, o que intensificou todo o problema. Foram muitos os dias de frustração pelas caídas, expectativas altas, medos da minha parte pela falta de consistência nas promessas, dias de choro compartilhado, oração, reflexão e motivação para seguir a diante.
Foi impressionante perceber o quanto todas as reclamações que eu tinha sobre ele tinham estreita relação, e possivelmente sejam originadas por esse vício, e é um desafio conviver com isso e exercitar a paciência para entender que as quedas são parte do processo e que aos poucos o progresso se vai fazendo mais real, ainda que a vitória completa não tenha sido alcançada, e poder se alegrar com os mínimos detalhes, e prosseguir na caminhada.

Meraki

Bem vinda ao forum Meraki,meu nome é Power.

Recomendo a leitura dos tópicos recomendados do forum para você ficar bem inteirado do método e sanar as principais dúvidas.

Orientações básicas: http://www.comoparar.com/t78-orientacoes-basicas

Glossário: http://www.comoparar.com/t79-glossario-terminologia-basica

Bloqueadores: http://www.comoparar.com/t76-como-usar-os-bloqueadores-para-enganar-o-cerebro

Falácias sobre os bloqueadores:http://www.comoparar.com/t295-as-12-maiores-falacias-que-contamos-a-nos-mesmos-sobre-a-nao-instalacao-de-bloqueadores

Recomendo a leitura para um entedimento inicial de como o vicio em pornografia funciona https://www.yourbrainonporn.com/pt/miscellaneous-resources/start-here-evolution-has-not-prepared-your-brain-for-todays-porn/ (tem tradução em portugues é só colocar lá em baixo no site)

Bom,primeiro quero te dizer parábens por ser tão forte,eu sou viciado em pornografia e esse relato me deu uma outra perspectiva de como seria para uma pessoa amada contar sobre meu vicio,me falta coragem e intimidade para contar,mas tudo bem.

A principal coisa que recomendo para você e seu namorado,é entender a gravidade do vicio em pornografia,que ele é real e que muda nosso cérebro,como você é estudante de psicologia acho que terá até mais facilidade em entender os estudos científicos,recomendo fortemente esse site https://www.yourbrainonporn.com/pt/ que foi criado pelo Neurocientista Gary Wilson.

Para mim,entender como o vicio funciona e a gravidade dele,me fez adotar as medidas necessárias para levar isso á sério,e me ajudou a instalar os bloqueadores,sair de casa quando as fissuras batiam,ficar longe de qualquer estímulo sexual artificial,fazer as atividades de religação,e hoje estou a mais de 90 dias sem porno e nem masturbação,recomendo muito que seu namorado estude a fundo esse vicio para poder levar a sério o processo de recuperação do cérebro,um abraço e qualquer coisa estamos aí.
M.V
M.V
Membro Ilustre
Membro Ilustre
Mensagens : 1798
Data de inscrição : 02/10/2015
Idade : 43

Pronto, falei. E agora? Empty Re: Pronto, falei. E agora?

12/12/2019, 08:59
Olá seja bem vinda!

De fato o prazer artificial obtido pela prática e vício da PMO mata o amor, a mente acostuma e quer doses desse prazer cada vez maior e isso acaba com a naturalidade a espontaneidade do relacionamento. Então é continuar firme no reboot despressurizar a mente da tensão e busca pelo prazer enganoso da PMO.

Desejo boa sorte para vocês..

Sucesso!!!

_______________________________________
Montanha reboot escalada a partir de  Sab 26 Out /2019 - 11:30:
1 montanha (90 dias)

" A PORNOGRAFIA MATA O AMOR" ... (ANTONIO71)

"DESPRESSURIZE SUA MENTE DO PRAZER ENGANOSO DA PMO"

..."É MELHOR SER ESCRAVO DOS BLOQUEADORES QUE SER ESCRAVO DA PORNOGRAFIA"... (PROJETO, TOGURO)

ABÇS E SUCESSO NESSA JORNADA!!!

avatar
Convidado
Convidado

Pronto, falei. E agora? Empty Re: Pronto, falei. E agora?

5/5/2020, 10:18
Olha, me coloquei no lugar do seu namorado. Comecei a namorar sério aos 17 anos. E te falo viu... Apesar de não ser mais virgem na época, a minha nova namorada tinha receio e medo de fazer sexo, apesar de todo sentimento que já havia entre nós. Castidade para homens jovens é algo completamente complexo! Dependendo de quem for é claro, isso inclui perfil hormonal, que, interfere na quantidade e frequência da líbido, etc. Eu te falo, que sofri demais na época em que comecei esse namoro, pois foram mais de 1 ano para sem sexo. E após fazermos percebi porque ela esperou tanto. Libido baixa apesar de estarmos muito apaixonados e tudo. Com o tempo fui analisando minha companheira e percebi que ela até gostava, mas a frequência era baixíssima! De certa forma me dei mal, muito mal. Pois minha libido até hoje aos 36 é muito alta! Naquela época eu era uma locomotiva desgovernada e ardendo em brasa! Temperatura sempre alta e energia saltando pra todo lado, principalmente nos sentidos sexuais. Fazia esportes, musculação e isso ajudava a acalmar, mas sabemos que aumenta a testosterona, com o passar do tempo, na fase jovem quem tem libido alta fica com uma libido insuportável. Me adaptei a ela, porque a amava e a amo ainda. Mas se não fosse o pmo eu tenho certeza que iria pirar. Passava mal de dores na área pubiana, testículos... Era terrível!!! E sabemos que só o sexo alivia isso. Tem homens que precisam até de ir ao médico por causa destes sintomas. Enfim. Aliar vida sexual masculina jovem com se preservar sexualmente para casar não é tarefa fácil! Principalmente para homens com libido alta. No lugar do seu namorado, entendo perfeitamente e não sei o que seria desse relacionamento, ou trairia pelo fato de esperar demais, não foi o caso em 1 ano de namoro. (Estava bem com ela apesar de tudo) mas seu caso são 5 anos!!! Ufaaa. Não sei. Cada caso é um caso. É muito relativo! Mas se demorar a casar, pode até ter problemas mais sérios com seu relacionamento, até mesmo terminar. Oriento a conversar abertamente com ele, perguntar tudo na lata, coisas como: Você, pelo fato de ficarmos sem intimidade, pensa ou já pensou em me trair, se me perguntar eu falo na lata! É a hora de esclarecer as coisas, fugir é besteira. Mas estamos aqui pra ajudar. Acompanharei seu caso. Boa sorte. E, ah! Lembrando que "casamento" que na sua cabeça algo bem cultural e institucional. "Casamento" para Deus é a união sexual entre suas pessoas. Por isso é tão pesado, sério, e dói na alma quando se faz sexo casual, só por fazer... Isso é fornicação. Sexo com quem se ama, e se ambos se amam não quer dizer que seja algo aos olhos do CRIADOR, um levado mortal, pelo contrário, se for com amor, não importa se o homem escreveu em um livro que aquelas pessoas querem transar a partir dali morando numa mesma casa. Casamento é a união sexual e o consentimento dos pais para que se unam como uma nova família.
avatar
vicar-amelia
Mensagens : 1
Data de inscrição : 21/05/2020

Pronto, falei. E agora? Empty Casamento por um fio...

21/5/2020, 01:56
Estou com meu marido há +5 anos, casamos ano passado. Hoje meu casamento está por um fio e não sei mais o que fazer.

Ao longo de todo o relacionamento houveram sinais... Duas vezes descobri que ele havia beijado outras mulheres. Algumas vezes ele mentiu sobre ter saído pra um certo lugar e descobri que havia ido para outro. Uma outra ocasião descobri o perfil dele num site de relacionamento pouco usado (não era Tinder). Em cada um desses casos ele parecia realmente arrependido, quase desesperado, e eu perdoava. E eu sabia que ele via muita, muita pornografia, mas nessa parte achava que ele só tinha a libido acima da média...

Logo após casarmos eu descobri um gasto dele com pornografia. Brigamos mas achei que era só aquilo, ele pediu desculpas, e superei. Detalhe que sempre fomos muito abertos sobre pornografia, no início do nosso namoro nós compartilhamos vídeos pra esquentar as coisas. Mas o fato de ele ter gastado com isso e escondido de mim, senri que havia algo errado mas me forcei a superar.

Depois descobri outros e outros gastos... Nós somos muito abertos com nossas finanças e ele não conseguiu esconder mais. Abriu o jogo, falou sobre a pornografia, sobre as traições (que aconteciam 3-4 vezes por ano...). Dói demais e não tenho força pra escrever tudo aqui.

Após isso, decidi perdoa-lo uma última vez contanto que ele procurasse ajuda porque não era justo eu carregar mais esse peso sozinha... Todo ano eu descobria um segredo macabro, e todo ano eu entrava em crise, cheguei a entrar numa depressão profunda há três anos e precisar de remédios após a história do site de relacionamento... Falei para ele que não ia mais carregar aquele peso. Ele procurou psicólogos, psiquiatra e pagou caríssimo por uma terapia com hipnose, que ele diz ter feito muito efeito, segundo ele a hipnose impediu os "gatilhos" que o levavam a procurar pornografia.

Tudo isso aconteceu em cerca de três ou quatro meses...Ele contou tudo, procurou tratamento, e agora diz que se curou e não quer mais saber do assunto, parou de fazer terapia e esse assunto virou tabu aqui em casa. Eu li muito sobre vício em P e S e vi que não é simples assim... Ele mentiu e escondeu muitas coisas durante muitos anos, além de ver pornografia desde os 15, hoje tem quase 30... Eu estou errada em duvidar dessa cura milagrosa que ele teve em 3 meses???

No primeiro mês após abrir o jogo ele foi o melhor marido do mundo... Ficamos 1 mês sem sexo, especialmente porque eu não tinha mais libido, mas eu havia reparado na mudança dele e voltei a ter... Após transarmos ele se fechou novamente e deixou de ser a pessoa carinhosa e atenciosa que havia se tornado.

Agora estamos num momento muito estranho e que tem deixado meus nervos no limite... Ele se mantém afastado e calado na maior parte do tempo, mas quando sexo tá na jogada, se torna carinhoso novamente... A ponto de eu prever isso... Toda vez que me abraça diferente ou me faz um carinho espontâneo eu já sei que ele vai tentar transar mais tarde, e sempre estou certa. Enquanto que no resto do tempo ele é frio e calado.

Estou num ponto em que duvido da minha própria sanidade, fico pensando se ele não está me manipulando, ou se está mentindo, se está jogando comigo e tentando ver até onde aguento ser tratada dessa forma... Eu me sinto a pessoa mais sem valor do mundo... Vejo minhas amigas, minhas irmãs, em relacionamentos longos e felizes em que recebem flores, elogios, e carinhos espontâneos, sem pedirem... Eu queria muito ter isso com meu marido mas a impressão que tenho é que não sou boa o suficiente pra receber isso... não apenas não tenho essas coisas no meu relacionamento como também estou com alguém que me traiu diversas vezes...

Eu estou errada em pedir que ele continue a terapia? Eu não consigo mais dar o braço a torcer... Ele me traiu por todos os anos em que estivemos juntos, e agora não quer se tratar mais... Eu estou decidida a deixá-lo se ele não lidar com o próprio problema. Que eu saiba ele não teve recaídas, mas ele teve variações de humor extremas após parar a terapia, as mesmas variações que levavam ele a me trair nos anos anteriores...

Por favor me ajudem... Não sei nem mais se quero manter meu casamento vivo, mas sei que preciso tentar, já que ele mesmo parou de tentar...

Bjr84 gosta desta mensagem

avatar
Convidado
Convidado

Pronto, falei. E agora? Empty Re: Pronto, falei. E agora?

22/5/2020, 00:14
vicar-amelia escreveu:Estou com meu marido há +5 anos, casamos ano passado. Hoje meu casamento está por um fio e não sei mais o que fazer.

Ao longo de todo o relacionamento houveram sinais... Duas vezes descobri que ele havia beijado outras mulheres. Algumas vezes ele mentiu sobre ter saído pra um certo lugar e descobri que havia ido para outro. Uma outra ocasião descobri o perfil dele num site de relacionamento pouco usado (não era Tinder). Em cada um desses casos ele parecia realmente arrependido, quase desesperado, e eu perdoava. E eu sabia que ele via muita, muita pornografia, mas nessa parte achava que ele só tinha a libido acima da média...

Logo após casarmos eu descobri um gasto dele com pornografia. Brigamos mas achei que era só aquilo, ele pediu desculpas, e superei. Detalhe que sempre fomos muito abertos sobre pornografia, no início do nosso namoro nós compartilhamos vídeos pra esquentar as coisas. Mas o fato de ele ter gastado com isso e escondido de mim, senri que havia algo errado mas me forcei a superar.

Depois descobri outros e outros gastos... Nós somos muito abertos com nossas finanças e ele não conseguiu esconder mais. Abriu o jogo, falou sobre a pornografia, sobre as traições (que aconteciam 3-4 vezes por ano...). Dói demais e não tenho força pra escrever tudo aqui.

Após isso, decidi perdoa-lo uma última vez contanto que ele procurasse ajuda porque não era justo eu carregar mais esse peso sozinha... Todo ano eu descobria um segredo macabro, e todo ano eu entrava em crise, cheguei a entrar numa depressão profunda há três anos e precisar de remédios após a história do site de relacionamento... Falei para ele que não ia mais carregar aquele peso. Ele procurou psicólogos, psiquiatra e pagou caríssimo por uma terapia com hipnose, que ele diz ter feito muito efeito, segundo ele a hipnose impediu os "gatilhos" que o levavam a procurar pornografia.

Tudo isso aconteceu em cerca de três ou quatro meses...Ele contou tudo, procurou tratamento, e agora diz que se curou e não quer mais saber do assunto, parou de fazer terapia e esse assunto virou tabu aqui em casa. Eu li muito sobre vício em P e S e vi que não é simples assim... Ele mentiu e escondeu muitas coisas durante muitos anos, além de ver pornografia desde os 15, hoje tem quase 30... Eu estou errada em duvidar dessa cura milagrosa que ele teve em 3 meses???

No primeiro mês após abrir o jogo ele foi o melhor marido do mundo... Ficamos 1 mês sem sexo, especialmente porque eu não tinha mais libido, mas eu havia reparado na mudança dele e voltei a ter... Após transarmos ele se fechou novamente e deixou de ser a pessoa carinhosa e atenciosa que havia se tornado.

Agora estamos num momento muito estranho e que tem deixado meus nervos no limite... Ele se mantém afastado e calado na maior parte do tempo, mas quando sexo tá na jogada, se torna carinhoso novamente... A ponto de eu prever isso... Toda vez que me abraça diferente ou me faz um carinho espontâneo eu já sei que ele vai tentar transar mais tarde, e sempre estou certa. Enquanto que no resto do tempo ele é frio e calado.

Estou num ponto em que duvido da minha própria sanidade, fico pensando se ele não está me manipulando, ou se está mentindo, se está jogando comigo e tentando ver até onde aguento ser tratada dessa forma... Eu me sinto a pessoa mais sem valor do mundo... Vejo minhas amigas, minhas irmãs, em relacionamentos longos e felizes em que recebem flores, elogios, e carinhos espontâneos, sem pedirem... Eu queria muito ter isso com meu marido mas a impressão que tenho é que não sou boa o suficiente pra receber isso... não apenas não tenho essas coisas no meu relacionamento como também estou com alguém que me traiu diversas vezes...

Eu estou errada em pedir que ele continue a terapia? Eu não consigo mais dar o braço a torcer... Ele me traiu por todos os anos em que estivemos juntos, e agora não quer se tratar mais... Eu estou decidida a deixá-lo se ele não lidar com o próprio problema. Que eu saiba ele não teve recaídas, mas ele teve variações de humor extremas após parar a terapia, as mesmas variações que levavam ele a me trair nos anos anteriores...

Por favor me ajudem... Não sei nem mais se quero manter meu casamento vivo, mas sei que preciso tentar, já que ele mesmo parou de tentar...

Olá, espero que esteja mais calma e bem. Bem vinda ao fórum! Vou dizer coisas práticas que você pode fazer agora, para ajudar seu parceiro e a si mesma:
1-Leia o ebook desse fórum(ele esclarecerá um pouco das suas dúvidas) e leia as histórias de sucesso(para que você veja que há cura, há tratamento para esta doença) e as histórias da outras esposas e namoradas!
2-Leia o ebook junto com seu amado, para ele entender as dimensões do vício também
3-Fale para ele acessar este fórum e ver as histórias. Fale para ele criar um diário aqui, irá ajuda-lo muito.
3.1-Tenha uma conversa sincera com seu marido sobre como você se sente e sobre você ficar com medo de ser traída novamente(isso é normal em um relacionamento, faz inclusive com que queiramos ser melhores para nossos cônjuges todos os dias) é normal. Dê o voto de confiança a ele como você disse que daria e tente não ficar imaginando coisas (porque isso vai ser péssimo para você.).
4-Cuide de você, se maquie, se vista bem todos os dias, arrume o cabelo, cuide da sua vida espiritual, mental e intelectual. Não faça essas coisas para o seu marido somente, mas para você principalmente. Quando estamos mais arrumadas nos nos sentimos mais confiantes para enfrentar a vida e seus desafios!
5-Ocupe sua mente com outras coisas além desse problema, acredito que seu companheiro deve ter qualidades também, você casou com ele por algum motivo. Não é?Foque nisso.

Espero ter ajudado! Estarei acompanhando a jornada de vocês até a vitória! Te desejo coragem e força! Fique com Deus e até


Bjr84
Bjr84
Mensagens : 66
Data de inscrição : 16/06/2020

Pronto, falei. E agora? Empty Re: Pronto, falei. E agora?

29/6/2020, 19:48
OLÁ, VICAR-AMÉLIA!!. Li atentamente sua história. Eu sou viciado desde os meus 19, 20 anos de idade. Hoje tenho 35 anos . Como homem posso te dizer o seguinte: o vício causa alguns efeitos indesejáveis, como todo vício, e um deles é importante que você entenda: a objetificação da mulher. A mulher passa a ser um objeto de prazer. Quando esse prazer é obtido, vem a sensação de descarte por parte do viciado. É por isso que o seu marido se comporta da maneira como você descreve: quando ele não tem o prazer, vai buscá-lo tentando te agradar nos carinhos, etc; quando ele consegue, então você "vira" o objeto e ele deixa momentaneamente de lado. O vício mata, temporariamente, a capacidade do ser humano amar e enxergar o sexo como de fato deva ser enxergado; o viciado vira uma máquina sexual, um animal que só está interessado no prazer, quando o assunto é relacionamento. A notícia boa é que isso pode ser revertido, desde que o viciado tenha interesse sincero em mudar. As quedas não significam necessariamente que houve ou há um desinteresse em mudar, mas que ainda não há forças o suficiente para resistir. O que eu sugiro a você é uma conversa franca e aberta com ele sobre todos os seus temores, inclusive sobre seu temor de que você, pela desconfiança e pelo que aconteceu o passado, possa estar perdendo a sanidade ou o senso da realidade. Uma conversa franca e talvez uma terapia em casal, para que tudo seja colocado em pratos limpos. É importante também que da parte dele, fique muito claro para você que há o interessr sincero em mudar, em largar o vício e que ele está disposto a fazer tudo o possível para vencer esse problema de mãos dadas contigo. Você precisa dessa certeza. Uma vez que você a tenha, só lhe testar ser paciente. Tenha paciência e, sobretudo, tenha fé em Deus. Entregue tudo a Deus.
Ir para o topo
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos