EM BUSCA DE SENTIDO

Olá pessoal,

Já estive aqui antes, há quase 10 anos e, de lá para cá, infelizmente, as coisas pioraram. Apesar de relutante em voltar, resolvi tentar novamente... Como tenho pouco tempo disponível (ou teria se fizesse tudo que precisa ser feito em vez de perder tempo com PMO), não devo ser capaz de vir muito por aqui. Mas resumindo minha história (já que nem lembro o nome do meu antigo diário), que deve ter semelhanças com outras já vistas por aqui:

a) masturbação e desejo sexual começaram muito cedo, por volta de 6, 7 anos, mesma idade em que tive (embora criança e sem entender direito o que era aquilo e pela primeira e única vez na vida) experiências "amorosas" às escondidas (que incluíam beijos e carícias)" com uma garota mais velha (devia ter uns 12 ou 13);

b) após 1 mês com aquela garota, meus pais foram embora para outra cidade (e fui junto - óbvio) e, a partir daí, a prática da masturbação sempre foi uma constante;

c) por volta de 10 - 12 anos tive contato com materiais pornográficos explícitos - cenas de mulheres nuas -, o que foi, até hoje, a coisa mais excitante que já experimentei na vida - infelizmente, pois mal sabia o que aquilo me traria;

d) dos 12 aos 28 (idade atual) minha vida sexual se resumiu a assistir filmes pornôs e me masturbar compulsivamente;

d.1) posso dizer que dos 12 até uma certa idade, que não lembro ao certo, me sentia muito mal após fazer aquilo, tendo dito inúmeras vezes a mim mesmo que não mais faria, e chegado até mesmo a pedir ou desejar a morte se voltasse a fazer, o que, por óbvio, não me sobreveio - a morte;

d.2) após algum tempo fui ficando cada vez mais anestesiado e com menos remorso após cada queda, que gerava apenas uma sensação de vazio e de falta de sentido, de desgosto eu diria;

d.3) e os materiais usados ficaram cada vez mais pesados e bizarros, o que não merece ser esmiuçado, para não trazer lembranças indesejadas;

e) fora isso, nunca namorei ou beijei (o que fiz quando criança nem sabia o que era), sem autoestima, fortes sentimentos de solidão e rejeição, incapacidade de enxergar valor em si próprio, timidez e, consequentemente, forte inaptidão para se aproximar do sexo oposto;

f) por fim, não podia esquecer dos problemas sexuais adquiridos devido ao excesso de PMO, o que inclui ejaculação precoce e dificuldade para manter uma ereção (mesmo sendo apenas com PM) e, sobretudo, a crença, eu diria, em um grande desvalor como "homem" face ao sexo oposto, por estar a uma distância abissal do "tamanho" e do "desempenho" dos atores vistos nas centenas de filmes P assistidos, que imagino que seja o que as mulheres almejam em uma relação.

Creio que esses sejam os principais pontos, em resumo, do que se passou e do que se passa em relação ao vício em PMO. Mas o que importa mesmo é o que farei de agora em diante. Espero conseguir relatar, embora não com tanta frequência, que estou focado no meu trabalho, nos meus estudos (pessoais, profissionais, acadêmicos) e na academia, que pretendo começar em breve!

Até mais!

Bem vindo ao campo de batalha.

Por experiência própria se apegue muito a Deus nesse peocesso, pois sozinho é bem difícil sairmos desse lamaçal da PMO.

Boa sorte.

Bem vindo de volta ao fórum.

Me identifiquei com você, pois eu enfrento problemas semelhantes.

Sabe, me parece que não há escapatória dessa batalha. Me chamou a atenção você dizer que de 12 anos em diante, sabia que teria que largar a P. 16 anos depois, aqui estamos. Não tem escapatória, porque as coisas vão piorando, piorando, de modo que seremos levados de volta pra esse fórum. Acho que não há jeito para nós, a não ser tentar, tentar e tentar mais uma vez até conseguir vencer.

Recomendo fortemente que procure algum tipo de ajuda psicológica. Esses problemas que você enfrenta não são fáceis, afetam a vida como um todo, são uma trava pro nosso desenvolvimento. É muito difícil alterar esses padrões profundos sozinho. Uma ajuda nesse sentido poderia te fazer muito bem, dar uma alavancada no processo.

Use os bloqueadores. Não existe desculpa para não usar os bloqueadores. Não tem o que questionar. Use os bloqueadores.

É bom ter em mente que o vício bagunça o nosso interior. Então é normal se sentir mal, péssimo, confuso, sem perspectiva, sem esperança, etc. A maioria chega no fórum assim, eu acho. São efeitos do vício. Leva tempo pras coisas ficarem mais arrumadas por dentro.

Não conte com grandes benefícios ou grandes melhoras. Ao menos, não por enquanto. É fundamental não ter nenhum tipo de falsa expectativa em relação ao reboot.

Cuide de sua rotina. Quem sofre com vícios, geralmente fica com a rotina bagunçada. É essencial buscar ter alguma ordem, disciplina, rotina mesmo.

Você já deve estar bem informado das coisas. Já frequenta o fórum a algum tempo.

Parabéns pela coragem, Nando. Vir aqui e se comprometer com o reboot é um ato de amor pela vida.

Excelente reboot pra você.

Olá novamente!

Agradeço aos irmãos de batalha pelo incentivo.

Confesso que tem sido muito difícil e venho caído praticamente diariamente desde novembro do ano passado! Quanto aos bloqueadores, sei da importância, mas quando estou fissurado, faço de tudo para excluí-los, mas vou tentar colocar, aos poucos, apesar que praticamente só caio com o celular e nele é mais difícil de bloquear, além de ser muito fácil resetar. E não posso viver sem, pois dependo para o trabalho. Já tentei trocar por um celular mais simples, porém não deu certo justamente devido à necessidades do trabalho.

De todo modo não posso desistir ou seria melhor desistir de viver também. Hoje, apesar de ter caído, eu estudei um pouco pela tarde e depois saí pra fazer uma corrida. Então não foi um dia totalmente perdido. Amanhã espero conseguir ser mais produtivo!

Boa noite e boa sorte a todos!