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Homeminteiro
Mensagens : 9
Data de inscrição : 14/06/2020

Diário do Homeminteiro Empty Diário do Homeminteiro

13/10/2020, 09:44
Olá pessoal! É isso... estou começando hoje esse diário a fim de me ajudar e tentar ajudar outros homens como eu que estão tendo suas vidas destruídas pela dependência de masturbação e pornografia. Hoje me encontro em recuperação e tratamento de uma disfunção erétil psicológica gerada por essa porcaria de vício. Espero que meu depoimento aqui possa ajudar quem ler e me ajudar no meu processo ao me ajudar organizar meus pensamentos e entender-me melhor enquanto homem. Escolhi esse nome de usuário "homeminteiro" porque é um anseio pessoal que eu seja isso, um homem de fato inteiro, pois antes estava me sentindo só parte de um homem, até mesmo me sentindo castrado, manco, fraco, envergonhado.
Bem, vou começar contando como sou. Um cara de quase quarenta anos, que desde a adolescência tem problemas com a masturbação. Sempre muito tímido, acredito que como a maioria, conheceu a masturbação por colegas mais velhos, que já haviam começado a se masturbar e compartilhavam as experiências das primeiras ejaculações. Comecei a me masturbar e já tinha orgasmo sem quase não ter ejaculação. Foi nessa fase que percebi que tinha atração por outros garotos também (seria já uma HOCD). Nessa fase minha família passava por uma crise financeira, meus pais por uma grave crise conjugal, meu pai com vício em drogas, e minha mão segurava as pontas das contas da casa. Meu pai sempre com um histórico de instabilidade emocional, apesar de sempre muito amoroso com os filhos, e minha mãe sempre uma mulher forte e bastante equilibrada compensava esse lado louco do meu pai. Nessa fase de tanta instabilidade interior (início de adolescência), e instabilidade exterior (conjuntura familiar), vi na masturbação uma grande válvula de escape emocional. Naquele tempo, início dos anos 90 não tínhamos a internet, e a pornografia era em revistas ou vídeo cassete, o que era bem difícil de manter porque minha mão não deixava de jeito nenhum. Era muito católica. Mas no meio de tudo isso, minha família se converteu à igreja protestante, e daí tudo melhorou muito. Meus pais se reconciliaram, passamos a ter muito mais paz em casa, meu pai foi parando com o vício, e eu passei a ter amizades dentro da igreja com meninos que tinham a vida mais em pureza e santidade. Isso me ajudou a me afastar bastante da masturbação. Porém ainda me masturbava, mas bem menos agora, e quando fazia pedia perdão a Deus e começava de novo. Nessa fase da adolescência me apaixonei por algumas garotas. Muito mesmo. Mas era bastante tímido. Desenvolvi uma boa paquera com uma delas, e foi uma época muito gostosa de muita paixão. Aquela paixonite adolescente, daquelas que você acredita piamente que vai ser para o resto da vida, sabe? Pois é.  Porém meu pai não se firmou totalmente na igreja. Não voltou às drogas, mas voltou a beber (hoje ele está diagnosticado com portado de transtorno de bipolaridade, daí toda a história de vida dele faz sentido) e isso gerava atritos em casa, uma vez que minha mãe, eu e meu irmão mais novo agora estávamos bem firmes e ativos na igreja. Minha mão sentindo-se muito abandonada pelo amor do meu pai, e tendo-me como filho muito fiel e ajudador ao seu lado (sempre fui muito parceiro da minha mãe por entender muito do seu sofrimento), criou um forte vínculo comigo de dependência emocional comigo. Hoje lembro-me que quando ia começar um namoro fui proibido por ela (eu já tinha meus 15 anos), e me lembro que sua reprovação mesmo sendo uma menina da igreja, me afetou bastante. Não entendo como, mas minha paixão por aquela menina que eu era tão apaixonado despareceu do dia pra noite, e isso foi horrível. Foi depois disso que comecei a ter impulsos mais fortes de desejo por outros garotos, o que antes era uma coisa muito vaga, e indefinida que nem chegava a me incomodar. Agora estava se tornando algo mais intenso e conflituoso para mim. Era muito triste sentir aquilo. Lembro-me na oitava série indo ao banheiro da escola para me masturbar pensando em meus colegas de sala. Em fim, desde então controlar a masturbação era algo quase que impossível para mim. Quando fui para a faculdade, também passei a morar sozinho, embora ainda sustentado por meus pais. Lá comecei a ter acesso à internet, ainda que lenta. Também passei a ter a liberdade de morar só. Morava com colegas de republica mas tinha a intimidade do meu quarto sem a supervisão dos maus pais. Aí foi o ponto que eu realmente me entreguei a pornografia, e em sua maior parte homossexual. Desde então sofro com essa porcaria. Noites viradas, períodos de altos e baixos. Autoestima baixa, complexo de inferioridade, etc. Msm assim, consegui bom desempenho acadêmico e profissional. Na melhor fase (que fiquei mais tempo sem), foi quando comecei a namorar e depois me casei. Mas tão logo casei, voltei a cair e consumir porno, fases boas e fases ruins. Mas o pior aconteceu no fim do ano passado quando comecei a fazer chamadas de vídeo com outros caras. Isso envolveu uma adrenalina muito forte e foi o fundo do poço pra mim. Quando vi, já havia muito tempo sem sexo com a minha esposa. Meu desejo, libido, tesão tinha ido todo embora. Procurei urologistas, fiz e refiz dosagens hormonais. Tudo certo com a parte física. Nunca ficara assim antes. Mesmo parando o pornô, no desespero, o desejo e a libido não voltava. Daí veio a pandemia, semanas e meses foram passando sem interesse sexual. O clima com a esposa foi ficando cada vez pior. Ela nunca poderia imaginar (até hoje não faz ideia) esse meu lado imoral. Sou um bom marido pra ela. Isso a deixava mais confusa e insegura. Foi aí que conheci esse site e pude entender como essa porcaria de pornografia afeta tantas pessoas ao redor do mundo. Li os relatos aqui que me desesperaram um pouco e ao mesmo tempo me deram uma certa esperança. Pesquisando material a respeito do que estava acontecendo comigo, li um texto de um terapeuta que mora em em outra cidade. Consegui contato e descobri que ele fazia terapia on line. Aí veio a luz no fim do túnel já há mais ou menos 2 meses iniciei as terapias, e já retomei as relações sexuais com minhas esposa. Desde o início do ano não caio em pornografia, mas ainda caio em masturbação. As coisas melhoraram muito. Estou bem mais esperançoso, ainda que não me sinta no meu normal. Sigo em terapia e confiante de que vou sair completamente disso tudo para nunca mais voltar.

Quis deixar esse relato resumido aqui para que outros homens e mulheres não desistam de lutar, procurem ajuda, pois há esperança. Sou cristão protestante, e creio muito que Deus te me sustentado e me conduzido nessa busca ao me ajudar a encontrar esse site, outros materiais e meu terapeuta abençoado.

Força pessoal! Siga em frente. Confie. Você não precisa estar sozinho nessa.
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Esposa
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Diário do Homeminteiro Empty Re: Diário do Homeminteiro

13/10/2020, 12:22
Olá, Homeminteiro! Que bom que vc está lutando contra isso, vc vai conseguir sair dessa e vai ser feliz e fazer sua esposa feliz tbm! Permaneça firme, tudo vai dar certo.
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