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BigBadWolf
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Diário do Thom - Recomeçando - Página 2 Empty Re: Diário do Thom - Recomeçando

9/12/2016, 22:41
Thom, acho curiosa essa sua situação de falta de confiança.

Digo isso pois já tive uma fase semelhante.

Já chegou a estudar a respeito da neurolinguística? Estudar a respeito do tema me fez evoluir bastante enquanto ser humano.

Talvez a falta de confiança tenha o levado ao vício. Ou vício levado à falta de confiança. Ou talvez as duas coisas foram se complementando. O fato é que trabalhar as duas coisas ajudam.

Eu recomendo fortemente a leitura de um livro do Joseph Murphy.
É preciso fazer um exercício diário para melhorarmos nossa imagem de si mesmo.
E além disso, seu tempo livre não apenas para relaxar com leituras e músicas, mas para INVESTIR em você mesmo. Vá aprender a dançar, tocar instrumentos, luta, curso de pedreiro, enfim... aprenda a fazer coisas novas. No começo é difícil mas mentalize que vc vai aprendê-las.
E se pra vc é importante ter sucesso profissionalmente, ganhe as habilidades necessárias para tê-lo.
Nós que limitamos nossas capacidades.

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Diário do Thom - Recomeçando - Página 2 Empty me identifico

11/12/2016, 02:22
me identifico com a sua situação , parceiro, estou há exatos 7 dias sem PMO, hardmode, evitando outras coisas também, como álcool e promiscuidade,

uma coisa também que tem chamado a minha atenção e que pode ser útil relatar , só falo da minha experiência sem querer dar conselhos, eu não acreditava em certas coisas da religião, mas agora começo a acreditar , pois além de leitura do e-book, conhecer a parte científica da doença, tenho me interessado pela parte espiritual

tentei fazer por experiência: oração e repreensão do mal , e está dando certo, é incrível, não sou um cara de muita fé, mas sou pragmático, tem funcionado comigo, quando vem os pensamentos , rejeito na hora em nome de Cristo e a coisa desaparece por mágica ....e isso está me ajudando e muito a superar esse problema....Repreender o demônio dos vícios sexuais...( se existe um) ...ta funcionando comigo...

abs

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26/12/2016, 17:27
E aí Thom, como está indo o reboot?
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Diário do Thom - Recomeçando - Página 2 Empty [Quarta-Feira, 28/12/16 - 03:37]

28/12/2016, 03:53
[Quarta-Feira, 28/12/16 - 03:37]

Fazia um certo tempo que não escrevia aqui no diário. Minha história é bem complexa, e, para tentar entende-la, é necessário ler os relatos anteriores em que tentei expor meu histórico de forma sucinta. Não é das tarefas mais fáceis tentar se fazer entender em poucas linhas, problemas tão profundos e complexos, mas, vejo o ato de escrever e compartilhar, uma coisa meio terapêutica e que, eventualmente, pode ajudar outras pessoas também. Então vou tentar ser o mais claro possível.

Segui minha intuição e procurei uma nova psiquiatra. Desta vez quis, preferencialmente, uma mulher. Achei que me sentiria mais confortável. Antes, pesquisei sobre ela. Até o currículo Lattes procurei e vi que é uma mestre em psicologia, de linha Freudiana, Psicanálise mesmo. Logo na primeira consulta. desabei sobre ela, TUDO o que passei durante esses quase 20 anos e o que tenho passado: os bullings na infância, as humilhações que vieram de familiares, a explosão do pânico, a adolescência perdida soterrada de medicamentos, o longo período de completa abstinência de qualquer indício de manifestação sexual. Anos e anos sem nem mesmo masturbação para, de repente, a virada para o outro extremo: a compulsão por pornografia gay, apenas com homens mais velhos. Despejei tudo pra ela. Inclusive levei o notebook pro consultório e li pra ela alguns trechos do meu depoimento deste fórum. Tinha tanta coisa pra dizer que tive medo de me perder. Disse que estava ciente de que a coisa era complicada e que não esperava dela uma solução mágica, mas, que pelo menos me ajudasse de forma emergencial, a sair da compulsão por masturbação e pornografia. Nesta primeira consulta, ela não me disse muita coisa. Senti que, de tanta coisa que despejei, ela precisava de tempo pra pensar, mas disse que o medicamento que eu estava tomando era muito bom, mas que era uma dose pediátrica e não estava fazendo efeito algum. Eu estava tomando 37,5mg. Disse que essa dose de antidepressivo era para início e fim de tratamento, e ela aumentou para 150mg que, segundo ela, é a dose mínima terapêutica, ou seja, uma dose que realmente dá resultados. No final, fiz uma pergunta bem pragmática a ela: - Mas e ai doutora, o que faço com a pornografia e a masturbação? E ela foi enfática: disse pra eu tentar evitar ao máximo e disse que o remédio me ajudaria consideravelmente a ter mais controle da situação. E é o que acho que felizmente está acontecendo. Me disse também que eu preciso dormir mais, que durmo muito pouco.

Perguntei a ela sobre a minha sexualidade. Ele disse que eu tive uma espécie de 'estupro emocional', que cresci absorvendo as informações de forma muito distorcida, mas que está tudo bem indefinido, porque, na minha subjetividade, inconscientemente eu fiz uma associação do sexo à agressividade e desejo justamente aquele estereótipo que me humilhou. Com mulheres sinto afeto, respeito admiração...nada sexualizado. Disse que eu não passei da fase do 'Édipo' que, traduzindo, é como se eu fosse uma criancinha traumatizada, sexualmente falando. Não consegui "passar de fase" - e que tudo isso precisa ser trabalhado, aprofundado... Não descartou uma possível bissexualidade também. Disse que a questão principal não é saber se sou homo ou hétero, e sim experienciar uma relação de verdade, se permitir, parar de se auto-sabotar, se abrir às possibilidades. Tudo isso ela disse superficialmente. São impressões que ela teve, pois foram apenas duas consultas. Vou voltar ao consultórios daqui uns 15 dias, mas estou muito animado, ela me pareceu bem consistente.

Depois de digerir todo esse papo com ela, tive uns lapsos, uns pensamentos de que não seria nada impossível eu me interessar por uma mulher, pois isso já rolou uma vez, mas infelizmente sem desejo sexual. Achei que realmente estava apaixonado. Com homem nunca senti nada neste sentido. Só na fantasia pornográfica com homens bem mais velhos, Minha cabeça ainda está bem confusa, mas, por enquanto, acho que a saída seria uma forma de unir, condicionar sexo com afetividade. Resignificar as vivências traumáticas à partir da afetividade.

Eu quero saber a verdade, não estou tentando me enganar, pode ser que eu seja gay, hétero bissexual.... não sei! Só o tempo vai dizer. Mas sinto que estou diferente. Estou pronto pra arriscar e talvez fazer terapia. Sobre a PMO: faz alguns dias que estou sem. A coisa para mim não é linear, vou meio cambaleando, mas não me entrego. E consegui diminuir bastante.
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28/12/2016, 16:57
Thom escreveu:[Quarta-Feira, 28/12/16 - 03]

Fazia um certo tempo que não escrevia aqui no diário. Minha história é bem complexa, e, para tentar entende-la, é necessário ler os relatos anteriores em que tentei expor meu histórico de forma sucinta. Não é das tarefas mais fáceis tentar se fazer entender em poucas linhas, problemas tão profundos e complexos, mas, vejo o ato de escrever e compartilhar, uma coisa meio terapêutica e que, eventualmente, pode ajudar outras pessoas também. Então vou tentar ser o mais claro possível.

Segui minha intuição e procurei uma nova psiquiatra. Desta vez quis, preferencialmente, uma mulher. Achei que me sentiria mais confortável. Antes, pesquisei sobre ela. Até o currículo Lattes procurei e vi que é uma mestre em psicologia, de linha Freudiana, Psicanálise mesmo. Logo na primeira consulta. desabei sobre ela, TUDO o que passei durante esses quase 20 anos e o que tenho passado: os bullings na infância, as humilhações que vieram de familiares, a explosão do pânico, a adolescência perdida soterrada de medicamentos, o longo período de completa abstinência de qualquer indício de manifestação sexual. Anos e anos sem nem mesmo masturbação para, de repente, a virada para o outro extremo: a compulsão por pornografia gay, apenas com homens mais velhos. Despejei tudo pra ela. Inclusive levei o notebook pro consultório e li pra ela alguns trechos do meu depoimento deste fórum. Tinha tanta coisa pra dizer que tive medo de me perder. Disse que estava ciente de que a coisa era complicada e que não esperava dela uma solução mágica, mas, que pelo menos me ajudasse de forma emergencial, a sair da compulsão por masturbação e pornografia. Nesta primeira consulta, ela não me disse muita coisa. Senti que, de tanta coisa que despejei, ela precisava de tempo pra pensar, mas disse que o medicamento que eu estava tomando era muito bom, mas que era uma dose pediátrica e não estava fazendo efeito algum. Eu estava tomando 37,5mg. Disse que essa dose de antidepressivo era para início e fim de tratamento, e ela aumentou para 150mg que, segundo ela, é a dose mínima terapêutica, ou seja, uma dose que realmente dá resultados. No final, fiz uma pergunta bem pragmática a ela: - Mas e ai doutora, o que faço com a pornografia e a masturbação? E ela foi enfática: disse pra eu tentar evitar ao máximo e disse que o remédio me ajudaria consideravelmente a ter mais controle da situação. E é o que acho que felizmente está acontecendo. Me disse também que eu preciso dormir mais, que durmo muito pouco.

Perguntei a ela sobre a minha sexualidade. Ele disse que eu tive uma espécie de 'estupro emocional', que cresci absorvendo as informações de forma muito distorcida, mas que está tudo bem indefinido, porque, na minha subjetividade, inconscientemente eu fiz uma associação do sexo à agressividade e desejo justamente aquele estereótipo que me humilhou. Com mulheres sinto afeto, respeito admiração...nada sexualizado. Disse que eu não passei da fase do 'Édipo' que, traduzindo, é como se eu fosse uma criancinha traumatizada, sexualmente falando. Não consegui "passar de fase" - e que tudo isso precisa ser trabalhado, aprofundado... Não descartou uma possível bissexualidade também. Disse que a questão principal não é saber se sou homo ou hétero, e sim experienciar uma relação de verdade, se permitir, parar de se auto-sabotar, se abrir às possibilidades. Tudo isso ela disse superficialmente. São impressões que ela teve, pois foram apenas duas consultas. Vou voltar  ao consultórios daqui uns 15 dias, mas estou muito animado, ela me pareceu bem consistente.

Depois de digerir todo esse papo com ela, tive uns lapsos, uns pensamentos de que não seria nada impossível eu me interessar por uma mulher, pois isso já rolou uma vez, mas infelizmente sem desejo sexual. Achei que realmente estava apaixonado. Com homem nunca senti nada neste sentido. Só na fantasia pornográfica com homens bem mais velhos, Minha cabeça ainda está bem confusa, mas, por enquanto, acho que a saída seria uma forma de unir, condicionar sexo com afetividade. Resignificar as vivências traumáticas à partir da afetividade.

Eu quero saber a verdade, não estou tentando me enganar, pode ser que eu seja gay, hétero bissexual.... não sei! Só o tempo vai dizer. Mas sinto que estou diferente. Estou pronto pra arriscar e talvez fazer terapia. Sobre a PMO: faz alguns dias que estou sem. A coisa para mim não é linear, vou meio cambaleando, mas não me entrego. E consegui diminuir bastante.

Parabéns pela coragem de expor a situação à psiquiatra. Pelo pouco que você escreveu da conversa com ela eu acho que vai dar certo pra você se recuperar.
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29/12/2016, 16:22
Que bom que te conseguiste abrir perante uma psiquiatra, a mim falta-me coragem para falar sobre este meu vicio. Recai há pouco, mas se consegui estar 45 dias sem isto já foi uma vitória, agora é olhar em frente e continuar! Bom Ano Novo e que consigamos vencer este vicio!
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23/4/2017, 18:25
[Domingo, 23/04/17 - 18]

Depois de muito tempo longe do fórum, aqui estou novamente. Ainda no buraco. Não vou pensar muito no quê escrever, vou deixar que as palavras saiam. Foda-se. Um resumo: 34 anos, virjão, punheteiro compulsivo, confuso sexualmente, provavelmente eu seja mesmo gay, embora ainda ache o meu fetiche muito estranho e peculiar. Estou fazendo terapia há 1 mês e meio. A impressão que tenho é que, por mais que eu fale, a terapeuta não tem a dimensão do tamanho do problema, nem do sofrimento. Detesto auto-piedade, mas talvez eu já esteja sentindo um pouco disso.

Não vou instalar mais nada. Instalei trocentas coisas, mas sempre consigo burlar. Estou falando POR MIM, não me tomem como exemplo de nada. Vou tomar Rivotril todo dia, por pelo menos 1 semana que é a minha mísera meta, que provavelmente não vou atingir, mas sou como uma mula empacada que não consegue vencer isso, mas que também não se entrega.

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23/4/2017, 23:15
Olá amigo, também fiquei muito tempo longe desse fórum só aumentando a minha frustração, porém tive a atitude de voltar e seguir um passo de cada vez.

Que bom que retornaste, é sinal de que você está realmente procurando solucionar seu problema, não desista nunca!

Meu conselho é que nesse momento esqueça suas questões sexuais, os rótulos, pressões, e até companhias que não possam vir a lhe ajudar nesse momento. Evite, por ora, frequentar determinados lugares onde possam lhe despertar gatilhos. Porém, o mais importante é internalizar que o reboot não envolve somente abstinência de PMO, mas sim uma proposta de mudança de vida! Ocupe seu tempo, coloque metas, desafie a superar a procastinação em realizar algumas tarefas! Eu por exemplo, procuro me manter ocupado, toda semana capino o quintal, lavo o carro, lavo a calçada, faço natação, comecei a fazer caminhada, já consigo fazer pequenas corridas (algo que por pelo menos dez anos não conseguia dar uns 20 passos correndo), estou aprendendo um novo idioma... Resultado! até agora, são 55 dias sem PMO em modo hard (não tenho parceira e nem quero, no momento), moro sozinho, não uso bloqueadores (sei burlar facilmente) e tento não ficar muito de bobeira em casa, principalmente na frente do PC.

Porém isso é só o começo, ainda falta muito, tenho DE induzida pela P, sequelas dessa droga de vício.  Mas para mim, seria inimaginável ficar todo esse tempo sem PMO, se eu consegui, você também pode, pois eu era um compulsivo que ficava todos os dias de 4 a 5 horas consumindo P.

Hoje, com 36 anos, tento recomeçar a minha vida... Podemos fazer juntos, ajudando uns aos outros e sem esse fórum, nunca eu iria conseguir!

Sucesso e perseverança, se precisar de ajuda, estamos aqui!
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24/4/2017, 06:44
Thom, eu posso estar enganado mas...

Acredito piamente que, no momento em que você tiver sua primeira relação com uma mulher em que você confia, tudo vai começar a se clarear para você.

Antes do meu primeiro beijo eu tinha terror de mulheres, travava, me sentia absolutamente ameaçado, como se elas estivessem muito acima e eu estivesse muito abaixo, indigno de tocar ou de merecer a atenção de uma.

E a coisa mais interessante - e que você sabe muito bem, percebe-se pelo seu relato - é que era tudo coisa da minha cabeça, era tudo problema mental meu, de uma infância difícil em que eu cresci me sentindo errado o tempo todo.

Durante a minha adolescência eu me sentia mais confortável - adivinhe - com P homossexual. E, como você pode imaginar, eu não tenho nenhuma atração por homens na vida real e sou absolutamente hetero. Te parece familiar? Smile

Claro, o seu problema é muito, muito mais profundo do que foi o meu. Pombas, você passou uns lances que não seria fácil pra ninguém mesmo, isso mexeria com a cabeça de qualquer um. Mas eu acredito que o princípio seja mais ou menos o mesmo.

Ou seja, se com você for mais ou menos como foi comigo, depois que a tua primeira vez rolar - sem que seja forçada - uma trava gigantesca será retirada da tua mente e provavelmente as coisas parecerão muito mais fáceis.

Não sei se isso te ajuda a se preocupar um pouco menos, mas eu fosse de apostar, eu apostaria num resultado desse tipo.

De resto a psicóloga foi um ótimo passo - pra mim ajudou muito - e você está muito consciente, então...

Força, calma, mente no lugar.

Um abraço!
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Diário do Thom - Recomeçando - Página 2 Empty Saudável.

24/4/2017, 07:51
Bom dia Thom!

Não tenho muita experiência e conhecimento técnicos para te ajudar, mas uma humilde palavra te darei.

Em primeiro lugar amigo, deveria tirar da sua mente que não consegue por ser biologicamente mais necessitado por estímulo sexual que as outras pessoas. Por muito tempo tinha essa ideia em mente e subliminarmente achava que era uma doença que me impedia de vencer. Esse tipo de pensamento mina a nossa determinação de continuar com o programa. Só para ter uma ideia fiz terapia por 3 anos e tomava remédios fortes, mas não era o suficiente para realmente parar com o vício.
Em segundo lugar, mude radicalmente seu estilo de vida, melhore sua alimentação, elimine alimentos gordurosos no processo do Reboot, não toma refrigerante e bebidas alcoólicas no tratamento, pratique bastante exercícios físicos, faça atividades que envolva a natureza e etc..
Assim, estaremos a desintoxicação do lobo frontal vai nos ajudar a ter mais força para concluir o tratamento.

Força thom.










Thom escreveu:[Domingo, 06/11/16 - 1º dia]

Estou aqui de novo, recomeçando. Já conheço o fórum há mais de 1 ano. Eu tinha um outro perfil, mas acabei abandonando.

Já li e reli o e-book, vi dezenas de vídeos, instalei tudo o que vocês podem imaginar, já sumi com a senha, mas TODOS os filtros têm falhas e estou convencido de que eles são apenas uma pequena ajuda. Já fiz dezenas de e-mails, novas contas, formatações de computador... um desperdício enorme de energia, e, no fim, sempre estrago tudo. Faz 11 anos ininterruptos que me masturbo compulsivamente e diariamente numa média de 3 a 4 vezes por dia. Meu maior período de abstinência, neste tempo, foi apenas 15 dias. Minha história é meio complexa, mas acho desnecessário me alongar.

Percebo uma verdadeira GUERRA de forças dentro de mim e acredito que é o que todos aqui têm em comum. Uma queda de braços sem fim entre o racional e os instintos. Mas eu não consigo aceitar a ideia de desistir. Às vezes até queria. Acho que o "desencanar" poderia ser um caminho, mas não é da minha natureza. Sou meio obsessivo. Para o bem e para o mal. Pelo meu retrospecto, minhas possibilidades de fracassar são enormes, mas não consigo desistir.

Vou tentar de novo e vou postar aqui, não todos os dias, mas sempre que tiver vivenciado algo novo. Esse diário é para mim e também para quem, eventualmente, possa se identificar de algum modo e ser de alguma valia para si.

Um abraço.

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25/4/2017, 00:27
[Terça-Feira, 25/04/17, 00]

Muito obrigado a todos pelas palavras de incentivo. Tenho visto que é comum as histórias se assemelharem em alguns aspectos. Vimes, me identifiquei com seu relato em vários momentos, mas, ultimamente, eu perdi o interesse por pessoas em geral. Não estou nem me referindo a sexo, estou falando de interatividade. Estou pagando pra ficar na minha. Não tenho saco pra ninguém, nem família, nem nada. Percebo que estou me recolhendo cada vez mais. E sei que não é por ai. Preciso lutar contra isso também. Pode ser o caso da tal da dessensibilização causada pelo excesso de  dopamina, de acabar não vendo graça em nada. Faz muito sentido.

Estou fazendo algumas anotações de pequenas tarefas a serem cumpridas no tempo livre. Vou ver se, o fato de anotar, me ajuda a me manter focado. Vou tentar viver um dia de cada vez e ver as possibilidades daquele dia, e procurar recuperar o entusiasmo. Um abraço a todos e força na luta de vocês também.

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29/4/2017, 17:01
Faz parte das consequências do vício, mano. Essa apatia, falta de interesse, irritabilidade, falta de paciência com a galera, vontade de ficar sozinho... É tudo consequências do vício, tudo consequência do modo em que ele mexe com a nossa cabeça.

Pra mim os piores sintomas é que fico mentalmente lento, emotivo, me retraio e fico muito no meu mundo. As consequências físicas são muito piores, o lance ataca forte meu pulmão e garganta.

A parte ruim é que todas as emoções negativas causadas pelo vício te estimulam a continuar no vício.

A parte boa é que, depois que o pior passar, as coisas vão começar a ficar mais e mais fáceis.

Mantenha a cabeça e não deixe o vício definir quem você é, mano! Smile
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29/4/2017, 23:08
[Sábado, 29/04/17 ]

BLOQUEADORES

Disse aqui que não iria instalar bloqueadores porque consigo burlar, mas resolvi reinstalar mesmo assim, pois eles servem como paliativos, no sentido de, pra eu burlar, tenho um certo trabalho, e na hora da fissura da tempo de pensar 2x. Instalei 3 de uma vez.

COMPARTILHANDO

Não me vejo em condições de dar conselhos a ninguém aqui, portanto, minha forma de contribuir é me abrir um pouco, contar minhas vivências, as percepções com a terapia. Talvez seja útil pra alguém. Aqui vão algumas delas:

COM 2 MESES DE TERAPIA

(elas não são necessariamente a verdade que busco, são, por enquanto, especulações, pois a mente de todos nós é bastante complexa. Vejo o exercício da terapia como uma espécie de investigação. Essas são anotações que fiz no diálogo com a terapeuta. Pra fazer sentido, compreender, precisa ver meus primeiros posts, caso haja interesse, claro).

Eu, quando criança - depois de episódios de humilhações contínuas - juntei vários elementos inconscientemente: raiva, decepção, autoridade, desproteção, sensação de inadequação no mundo e uma visão negativa às figuras masculinas mais velhas. Esses elementos todos, juntos à libido natural - não é algo relacionado à sexo genital propriamente dito, pelo que entendi, e sim, uma força de vida, um instinto que nos motiva a viver, que todos nós temos, desde criança - os episódios de humilhação distorceram a minha sexualidade. Ela foi se desenvolvendo de uma forma meio doentia, negativa, traumática, quando ainda estava em uma fase germinal. Estou falando da faixa etária de 6, 7 anos de idade.

Essa  espécie de "paranoia", esse medo de ser gay, quando eu nem sabia direito o que era isso, foi crescendo, se cristalizando e tomando proporções impossíveis de gerenciar quando se ainda é muito criança. Depois da puberdade, esses fantasmas foram se tornando cada vez maiores na minha mente, na minha subjetividade. Foi sendo alimentado por toda essa carga de lixo emocional e se transformaram em uma força ambígua dentro de mim: aversão e raiva, mas também o objeto de desejo. Tudo ao mesmo tempo. Justamente por um estereótipo que me fez muito mal: os homens meio velhos. Pra dar um exemplo: é como se você, de tanto fazer esforço pra não pensar na cor azul, você automaticamente pensa na cor azul! Impossível não pensar! Foi mais ou menos isso o que acho que aconteceu comigo e que tem muito a ver com o que a gente entende aqui no fórum por HOCD.

O medo de ser o que aqueles caras covardemente falavam era tanto, que foi se cristalizando na minha mente ainda em formação. Desenvolvi esse fetiche por caras mais velhos. Isso tudo foi potencializado por altas doses do vício em pornografia, que é um dos grandes monstros que preciso derrotar na minha vida. Falo fetiche, porque, na boa, não fico secando homem velho na rua, não sou afeminado e não tenho o menor vontade de ter relações homossexuais. Mas a coisa tá descontrolada e doente, isso é bem claro pra mim. E vejo um longo e árduo caminho pela frente a ser superado.

RELAÇÃO COM O PAI

Herdei muitas coisas do meu pai: ética, moralidade, valores... Mas não houve uma aproximação do que se entende por amizade entre pai e filho. Ele não foi um pai ausente, mas a gente sempre foi muito diferente, no sentido de gostos, formas de se divertir, coisas que nos fazem achar nosso pai o nosso herói. Sempre amei meu pai, mas nunca foi meu herói. É muito claro pra mim que não houve uma identificação forte com a figura paterna, o que seria um contraponto e um fortalecimento contra esse medo que me martelava enquanto eu crescia. Foi uma questão de falta de afinidade. Não o culpo, acho que nossos pais têm suas limitações como qualquer ser humano e nos dão o que podem, embora acho que tenha faltado um pouco mais de 'feeling' da parte dele. De sacar algumas coisas. Ele era o pai e o adulto da história, devia ter percebido os sinais de que eu não estava bem. Eu fui uma criança meio deprimida, antes de explodir na síndrome do pânico. Ao mesmo tempo, também nunca quis ser "como a minha mãe", como alguns gays contam que às vezes trocam o referencial masculino pela grande identidade com a mãe. Isso também nunca aconteceu comigo. Sempre gostei de ser moleque e depois homem. Nunca desejei ser feminino.

Talvez por uma forma de auto-proteção ou medo, não sei ao certo, nunca me abria com eles sobre os bullings que sofria. E a paranoia do "medo de ser gay" só crescia, ou seja, fiquei sem ter um referencial adulto consistente.

PASSIVIDADE

Também me tornei uma pessoa com pouca capacidade de gerenciar minha agressividade, sobretudo a agressividade para o bem. Falo de força de vida, impulso, garra, entusiasmo... Me tornei, de certa forma, uma pessoa passiva (sem conotação sexual), mas meio fraca, embora, por outro lado, eu ainda me vejo como uma pessoa, se não forte, mas muito resiliente, resistente, porque, apesar dessa merda toda, não sou muito de choramingar e aguentei umas barras bem pesadas sozinho, bem sozinho, aliás. Se perdi muita coisa, amadureci muito mais rápido que outras pessoas em outros aspectos.

Vou seguindo...

PS: Vimes, obrigado por essa frase: "não deixe o vício definir quem você é".

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1/5/2017, 07:23
Tamos aí, mano! Tentando ajudar sempre. Very Happy

Diga-me se te parece familiar:

- Excitação em fantasiar com idéias de relações masculinas, com homens indefinidos, face indefinida (e sem nenhuma importância), detalhes físicos genéricos - ou seja, tudo maomenos genérico, importando apenas a fantasia, a intenção, o ato, e não a pessoa em si.

- ZERO excitação ao ver homens na rua, ZERO excitação ao cumprimentar um homem, ao tocar homens de qualquer forma, ao ouvir a voz masculina, total indiferença.

Se te parece familiar, então nós temos exatamente o mesmo fetiche. Muita excitação na imaginação de intenções, de situações, zero excitação na hora de transformar qualquer uma dessas coisas em realidade.

Passei muito tempo na dúvida se eu seria hétero, ou se seria bissexual. Mas a parte homo é única e exclusivamente mental, enquanto com mulheres, tudo é completamente diferente e, a parte mais importante, absolutamente natural.

Ou seja, sou hétero querendo ou não.  Very Happy

Eu já vi muita gente passar por umas barras pesadas e perder completamente as estribeiras, pra sempre. Você, por outro lado, manteve a cabeça no lugar, e tem uma visão muito racional e sensata de tudo. Você tem tudo para conseguir superar teus problemas, por quanto difíceis eles sejam.
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4/5/2017, 00:42
[Quinta-feira, 04/05/17]

Sim, Vimes, o que você coloca tem muita coisa a ver comigo. Completei meu 5º dia. Não está fácil, mas vou seguindo. Quero me reinventar. Quero trabalhar internamente, intensamente. Vencer minha queda de braço interna e construir paulatinamente o homem que tanto quero ser. Não só no aspecto sexual, mas na vida como um todo. Eliminar algumas coisas, preservar outras e, principalmente, fuzilar a pornografia da minha vida. E isso exige muita honestidade com a gente mesmo, empenho e algum sofrimento. Não é possível vencer no xadrez sem sacrificar um peão. Muito trabalho interno, mas a vida é isso: trabalho. Sigamos.

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4/5/2017, 06:01
O caminho é esse e cê tá na direção mais do que certa.

Se a barra pesar, passe por aqui. Deixe uma mensagem. Converse. De repente uma mensagem de um amigo pode ajudar a cortar um impulso, uma necessidade de fuga.

Aqui ninguém precisa de máscaras, então o melhor é aproveitar o máximo possível. Very Happy

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Diário:
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História de Sucesso:
https://www.comoparar.com/t12042-mas-afinal-quem-e-vimes

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7/5/2017, 18:05
Tudo sob controle, Thom? Como é que vão as coisas mano?

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Know, of course, your enemy. But in knowing him do not forget above all to know yourself. The commander who embraces this totality of battle shall win, even with the inferior force.

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Thom
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Diário do Thom - Recomeçando - Página 2 Empty Re: Diário do Thom - Recomeçando

5/6/2017, 00:17
[ Segunda-Feira, 05/06 ]

Daqui algumas horas completo 2 semanas sem PMO. É pouco, mas pra mim já significa alguma coisa. A última vez que consegui ficar 2 semanas zerado, de qualquer estímulo e masturbação, foi, acreditem, em 2011! Já faz muito tempo. De lá pra cá, na minha compulsão diária, consegui, no máximo, uma abstinência de 4 dias em média.

Minha médica receitou um medicamento e ele baixou um pouco a libido, mas, mesmo tomando o remédio, consigo uma ereção facilmente. O negócio não "brocha" fisicamente, mas meu interesse em pornografia está próximo de 0%. Estou mais calmo, mais emotivo e esqueci um pouco da problemática toda que já postei aqui e que estão ligadas direta e indiretamente ao vício. Estou fazendo psicoterapia também.

Esse desencanar está me dando um certo alívio e, principalmente, o remédio está me ajudando a ter mais CONTROLE sobre mim mesmo, sobre minhas ações. Meu racional está mais forte que os instintos. Percebo que este é o que está sendo o grande trunfo do medicamento.

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Diário do Thom - Recomeçando - Página 2 Empty Re: Diário do Thom - Recomeçando

6/6/2017, 07:37
Bom ver que você tá bem mano, e que encontrou uma psicoterapia eficiente!

Duas semanas já é uma ótima vitória, parabéns! Very Happy

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