Perseguindo a Liberdade

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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

16/9/2016, 02:04
Que aconteceu, Wolver?
Retome a luta. Sem desistência. Sempre resistência.

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"A dor é temporária. Ela pode durar um minuto, uma hora, um dia, um mês ou talvez um ano. Mas, eventualmente, ela irá sumir e outra coisa ocupará o seu lugar. Porém, se você não lutar e superar essa dor, ela vai durar para sempre". (Lancy Armstrong)


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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

16/9/2016, 02:10
Blpr escreveu:Que aconteceu, Wolver?
Retome a luta. Sem desistência. Sempre resistência.

Hoje realmente me senti muito mal com a queda. Passou um filme na minha mente da vida que eu tinha quando estava no lamaçal da pornografia. Sinto que estou numa zona de risco e se continuar a caí voltarei a ter a mesma vida miserável que tinha antes.
Pensei em tudo de bom que experimentei após o meu reboot.
Já está passando da hora de eu voltar a lutar pela minha vida.
Preciso lutar para que estas palavras se transformem em ação.
Sinceramente eu já estou com vergonha disso tudo.

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16/9/2016, 13:09
Wolverine escreveu:
Blpr escreveu:Que aconteceu, Wolver?
Retome a luta. Sem desistência. Sempre resistência.

Hoje realmente me senti muito mal com a queda. Passou um filme na minha mente da vida que eu tinha quando estava no lamaçal da pornografia. Sinto que estou numa zona de risco e se continuar a caí voltarei a ter a mesma vida miserável que tinha antes.
Pensei em tudo de bom que experimentei após o meu reboot.
Já está passando da hora de eu voltar a lutar pela minha vida.
Preciso lutar para que estas palavras se transformem em ação.
Sinceramente eu já estou com vergonha disso tudo.

Caríssimo Wolver, você sabe bem o que precisa ser feito e como ninguém conhece as sensações de sua vida com e sem PMO. ninguém aqui é mais capaz de descrever o que voce passa ao término de uma sessão. O vício e o peso que vêm juntos.
Se quiser, e achar positivo, relate mais o seu conflito. Você é exemplo pra nos aqui. Sempre foi e sempre será. Portanto, as dificuldades que passa são as mesmas que vivemos. Tudo junto, no mesmo bote com risco total de afogamento. então reflita, acalme-se e reveja tudo o que fez nesse tempo de reboot.
Conte com o abraço não só meu, mas de todos aqui que lhe admiram e são gratos pelo suporte que sempre nos dá!
força e fé!

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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

16/9/2016, 13:12
Wolverine escreveu:Hoje realmente me senti muito mal com a queda. Passou um filme na minha mente da vida que eu tinha quando estava no lamaçal da pornografia. Sinto que estou numa zona de risco e se continuar a caí voltarei a ter a mesma vida miserável que tinha antes.
Pensei em tudo de bom que experimentei após o meu reboot.
Já está passando da hora de eu voltar a lutar pela minha vida.
Preciso lutar para que estas palavras se transformem em ação.
Sinceramente eu já estou com vergonha disso tudo.
.

Não deixe que essas quedas te façam perder o ânimo. Não somos perfeitos, estou sendo até meio repetitivo aqui no fórum ao afirmar que devemos procurar sempre sermos a melhor versão de nós mesmos, sem comparação com os outros. Procure viver a luta de cada dia, sem a ansiedade de encher novamente o contador.

O vício é assim mesmo, quando caímos parece que vem uma avalanche, a fissura da início a um efeito dominó e parece que não vamos conseguir parar. Mas quando esse período conturbado passar você irá voltar com tudo e seu reboot será melhor que antes. Saiba que você continua sendo referência para nós Wolverine, suas quedas não diminuem em nada o valor da sua luta, mostra que você é humano e que está num processo de aprendizado, e isso faz com que nos identifiquemos ainda mais com você.

Você vai conseguir superar essa fase e voltar ainda mais forte. Acredito nisso.
Abraço amigo.

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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

16/9/2016, 14:23
Wolverine escreveu:
Blpr escreveu:Que aconteceu, Wolver?
Retome a luta. Sem desistência. Sempre resistência.

Hoje realmente me senti muito mal com a queda. Passou um filme na minha mente da vida que eu tinha quando estava no lamaçal da pornografia. Sinto que estou numa zona de risco e se continuar a caí voltarei a ter a mesma vida miserável que tinha antes.
Pensei em tudo de bom que experimentei após o meu reboot.
Já está passando da hora de eu voltar a lutar pela minha vida.
Preciso lutar para que estas palavras se transformem em ação.
Sinceramente eu já estou com vergonha disso tudo.

Oi, Wolver.
Ontem iria escrever aqui, mas estava quase na hora de dormir. Então, faço agora.

Estava lendo recentemente o livro O Poder do Hábito. Muito interessante a abordagem da obra. Foi a partir desta leitura que comecei a implantar algumas estratégias para mudar uns comportamentos que estavam prejudicando o meu reboot. O tal livro trata do "Loop do Hábito", referente ao processo de programação de padrões de comportamento a longo prazo, composto de três fatores:

-Deixa: algo que estimula o hábito. Pode ser imagens, sons, cheiros, cores, sensações, etc.  É o que denominamos aqui de "gatilhos".

-Rotina: ação ou comportamento, incitado pelos estímulos ou gatilhos.

-Recompensa: algum benefício que a rotina traga. Geralmente, sensação de prazer.

Todo este processo é desencandeado por um Anseio. Isto é o desejo que movimenta todo este loop. É o que faz a gente manter o hábito.

Exemplos? Um abstinente em álcool que está a mais de 200 dias sem beber. De repente, passa numa rua, onde sente o cheiro da cachaça. Este estímulo (deixa) pode novamente deflagrar a vontade de tomar a bebida (rotina) para obter recompensa, caso ele sente-se à mesa e tome umas doses. A tal recompensa é obter novamente aquela sensação de prazer e relaxamento. Inconscientemente, ele quer satisfazer um anseio de "esquecer os problemas da vida".

Outro caso, alguém que faz um processo de emagrecimento, mas se depara, na cozinha, diante de um bolo de chocolate que sempre foi a comida preferida. O cheiro e estímulo visual do bolo pode desencandear a vontade de comer. Toda as novas rotinas estabelecidas para emagrecer foram por água abaixo, caso se entregue a degustação.

Esta é a natureza do Hábito. Conforme diz De Ângelo, o hábito é como um rio. Vai cavando o solo ao longo do tempo, de modo que fica mais profundo. Então, o que mais habitualmente fazemos, acaba se estruturando na mente. Forma-se os padrões de comportamento com todo um circuito de neurônios específico. Isto explica a dificuldade, principalmente, de se livrar dos vícios. O cérebro é como um registrador de experiências. Ele sempre aciona os mecanismos de comportamentos que habitualmente fazemos e que tragam boas sensações. Entender como surgem os hábitos, ajuda a saber como se programa eles na mente.

É assim que a deixa (estímulo) deflagra a ação (rotina) para obter a recompensa, geralmente uma sensação de prazer. Mas, tudo o que alimenta este loop são os anseios. Ou seja, o contexto que programa o loop. Para se estimular alguém a desejar algum sinal, ela deve despertar desejo.  Por exemplo, uma mulher que cruza as pernas de forma mais sensual na sua frente pode está enviando um sinal para gerar estímulos ou gatilhos em você para que assim, a deseje. O anseio da mulher em fazer isto para você é dizer: "quero você". Então, ela usa um pouco de charme para gerar estímulos sexuais.

Agora, tratando de como mudar hábitos nocivos, muitas formas de tratar vícios depende da mudança destes hábitos. O vício pode gerar hábitos ruins. Ou os hábitos é que geram os vícios. Como enquadrar o vício em PMO nesta abordagem?

Um site ou revista erótica se torna um estímulo poderoso (a Deixa). Os picos de dopamina foram a mil. Então, a gente estabelece uma ação (rotina) para obter a recompensa. Então, ficamos na frente do PC, num lugar solitário, e se masturbamos. Diante das imagens e cenas, elas vão gerar uma ótima sensação de orgasmo (recompensa). O hábito de querer novamente a PMO se forma porque os estímulos são fortes, a ação (rotina) produz uma ótima recompensa. A longo prazo, percebemos depois o estrago cerebral que isto causa, como qualquer outra coisa que eleve abruptamente os níveis de dopamina.

O reboot serve como uma forma de gerar novos hábitos para se livrar do vício. Para gerar estes hábitos, mudamos alguns fatores do loop do Hábito:

"MANTENHA A MESMA DEIXA E A MESMA RECOMPENSA, MAS MUDE A ROTINA.

Isto é, arranjar uma mesma atividade que deflagre as mesmas recompensas e estímulos que a PMO gerava. Lembrando que antigos hábitos não se eliminam. O máximo que fazemos é substituir hábitos antigos por novos hábitos. Por isso, os gatilhos para um viciado em pornografia são poderosos mesmo depois de muito tempo limpo. Também, continuar a ver imagens sensuais pode reativar antigos padrões de comportamento vicioso, mesmo para um reebooter que esta com mais de 200 dias de reboot. Por isso, recomendamos a desativar redes sociais ou viver mais a vida real. Isto que vai apagando a antiga trilha do velho hábito, ao mesmo tempo que cavamos um novo leito de neurônios pela criação de novos estímulos e rotinas. Isto é que instala na mente novos padrões de comportamentos que substitui os antigos padrões. Por isso, as atividades de socialização e extranets são formas de programar no cérebro padrões de comportamentos advindos de novos estímulos e recompensas. Buscar novos prazeres para se alimentar novos anseios é estabelecer um novo mindset.

Também, é salutar mudar o anseio ou o contexto/ambiente do hábito antigo. Os fatores que direta ou indiretamente alimentam o loop do hábito de PMO. É comum percebermos vários anseios nos reebooters. "A Vida é uma droga, sou tímido e tenho ansiedade social, estou estressado e emocionalmente instável, briguei com a  namorada", etc. Qual o anseio do loop da maioria destes fatores dos rebooters? Esquecer os problemas da vida,  curar um estresse emocional, fugir das preocupações, etc. O pior é se alimentar destes anseios como desculpa para ver pornografia.

Por isso, mudar o comportamento que gere vícios são muito importantes. Aqui que os bloqueadores se tornam um recurso ineficiente.

Outra coisa que explica o livro é "Acreditar na Mudança. Ter fé na mudança promete ser mais eficaz quando estamos num grupo que compartilhamos um mesmo problema que o nosso. O fórum aqui também é um ótimo ambiente de estarmos juntos. E, por isso, se afastar do fórum, é perder parte da energia motivadora para lutar. Assim, muitos reebooters que tiveram um certo sucesso e somem, voltam depois anunciando recaídas.

Outra coisa que o livro trata são de "Hábitos Angulares". Os novos hábitos que fazem uma mudança geral em outros setores. Estas hábitos angulares são as "pequenas vitórias". Por exemplo, quando decidi emagrecer nestes últimos meses, comecei a mudar a alimentação. Depois, decidi praticar novos exercícios. Antes, só fazia uma caminhada e ginastica básica. Depois, resolvi deixar de beber café. Depois, passei a tomar banho na água fria. De onde partiu isto tudo? Depois que comecei a melhorar a alimentação, por meio de conhecimentos sobre nutrição. A mudança na alimentação gerou uma série de novas mudanças. Agora, o Anseio que tenho é Boa Saúde e Sentir Feliz. As recompensas que tenho são ótimas. Melhora do sono, menos preguiça, boa forma física e mais disposição. Dia desses, agreguei uma nova modalidade: o HIIT.

No reboot, as mudanças que fiz foram a ressignificacao poque ainda persistia os problemas de fantasiar ao olhar as mulheres. Assim, a mulher vista na rua (deixa ou estímulo), produzia a rotina de fantasiar. Isto me incitava a ter vontade de ficar em ereção e pensar em masturbar (recompensa). Então, mudei a rotina, mantendo a mesma deixa e recompensa. Assim, vejo a mulher e, em vez de fantasiar, faço um elogio mental: "linda, amor e respeito". Esta nova rotina trás a mesma recompensa, que é a sensação de prazer ao vê-la e fazer elogios mentais. Foi assim que parei de fantasiar e ficar de pau duro, imaginando sexo. No contexto do reboot, foi salutar porque ficar só reprimindo olhar e desviando a vontade não ajudava em nada.

Então, Wolver, deixo estas orientações para, caso sirvam em alguma melhoria no seu reboot, você possa usar. Perceba seus anseios, as deixas ou gatilhos que te incitam ainda a ter recaídas, quais novas rotinas você pode adotar, quais recompensas prazerosas  você pode obter pelos novos comportamentos, etc.

Sucessos!


Última edição por Blpr em 16/9/2016, 21:28, editado 1 vez(es)

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"A dor é temporária. Ela pode durar um minuto, uma hora, um dia, um mês ou talvez um ano. Mas, eventualmente, ela irá sumir e outra coisa ocupará o seu lugar. Porém, se você não lutar e superar essa dor, ela vai durar para sempre". (Lancy Armstrong)


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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Quebra-cabeça

16/9/2016, 17:44
Olá, Carcaju !

A nossa vida é um imenso quebra-cabeça que temos que resolver aos poucos e cuidadosamente. Em sua recaída, você provavelmente, achou uma peça. Agora necessita descobrir se foi uma peça que colou no lugar errado ou uma peça nova para resolver o quebra-cabeça. Analise, medite e nós estaremos aqui para ajudar a encaixar.

Força para nós.

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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

17/9/2016, 13:33
Depois da minha queda no segundo reboot, me afastei do fórum com a intenção de voltar após completar 40 dias, pois eu estava  envergonhado...

Passei 20 dias longe e caí cerca de mais 4 vezes nesse período...
Até que eu estava desanimado, com a casa suja, sem esperança e o apoio do pessoal daqui me animou novamente.

A primeira prática de pmo, após um tempo de reboot, até que aparentemente gera um prazer (a emoção fica estável), depois de uns dias de novo e ainda sentimos um pouco de satisfação, até que numa outra queda a ficha caí e recordamos todas as mazelas que o vicio nos proporciona! (os efeitos começam a aparecer).

Wolverine, simplesmente volte amigo, tome medidas mais drásticas, como adquirir um celular mais simples por um tempo e no caso do Pc configurar o bloqueador e se livrar da senha por uns 40 dias.

Pode contar conosco nessa luta!
Não se afaste do fórum, procure socializar mesmo contra sua própria vontade e mude seus hábitos aos poucos.


Última edição por Eder em 20/9/2016, 20:10, editado 1 vez(es)
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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

19/9/2016, 13:04
Olá Wolverine.

Passo aqui para lhe desejar muita força na retomada do reboot.

O BLPR fez um excelente apanhado dos conceitos principais do livro "O poder do hábito". Por sinal, esse foi um dos poucos livros que li duas vezes na vida. As ideias são muito poderosas e tocam o coração (sem querer ser piegas, mas é verdade) de pessoas com vícios.

Nosso desafio é criar uma nova rotina. A dopamina gerada pela PMO é poderosíssima. Não é fácil criarmos rotinas que a igualem, mas precisamos lutar.

Não podemos nos esquecer que esse vício destrói/destruiu/destruirá nossas vidas.

Um abraço,

Corredor

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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

20/9/2016, 01:58
chocado escreveu:

Obrigado pela força, Chocado. Estamos juntos na luta contra a PMO!

Grande abraço e sucesso no seu reboot.

torneira escreveu:

Torneira, fico muito agradecido pelo apoio.
Uma simples comparação entre o que era a minha vida quando estava no lamaçal da pornografia e o que conquistei com o reboot, já é suficiente para devolver a minha motivação e me colocar de volta à luta.

Grande abraço e sucesso no seu reboot.

tguerreiro escreveu:

Olá TGuerreiro!

De fato, quando temos um resete, lapso ou recaída os caminhos neurais do vício são reativados. Assim, passamos a sofrer com as fissuras e frenesi para consumir pornografia, da mesma forma que quando iniciamos o experimento.

Grande abraço e desejos de sucesso no seu reboot, amigo!

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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

20/9/2016, 12:57

Obrigado a você, por voltar ao forum.
É exemplo e inspiração para muitos de nós. Para mim, sem dúvida.
Força e seguimos juntos.
Tem muito trabalho a fazer.

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Wolverine
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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

20/9/2016, 16:23
Eder escreveu:Depois da minha queda no segundo reboot, me afastei do fórum com a intenção de voltar após completar 40 dias, pois eu estava  envergonhado...

Passei 20 dias longe e caí cerca de mais 4 vezes nesse período...
Até que eu estava desanimado, com a casa suja, sem esperança e o apoio do pessoal daqui me animou novamente.

A primeira prática de pmo, após um tempo de reboot, até que aparentemente gera um prazer (a emoção fica estável), depois de uns dias de novo e ainda sentimos um pouco de satisfação, até que numa outra queda a ficha caí e recordamos todas as mazelas que o vicio nos proporciona! (os efeitos começam a aparecer).

Wolverine, simplesmente volte amigo, tome medidas mais drásticas, como adquirir um celular mais simples por um temo e no caso do Pc configurar o bloqueador e se livrar da senha por uns 40 dias.

Pode contar conosco nessa luta!
Não se afaste do fórum, procure socializar mesmo contra sua própria vontade e mude seus hábitos aos poucos.

Obrigado pelo apoio, Eder.
Na verdade, eu não me ausentei do fórum. Estava entrando todos os dias, porém sem postar nos diários. Precisava de um tempo para refletir, principalmente sobre o que o Blpr postou aqui, adotar novas estratégias e tomar algumas medidas práticas relativas ao reboot.

Agora já me sinto mais a vontade para voltar a participar do fórum como antes. Estamos todos juntos nessa empreitada contra o vício.

Você tocou em um ponto que considero crucial: procurar socializar mesmo contra a nossa própria vontade e mudar os hábitos aos poucos. No domingo fiz exatamente isso. Antes disso, o meu sábado foi relativamente tranquilo, apesar de ter passado bastante tempo em casa. Tinha convidado uma garota que conheci há umas duas semanas para sair no sábado, mas ela estava viajando para casa dos pais, no interior e o encontro não rolou. Então resolvi fazer outras coisas, fiz faxina na casa, estudei, fiz compras. Um pouco antes de ir dormir, racionalizei procurar pornografia. No entanto, não dei vazão aos pensamentos e fui dormir.

No domingo não tinha nada para fazer, além de estudar. Foi aí que lembrei que na semana passada, exatamente no domingo, tinha tido um lapso porque passei o final de semana inteiro sem sair. Dessa vez não poderia ficar mais um final de semana inteiro em casa. Assim resolvi sair e me socializar. Deu certo. Voltei pra casa bem mais satisfeito.

Mais uma vez obrigado pelas palavras de incentivo, Eder.
Pode contar comigo também sempre que precisar.

Grande abraço e sucesso na sua jornada vitoriosa!

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20/9/2016, 16:31
C. Eduardo escreveu:Olá, Carcaju !

A nossa vida é um imenso quebra-cabeça que temos que resolver aos poucos e cuidadosamente. Em sua recaída, você provavelmente, achou uma peça. Agora necessita descobrir se foi uma peça que colou no lugar errado ou uma peça nova para resolver o quebra-cabeça. Analise, medite e nós estaremos aqui para ajudar a encaixar.

Força para nós.

Fala C. Eduardo.

O reboot acontece no contexto de vida de cada rebooter. Diante disso, após uma queda devemos analisar quais as causas que a provocaram, e depois disso devemos modificar tais circunstâncias.

Desejo muito sucesso no seu reboot.


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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

21/9/2016, 12:10
blpr escreveu:


Sensacional orientação, Blpr. Se antes eu já estava com vontade de ler "O Poder do Hábito", depois desse seu post considero a leitura desse livro uma das minhas principais prioridades no momento.

É muito importante ter essa compreensão de como os hábitos se formam e o quanto vão se tornando cada vez mais sólidos na nossa mente com o passar do tempo. Entender como um determinado padrão de comportamento se constrói é fundamental para modificá-lo. No caso específico do vício em pornografia temos o seguinte processo: primeiro começamos já na adolescência com o estímulo das revistas, no caso particular dos rebooters da nossa geração (30 anos ou mais), e passamos a desenvolver a rotina da masturbação, descobrindo ao final uma grande recompensa: a sensação de prazer provocada pelo orgasmo. E é essa sensação de prazer que faz com que repetimos todo esse processo ao longo do tempo, até tornar a PMO um hábito bastante enraizado na nossa mente.

Todavia, graças ao conceito de plasticidade cerebral ou neuroplasticidade, se as vias neurais do vício não podem ser simplesmente apagadas, é certo que podemos enfraquecê-las, substituindo o antigo hábito da PMO por hábitos saudáveis, tais como socialização, musculação, sexo real.

Essa conclusão é verdadeiríssima: "após o reboot, não ficamos curados do vício em pornografia". O experimento do reboot serve apenas para reverter os sintomas induzidos pelo vício em PMO. Assim, mesmo se um rebooter passe 90, 100, 200 ou 300 dias limpo, ainda assim poderá rapidamente dentro de pouco tempo voltar à antiga rotina periódica de consumir pornografia. Para isso basta reativar as vias neurais do vício. E como isso ocorre? A resposta é simples e usarei o meu caso para que tudo fique mais claro.

Primeiro completei 120 dias de reboot. Estava me sentindo muito estável, pois a vontade de consumir pornografia era praticamente zero, não fantasiava e as lembranças dos filmes e vídeos pornôs que já assisti estavam muito enfraquecidas na minha mente. Mesmo diante dessa aparente tranquilidade, os circuitos neurais ligados ao vício ainda estavam lá, esperando o momento para serem reativados. E como esses circuitos podem ser reativados depois de um bom tempo limpo? Simples. Bastam pequenos gatilhos "inocentes". Suponhamos que quando estamos mergulhados na PMO as vias neurais ligadas ao vício são como estradas interligadas. À medida que vamos progredindo no reboot, parando de alimentar o nosso cérebro com qualquer tipo de estimulação artificial, essas estradas vão ficando cada vez mais intrafegáveis. No entanto, bastam os primeiros estímulos para que essa estrada do vício volte a ser trafegável. E uma vez que essa estrada já esteja em condições de tráfego, a rotina de PMO voltará ainda mais poderosa.

Depois de 120 dias de reboot, tive o primeiro lapso. E acreditem! Na minha primeira sessão de PMO, depois do reboot, já não sentia tanto prazer como antes. No entanto, já na segunda sessão a excitação com a estimulação virtual já estava voltando a ficar bem mais interessante. A partir daí voltei ao reboot, o que durou 10 dias. Depois desse período tive um novo lapso. Comecei o reboot de novo e depois de apenas 3 dias uma nova queda. Foi aí que percebi que a minha resistência estava ficando cada vez mais fraca e a vontade de consumir pornografia estava cada vez maior. Do ponto de vista da teoria científica do vício em pornografia, só posso chegar a conclusão de que a cada nova recaída, as vias neurais do vício são cada vez mais reforçadas. E se continuarmos tendo lapsos com muita frequência dentro de um período curto de tempo, as chances de voltarmos ao antigo hábito de consumir pornografia são muito grandes.

Já havia falado sobre isso e vou repetir. O experimento do reboot não consiste apenas na abstinência de pornografia, mas sim na substituição do prazer proporcionado pela PMO por outras fontes de prazer. Se você ficou 30 dias sem PMO, mas durante todo esse tempo não trabalhou bem a fase de religação, substituindo o hábito nocivo da pornografia por atividades como a socialização/paquera, sexo real com sua parceira etc, um resete é apenas questão de tempo.

Essa é a grande chave para o sucesso no reboot: a substituição de um hábito “prazeroso”, a PMO, por outro que proporcione prazer da mesma forma. Assim, não adianta preencher todo o tempo livre com mil e uma atividades. Se tivermos apenas uma atividade extranet que proporcione o mesmo prazer que a pornografia proporcionava, ela já será suficiente.

Agora, finalmente, consigo compreender porque passei a maior parte do meu reboot com um péssimo nível de socialização, praticamente sem fazer atividades físicas, e ainda assim fiquei 120 dias limpo sem maiores problemas. A resposta: depois que fiquei curado da minha DE e passei a conhecer o sexo de verdade, com afeto, e sem ejaculação retardada, a pornografia simplesmente já não podia competir com algo tão prazeroso. Diante disso, verifico uma falha no meu reboot: construí todo o meu reboot tendo como única base o sexo real com uma parceira. Depois que você perde essa base é preciso que você encontre outras.

Mais uma vez fico muito grato por suas orientações e por seu apoio, Blpr. Até parece que você possui as chaves para abrir o meu entendimento sobre tudo.

Grande abraço e sucesso na sua jornada gloriosa.


Última edição por Wolverine em 3/4/2017, 15:59, editado 1 vez(es)

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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

21/9/2016, 13:41
Wolverine escreveu:
blpr escreveu:


Sensacional orientação, Blpr. Se antes eu já estava com vontade de ler "O Poder do Hábito", depois desse seu post considero a leitura desse livro uma das minhas principais prioridades no momento.

É muito importante ter essa compreensão de como os hábitos se formam e o quanto vão se tornando cada vez mais sólidos na nossa mente com o passar do tempo. Entender como um determinado padrão de comportamento se constrói é fundamental para modificá-lo. No caso específico do vício em pornografia temos o seguinte processo: primeiro começamos já na adolescência com o estímulo das revistas, no caso particular dos rebooters da nossa geração (30 anos ou mais), e passamos a desenvolver a rotina da masturbação, descobrindo ao final uma grande recompensa: a sensação de prazer provocada pelo orgasmo. E é essa sensação de prazer que faz com que repetimos todo esse processo ao longo do tempo, até tornar a PMO um hábito bastante enraizado na nossa mente.

Todavia, graças ao conceito de plasticidade cerebral ou neuroplasticidade, se as vias neurais do vício não podem ser simplesmente apagadas, é certo que podemos enfraquecê-las, substituindo o antigo hábito da PMO por hábitos saudáveis, tais como socialização, musculação, sexo real.

Essa conclusão é verdadeiríssima: "após o reboot, não ficamos curados do vício em pornografia". O experimento do reboot serve apenas para reverter os sintomas induzidos pelo vício em PMO. Assim, mesmo se um rebooter passe 90, 100, 200 ou 300 dias limpo, ainda assim poderá rapidamente dentro de pouco tempo voltar à antiga rotina periódica de consumir pornografia. Para isso basta reativar as vias neurais do vício. E como isso ocorre? A resposta é simples e usarei o meu caso para que tudo fique mais claro.

Primeiro completei 120 dias de reboot. Estava me sentindo muito estável, pois a vontade de consumir pornografia era praticamente zero, não fantasiava e as lembranças dos filmes e vídeos pornôs que já assisti estavam muito enfraquecidas na minha mente. Mesmo diante dessa aparente tranquilidade, os circuitos neurais ligados ao vício ainda estavam lá, esperando o momento para serem reativados. E como esses circuitos podem ser reativados depois de um bom tempo limpo? Simples. Bastam pequenos gatilhos "inocentes". Suponhamos que quando estamos mergulhados na PMO as vias neurais ligadas ao vício são como estradas interligadas. À medida que vamos progredindo no reboot, parando de alimentar o nosso cérebro com qualquer tipo de estimulação artificial, essas estradas vão ficando cada vez mais intrafegáveis. No entanto, bastam os primeiros estímulos para que essa estrada do vício volte a ser trafegável. E uma vez que essa estrada já esteja em condições de tráfego, a rotina de PMO voltará ainda mais poderosa.

Depois de 120 dias de reboot, tive o primeiro lapso. E acreditem! Na minha primeira sessão de PMO, depois do reboot, já não sentia tanto prazer como antes. No entanto, já na segunda sessão a excitação com a estimulação virtual já estava voltando a ficar bem mais interessante. A partir daí voltei ao reboot, o que durou 10 dias. Depois desse período tive um novo lapso. Comecei o reboot de novo e depois de apenas 3 dias uma nova queda. Foi aí que percebi que a minha resistência estava ficando cada vez mais fraca e a vontade de consumir pornografia estava cada vez maior. Do ponto de vista da teoria científica do vício em pornografia, só posso chegar a conclusão de que a cada nova recaída, as vias neurais do vício são cada vez mais reforçadas. E se continuarmos tendo lapsos com muita frequência dentro de um período curto de tempo, as chances de voltarmos ao antigo hábito de consumir pornografia são muito grandes.

Já havia falado sobre isso e vou repetir. O experimento do reboot não consiste apenas na abstinência de pornografia, mas sim na substituição do prazer proporcionado pela PMO por outras fontes de prazer. Se você ficou 30 dias sem PMO, mas durante todo esse tempo não trabalhou bem a fase de religação, substituindo o hábito nocivo da pornografia por atividades como a socialização/paquera, sexo real com sua parceira etc, um resete é apenas questão de tempo.

Essa é a grande chave para o sucesso no reboot: a substituição de um hábito “prazeroso”, a PMO, por outro que proporcione prazer da mesma forma. Assim, não adianta preencher todo o tempo livre com mil e uma atividades. Se tivermos apenas uma atividade extranet que proporcione o mesmo prazer que a pornografia proporcionava, ela já será suficiente.

Agora, finalmente, consigo compreender porque passei a maior parte do meu reboot com um péssimo nível de socialização, praticamente sem fazer atividades físicas, e ainda assim fiquei 120 dias limpo sem maiores problemas. A resposta: depois que fiquei curado da minha DE e passei a conhecer o sexo de verdade, com afeto, e sem ejaculação retardada, a pornografia simplesmente já não podia competir com algo tão prazeroso. Diante disso, verifico uma falha no meu reboot: construí todo o meu reboot tendo como única base o sexo real com uma parceira. Depois que você perde essa base é preciso que você encontre outras.

Mais uma vez fico muito grato por suas orientações e por seu apoio, Blpr. Até parece que você possui as chaves para abrir o meu entendimento sobre tudo.

Grande abraço e sucesso na sua jornada gloriosa.


Verdade, Wolver.
Após 90 dias, devemos está atentos a gatilhos externos que podem reativar a antiga trilha do vicio. Foi o que aconteceu comigo. Estava na maior paz e determinado, sem compulsão. Porém, uma notícia associada a ex fez aflorar uma tensão emocional muito forte. Aí, semanas depois acabei me masturbando. Confirme, disse o livro, uma habito antigo nunca se apaga da mente, no máximo deve ser substituído. Por isso, as atividades extranet e socialização são implacavelmente indicadas aos reebooters como forma de procurar formas naturais de sentir prazer.

Depois vou postar aqui sobre a "fé" ou Força de Vontade e como isso pode ajudar no reboot.

Sucessos!

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Link do e-book grátis:

https://drive.google.com/open?id=0B_ZBYrwrvOuJTDctSjhvdGQ1V1E


"A dor é temporária. Ela pode durar um minuto, uma hora, um dia, um mês ou talvez um ano. Mas, eventualmente, ela irá sumir e outra coisa ocupará o seu lugar. Porém, se você não lutar e superar essa dor, ela vai durar para sempre". (Lancy Armstrong)


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Perseguindo a Liberdade - Página 15 Empty Re: Perseguindo a Liberdade

21/9/2016, 14:42
Wolverine escreveu:
blpr escreveu:


Sensacional orientação, Blpr. Se antes eu já estava com vontade de ler "O Poder do Hábito", depois desse seu post considero a leitura desse livro uma das minhas principais prioridades no momento.

É muito importante ter essa compreensão de como os hábitos se formam e o quanto vão se tornando cada vez mais sólidos na nossa mente com o passar do tempo. Entender como um determinado padrão de comportamento se constrói é fundamental para modificá-lo. No caso específico do vício em pornografia temos o seguinte processo: primeiro começamos já na adolescência com o estímulo das revistas, no caso particular dos rebooters da nossa geração (30 anos ou mais), e passamos a desenvolver a rotina da masturbação, descobrindo ao final uma grande recompensa: a sensação de prazer provocada pelo orgasmo. E é essa sensação de prazer que faz com que repetimos todo esse processo ao longo do tempo, até tornar a PMO um hábito bastante enraizado na nossa mente.

Todavia, graças ao conceito de plasticidade cerebral ou neuroplasticidade, se as vias neurais do vício não podem ser simplesmente apagadas, é certo que podemos enfraquecê-las, substituindo o antigo hábito da PMO por hábitos saudáveis, tais como socialização, musculação, sexo real.

Essa conclusão é verdadeiríssima: "após o reboot, não ficamos curados do vício em pornografia". O experimento do reboot serve apenas para reverter os sintomas induzidos pelo vício em PMO. Assim, mesmo se um rebooter passe 90, 100, 200 ou 300 dias limpo, ainda assim poderá rapidamente dentro de pouco tempo voltar à antiga rotina periódica de consumir pornografia. Para isso basta reativar as vias neurais do vício. E como isso ocorre? A resposta é simples e usarei o meu caso para que tudo fique mais claro.

Primeiro completei 120 dias de reboot. Estava me sentindo muito estável, pois a vontade de consumir pornografia era praticamente zero, não fantasiava e as lembranças dos filmes e vídeos pornôs que já assisti estavam muito enfraquecidas na minha mente. Mesmo diante dessa aparente tranquilidade, os circuitos neurais ligados ao vício ainda estavam lá, esperando o momento para serem reativados. E como esses circuitos podem ser reativados depois de um bom tempo limpo? Simples. Bastam pequenos gatilhos "inocentes". Suponhamos que quando estamos mergulhados na PMO as vias neurais ligadas ao vício são como estradas interligadas. À medida que vamos progredindo no reboot, parando de alimentar o nosso cérebro com qualquer tipo de estimulação artificial, essas estradas vão ficando cada vez mais intrafegáveis. No entanto, bastam os primeiros estímulos para que essa estrada do vício volte a ser trafegável. E uma vez que essa estrada já esteja em condições de tráfego, a rotina de PMO voltará ainda mais poderosa.

Depois de 120 dias de reboot, tive o primeiro lapso. E acreditem! Na minha primeira sessão de PMO, depois do reboot, já não sentia tanto prazer como antes. No entanto, já na segunda sessão a excitação com a estimulação virtual já estava voltando a ficar bem mais interessante. A partir daí voltei ao reboot, o que durou 10 dias. Depois desse período tive um novo lapso. Comecei o reboot de novo e depois de apenas 3 dias uma nova queda. Foi aí que percebi que a minha resistência estava ficando cada vez mais fraca e a vontade de consumir pornografia estava cada vez maior. Do ponto de vista da teoria científica do vício em pornografia, só posso chegar a conclusão de que a cada nova recaída, as vias neurais do vício são cada vez mais reforçadas. E se continuarmos tendo lapsos com muita frequência dentro de um período curto de tempo, as chances de voltarmos ao antigo hábito de consumir pornografia são muito grandes.

Já havia falado sobre isso e vou repetir. O experimento do reboot não consiste apenas na abstinência de pornografia, mas sim na substituição do prazer proporcionado pela PMO por outras fontes de prazer. Se você ficou 30 dias sem PMO, mas durante todo esse tempo não trabalhou bem a fase de religação, substituindo o hábito nocivo da pornografia por atividades como a socialização/paquera, sexo real com sua parceira etc, um resete é apenas questão de tempo.

Essa é a grande chave para o sucesso no reboot: a substituição de um hábito “prazeroso”, a PMO, por outro que proporcione prazer da mesma forma. Assim, não adianta preencher todo o tempo livre com mil e uma atividades. Se tivermos apenas uma atividade extranet que proporcione o mesmo prazer que a pornografia proporcionava, ela já será suficiente.

Agora, finalmente, consigo compreender porque passei a maior parte do meu reboot com um péssimo nível de socialização, praticamente sem fazer atividades físicas, e ainda assim fiquei 120 dias limpo sem maiores problemas. A resposta: depois que fiquei curado da minha DE e passei a conhecer o sexo de verdade, com afeto, e sem ejaculação retardada, a pornografia simplesmente já não podia competir com algo tão prazeroso. Diante disso, verifico uma falha no meu reboot: construí todo o meu reboot tendo como única base o sexo real com uma parceira. Depois que você perde essa base é preciso que você encontre outras.

Mais uma vez fico muito grato por suas orientações e por seu apoio, Blpr. Até parece que você possui as chaves para abrir o meu entendimento sobre tudo.

Grande abraço e sucesso na sua jornada gloriosa.


Caramba Wolver, que incrível essa sua análise. Isso só me faz repensar os momentos em que estive próximo da queda nesses dias.

Por estar fazendo o reboot em modo Hard, por mais vezes tenho tido vontade de me testar, isso geralmente durante o banho. E saindo com uma garota e já enfrentei a DE na primeira oportunidade que tive com ela, porém as ereções espontâneas em momentos de conversa com ela ou matinais tem sido mais constantes, e bate aquela dúvida do "por que que na hora não funciona?".

Lendo o seu texto, vejo que não posso me deixar levar por essas dúvidas na minha mente. E seguirei mais firme e forte contra essa vontade de MO.

Obrigado à você e ao Blpr por compartilhar isso conosco.

Fiquem com Deus. Abraços!

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21/9/2016, 14:59
corredor escreveu:

Verdade, Corredor. O sucesso do reboot depende da qualidade dessa substituição, ou seja, substituir o antigo hábito da PMO por hábitos e atividades mais prazerosos ou que pelo menos libere a mesma quantidade de dopamina.

Grande abraço e sucesso no seu reboot!

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21/9/2016, 15:01
blpr escreveu:

Aguardarei ansiosamente seu próximo post aqui.

Grande abraço!

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22/9/2016, 15:07
Conforme o livro O Poder do Hábito, a força de vontade é como um musculo que constantemente deve ser exercitado para ficar mais forte. Da mesma maneira que a hipertrofia muscular acontece quando vamos até a falha, a força de vontade cresce conforme o limite máximo de energia aplicado numa situação dolorosa. “Sem dor, sem ganho”, assim  diz o ditado. Desenvolvendo a força de vontade, a mente modela esta forma de agir e pensar. E são nas situações de maior vulnerabilidade durante o reboot que esta força deve ser trabalhada.

Porque alguns rebooters tem dificuldades de exercer esta habilidade? Devido as suas crenças limitantes, a falta de estratégias, de planos de reação e de objetivos realistas. Assim, muitos não sabem lidar de forma eficiente nos momentos de fissuras. Nos relatos das recaídas, se revelam muito desses fatores desmotivadores. Há rebooters que possuem uma desmotivação crônica de modo a ficarem sem foco para superar. Geralmente, esquecemos de exercer a habilidade de força de vontade o tempo todo, porque isto exige um esforço inicial. Diante de uma situação desafiadora, gastamos muito esforço para “resistir à tentação” e quanto mais se cansa, mais fica difícil resistir. Ou seja, se você só aplicar sua força de vontade em resistir, vai se sentir esgotado, pois não há um plano ou estratégia prévia para se antecipar a situação. Quando tudo está ok, nos esforçamos pouco. Porém, em situações tensas como gatilhos ativados e fissuras, cadê a aplicação da força?

A força de vontade pode se tornar um hábito poderoso. Uma habilidade que pode ser desenvolvida e se tornar um hábito angular para momentos específicos de superação. As palavras “hábitos”, “habitação” e “habilidade” derivam da mesma raiz etimológica. “Habilidade” é adquirir domínio sobre certa atividade de modo que a usamos eficientemente para termos um controle mais eficiente dos impulsos e tentações. Trabalhar a Força de Vontade faz o cérebro se focar nos objetivos até que um novo comportamento se torna um hábito.  Depois, fazemos o novo comportamento no automático, e não mais nos esforçamos. Tornar um comportamento inconsciente exige auto controle e disciplina prévia. Então, se treinamos a força de vontade, ela favorece a capacidade de disciplina e oferece recompensas futuras.

Assim, como processar esta força? Uma vez postei aqui sobre a gente ser “A Casa sobre a Rocha”. Ou seja, adquirir a postura de resistência contra os “ventos e tempestades” das adversidades. Este é o momento de ser senhor e poderoso para enfrentar uma luta. Por isso, eu considero que a fé, no sentido religioso, nada mais é que força de vontade. Em inúmeros ensinamentos de Cristo, a fé tem este sentido de força superior.

Nós que já vimos seriados de heróis japoneses e outros desenhos animados, percebemos que antes da luta final de cada episódio o herói faz um certo ritual de poder para adquirir uma força superior. Há palavras e gestos que se tornam âncoras para despertar estados de grande energia. Hi Men bradava: “Eu tenho a força!”, enquanto ele empenhava sua espada, recebendo uma grande energia e o gato Pacato, de medroso, se transformava num bravo felino. Os heróis de Dragon Ball Z, que fazem rituais de forca para ativar golpes poderosos. Os lutadores de Kung fu Shaolin, quando se preparam para quebrar tijolos com um só mão, fazem um ritual de concentrar energia nas mãos. Até mesmo o Quico, do Chaves, fazia seu próprio ritual imbecil antes de partir para uma brincadeira. Nós também fazemos nossos próprios rituais e rotinas quando encaramos momentos de desafios em nossas batalhas cotidianas. A força de vontade se cria desse jeito. Ativar uma certa energia superior auxilia para superar lutas ou momentos importantes. Isso não é besteira porque numa situação de fissura nosso nível de energia está baixo ou dissipado. Então, devemos ativar alguma força para nos deixar em um estado de determinação para sermos Senhor e dominar a situação adversa.

É justamente nos momentos de desafio que devemos exercitar a força de vontade. Os melhores resultados para desenvolver a força de vontade é quando se aplica esta força nos momentos que vai haver desafios. São as experiências da dor e o desconforto que “se fortalece o Espírito”. Paulo dizia: “Enquanto eu sou fraco que eu sou forte”. No momento em que a tentação atinge o ponto máximo, geralmente são os momentos de desistir. Neles, devemos expressar a força de vontade. Quando nos deparamos com incertezas, tensões e situações inesperadas, a força o foco e a fé devem ser ativadas. É comum inúmeros relatos de rebooters que dizem: “vou fazer isto o dia todo, assim vou ficar longe do meu quarto onde posso ver pornografia”; ou “vou está ocupado, mais um momento de não ficar no pc hoje”; “Vou esta este fim de semana viajando, sorte de não ficar em casa procrastinando e recair” ou “minha faculdade vai recomeçar, que bom, pois não estarei em casa só”. Aí eu penso: e quando estiverem em casa, quando voltar de viagem e quando estiverem estressados em casa? Quando surgem estes momento crítico, muitos não estão preparados para superar estas adversidades, cuja fissura pode novamente aparecer . O momento de fortalecer o músculo da vontade e a hora do "vamo vê", de despertar energia de poder igual os heróis dos desenhos animados fazem é nestes pontos de inflexão. Por isso, os rebooters não podem fugir temporariamente da adversidade. Se fogem, é porque não estão preparados ou não estão no estado de fé.

Assim, a orientação é: quando estamos no momento crítico, a gente desenvolve com antecedência várias estratégias de como lidar com a situação. Daí, o sentido da palavra “superação”: uma ação aplicada por cima de outra, ultrapassar obstáculos, quebrar limites, etc. Ou seja, desenvolver rotinas proativas para vencer momentos de inflexão. Por isso, a sensação de superação é forte quando há pressão. Mas, se não fortalecemos a vontade férrea, a luta é vã.

Temos mais controle e autonomia pela força de vontade quando o que fazemos é fruto de nossa escolha pessoal e que nosso objetivo seja recompensador. Geralmente, se fazemos algo que seja uma ordem ou que não temos total autonomia para superar uma situação muito difícil, a persistência é nula. Mas se temos autonomia e autoridade para decidir como superar um desafio, queremos lutar e vencer isto e o grau de foco, energia e controle é muito alto. Exemplo, um pai manda furiosamente o filho preguiçoso buscar o mais rápido possível água no rio em duas latas. Claro, que -sob o tom imperioso paterno- o filho cumprirá a ordem, mas sai embirrado e vai enrolar bastante para voltar com água nas latas pesadas. Mas, se o pai dissesse isso: “Meu filho, há dois rios próximos daqui, escolha o que mais te agrada e busque água.”. A motivação e o senso de escolha em realizar esta árdua tarefa será maior porque foi delegada pelo pai certa autoridade de decisão ao filho.

Por isso, o processo de superação se desenvolve por planos de reação sob determinada adversidade. A força se desenvolve assim. Quando orientamos os rebooters a montar estratégias para não recair em momentos críticos, é neste sentido de saber como reagir previamente diante de uma vulnerabilidade. Um exemplo típico são as recaídas que acontecem nos momentos que rebooters vão mexer nos bloqueadores para fazer “manutenção” e acabam assistindo pornografia. Ou seja, vão lidar desarmados diante de uma situação vulnerável. São momentos que planos de reação devem ser postos em prática para quando se deparar em momentos críticos saber como se superar.

Quando exercemos a força de vontade em uma situação desafiadora, você começa a aplicar esta habilidade em outros setores da vida, seja para melhorar comportamentos, emagrecer,  criar rotina de estudos, etc. Foi assim que depois que atingir um forte controle da compulsão em PMO e em masturbação com fantasias, eu comecei a investir esta força para superar outros pequenos desafios cotidianos, como deixar de beber café, melhorar a alimentação, fazer mais exercidos e criar coragem de tomar banho na água fria. No reboot, esta força serviu para montar estratégias para evitar gatilhos ao olhar as mulheres.

Enfim, quando aparecem os momentos críticos, devemos peitar e encarar. É a hora de ter fé, o foco e a força. Então, se depararem diante de situações, voluntárias ou involuntárias, que estiverem vulneráveis, é a hora de expressar esta força, munida do plano de reação superativa.


Última edição por Wolverine em 3/4/2017, 16:02, editado 4 vez(es) (Motivo da edição : Apenas formatação do texto.)
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Tiago M
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22/9/2016, 16:07
Muito esclarecedor. Vou iniciar a leitura desse livro hoje mesmo.
Obrigado feras!

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>> DIÁRIO <<
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22/9/2016, 16:48
É muito interessante ver as postagens de Wolverine, Blpr e os demais reboots na casa dos 30+, pois além dos ótimos debates sobre o reboot, vocês tem muita maturidade e experiência de vida.
Sempre aprendo muito com vocês.

Passando para desejar força Wolverine!

Obs: Também irei ler o poder do Hábito.

Segue firme!
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23/9/2016, 10:26
Blpr escreveu:Conforme o livro O Poder do Hábito, a força de vontade é como um musculo que constantemente deve ser exercitado para ficar mais forte. Da mesma maneira que a hipertrofia muscular acontece quando vamos até a falha, a força de vontade cresce conforme o limite máximo de energia aplicado numa situação dolorosa. “Sem dor, sem ganho”, assim  diz o ditado. Desenvolvendo a força de vontade, a mente modela esta forma de agir e pensar. E são nas situações de maior vulnerabilidade durante o reboot que esta força deve ser trabalhada.

Porque alguns rebooters tem dificuldades de exercer esta habilidade? Devido as suas crenças limitantes, a falta de estratégias, de planos de reação e de objetivos realistas. Assim, muitos não sabem lidar de forma eficiente nos momentos de fissuras. Nos relatos das recaídas, se revelam muito desses fatores desmotivadores. Há rebooters que possuem uma desmotivação crônica de modo a ficarem sem foco para superar. Geralmente, esquecemos de exercer a habilidade de força de vontade o tempo todo, porque isto exige um esforço inicial. Diante de uma situação desafiadora, gastamos muito esforço para “resistir à tentação” e quanto mais se cansa, mais fica difícil resistir. Ou seja, se você só aplicar sua força de vontade em resistir, vai se sentir esgotado, pois não há um plano ou estratégia prévia para se antecipar a situação. Quando tudo está ok, nos esforçamos pouco. Porém, em situações tensas como gatilhos ativados e fissuras, cadê a aplicação da força?

A força de vontade pode se tornar um hábito poderoso. Uma habilidade que pode ser desenvolvida e se tornar um hábito angular para momentos específicos de superação. As palavras “hábitos”, “habitação” e “habilidade” derivam da mesma raiz etimológica. “Habilidade” é adquirir domínio sobre certa atividade de modo que a usamos eficientemente para termos um controle mais eficiente dos impulsos e tentações. Trabalhar a Força de Vontade faz o cérebro se focar nos objetivos até que um novo comportamento se torna um hábito.  Depois, fazemos o novo comportamento no automático, e não mais nos esforçamos. Tornar um comportamento inconsciente exige auto controle e disciplina prévia. Então, se treinamos a força de vontade, ela favorece a capacidade de disciplina e oferece recompensas futuras.

Assim, como processar esta força? Uma vez postei aqui sobre a gente ser “A Casa sobre a Rocha”. Ou seja, adquirir a postura de resistência contra os “ventos e tempestades” das adversidades. Este é o momento de ser senhor e poderoso para enfrentar uma luta. Por isso, eu considero que a fé, no sentido religioso, nada mais é que força de vontade. Em inúmeros ensinamentos de Cristo, a fé tem este sentido de força superior.

Nós que já vimos seriados de heróis japoneses e outros desenhos animados, percebemos que antes da luta final de cada episódio o herói faz um certo ritual de poder para adquirir uma força superior. Há palavras e gestos que se tornam âncoras para despertar estados de grande energia. Hi Men bradava: “Eu tenho a força!”, enquanto ele empenhava sua espada, recebendo uma grande energia e o gato Pacato, de medroso, se transformava num bravo felino. Os heróis de Dragon Ball Z, que fazem rituais de forca para ativar golpes poderosos. Os lutadores de Kung fu Shaolin, quando se preparam para quebrar tijolos com um só mão, fazem um ritual de concentrar energia nas mãos. Até mesmo o Quico, do Chaves, fazia seu próprio ritual imbecil antes de partir para uma brincadeira. Nós também fazemos nossos próprios rituais e rotinas quando encaramos momentos de desafios em nossas batalhas cotidianas. A força de vontade se cria desse jeito. Ativar uma certa energia superior auxilia para superar lutas ou momentos importantes. Isso não é besteira porque numa situação de fissura nosso nível de energia está baixo ou dissipado. Então, devemos ativar alguma força para nos deixar em um estado de determinação para sermos Senhor e dominar a situação adversa.

É justamente nos momentos de desafio que devemos exercitar a força de vontade. Os melhores resultados para desenvolver a força de vontade é quando se aplica esta força nos momentos que vai haver desafios. São as experiências da dor e o desconforto que “se fortalece o Espírito”. Paulo dizia: “Enquanto eu sou fraco que eu sou forte”. No momento em que a tentação atinge o ponto máximo, geralmente são os momentos de desistir. Neles, devemos expressar a força de vontade. Quando nos deparamos com incertezas, tensões e situações inesperadas, a força o foco e a fé devem ser ativadas. É comum inúmeros relatos de rebooters que dizem: “vou fazer isto o dia todo, assim vou ficar longe do meu quarto onde posso ver pornografia”; ou “vou está ocupado, mais um momento de não ficar no pc hoje”; “Vou esta este fim de semana viajando, sorte de não ficar em casa procrastinando e recair” ou “minha faculdade vai recomeçar, que bom, pois não estarei em casa só”. Aí eu penso: e quando estiverem em casa, quando voltar de viagem e quando estiverem estressados em casa? Quando surgem estes momento crítico, muitos não estão preparados para superar estas adversidades, cuja fissura pode novamente aparecer . O momento de fortalecer o músculo da vontade e a hora do "vamo vê", de despertar energia de poder igual os heróis dos desenhos animados fazem é nestes pontos de inflexão. Por isso, os rebooters não podem fugir temporariamente da adversidade. Se fogem, é porque não estão preparados ou não estão no estado de fé.

Assim, a orientação é: quando estamos no momento crítico, a gente desenvolve com antecedência várias estratégias de como lidar com a situação. Daí, o sentido da palavra “superação”: uma ação aplicada por cima de outra, ultrapassar obstáculos, quebrar limites, etc. Ou seja, desenvolver rotinas proativas para vencer momentos de inflexão. Por isso, a sensação de superação é forte quando há pressão. Mas, se não fortalecemos a vontade férrea, a luta é vã.

Temos mais controle e autonomia pela força de vontade quando o que fazemos é fruto de nossa escolha pessoal e que nosso objetivo seja recompensador. Geralmente, se fazemos algo que seja uma ordem ou que não temos total autonomia para superar uma situação muito difícil, a persistência é nula. Mas se temos autonomia e autoridade para decidir como superar um desafio, queremos lutar e vencer isto e o grau de foco, energia e controle é muito alto. Exemplo, um pai manda furiosamente o filho preguiçoso buscar o mais rápido possível água no rio em duas latas. Claro, que -sob o tom imperioso paterno- o filho cumprirá a ordem, mas sai embirrado e vai enrolar bastante para voltar com água nas latas pesadas. Mas, se o pai dissesse isso: “Meu filho, há dois rios próximos daqui, escolha o que mais te agrada e busque água.”. A motivação e o senso de escolha em realizar esta árdua tarefa será maior porque foi delegada pelo pai certa autoridade de decisão ao filho.

Por isso, o processo de superação se desenvolve por planos de reação sob determinada adversidade. A força se desenvolve assim. Quando orientamos os rebooters a montar estratégias para não recair em momentos críticos, é neste sentido de saber como reagir previamente diante de uma vulnerabilidade. Um exemplo típico são as recaídas que acontecem nos momentos que rebooters vão mexer nos bloqueadores para fazer “manutenção” e acabam assistindo pornografia. Ou seja, vão lidar desarmados diante de uma situação vulnerável. São momentos que planos de reação devem ser postos em prática para quando se deparar em momentos críticos saber como se superar.

Quando exercemos a força de vontade em uma situação desafiadora, esta força você começa a aplicar em outros setores da vida, seja para melhorar comportamentos, emagrecer,  criar rotina de estudos, etc. Foi assim que depois que atingir um forte controle da compulsão em PMO é masturbação com fantasias, eu comecei a investir esta força para superar outros pequenos desafios cotidianos, como deixar de beber café, melhorar a alimentação, fazer mais exercidos e criar coragem de tomar banho na água fria. No reboot, esta força serviu para montar estratégias para evitar gatilhos ao olhar as mulheres.

Enfim, quando aparecem os momentos críticos, devemos peitar e encarar. É a hora de ter fé, o foco e a força.

Olá Blpr.

Esse seu comentário foi uma tijolada mítica. Pqp! Parabéns pelo excelente texto.

Se você puder, querer ou tiver condições, um dia leia um livro "Força de vontade", de Roy Baumeister. Esse pesquisador é um dos pioneiros na ideia de que a força de vontade é um músculo.

Faz muito sentido você afirmar que esse músculo só irá crescer quando em momento de tentação nos superarmos. Faz muito sentido. Tentarei aplicar mais esse conceito, sem expor tanto.

Abraços e parabéns novamente,

Corredor

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23/9/2016, 13:49
Como você está Wolverine? Como vai o reboot?

Passando pra te desejar forças.

Grande abraço.
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23/9/2016, 14:59
Iae, cara. Blz?
Como é que tá?

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23/9/2016, 16:41
Mactox, não há porque agradecer. Aqui sempre aprendemos algo uns com os outros. Esse fórum é um importante meio de ajuda mútua e trocas de experiências e de conhecimento. Estou muito feliz por ter encontrado esse ambiente. Espero passar um bom tempo por aqui.

TGuerreiro e Eder, é uma ótima indicação de leitura para quem estar fazendo o reboot e para todos aqueles que desejam se livrar dos hábitos nocivos. Eu comecei a leitura do livro, porém ainda em passos lentos.

Obrigado pelo apoio e incentivo de todos.

Grande abraço!


Última edição por Wolverine em 3/4/2017, 16:15, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : Correção de texto)

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23/9/2016, 17:16
Corredor escreveu:
Blpr escreveu:Conforme o livro O Poder do Hábito, a força de vontade é como um musculo que constantemente deve ser exercitado para ficar mais forte. Da mesma maneira que a hipertrofia muscular acontece quando vamos até a falha, a força de vontade cresce conforme o limite máximo de energia aplicado numa situação dolorosa. “Sem dor, sem ganho”, assim  diz o ditado. Desenvolvendo a força de vontade, a mente modela esta forma de agir e pensar. E são nas situações de maior vulnerabilidade durante o reboot que esta força deve ser trabalhada.

Porque alguns rebooters tem dificuldades de exercer esta habilidade? Devido as suas crenças limitantes, a falta de estratégias, de planos de reação e de objetivos realistas. Assim, muitos não sabem lidar de forma eficiente nos momentos de fissuras. Nos relatos das recaídas, se revelam muito desses fatores desmotivadores. Há rebooters que possuem uma desmotivação crônica de modo a ficarem sem foco para superar. Geralmente, esquecemos de exercer a habilidade de força de vontade o tempo todo, porque isto exige um esforço inicial. Diante de uma situação desafiadora, gastamos muito esforço para “resistir à tentação” e quanto mais se cansa, mais fica difícil resistir. Ou seja, se você só aplicar sua força de vontade em resistir, vai se sentir esgotado, pois não há um plano ou estratégia prévia para se antecipar a situação. Quando tudo está ok, nos esforçamos pouco. Porém, em situações tensas como gatilhos ativados e fissuras, cadê a aplicação da força?

A força de vontade pode se tornar um hábito poderoso. Uma habilidade que pode ser desenvolvida e se tornar um hábito angular para momentos específicos de superação. As palavras “hábitos”, “habitação” e “habilidade” derivam da mesma raiz etimológica. “Habilidade” é adquirir domínio sobre certa atividade de modo que a usamos eficientemente para termos um controle mais eficiente dos impulsos e tentações. Trabalhar a Força de Vontade faz o cérebro se focar nos objetivos até que um novo comportamento se torna um hábito.  Depois, fazemos o novo comportamento no automático, e não mais nos esforçamos. Tornar um comportamento inconsciente exige auto controle e disciplina prévia. Então, se treinamos a força de vontade, ela favorece a capacidade de disciplina e oferece recompensas futuras.

Assim, como processar esta força? Uma vez postei aqui sobre a gente ser “A Casa sobre a Rocha”. Ou seja, adquirir a postura de resistência contra os “ventos e tempestades” das adversidades. Este é o momento de ser senhor e poderoso para enfrentar uma luta. Por isso, eu considero que a fé, no sentido religioso, nada mais é que força de vontade. Em inúmeros ensinamentos de Cristo, a fé tem este sentido de força superior.

Nós que já vimos seriados de heróis japoneses e outros desenhos animados, percebemos que antes da luta final de cada episódio o herói faz um certo ritual de poder para adquirir uma força superior. Há palavras e gestos que se tornam âncoras para despertar estados de grande energia. Hi Men bradava: “Eu tenho a força!”, enquanto ele empenhava sua espada, recebendo uma grande energia e o gato Pacato, de medroso, se transformava num bravo felino. Os heróis de Dragon Ball Z, que fazem rituais de forca para ativar golpes poderosos. Os lutadores de Kung fu Shaolin, quando se preparam para quebrar tijolos com um só mão, fazem um ritual de concentrar energia nas mãos. Até mesmo o Quico, do Chaves, fazia seu próprio ritual imbecil antes de partir para uma brincadeira. Nós também fazemos nossos próprios rituais e rotinas quando encaramos momentos de desafios em nossas batalhas cotidianas. A força de vontade se cria desse jeito. Ativar uma certa energia superior auxilia para superar lutas ou momentos importantes. Isso não é besteira porque numa situação de fissura nosso nível de energia está baixo ou dissipado. Então, devemos ativar alguma força para nos deixar em um estado de determinação para sermos Senhor e dominar a situação adversa.

É justamente nos momentos de desafio que devemos exercitar a força de vontade. Os melhores resultados para desenvolver a força de vontade é quando se aplica esta força nos momentos que vai haver desafios. São as experiências da dor e o desconforto que “se fortalece o Espírito”. Paulo dizia: “Enquanto eu sou fraco que eu sou forte”. No momento em que a tentação atinge o ponto máximo, geralmente são os momentos de desistir. Neles, devemos expressar a força de vontade. Quando nos deparamos com incertezas, tensões e situações inesperadas, a força o foco e a fé devem ser ativadas. É comum inúmeros relatos de rebooters que dizem: “vou fazer isto o dia todo, assim vou ficar longe do meu quarto onde posso ver pornografia”; ou “vou está ocupado, mais um momento de não ficar no pc hoje”; “Vou esta este fim de semana viajando, sorte de não ficar em casa procrastinando e recair” ou “minha faculdade vai recomeçar, que bom, pois não estarei em casa só”. Aí eu penso: e quando estiverem em casa, quando voltar de viagem e quando estiverem estressados em casa? Quando surgem estes momento crítico, muitos não estão preparados para superar estas adversidades, cuja fissura pode novamente aparecer . O momento de fortalecer o músculo da vontade e a hora do "vamo vê", de despertar energia de poder igual os heróis dos desenhos animados fazem é nestes pontos de inflexão. Por isso, os rebooters não podem fugir temporariamente da adversidade. Se fogem, é porque não estão preparados ou não estão no estado de fé.

Assim, a orientação é: quando estamos no momento crítico, a gente desenvolve com antecedência várias estratégias de como lidar com a situação. Daí, o sentido da palavra “superação”: uma ação aplicada por cima de outra, ultrapassar obstáculos, quebrar limites, etc. Ou seja, desenvolver rotinas proativas para vencer momentos de inflexão. Por isso, a sensação de superação é forte quando há pressão. Mas, se não fortalecemos a vontade férrea, a luta é vã.

Temos mais controle e autonomia pela força de vontade quando o que fazemos é fruto de nossa escolha pessoal e que nosso objetivo seja recompensador. Geralmente, se fazemos algo que seja uma ordem ou que não temos total autonomia para superar uma situação muito difícil, a persistência é nula. Mas se temos autonomia e autoridade para decidir como superar um desafio, queremos lutar e vencer isto e o grau de foco, energia e controle é muito alto. Exemplo, um pai manda furiosamente o filho preguiçoso buscar o mais rápido possível água no rio em duas latas. Claro, que -sob o tom imperioso paterno- o filho cumprirá a ordem, mas sai embirrado e vai enrolar bastante para voltar com água nas latas pesadas. Mas, se o pai dissesse isso: “Meu filho, há dois rios próximos daqui, escolha o que mais te agrada e busque água.”. A motivação e o senso de escolha em realizar esta árdua tarefa será maior porque foi delegada pelo pai certa autoridade de decisão ao filho.

Por isso, o processo de superação se desenvolve por planos de reação sob determinada adversidade. A força se desenvolve assim. Quando orientamos os rebooters a montar estratégias para não recair em momentos críticos, é neste sentido de saber como reagir previamente diante de uma vulnerabilidade. Um exemplo típico são as recaídas que acontecem nos momentos que rebooters vão mexer nos bloqueadores para fazer “manutenção” e acabam assistindo pornografia. Ou seja, vão lidar desarmados diante de uma situação vulnerável. São momentos que planos de reação devem ser postos em prática para quando se deparar em momentos críticos saber como se superar.

Quando exercemos a força de vontade em uma situação desafiadora, esta força você começa a aplicar em outros setores da vida, seja para melhorar comportamentos, emagrecer,  criar rotina de estudos, etc. Foi assim que depois que atingir um forte controle da compulsão em PMO é masturbação com fantasias, eu comecei a investir esta força para superar outros pequenos desafios cotidianos, como deixar de beber café, melhorar a alimentação, fazer mais exercidos e criar coragem de tomar banho na água fria. No reboot, esta força serviu para montar estratégias para evitar gatilhos ao olhar as mulheres.

Enfim, quando aparecem os momentos críticos, devemos peitar e encarar. É a hora de ter fé, o foco e a força.

Olá Blpr.

Esse seu comentário foi uma tijolada mítica. Pqp! Parabéns pelo excelente texto.

Se você puder, querer ou tiver condições, um dia leia um livro "Força de vontade", de Roy Baumeister. Esse pesquisador é um dos pioneiros na ideia de que a força de vontade é um músculo.

Faz muito sentido você afirmar que esse músculo só irá crescer quando em momento de tentação nos superarmos. Faz muito sentido. Tentarei aplicar mais esse conceito, sem expor tanto.

Abraços e parabéns novamente,

Corredor

Blpr, esse seu texto é incrível! Faço das palavras do Corredor, as minhas.
Já tinha lido esse seu post antes e fiquei refletindo sobre ele. Hoje o li mais uma vez. Fiquei pensando o que eu poderia acrescentar às suas ideias, mas vejo que você tratou o assunto com tanta propriedade, que a única coisa que posso fazer é agradecer por tudo.

Irei aplicar esses ensinamentos não só no meu reboot, mas na minha vida de um modo geral.

Grande abraço e sucesso na sua jornada!


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