Minha corrida contra o vício

Compartilho esse curioso episódio com os amigos.

Fui tomar café com uma colega. Tivemos um flerte no passado, mas a motivação do encontro era conversar, sair para pegar um ar fresco. É uma mulher incrível, dedicada as coisas, bonita de corpo e alma. Conversamos sobre os último reveses da vida, os términos. Ela havia recém terminado com o companheiro que, pelos elogios, me pareceu um cara digno, parceiro. Mas eles não tinham relações. Ela disse que ela tinha depressão, relatou mais algumas coisas e eu logo disse, sem rodeios "ele é viciado em PMO". Por falta de intimidade, não disse que eu mesmo estava num processo de reabilitação. Ela confessou que sim. Que ele apenas fazia a M e isso foi minando o relacionamento. Ela tentou se aproximar, mas esse guerreiro me pareceu ainda num estágio de negação, culpando a depressão apenas e não vendo os malefícios da P em sua vida.

Ele perdeu uma grande parceira, sem dúvidas. E a todo tempo eu me sentia grato por ter despertado do vício e estar lutando. Mas confesso que tiver pesar pelo amigo que ainda não despertou.

Fp36anos escreveu:

ayrton.85 escreveu:33 dias, lutando.

Hoje tive E matinal. Ela havia sumido desde que comecei o processo. Ainda é cedo para afirmar, mas acho que aquela sensação de flatline começa a reduzir. Estou mais disposto nas tarefas domésticas, no cuidado com meu filho. Passei por muitos reveses essas duas últimas semanas, mas ainda permaneci otimista e pragmático. Isso é um bom sinal de força e fico orgulhoso por mim mesmo.

O desejo por S está mais claro, sem fissura. É muito desejo de estar com alguém do que a de fantasiar ou descarregar dopamina no cérebro. Vou me dedicar a pensar sobre e decidir se já está na hora de aceitar algum convite e tentar conhecer alguém.

Um bom fds para todos!

E ai fera, grande Ayrton!
Que notícia boa ver que tem resistido e sentido a diferença!
Parabéns por todo progresso até aqui!
Tbem to nessa, embora eu tenha HOCD, o desejo por algo real com mulher só aumenta, nada exagerado, mas começam a surgir os sinais.
Vai pra cima irmão, vc vencerá!
Deus te abençoe.

Estou acompanhando a tua luta também meu amigo. Você vai vencer! Seja sempre gentil e o máximo honesto consigo mesmo, pois durante essa jornada vivenciamos muitas emoções, sentimentos de vulnerabilidade. Mas é um processo de resignificação da nossa própria história, não tem como não ser doloroso por vezes. Mas vamos conseguir enquanto o objetivo estiver claro em nossas mentes e corações!

Fala Ayrton, como vai?
Feliz por vê-lo firme na luta, sucesso para ti irmão e que Deus o abençoe sempre.

35 dias e a queda.

Sábado a noite senti o vento mudar. Recolhi algumas coisas, peguei o livro não terminado e me vi sozinho. Sem a companheira que se foi. Sem o filho que passa alguns dias com a genitora. Uma solidão pacífica, daquelas que acontecem naturalmente pelo caminhar da vida. Não fumo, mas acendi um cigarro. Olhei de longe a garrafa de vinho. Noite fria e solidária. Um silêncio de paz, exceto pelo ruído interno que persistia em procurar alguém, enviar uma mensagem, reativar um contato. Por que? Perguntei-me firmamente todas as vezes que o ruído provocava impulso.

35 dias sem P. Sem M. E praticamente sem S. O corpo era cúmplice dessa voz inquieta. A mente aderida ao movimento, repetiu pra si em voz baixa "você está sozinho aqui, com tanta vida lá fora". Sim, faltaram amigos nesse momento. Lembro que cheguei a pensar que bom seria se os companheiros de luta estivessem por perto. Falaríamos algumas verdades sobre o vício, trocariamos palavras de coragem e olhares de confiança de que nenhum impulso poderia nos derrubar.

Apaguei as luzes e me entreguei ao breu da noite. E também da alma.

Domingo. Acordei cedo na casa vazia. O sol de inverno demora a invadir o terreno por aqui. Então além de vazia, estava fria. Tentei revisitar os pensamentos e vi que a tristeza e a solidão ainda estavam ali. Tentei antecipar-me ao desfiladeiro, caminhei voluntariamente até a beira do precipício. Preferi avaliar ainda lúcido as minhas opções. Acreditava que encontraria um saída para vencer mais uma vez a fissura.

Cogitei M sem P. Mas como? Verifiquei que há anos não dissocio mais e sempre, desde então, foi PMO. Nem sequer quis tentar. Faltou motivação.

Então lembrei-me que já estava quase 15 dias sem S e que poderia procurar alguém simplesmente. Seria desonesto com o que desejo agora para o futuro. Relações mais reais e profundas. Seria incoerência voltar a rotina de sexo casual de forma tão imprudente e apressada.

Procurar uma profissional? Abri o antigo site de indicações e relembrei até de lugares antigos. Foi então que a tristeza se abateu de vez. O que eu estava fazendo? Perguntei já sabendo a resposta. O dia já havia raiado, mas eu estava ainda na escuridão.

Entre todas as opções acima, não tive como escolher nenhuma. Assim como não tive como dar um passo atrás. Abri então por três vezes antigo filme, no antigo rito de PMO.

Acordei novamente na praia de onde havia saído 35 dias atrás. Não há tristeza, nem frustração. Apenas uma batalha em que as forças eram maiores e mais bem organizadas do que eu mesmo. Serei o último a abandonar o olhar compreensível sobre mim mesmo.

O pequeno barco no qual eu havia me lançado permanecia parado esperando uma nova partida. Entrei aqui para escrever essa difícil página do diário, antes de subir âncora e seguir mais uma vez viagem.

Um fraternal abraço e que Deus abençoe nossa jornada.

ayrton.85 escreveu:35 dias e a queda.

Sábado a noite senti o vento mudar. Recolhi algumas coisas, peguei o livro não terminado e me vi sozinho. Sem a companheira que se foi. Sem o filho que passa alguns dias com a genitora. Uma solidão pacífica, daquelas que acontecem naturalmente pelo caminhar da vida. Não fumo, mas acendi um cigarro. Olhei de longe a garrafa de vinho. Noite fria e solidária. Um silêncio de paz, exceto pelo ruído interno que persistia em procurar alguém, enviar uma mensagem, reativar um contato. Por que? Perguntei-me firmamente todas as vezes que o ruído provocava impulso.

35 dias sem P. Sem M. E praticamente sem S. O corpo era cúmplice dessa voz inquieta. A mente aderida ao movimento, repetiu pra si em voz baixa "você está sozinho aqui, com tanta vida lá fora". Sim, faltaram amigos nesse momento. Lembro que cheguei a pensar que bom seria se os companheiros de luta estivessem por perto. Falaríamos algumas verdades sobre o vício, trocariamos palavras de coragem e olhares de confiança de que nenhum impulso poderia nos derrubar.

Apaguei as luzes e me entreguei ao breu da noite. E também da alma.

Domingo. Acordei cedo na casa vazia. O sol de inverno demora a invadir o terreno por aqui. Então além de vazia, estava fria. Tentei revisitar os pensamentos e vi que a tristeza e a solidão ainda estavam ali. Tentei antecipar-me ao desfiladeiro, caminhei voluntariamente até a beira do precipício. Preferi avaliar ainda lúcido as minhas opções. Acreditava que encontraria um saída para vencer mais uma vez a fissura.

Cogitei M sem P. Mas como? Verifiquei que há anos não dissocio mais e sempre, desde então, foi PMO. Nem sequer quis tentar. Faltou motivação.

Então lembrei-me que já estava quase 15 dias sem S e que poderia procurar alguém simplesmente. Seria desonesto com o que desejo agora para o futuro. Relações mais reais e profundas. Seria incoerência voltar a rotina de sexo casual de forma tão imprudente e apressada.

Procurar uma profissional? Abri o antigo site de indicações e relembrei até de lugares antigos. Foi então que a tristeza se abateu de vez. O que eu estava fazendo? Perguntei já sabendo a resposta. O dia já havia raiado, mas eu estava ainda na escuridão.

Entre todas as opções acima, não tive como escolher nenhuma. Assim como não tive como dar um passo atrás. Abri então por três vezes antigo filme, no antigo rito de PMO.

Acordei novamente na praia de onde havia saído 35 dias atrás. Não há tristeza, nem frustração. Apenas uma batalha em que as forças eram maiores e mais bem organizadas do que eu mesmo. Serei o último a abandonar o olhar compreensível sobre mim mesmo.

O pequeno barco no qual eu havia me lançado permanecia parado esperando uma nova partida. Entrei aqui para escrever essa difícil página do diário, antes de subir âncora e seguir mais uma vez viagem.

Um fraternal abraço e que Deus abençoe nossa jornada.

Poxa meu amigo, lamento sua queda!
As vezes tbem queria ter por perto alguns de vcs para trocar algumas palavras e fortalecermos uns aos outros, sei bem como é estar sozinho e remar contra esse vício maldito.
Mas os 35 dias alcançados por vc certamente foram um grande avanço, algo já mudou e para melhor! Acredite!
Estou na torcida por vc irmão, as quedas infelizmente farão parte do processo, mas isso não define o seu final. Vc vai vencer!
Grande abraço e que Deus o abençoe.
Tmj

Obrigado, guerreiro. Vou recomeçar e encontrar um pouco mais de paz.

ayrton.85 escreveu:35 dias e a queda.

Sábado a noite senti o vento mudar. Recolhi algumas coisas, peguei o livro não terminado e me vi sozinho. Sem a companheira que se foi. Sem o filho que passa alguns dias com a genitora. Uma solidão pacífica, daquelas que acontecem naturalmente pelo caminhar da vida. Não fumo, mas acendi um cigarro. Olhei de longe a garrafa de vinho. Noite fria e solidária. Um silêncio de paz, exceto pelo ruído interno que persistia em procurar alguém, enviar uma mensagem, reativar um contato. Por que? Perguntei-me firmamente todas as vezes que o ruído provocava impulso.

35 dias sem P. Sem M. E praticamente sem S. O corpo era cúmplice dessa voz inquieta. A mente aderida ao movimento, repetiu pra si em voz baixa "você está sozinho aqui, com tanta vida lá fora". Sim, faltaram amigos nesse momento. Lembro que cheguei a pensar que bom seria se os companheiros de luta estivessem por perto. Falaríamos algumas verdades sobre o vício, trocariamos palavras de coragem e olhares de confiança de que nenhum impulso poderia nos derrubar.

Apaguei as luzes e me entreguei ao breu da noite. E também da alma.

Domingo. Acordei cedo na casa vazia. O sol de inverno demora a invadir o terreno por aqui. Então além de vazia, estava fria. Tentei revisitar os pensamentos e vi que a tristeza e a solidão ainda estavam ali. Tentei antecipar-me ao desfiladeiro, caminhei voluntariamente até a beira do precipício. Preferi avaliar ainda lúcido as minhas opções. Acreditava que encontraria um saída para vencer mais uma vez a fissura.

Cogitei M sem P. Mas como? Verifiquei que há anos não dissocio mais e sempre, desde então, foi PMO. Nem sequer quis tentar. Faltou motivação.

Então lembrei-me que já estava quase 15 dias sem S e que poderia procurar alguém simplesmente. Seria desonesto com o que desejo agora para o futuro. Relações mais reais e profundas. Seria incoerência voltar a rotina de sexo casual de forma tão imprudente e apressada.

Procurar uma profissional? Abri o antigo site de indicações e relembrei até de lugares antigos. Foi então que a tristeza se abateu de vez. O que eu estava fazendo? Perguntei já sabendo a resposta. O dia já havia raiado, mas eu estava ainda na escuridão.

Entre todas as opções acima, não tive como escolher nenhuma. Assim como não tive como dar um passo atrás. Abri então por três vezes antigo filme, no antigo rito de PMO.

Acordei novamente na praia de onde havia saído 35 dias atrás. Não há tristeza, nem frustração. Apenas uma batalha em que as forças eram maiores e mais bem organizadas do que eu mesmo. Serei o último a abandonar o olhar compreensível sobre mim mesmo.

O pequeno barco no qual eu havia me lançado permanecia parado esperando uma nova partida. Entrei aqui para escrever essa difícil página do diário, antes de subir âncora e seguir mais uma vez viagem.

Um fraternal abraço e que Deus abençoe nossa jornada.

Seja forte irmão!
Há uma enorme diferença entre cair e ficar no chão!
Lembre-se disso!

Olá amigo, sinto muito por sua queda, que Deus lhe ilumine pra você se reerguer bem rápido e continuar focado;
Tenho certeza que se tu fechar as brechas e seguir em frente sem olhar pra trás tudo dará certo.
Que texto escrito o seu, apesar dos pesares kk
Você disse sobre querer ter a companhia de alguém aquele momento, sei bem como essa é uma jornada individual, nos momentos presentes aqui o máximo que podemos fazer é estar nos apoiando, como estou fazendo agora.
Também joguei bons dias fora, busque o sentimento de não deixar nada disso se perder de você, pois é muito importante.
Por fim, busque também agir par que as pessoas sempre estejam perto de você, acho que uma das coisas que mais queremos na vidar é não ficar sozinho; sei como é difícil pensando nas circunstâncias da fragilidade humana. Mas sempre que puder, demonstre como é importante ter pessoas boas ao seu lado. Bora pra frente, desistir jamais, continue acreditando abçs.

Kaneki escreveu:Olá amigo, sinto muito por sua queda, que Deus lhe ilumine pra você se reerguer bem rápido e continuar focado;
Tenho certeza que se tu fechar as brechas e seguir em frente sem olhar pra trás tudo dará certo.
Que texto escrito o seu, apesar dos pesares kk
Você disse sobre querer ter a companhia de alguém aquele momento, sei bem como essa é uma jornada individual, nos momentos presentes aqui o máximo que podemos fazer é estar nos apoiando, como estou fazendo agora.
Também joguei bons dias fora, busque o sentimento de não deixar nada disso se perder de você, pois é muito importante.
Por fim, busque também agir par que as pessoas sempre estejam perto de você, acho que uma das coisas que mais queremos na vidar é não ficar sozinho; sei como é difícil pensando nas circunstâncias da fragilidade humana. Mas sempre que puder, demonstre como é importante ter pessoas boas ao seu lado. Bora pra frente, desistir jamais, continue acreditando abçs.

Obrigado, companheiro. Palavras muito sábias sobre manter nossas boas relações e nutri-las sempre. Comecei muito tarde a fazer isso.

O dia depois da queda.

Fiquei ainda um tempo. Porque estava cansado e também queria sentir a frustração depois que nosso cérebro sedento se regojiza de dopamina barata e sem esforço. Uma recompensa sem nada concluído, contrariando a natureza do próprio hormônio. O resultado disso se prolifera nos relatos: uma sensação de desânimo, enquanto a vida corre lá fora.

Zerei o cronômetro mais uma vez. Acendi o cigarro amargo. Preparei um lanche simples. Respirei fundo o ar gelado. Era dia de trabalho remoto, que simplesmente não fiz. Queria gastar todo meu tempo pensando.

A jornada vai recomeçar. Tenho um humor mais sóbrio. Subo novamente no pequeno barco que me levou tão longe por longos 35 dias. Não há ninguém na praia, pq a PMO é uma ilha deserta, ocupada apenas com nossas fantasias. Não quero perder mais tempo, mas estranhamente não tenho pressa.

Examino novamente tudo. Velas, cordas, mantimentos, livros não lidos, casco, bússola. Então termino de subir o que ainda faltava: ânimo, coragem e resiliência. Decidi dar mais peso a essa última e deixei a animação e a confiança na areia. Uma viagem tão longa dessas, era preciso economizar peso.

Não sou tão religioso, mas lembro de tantos relatos aqui e resolvo pedir a Deus proteção. Peço que não falte também aos que estão com seus contatores adiantados. Sei que eles também sofrem, até mais do que eu que por vezes. Limpei a poeira da queda. Bebi o amargo da dor. E vi o sol novamente nascer brilhando e aquecendo. Essa é a beleza da queda, talvez a única: ver de um ponto privilegiado que podemos todos recomeçar.

Desfaço os nós e deixo o vento encher as velas. Houve um grande silêncio. Aceno mais uma vez para os fantasmas que assistiam da praia vazia a minha partida.

Recomeço enfim mais uma jornada.

ayrton.85 escreveu:O dia depois da queda.

Fiquei ainda um tempo. Porque estava cansado e também queria sentir a frustração depois que nosso cérebro sedento se regojiza de dopamina barata e sem esforço. Uma recompensa sem nada concluído, contrariando a natureza do próprio hormônio. O resultado disso se prolifera nos relatos: uma sensação de desânimo, enquanto a vida corre lá fora.

Zerei o cronômetro mais uma vez. Acendi o cigarro amargo. Preparei um lanche simples. Respirei fundo o ar gelado. Era dia de trabalho remoto, que simplesmente não fiz. Queria gastar todo meu tempo pensando.

A jornada vai recomeçar. Tenho um humor mais sóbrio. Subo novamente no pequeno barco que me levou tão longe por longos 35 dias. Não há ninguém na praia, pq a PMO é uma ilha deserta, ocupada apenas com nossas fantasias. Não quero perder mais tempo, mas estranhamente não tenho pressa.

Examino novamente tudo. Velas, cordas, mantimentos, livros não lidos, casco, bússola. Então termino de subir o que ainda faltava: ânimo, coragem e resiliência. Decidi dar mais peso a essa última e deixei a animação e a confiança na areia. Uma viagem tão longa dessas, era preciso economizar peso.

Não sou tão religioso, mas lembro de tantos relatos aqui e resolvo pedir a Deus proteção. Peço que não falte também aos que estão com seus contatores adiantados. Sei que eles também sofrem, até mais do que eu que por vezes. Limpei a poeira da queda. Bebi o amargo da dor. E vi o sol novamente nascer brilhando e aquecendo. Essa é a beleza da queda, talvez a única: ver de um ponto privilegiado que podemos todos recomeçar.

Desfaço os nós e deixo o vento encher as velas. Houve um grande silêncio. Aceno mais uma vez para os fantasmas que assistiam da praia vazia a minha partida.

Recomeço enfim mais uma jornada.

É isso Ayrton, recomeço!
Importante é não ficar na ilha deserta se alimentando dessas ilusões
Cara vc escreve bem demais sabia, poxa, parabéns! Muito inteligente! Me vi lendo o trecho de um livro. Já pensou em algo assim? Uma analogia, uma história, experiências nesse formato??? Show mano!
Estou na torcida por vc e sei que há mta força dentro de vc, Deus vai te colocar num lugar de honra.
Sucesso irmão!!!

Bonito texto.
Força nesse recomeço.
Torcendo por você!

Parabéns mesmo pela clareza de espírito que vc tem, essa capacidade de se observar … vendo o que se passa por dentro ( Talvez seja essa uma das habilidades mais importantes dessa luta contra o vício em PMO ).

Vivo uma história de uma guerra longa contra esse vicio, já me perguntei o porquê até hoje não me libertei e o que entendi, é que cada pessoa tem sua história e todos precisam entender-se muito bem, para chegarem a vitória .

Segue firme .

Olá amigo, depois que percebi que escrevi algumas coisas erradas e comi umas palavras kkkk mas eu quis dizer que texto bem escrito o seu. Bora pra frente amigo, desistir jamais, caiu levanta e conserta os erros. Vamo que vamo abçs.

Um dia inteiro ainda é melhor do que nada.

Bom dia, sigo quieto na jornada. Deixei o telefone um pouco de lado, tentei me concentrar em realizar as tarefas do dia. Recebo agora a notícia com pesar de que alguns companheiros caíram também. Quantas vezes mais vamos cair? Eu realmente não sei. Não se trata da jornada de um herói que sempre vence após a queda. É o caminho de pessoas comuns: a vitória não é certa, tão somente possível se muito desejável e trabalhada. É isso.

Meu barco segue lento. O mar é calmo, que dá paz ao marinheiro mais inocente. Aprendi a temer a calmaria mais do que a tempestade, pois essa última nos ocupa, exige atenção e nos recompensa com adrenalina. Já a primeira não. Ordeira, preguiçosa e tranquila, a calmaria abre uma avenida em nossas mentes para todo tipo de sorte. "Cabeça vazia, oficina do Diabo", pois a minha vira logo uma corporação de demônios muito bem organizados, trabalhando uns para os outros, com um exército deles sendo explorados e trabalhando por muito pouco.

A impressão é a de que o benefício colhido nos 35 dias sem PMO se perdeu. Não houve E matinais nos últimos dois dias. A libido em queda. Um desanimo até mesmo para cativar um possível bom encontro. É a armadilha do desinteresse que o cérebro viciado nos monta, a espera tão somente da dopamina barata e irreal da P. É isso.

Você pensou hoje em consumir um pouco de PMO? Veja aqui como estou. É assim que ficará. "Mas um pouco só não vai me deixar assim", seu cérebro viciado sugere. Você é um tolo como eu então, mas ainda pode correr se tiver algum controle. Peço desculpas pelas palavras um pouco mais rígidas, mas desde a queda meu humor tem sido mais sóbrio. Irritado. Hoje vou navegar até tarde, beber um pouco e silenciar. Até os próximos dias.

ayrton.85 escreveu:Um dia inteiro ainda é melhor do que nada.

Bom dia, sigo quieto na jornada. Deixei o telefone um pouco de lado, tentei me concentrar em realizar as tarefas do dia. Recebo agora a notícia com pesar de que alguns companheiros caíram também. Quantas vezes mais vamos cair? Eu realmente não sei. Não se trata da jornada de um herói que sempre vence após a queda. É o caminho de pessoas comuns: a vitória não é certa, tão somente possível se muito desejável e trabalhada. É isso.

Meu barco segue lento. O mar é calmo, que dá paz ao marinheiro mais inocente. Aprendi a temer a calmaria mais do que a tempestade, pois essa última nos ocupa, exige atenção e nos recompensa com adrenalina. Já a primeira não. Ordeira, preguiçosa e tranquila, a calmaria abre uma avenida em nossas mentes para todo tipo de sorte. "Cabeça vazia, oficina do Diabo", pois a minha vira logo uma corporação de demônios muito bem organizados, trabalhando uns para os outros, com um exército deles sendo explorados e trabalhando por muito pouco.

A impressão é a de que o benefício colhido nos 35 dias sem PMO se perdeu. Não houve E matinais nos últimos dois dias. A libido em queda. Um desanimo até mesmo para cativar um possível bom encontro. É a armadilha do desinteresse que o cérebro viciado nos monta, a espera tão somente da dopamina barata e irreal da P. É isso.

Você pensou hoje em consumir um pouco de PMO? Veja aqui como estou. É assim que ficará. "Mas um pouco só não vai me deixar assim", seu cérebro viciado sugere. Você é um tolo como eu então, mas ainda pode correr se tiver algum controle. Peço desculpas pelas palavras um pouco mais rígidas, mas desde a queda meu humor tem sido mais sóbrio. Irritado. Hoje vou navegar até tarde, beber um pouco e silenciar. Até os próximos dias.    

Ayrton fica firme fera, tbem já vivi isso, dias limpo e depois a queda e com ela tantas outras que nem sei contar... recomeçar é preciso, msm que ache que não hoveram melhoras nesses 35 dias, com ctza houveram sim, acredite! Meu amigo, não desista! Não desista!
Esqueça a qieda por um momento, tudo o que fez nesses últimos dias e dê outro passo, certamente vc não voltou ao primeiro degrau lááá embaixo, continue a subir até alcançar o prêmio. Pode ser que demore, e daí, mas não deixe de lutar.
Meu irmão um grande abraço pra vc, que Deus o abençoe e o cinja de força para persistir. Pra cima!!!

Sigo navegando.

Ontem a noite, no silêncio da escuridão, veio mais uma vez o pensamento "Só mais uma vez". Não me mexi. Apenas fiz ecoar um pensamento na mente, em resposta ao estímulo desaforado: "você só pode estar de sacanagem, cérebro". Já não basta todas as consequências que a alma e o corpo carregam, desse vício ingrato, ainda pede mais?

- Sim, mais um pouquinho não faz mal. Ele respondeu.

Tive raiva. Mas, logo depois, tive pesar. Seu desejo inconsequente pelo prazer rápido, sua sede por dopamina, sua aversão a dor que o faz buscar de todas as formas o prazer. Um órgão tão fantástico, mas também tão falho e humano. Ainda funcionando como se estivéssemos no tempo das grandes geadas, das caças por grandes predadores e da fome iminente.

Não fiz nenhum esforço em agradá-lo. E cansado demais dessa luta, procurei também não me esforçar demais em nega-lo. Achei o equilíbrio: senti a fome, deixei ela arder meu estômago, mas parado.

Sou um predador cansado. Tentei lutar contra o desejo, mas hoje eu só estou buscando me resignar com a fome.

Bora pra frente amigo, sei bem como é difícil lutar contra a tentação, tente ficar longe de qualquer meio virtual de noite para ter um maior incentivo e não buscar o vício, continue focado, abçs.

Hoje escrevi todas as coisas que gostaria de ter ou conquistar na minha rotina a curto prazo. Um exercício solitário para constar que nos sobra pouco tempo para passarmos em quartos escuros ou momentos de ócio consumindo PMO.

Rabisquei muitas vezes o papel até ter certeza de que com algumas semanas seguindo esse pequeno plano, talvez resistisse melhor a P. Tive pouco ânimo para pensar num plano melhor, mas pelo menos parece funcionar.

E vocês, já colocaram objetivamente os objetivos e conquistas a curto prazo que gostariam? Ou os hábitos saudaveis que querem manter na rotina do dia a dia?

Um abraço

ayrton.85 escreveu:Hoje escrevi todas as coisas que gostaria de ter ou conquistar na minha rotina a curto prazo. Um exercício solitário para constar que nos sobra pouco tempo para passarmos em quartos escuros ou momentos de ócio consumindo PMO.

Rabisquei muitas vezes o papel até ter certeza de que com algumas semanas seguindo esse pequeno plano, talvez resistisse melhor a P. Tive pouco ânimo para pensar num plano melhor, mas pelo menos parece funcionar.

E vocês, já colocaram objetivamente os objetivos e conquistas a curto prazo que gostariam? Ou os hábitos saudaveis que querem manter na rotina do dia a dia?

Um abraço

Fala Ayrton, blz mano?
Cara parabéns, to precisando disso, colocar num papel todas as metas e onde desejo chegar. Parabéns!
Que vc desfrute de dias melhores longe desse vício, vc é fera irmão, vai pra cima.
Grande abraço.

Bora pra frente amigo, venho tentando fazer isso tbm, apesar de não ter tanto controle sob a alimentação saudável, mas seguimos smp em mudanças, abçs.

Pois é hora de fazer amigos. Como bem disse o nosso guerreiro Rottweiler, daqui até 7 de setembro é a hora de implementar as mudanças. Depois disse entra aquele ritmo louco até Ano Novo.

Sigo aqui, muito absorto nas atividades domésticas e de cuidado da minha cria. Mas o plano está traçado. O vento parece que sopra favorável.

Parabéns pelos dias conquistados abçs.

Ainda navegando.

Em silêncio, vou deixando os dias passarem. Cada dia alguma coisa vai ocupando a mente. Vez em quando escuto o canto da sereia me convidando ao mergulho. Mas sigo ocupado, remendando coisas e concertando meu velho barco. Abri uma garrafa de vinho e celebrei a solidão, como uma fase natural e uma oportunidade de melhorar a rotina e o autoconhecimento. Fiz as pazes com ela e ganhei uma aliada contra a fissura. Estabelecemos uma trégua.

Sigo em águas que não conheço. Sem muita inspiração para encorajar ninguém. Espero que você, seja quem for, estabeleça suas tréguas tbm.

bora pra frente amigo, continue focando em conquistar essa segunda semana, abçs.